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ANO 8 EDIÇÃO 48 JULHO 2008

ESPECIAL:
TRÂNSITO NO
MORUMBI
PARTE III

Família
Paranhos

Trabalho
em família
JULHO 2008

Casos de empresas que iniciaram


sua trajetória baseada no senso
EDIÇÃO 48

de oportunidade do fundador e,
aos poucos, foram incorporando
toda a família
dupla ca

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camargo

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D O LC E M O R U M B I E D 48 J U L H O 2008

DIRETORIA Denise Gonçalves e Vania Ferreira ADIANTA RECLAMAR?


PUBLISHER Denise Gonçalves – denise@editorasupernova.com.br
DIREÇÃO DE ARTE Vania Ferreira – vania@editorasupernova.com.br Talvez seja uma percepção equivocada, mas tenho a leve impressão de que o
REDAÇÃO Francilene Oliveira – Mtb 47.074
editorial@editorasupernova.com.br
som que mais se ouve no Morumbi hoje seja a voz da reclamação. Pode ser cul-
PRODUÇÃO Roseli Gonçalves pa do trânsito, da sensação de insegurança, da falta de atendimento às necessi-
pauta@editorasupernova.com.br
dades da estrutura urbana, da dificuldade de harmonizar os dois pólos sociais
ARTE Alessandra Meira – arte@editorasupernova.com.br
tão nitidamente opostos e demarcados na região, mas o saldo final aponta para
CAPA JAF
DEPARTAMENTO COMERCIAL um certo descontentamento (em variados graus) quase generalizado.
Alice Cristina Gonçalves
comercial@editorasupernova.com.br Continuando no terreno das hipóteses, quase sempre me pego achando que
DEPARTAMENTO FINANCEIRO
Márcia Maria Gonçalves – administracao@editorasupernova.com.br se reclama muito porque reclamar é fácil. Antes que haja uma interpretação
ASSESSORIA JURÍDICA João de Paulo Neto – jpn.adv@aasp.org.br errada, deixo claro que acredito na reclamação, sim, mas naquela que significa
JORNALISTA RESPONSÁVEL Jorge Fernando Jordão – Mtb 25.370 reivindicação de direitos, cobrança prática e efetiva por resultados. A queixa
COLABORARAM NESTA EDIÇÃO
Ana Cristina Reis, Claudia Castellan, Floriano Serra, JAF (fotos, pura e simples, por mais que tenha a sua verdade, se não é investida da missão
exceto as indicadas), Leandro Linhares, Lívio Giosa, Paulo de encontrar uma solução de fato para um problema, não serve para nada a
Roberto Amaral, Renato Corrêa, Rosa Richter, Roseli Gonçalves
(revisão) e Silvia Utsch não ser causar alarmismo. Ou, ainda, para atrair a atenção sobre a pessoa que
IMPRESSÃO CLY
está reclamando, e não para o problema.
DISTRIBUIÇÃO Gratuita via courier para mailing VIP
TRÁFEGO Ronaldo Ferreira O lado bom da história é que, segundo os estudiosos das misteriosas trilhas da
REPRESENTANTES COMERCIAIS
Ana Paula Freitas e Fátima Lopes
mente, toda vez que alguém chega ao nível consciente de formular uma questão
TIRAGEM: 15 mil exemplares é porque já tem, no mínimo, três opções de solução para ela. Meio caminho
andado, porque só fica faltando deixar a queixa de lado e partir para a prática
de buscar a melhor solução. Fácil pode não ser, mas se por um lado a sabedoria
REVISTA DOLCE MORUMBI é uma publicação da popular apregoa que “ninguém disse que é fácil”, ela também vive nos lem-
Supernova Editora Ltda. A editora não se responsabiliza pelas
opiniões emitidas nos artigos assinados. Ninguém pode retirar brando que “não adianta reclamar”.
produtos nem quaisquer outros materiais em nome desta
publicação sem autorização expressa, por escrito, em papel
timbrado, da diretoria da Supernova. Em oposição aos indícios de que alimentar o descontentamento faz mal ao cor-
CARTAS PARA A REDAÇÃO po, há outros que asseguram que encontrar soluções faz bem à alma – até por
Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2309 B ser um dos mais eficientes caminhos para a realização pessoal.
CEP 05640-004 – São Paulo – SP
atendimento@editorasupernova.com.br
Tel: (11) 3743-1556 / 3464-6600 - Fax: (11) 3464-6612
Para entender se adianta reclamar, basta saber de que lado a reclamação está
– se serve para início de conversa ou para encerrar o assunto.
DOLCE APÓIA:
E o Morumbi... de que lado estará?

Uma ótima leitura, e até agosto.

www.reciclamorumbi.com.br www.escoladopovo.org Denise Gonçalves


denise@editorasupernova.com.br
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la oba

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10 capa Empresas familiares: mitos e verdades

22 agenda

26 de 1 a 10 Sharon Beting

28 Lar doLce Lar Beleza é promessa de felicidade?, por Silvia Utsch


10
30 Bem-casado Fondue de chocolate com banana e cachaça Fulô

26
32 test drive Um japonês fabricado no México, por Renato Corrêa

34 moda Inverno com estilo e criatividade, por Claudia Castellan

36 tecnoLogia Novidades em games: brinquedinho legal, por Leandro Linhares

38 especiaL O trânsito no Morumbi III – Autoridades e especialistas falam sobre


o trânsito, por Ana Cristina Reis

42 em foco

52 cidadania Eleições 2008 – Entrevista com Antônio Carlos Rodrigues,


por Rosa Richter
30 54 comunidade Mãos Fraternas – Força voluntária

56 pensata O congestionamento mudou de endereço, por Paulo Amaral

58 vida profissionaL O papel educador das empresas, por Lívio Giosa

60 especiaL educação

64 destaques

70 finaL feLiz Os sinais de farol amarelo no amor, por Floriano Serra


ideall
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mitos e verdades
Dados estatísticos apontam que 90% do total A FAMÍLIA EM SEGURANÇA
A família paranhos se reúne em volta de uma
dos grandes grupos empresariais brasileiros são grande mesa oval. Na sala envidraçada do pré-
empresas familiares e que elas representam mais dio, resolvem assuntos relacionados à empresa.
Nada pode ficar pendente para o almoço de do-
da metade da empregabilidade no país. mingo. Alcides paranhos, olhando para os filhos
e a sobrinha, relembra o começo desta história.
O consultor de Gestão Empresarial do SEBRAE
Jovem policial e sem muito dinheiro, Alcides
São Paulo, Gilberto Rose, alerta que a empresa mudou-se para o portal do Morumbi com a es-
posa Valderene em 1978, quando a Vila Suzana
familiar precisa crescer à medida que os membros estava apenas começando a ser constituída.
da família aumentam, sob pena de uma queda Com o nascimento dos filhos, passou a traba-
lhar em festas e como motorista de praça para
no padrão de vida familiar. Uma dificuldade ganhar “um troco” a mais. A pedido dos vizinhos
das empresas familiares apontada por Gilberto é cuidava também da segurança do portal.
A procura dos moradores fez com que para-
que, muitas vezes, os descendentes declinam da nhos criasse uma empresa informal de segu-
rança em 1981. Cinco anos depois nasceu a Sia
empresa fundada pelo pai para seguir a profissão – Sistemas Inteligentes de Assessoria – que, ain-
em outras companhias. Neste caso, a empresa da sem sede própria, oferecia serviços de porta-
ria, limpeza e zeladoria. posteriormente, foram
morre com o seu fundador ou é vendida para criadas mais duas empresas, a pro Security, de
profissionais fora do ciclo familiar. segurança patrimonial, e a Security Sensor, de
sistemas eletrônicos. As três companhias for-
Nos últimos 50 anos foram as empresas familiares mam o Grupo pro Security.
Hoje, a família chega cedo à nova sede da em-
que deram força econômica ao país, mas este
presa, um prédio de estrutura transparente e
conceito é envolvido por muitos mitos que foram seis pavimentos que foi projetado por fábio
paranhos, o filho mais velho, cujas idéias bro-
postos em xeque e confrontados com histórias de tam “por segundo”, atribuindo-lhe um compor-
várias companhias de famílias do Morumbi. tamento elétrico. Ele foi o primeiro a trabalhar
com o pai, formou-se em Arquitetura, mas fez
por Francilene Oliveira • fotoS Jaf pós-graduação em recursos Humanos para

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ÓMito: toda
empresa familiar é pequena
Ì DesMistificação:
a maioria das grandes
corporações existentes hoje
começou como companhias
de família

Família Paranhos.
em pé: Valderene,
Fábio, Alexandre, lígia
e Ana Paula Tosta.
Sentado: Alcides
Paranhos Jr.

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poder atuar na empresa familiar. Depois dele, veio


Alexandre, sério e diplomático, desatolar o pai com
assuntos administrativos e operacionais. Com o cres-
cimento da empresa, Lígia, a filha, depois de morar
um tempo fora e trabalhar em outras empresas, che-
gou para dirigir a área de Comunicação Visual e Ad-
ministração. Valderene, quando parou de lecionar, foi
absorvida pela empresa do marido e Ana Paula Tosta,
sobrinha, com suas habilidades comunicativas, atua
na coordenação de três áreas da empresa.
Ao olhar todos os familiares reunidos em volta da
mesa, Paranhos reconhece o valor de seu trabalho e
valoriza os momentos difíceis. Ele jamais retirou di-
nheiro da empresa para si e, por muito tempo, conti-
nuou mantendo a família com o que recebia da po-
lícia, pois “morria de medo” de chegar o dia de pagar
os funcionários e não ter dinheiro.
Na empresa de segurança de Paranhos, as portas in-
ternas não são trancadas e as gavetas não têm cha-
ve. Amistosamente, a família trabalha integrada aos
funcionários e ela vai crescendo harmoniosamente
integrada à paisagem do Morumbi.

DOCE FÁBRICA DE CHOCOLATE


Antonio Carlos Seripieri é o primeiro a chegar na Fá-
brica de Chocolates Ariane. Ele só sai às nove da noite
depois de experimentar todas as massas e recheios. A
esposa Carmen Sílvia chega logo depois com os filhos
Fábio, Ariane e Aline. As cunhadas Antônia e Susana e
a sobrinha Cristiane também estão na empresa assim
que começa o expediente, sem falar na pequena Caro-
line, que sempre vai à loja ajudar o avô. Ufa, com tanta
gente assim nem parece que esta empresa começou
com apenas duas pessoas.
No final da década de 1970, para complementar a ren-
da da família, Antonio Carlos fazia de madrugada, junto
com a esposa Carmen, pés-de-moleque no quintal de
casa para vender na fábrica de chocolate em que traba-
lhava. Carmen mexia o tacho para caramelizar o doce
enquanto Antonio o quebrava em pedaços. Com o
decorrer do tempo, Antonio passou a trazer bombons
para a esposa vender na frente das escolas. Essa tarefa
terminou quando as pessoas passaram a procurá-la em
casa. O entra-e-sai fez com que o casal montasse uma
pequenina loja, em 1983, na rua Dr. Clóvis de Oliveira.

Família Chocolates Ariane (da esq. para a dir.):


Caroline, Ariane, Aline, Susana, Carmen,
Antonio Carlos, Fábio, Antonia e Cristiane
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A loja recebeu o nome de “Chocolates Ariane”, em ho- GERENCIANDO RISCOS


menagem à filha mais velha. Dois anos depois, Anto- A infância de Jorge Eduardo de Souza foi marcada por
nio montou uma pequena fábrica nos fundos da loja, muitos contratempos. Ainda muito jovem, seu pai, o mi-
onde produzia bombons caseiros, que, aos poucos, neiro Luiz Abraão de Souza, veio tentar a vida em São Pau-
foram incorporados com sucesso. A irmã de Carmen, lo. Depois que arrumou emprego, voltou à terra natal e
Susana, passou a ajudá-la com os tachos até Antonio trouxe a mulher, Maria de Lurdes Souza. No começo da
sair de vez da fábrica em que trabalhava. Os clientes já nova vida moravam em um cortiço na Liberdade.
formavam fila, principalmente na Páscoa, e a empre- Com um pouco de dinheiro Luiz comprou uma casa
sa passou a contratar funcionários, inclusive a maior muito simples em um loteamento barato em Artur Al-
boleira da região, vim, mas a família
dona Ninete. saiu do local quan-
Com o aumento do uma chuva tor-
dos pedidos, An- rencial provocou
tonio montou a a erosão do terre-
fábrica na própria no da casa onde
casa até sair o re- moravam. Foram,
sultado judicial da então, para a Fre-
compra de outras guesia do Ó, onde
duas residências estava grande par-
onde seria cons- te da família dos
truída uma fábri- migrantes. Maria
ca mais moder- de Lurdes encami-
na. Durante esse nhou o filho para a
período, a família, melhor escola par-
que estava total- ticular do bairro,
mente envolvida pagando sua edu-
na empresa fami- cação com o que
liar, juntou dinhei- ganhava como
ro para comprar diarista. Seu filho
as máquinas sem não seria um “co-
fazer dívidas. mum”, ela dizia.
Em 2001, a em- Nessa fase, Jorge
presa mudou-se, procurava ajudar os
enfim, para a nova pais. Junto com um
sede na rua José amigo de infância
Jannarelli, onde foi mantida a forma caseira de fabrica- saía de madrugada a fim de comprar limões para ven-
ção dos bombons, bolos e pães de mel. Hoje, a Choco- der na Feira da Consolação.
lates Ariane também funciona numa loja Adolescente inquieto, Jorge conseguiu trabalho
ÓMito: no Shopping Butantã. A meta, agora, em uma multinacional devido ao bom resultado de
Pai rico, filho nobre, não é crescer muito, o que exigiria seu teste de QI. Fez carreira nessa empresa e aos 18
neto pobre
maior estrutura. Antonio Carlos anos chefiava uma equipe numerosa, época em que
Ì DesMistificação: a revista quer manter a qualidade dos se matriculou em Administração no Mackenzie. Na
forbes mostra que algumas centenas de
pessoas e famílias mais ricas dos estados produtos, o que o diferencia. multinacional, entre outras coisas, foi convidado para
Unidos constituíram empresas familiares Os 60 funcionários que a loja formar uma corretora da associação patronal da sua
no início do século, também os netos
e bisnetos destas famílias não são tem remetem ao começo des- empresa, com a missão de criar soluções para que a
pobres, alguns são mais ricos ta história onde apenas Antonio categoria empresarial pudesse administrar com eficá-
que seus avós
e Carmen mexiam os tachos de cia seus riscos e seguros. Aos 36 anos resolveu aban-
chocolate e esfriavam o produto der- donar, com o apoio da esposa e dos filhos, todos os
retido no mármore. benefícios e uma carreira executiva de 22 anos para
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abrir o negócio próprio, a Úni-
ÓMito: ca Corretora de Seguros.
Competência
gerencial do fundador Jorge foi à busca de seu
ÌDesMistifiCação: sonho ao abrir a compa-
o sucesso do fundador se deve nhia com a esposa Arlene.
mais ao senso de oportunidade
do que à sua capacidade O começo foi difícil e para
gerencial balançar sua decisão, rece-
beu uma proposta de trabalho
excelente, mas nesse momento a
família se mostrou muito forte seguindo com o pla-
no inicial. Hoje, com 18 anos de experiência, a Única
está entre as 30 maiores corretoras do país.
Baseado em sua trajetória, Jorge sempre pro-
curou orientar seus filhos a “voarem sozinhos”,
então, ao ingressarem no Ensino Médio, eles
tiveram que “se virar” e procurar uma ocupação.
Todos começaram a trabalhar cedo e acharam
por bem iniciar na empresa do pai. A primeira foi
Juliana, que, aos 14 anos, cobriu a saída de uma
recepcionista. Jorge sempre foi mais duro com os
filhos do que com os outros funcionários porque,
além de cobrar eficiência no trabalho, cobrava
também educação. Eles tinham que ser exemplo
e não os “filhos do dono da empresa”.
Depois de Juliana veio a Camila, que saiu em
busca do conhecimento de diferentes modelos
de gestão. Depois vieram a Marina e Jorge Filho,
que aprenderam a base profissional na Única,
mas que também preferiram trabalhar em outras
empresas. Jorge Filho pretende, depois de pegar
outras experiências, voltar e perpetuar a empresa
do pai. Jorge confidencia que o sucesso se deve,
em parte, em saber exercitar os papéis dentro da
família e do trabalho. Na Única ele é o presidente.
Em casa, a presidente é Arlene.

Família Souza.
Acima: Arlene,
Juliana e Jorge.
Ao lado, a família
completa

foto: marcela egas

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ATRAVÉS DAS GERAÇÕES


Formado em oftalmologia pela, hoje,
Faculdade de Medicina da USP, Wal-
demar Belfort Mattos, em 1920, junto
com outros colegas, montou o Institu-
to Penido Burnier em Campinas, onde
também foi vereador. Dez anos depois,
voltou para São Paulo e montou sua
primeira clínica, na avenida Barão de
Itapetininga. Nesse mes-
mo ano ganhou o
primeiro prêmio da ÓMito: A família
Academia Nacio- é barreira à modernidade
nal de Medicina. ÌDesMistificAção:
Considerado família não é sinônimo
de atraso e conservadorismo
um médico di- e pode agregar novas
ferenciado, teve idéias e conceitos
cinco filhos, três
dos quais, médicos.
Waldemar faleceu em 1957, quando
o filho caçula, José Belfort Mattos, ti-
nha apenas 16 anos.
José Belfort Mattos, depois de forma-
do, passou a trabalhar na clínica do pai.
Com o crescimento da cidade e o agra-
vamento de problemas relacionados ao
trânsito, a clínica mudou para os Jardins.
Em 1969, José Belfort decidiu mo-
rar no Morumbi. Quase trinta anos
depois, junto com seus filhos, todos
também formados em oftalmologia,
Armando, Valéria e Fabíola, fundou,
na região, a nova filial da clínica Belfort
Mattos Instituto de Olhos, em 1997.
Fabíola, a filha mais nova, conta que a
oftalmologia sempre esteve em pau-
ta nas reuniões de família, bem como
as histórias do avô pioneiro, incenti-
vando-a a seguir na área.
Para gerenciar as clínicas, a família pre-
cisou se inteirar sobre os processos de
administração e contabilidade, o que
nem sempre é fácil para um médico,
mas que faz parte do processo de
aprendizagem de se manter uma em-
presa familiar.

Família belfot mattos: José,


Armando, Fabíola e Valéria
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ÓMito: EM CONSTRUÇÃO da empresa. Dos cinco filhos de Leobaldo, apenas


A harmonização e a Quando a região ainda era um imenso ma- um não trabalha com ele.
solidariedade existentes tagal, Leobaldo Nascimento Filho abriu É muito comum surgirem assuntos ligados à empre-
entre a família fazem com
que os líderes ignorem a situação seu primeiro escritório de administração sa nos almoços de domingo, apesar de se verem du-
da empresa imobiliária, em 1970. Após alguns anos, rante toda a semana, inclusive aos sábados. De certa
ÌDesMistificAção: Muitos ingressou também na área de locação de forma, todos os familiares tentam, muitas vezes sem
líderes têm consciência das
diferenças de papéis imóveis. Com o crescimento do negócio, sucesso, se policiar para que não se fale de assun-
existentes na família sua esposa Amarildis deixou a profissão de tos profissionais fora do local de trabalho. Leobaldo
e na empresa
professora de matemática para tornar-se ge- sempre foi o principal defensor desta idéia, e quando
rente da Fanel Imobiliária. surgem assuntos profissionais fora dos domínios da
Nos anos 80, Leobaldo começou a trabalhar também companhia, ele é o primeiro a dizer: “este assunto nós
com venda de imóveis, e dez anos depois, dois de discutiremos na empresa amanhã”.
seus cinco filhos, Gabriel e Cristina, ingressaram na Os casos apresentados desmistificam muitas im-
empresa. Sempre inovando, no final da década de pressões negativas sobre as empresas familiares
1990 diversificou as atividades passando a exercer e que a família está longe de ser uma “instituição
Família Fanel. serviços de arquitetura e reformas de imóveis. Este falida”, muito pelo contrário, ela torna-se o ancora-
Da esq. para fato marcou a entrada na empresa de mais uma filha douro e cria relações de solidariedade e união. As
a dir.: Gabriel, do casal, a arquiteta Catarina, que assumiu uma nova empresas familiares contribuem de forma signifi-
Cristina, Amarildis, empresa, a Fanel Arquitetura. Para unir as duas com- cativa para a economia das regiões em que estão
Leobaldo, Catarina panhias num plano estratégico e de marketing, Gui- inseridas mostrando fôlego em uma caminhada
e Guilherme lherme, outro filho, também veio integrar o quadro que, pelo visto, será longa.

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agenda morumbi

CALENDáRIO
DO MORuMBI
até 31 de agosto dia 15: Singer – Touca de banho (levar 26 de julho
eXPosIÇÃo “PresenÇa jaPonesa na arte agulha e tesoura) curso: fItoteraPIa módulo I
brasIleIra: da fIguraÇÃo à abstraÇÃo” dia 16: Culinária – Receitas de todo o Introdução, Farmacobotânica,
A mostra reúne obras de artistas mundo com Camil Fitoquímica, Formas farmacêuticas,
japoneses e nipo-brasileiros consagrados. dia 17: Culinária – Receitas saborosas Plantas medicinais e suas aplicações,
Entre os destaques da mostra estão as com a Perdigão Receituário (teórico).
obras “Fome” e “Aliança III” de Manabu dia 18: Culinária – Receitas Arosa LocaL: Instituto Brasileiro de
Mabe; “Igreja da Liberdade” de Kiyoji dia 21: Culinária – Receituário junino Naturopatia Av. Dr. Guilherme
Tomioka; pinturas de Tomoo Handa, Dona Benta D. Villares, 327
Massao Okinaka, trabalhos da série “Espaço” dia 23: Saquinho de presente bordado horário: das 9 às 17h
de Yutaka Toyota e Cerâmica de Kimi Nii. com ponto cruz (levar agulha e tesoura) informações: 3746-5913
LocaL: Palácio dos Bandeirantes dia 25: Cachecol de crochê de grampo inVestimento: 2 X de R$ 145
Avenida Morumbi, 4500 dia 30 : Culinária – Cozinha prática Ajinomoto Módulo II: 23/08
Agendamento Eletrônico: LocaL: Shopping Butantã – Av. Professor
www.acervo.sp.gov.br Francisco Morato, 2718
horário: de terça a sexta-feira, de hora horário: das 14h30 às 17h30 31 de julho
em hora, das 10 às 17h (grupos de até informações e inscrições: 3723-3900 show muse: Pela PrImeIra vez no brasIl
dez pessoas). Sábados, domingos e gratuitos LocaL: HSBC Brasil – Rua Bragança
feriados, de hora em hora, das 11 às Paulista, 1281 – Chácara Santo Antonio
16h (grupos de até dez pessoas). 24 de julho horário: 22h
Visitas são acompanhadas por educadores. show the beats: “the best beattle band informações: www.hsbcbrasil.com.br
informações: 2193-8282 In the world”
entrada franca LocaL: HSBC Brasil – Rua Bragança de 31 de julho a 3 de agosto
Paulista, 1281 – Chácara Santo Antonio
até 27 de julho esPetáculo “sombrero”
horário: 21h30
Com SOMBRERO, o coreógrafo
festIval de teatro de bonecos informações: www.hsbcbrasil.com.br
e realizador Philippe Decouflé
LocaL: Shopping Jardim Sul – Piso
Térreo – Atrium de 25 de julho a 24 de agosto se apresenta também como um
dias: de quinta a domingo 2ª eXPosIÇÃo “arte sem tamanho” excelente criador de desenhos
horário: às 17h ambIentes com estIlo, eXPosIÇÃo de animados. Durante o espetáculo surge
gratuito mInIaturas uma seqüência de divertidos e oníricos
LocaL: Centro Cultural Apsen, na Casa da quadros unindo dança, teatro e vídeo.
de 14 a 30 de julho Fazenda do Morumbi – Av. Morumbi 5594 LocaL: Teatro Alfa – Rua Bento Branco
cursos do shoPPIng butantà horário: terça a sábado das 12 às 20h e de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro
dia 14: Pintura acrílica sobre tela (levar aos domingos das 12 às 18h horário: quinta a sábado, 21h, e
tela na medida 20 x 20 ou 30 x 20 e informações: 3739-5100 domingo, 18h
pincel chato nº 14) Visitação gratuita informações: 5693-4000

Apoio cultural
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gente entrevista

de 1 a 10 Sharon Beting
1
aberto ao público no dia 31 de maio, depois de dois O que O ShOpping Cidade Jardim traz de maiS
anos em construção, o Shopping Cidade Jardim oferece inOvadOr?
aos seus clientes, antes de mais nada, o conceito de nossa inspiração foram as ruas de comércio
luxo. ao todo serão 180 lojas, das quais 120 já abriram das capitais mais elegantes do mundo, por isso o
empreendimento foi projetado para criar um clima
as portas. os corredores têm ares de alamedas, pois dão
agradável, de segurança e conforto. as lojas são de
para um jardim com árvores nativas como palmeiras e frente a grandes jardins e a iluminação é natural.
sibipirunas. o shopping apresenta outras curiosidades,

2
como o primeiro fraldário para cães do mundo, e traz O ShOpping Cidade Jardim trabalha COm
como garota-propaganda a atriz Sarah Jessica Parker, COnCeitOS SuStentáveiS?
a preocupação com a preservação e implan-
a escritora Carrie Bradshaw do seriado Sex and the
tação de áreas verdes resultou em que parte do ter-
City, que adora o mundo fashion. Para nos revelar um
reno a ser ocupado pelos edifícios residenciais e pelo
pouco mais sobre a essência desse empreendimento, a shopping seja reservado para áreas permeáveis. ou-
diretora do Shopping Cidade Jardim, Sharon Weissman tra área será destinada à preservação da mata atlânti-
Beting, nos concedeu uma entrevista. ca nativa. além das áreas de mata, estão sendo plan-
tadas árvores que irão ornamentar as alamedas por
onde circularão os veículos. no total, está previsto o
Foto: d iv ulgaç ão

plantio de 100 palmeiras imperiais de dez metros de


altura e mais outras 300 árvores. Para assegurar a in-
tegridade das plantas durante a obra, foi construído
um viveiro que abrigou as árvores que foram replan-
tadas no interior do shopping e que ainda abriga as
árvores que comporão um bosque.

3
COmO O empreendimentO trata a queStãO da
água e dO lixO?
o Parque Cidade Jardim tem reservatórios
de captação de água pluvial, que será utilizada para
regar os jardins e lavar ruas e praças. também insta-
lará uma estação de tratamento prévio do esgosto.
Sobre o lixo, estamos desenvolvendo um progra-
ma de coleta seletiva onde funcionários, lojistas e
moradores das unidades residenciais receberão um
treinamento de como separar o material.

4
qual O perfil COmpOrtamental dO públiCO dO
ShOpping?
nossa percepção é de que os consumidores
são muito parecidos, não importa onde estejam. São
pessoas que compartilham as mesmas informações
e dispõem das mesmas facilidades. Por isso, fizemos
um shopping com padrão internacional.

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5
Quais os principais “trunfos” do shopping
para conQuistar seu público-alvo?
O shopping oferece uma experiência dife-
rente para atender uma área da cidade de altíssimo
poder aquisitivo. O foco não é só em consumo ma-
terial, uma vez que alguns espaços oferecem cultura
(Livraria da Vila com uma unidade da Casa do Saber),
lazer (sete salas Cinemark), bem-estar (Spa Cidade
Jardim) e saúde (Academia Reebok).

6
em Quais pontos você se identifica com os
conceitos do shopping?
O mais importante para realizar um projeto
especial é entender o que o cliente precisa. Antes
de tudo, eu me identifico como freqüentadora do
shopping.

7
de Que forma o shopping está preocupado
com a comunidade do entorno?
A construtora do Parque Cidade Jardim, em
parceria com a Associação de Moradores do Jardim
Panorama e com a Associação Evangélica Beneficen-
te (AEB), desenvolve um projeto na comunidade, que
procura identificar e desenvolver as competências
profissionais básicas e necessárias para os moradores
poderem assumir postos de trabalho gerados pelos
edifícios residenciais e pelo shopping.

8
Que tipos de desejos pessoais o shopping
satisfaz?
Além dos de consumo, satisfaz os desejos de
proximidade com a natureza e lazer.

9
Que facilidades o shopping oferece aos seus
freQüentadores?
A praticidade de resolver a vida num só lugar
com conforto e segurança.

10
de Que maneira o shopping cidade jardim
se comunica com a região em Que está
inserido?
Tentando atender da melhor forma as expectativas e
carências da região.
dolce morumbi 27
de bem com a vida lar, dolce lar Por Silvia Utsch

Beleza
é promessa de felicidade?
divulgação dellanno

Em recente entrevista à revista Vida das coisas que o cercam. Obviamen- É importante pensarmos o quanto a
Simples publicada na edição jun/08, te, um belo projeto arquitetônico não arquitetura ajuda a definir ou eluci-
e também no DVD Arquitetura da Fe- pode transformar ninguém em pessoas dar quem somos. A partir da elabo-
licidade, o filósofo e escritor Alain De sempre contentes, contudo, pode-se ração de um projeto arquitetônico,
Botton diz que “a beleza tem grande afirmar que a boa arquitetura sugere cada um acaba se fazendo inúmeras
influência no nosso humor. Quando um estado de espírito a cada um. perguntas sobre seus hábitos, estilo
falamos que uma cadeira ou uma casa De Botton exemplifica essas questões de vida, aquilo que gosta e o que
é bonita, o que realmente estamos di- de maneira muito simples: “o gos- não gosta, e todas essas reflexões
zendo é que gostamos do modo de to das pessoas nos diz muito sobre a levam a um conhecimento interior
vida que ela nos sugere. Aquele objeto vida delas. Um determinado sofá, por mais profundo. O escritor conclui
tem um jeito que nos atrai”. Entretan- exemplo, pode sugerir todo um estilo que “a conseqüência disso é uma
to, a beleza não nos faz sempre felizes. de vida, uma atitude diante da existên- residência que reflete o lugar que
“Todos nós sabemos quando nossos cia. Essas discussões, comuns em lojas dá suporte a quem a pessoa gosta-
problemas são grandes demais para de móveis, partem, na verdade, de um ria de ser idealmente, que a ajuda a
serem resolvidos por uma pintura ou conflito sobre o que é significativo e se manter em suas condições mais
uma vista agradável. Porém, belos ce- realmente vale a pena. De um sofá favoráveis e vantajosas. Que traz cal-
nários nos lembram momentos de geométrico de design italiano, um ho- ma, se for alguém inclinado a entrar
satisfação e bem-estar. Eles se tornam mem diria: ‘Amei esse sofá’. Na verdade, em pânico. Remete à tranqüilidade
importantes justamente porque não o que o atrai é a ordem, a lógica e a da natureza quando a vida pare-
estamos sempre felizes. Alguém que es- racionalidade que a peça sugere. En- ce tomada pela rotina inflexível do
tivesse sempre feliz encontraria muito quanto isso, sua esposa reclamaria des- mundo concreto. E devolve a ele-
pouco valor numa arquitetura bonita”. sa mesma peça porque ela adoraria in- gância que a vivência urbana diária
Manter o mesmo humor independen- serir em seu casamento as virtudes da o fez perder. Em outras palavras, a
te de se estar em um hotel barato ou calma, da doçura e do romantismo que casa é um lugar de abrigo, não me-
em um palácio seria o ideal. Mas, infe- ela detecta numa chaise-longue estilo ramente físico, mas, ainda mais im-
lizmente, o ser humano é altamente século VXIII. Por isso, as brigas nas lojas portante, emocional”.
vulnerável às mensagens que emanam de móveis são inteiramente lógicas”. Qual é a sua promessa de felicidade?

SILVIA UTSCH é arquiteta e urbanista e moradora do Morumbi. e-mail: msutsch@ajato.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br
28 dolce morumbi
fort house

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DE BEM COM A VIDA GASTRONOMIA

BEM-CASADO

FONDUE DE CHOCOLATE CACHAÇA


COM BANANA FULÔ
Por que não uma fondue brasileira neste inverno? O Res- Na panela de fondue, derreta o cho-
taurante Bananeira traz para esta temporada uma su- colate junto com o vinho branco. Leve
gestão de fondue com inspiração nacional, uma vez que ao fogo brando, acrescente o creme
nossa cozinha se revela numa profusão de influências: de leite e sirva em seguida. Deguste
indígenas, africanas e européias. Os produtos da terra com banana-prata ou bananinha-ouro
tornam esta opção diferente combinando de maneira (de acordo com a preferência pessoal).
harmônica e ardente. Para acompanhar: manga, coco fresco,
A cachaça Fulô, feita de maneira artesanal no Rio de Janeiro, castanha de caju, beiju de tapioca, sor-
enaltece o sabor da fondue. Guardada em velhos tonéis de vete de tapioca e uma boa cachacinha,
carvalho, seu toque caseiro dá um toque de brasilidade a mais como Fulô ou Ypióca.
às frutas tropicais, principalmente à brasileiríssima banana.
SERVIÇO
PREPARE A FONDUE EM CASA: RESTAURANTE BANANEIRA
250 g de chocolate ao leite R. Marechal Hastimphilo de Moura, 417
Tel.: 3502-4635
250 g de chocolate meio amargo www.bananeiramorumbi.com.br
100 ml de vinho branco Fondue e dose de cachaça: R$ 42
100 ml de creme de leite fresco (para duas pessoas)

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Um japonês
DE BEM COM A VIDA teSt drive Por renato Corrêa

fotoS: divulgação
Em 1998 a Nissan escolheu o Brasil para se estruturar meiro carro médio da Nissan mostra-se bem posi-
no Mercosul. No final de 2001 inaugurou, no Estado cionado num mercado de grande concorrência.
do Paraná, uma planta onde iniciou a produção das Apresentado no Salão do Automóvel em 2006,
versões cabines dupla e simples da picape Frontier teve o início de suas vendas em maio de 2007, com
e, mais tarde, do utilitário esportivo XTerra. A rede de três versões: 2.0 mecânico com seis marchas e au-
concessionárias, que era de 17 pontos de venda, pas- tomático; 2.0 S também nas duas opções e o 2.0
sou para 65 em maio de 2007. SL automático que é o topo de linha, cujos preços
A empresa japonesa se preocupa com a preservação andam hoje entre R$ 59 mil e R$ 75 mil.
do meio ambiente e com a qualidade de vida das As três versões oferecidas no Brasil (2.0, 2.0 S e 2.0 SL)
pessoas em todo o mundo. Para cumprir essas pre- são equipadas com motores com bloco de alumínio
missas, a Nissan patrocina e apóia atividades esporti- quatro cilindros 16V e com 142 cavalos. Dois tipos
vas e sociais, como também mantém rígido controle de transmissão estão disponíveis: a manual de seis
dos níveis de ruídos, emissão de poluentes, qualidade marchas e a Xtronic® CVT com função overdrive.
da água e do lençol freático em sua fábrica de São A Xtronic tem funcionamento muito suave e o mo-
José dos Pinhais, Paraná. A fábrica atende a todas as torista não sente as mudanças como num câmbio
especificações do certificado ISO 14001, um atestado automático convencional. Essa transmissão é con-
de excelência na gestão ambiental. tinuamente variável, como se o câmbio tivesse in-
Fabricado no México, a sexta geração do Nissan Sen- finitas marchas, o que mantém uma fina sintonia
tra está no Brasil para disputar o mercado dos sedãs entre motor e câmbio, proporcionando melhor
médios. Passado um ano de seu lançamento, o pri- rendimento e economia.

32 dolce morumbi
s fabricado
no México

Para transportar a bagagem, o


Sentra apresenta várias alternativas
na composição do porta-malas,
inclusive um fundo falso entre
o porta-malas e o banco traseiro;
a quantidade de porta-trecos
também satisfaz

Todas as versões são equipadas com freios ABS, air- A briga pelo mercado é forte e a
bag duplo, toca-CD com entrada para MP3, ar-condi- concorrência é grande como mostra
cionado, chegando ao modelo SL com teto elétrico, a tabela, na categoria, por marca,
bancos de couro, faróis auxiliares, computador de modelo e número de unidades
bordo etc. vendidas de janeiro a maio de 2008 (*).
Para transportar a bagagem o Sentra apresenta vá- Honda Civic 27.507
rias alternativas na composição do porta-malas, pois GM Vectra 19.297
além de ter acesso pelo encosto do banco traseiro, GM Astra 14.313
há ainda um fundo falso entre o banco traseiro e o Toyota Corolla 13.191
Citroën C4 9.549
porta-malas onde se pode guardar objetos que não
Ford Focus 7.506
devem ficar à vista, tendo ainda uma rede com gan- Fiat Stylo 7.467
chos para fixação de volumes. VW Golf 7.292
A quantidade de porta-trecos (garrafas, latinhas, CDs, Peugeot 307 7.160
óculos e outros) também satisfaz. Renault Mégane 5.147
Nissan Sentra 3.301
O plano de trabalho SHIFT Mercosul, da Nissan, prevê
VW New Beetle 2.682
a duplicação da rede de concessionárias no Brasil e o Nissan Tiida 1.394
lançamento de seis novos modelos até 2009. Serão Kia Cerato 673
feitos investimentos da ordem de US$ 150 milhões e
(*) dados fornecidos pela ABEIVA –
a previsão é que se venda 40.000 unidades, incluindo Associação Brasileira das Empresas
todos os modelos de sua linha de produtos. Importadoras de Veículos Automotores

Renato Corrêa – rcorrea@aclnet.com.br DOLCE MORUMBI 33


DE BEM COM A viDA moda

Inverno com
Estilo e
por ClAUDiA CAStEllAN Criatividade
Começo esta matéria com um exercício opacas, lisas ou trabalhadas, dependendo preta, café, cinza-mescla ou vinho. Meias
que não requer material, muito tempo do que irá por cima. Explico: estas meias lisas são mais fáceis de combinar com
ou localização especial. Bastam alguns combinam com sapatos mais pesados roupa de trabalho e de dia-a-dia e podem
minutos numa rua de uma grande cidade – isso não quer dizer fechados – roupas estender para a noite sem maiores com-
cosmopolita como a nossa, ou poderia mais leves como opção e saias até o joe- plicações. Certamente você viu alguns
ser Curitiba ou Nova York no inverno, para lho. Nada de usar com vestido longo. desfiles onde circulavam meias de látex
constatar que a maioria das mulheres (so- O que realmente não pode é um mix de ou cintilantes. Pode usar? Pode, se você
bretudo as mais jovens) opta pelas calças texturas, se a saia já está em um material tiver menos de 25 anos (melhor à noite e
em detrimento das saias, uma pena. Neste trabalhado, opte então por uma meia lisa com roupas opacas e sapatos opacos) ou
inverno basta uma linda meia-calça – sim que pode, sim, ser de cor contrastante se estiver numa passarela, literalmente.
elas voltaram – para que o eterno e clássico for para compor um visual mais informal. Outro hit do inverno é, sem dúvida, o cha-
símbolo da feminilidade saia do armário. Vale lembrar que meias coloridas e claras péu, não muito apreciado pelas brasileiras
Mostrar pernas é um desafio à elegância engrossam as pernas. Use-as se for seu de- até então, mas este modismo, há uns três
feminina e este é o espírito que se deve sejo, assim como as mais grossas lisas ou anos, parece ter vindo para ficar!!! Ótimo,
assumir para usá-las como elemento cha- caneladas. Não esqueça que em contraste porque tanto para o dia quanto para a
ve para definir a silhueta. A saia rodada é com outra cor de roupa elas diminuem vi- noite fazem a mulher sentir-se muy pari-
mais usada no verão, e no inverno, linha A sualmente sua estrutura, daí que para mu- siense. Perfeito para looks urbanos, mo-
ou lápis. Contempladas as tendências, há lheres com menos de 1,70, monocromáti- dernos ou mais românticos, o principal é
que se avaliar aspectos práticos. Ou seja, cos como preto e cinza ou preto e vinho encontrar o modelo certo ao seu formato
é importante perceber que nem todos os proporcionam um melhor resultado. de rosto e ocasião.
modelos servem às pretensões femininas Sapatos de camurça ornam muito bem
e que até as mais simples exigem cuida- com meias opacas finas ou grossas. RegRas geRais:
dos. Mas como esta matéria é focada nos Regrinha básica: quanto mais trabalhada 1- Chapéu e derivados foram feitos para
complementos, as meias são o mais forte for a meia, mais simples devem ser a rou- proteção, portanto nunca devem ser usa-
companheiro desta que é a peça ideal pa e o sapato. dos em locais fechados (Ah! Então madri-
para transformar um visual clássico numa Meias rendadas, apenas à noite. De dia, nhas que fazem questão de usá-los no altar
“tradição moderna”. dependendo da ocasião, até pode usar, da igreja ou sinagoga... estão erradas? Sim,
Depois de muito tempo esquecidas, agora desde que seja geométrica. corretas apenas as que usavam, e na dé-
elas vêm repaginadas, ou seja, nada de fio Se essa for sua primeira inclusão fashion cada de 1980, arranjos pequenos). Se fizer
transparente; esta moda pede fio 60 ou 80, neste acessório, prefira cores básicas como uso em uma ocasião a céu aberto lembre-

Claudia Castellan é consultora de imagem, consultora de private label, especialista em marketing


34 dolce morumbi
LOUiS vUittOn MARk jACObS DASLU bALEnCiAgA tESS

se de tirá-los ao entrar num local fechado. Rostos triangulares, cuidado: o modelo tricôs de pontos e fios mais grossos e aber-
2- Esqueça se sua intenção for fazer “tipo”, acentua a diferença entre testa e queixo. tos fazem um visual mais informal e combi-
fica forçado e você irá se atrapalhar com • Chapéus de brechó, se não quiser pare- nam com peças nesse pretexto. À noite ou
ele. Como ele chama todas as atenções cer saindo de um museu, misture o retrô numa ocasião onde impera mais formalida-
para seu rosto, um make básico é essen- com básicos e peças contemporâneas de, pashminas, lenços ou echarpes de seda
cial. Assim como brincos pequenos ou a que não tenham nada a ver com o estilo acompanharão melhor a roupa e o make.
ausência deles. Cuidado com o modelo, antigo do acessório. Para dar um toque de cor e realçar o pes-
ou parecerá, na melhor das hipóteses, • Peças com formas arredondadas suavi- coço, coordene echarpes estreitas e colo-
uma colegial... zam traços angulosos, e os modelos geo- ridas com o seu cardigã ou com casacos
3- Cuidado com a escolha do material: nái- métricos favorecem o rosto redondo. de decote v. Ou use tecidos contrastantes
lon é perfeito para dias chuvosos enquan- • Chapéus com abas ficam melhor em com seu cardigã ou blusa de forma que
to lãs e feltro para os mais friozinhos. cabelos curtos, médios ou presos. Mo- este sobressaia.
Chapéus, como todo acessório, comple- delagens sem aba, como as boinas e Ok, esta matéria foi longa e você já sabe
mentam a produção. Então, se deseja um bonés, podem ser usadas com cabelos os principais acessórios desta tempora-
visual sessentinha, boina; anos 20, cloche; longos e soltos. da, mas não é necessário sair correndo
fashion , 70 e atual gorro de paetês. • Chapéus coloridos ou estampados, neu- para fazer compras. Abra seu guarda-
Há muitos para usar e abusar com seus tralize a roupa e use com cabelo preso e roupa, veja o que realmente combina
infinitos feitios. Escolha o modelo, arrisque sem brincos e colares. com você (estilo/silhueta/idade) e suas
em formas irreverentes e reinvente os con- Assim como o chapéu, as echarpes e len- roupas e decida – pode ser uma meia
vencionais com fitas e aplicações!! ços realçam o rosto e podem fazer uma canelada e uma boina, uma echarpe
Como saber o que combina com você? grande diferença na produção final, acer- mais leve para seus cardigãs fluidos,
Prove muitos em vários formatos, mate- tada ou não. uma meia opaca vinho para quebrar a
riais e cores. Se o seu pescocinho é curto e grosso, sisudez do paletó e saia-lápis cinza-es-
nada de amarrações nele, principalmente cura... não saia misturando elementos,
Dicas: se você for mais baixinha, sua aparência lembre-se das palavras de Carolina Her-
• Cloche é a palavra sino em francês. O ficará atarracada e isso com certeza você rera: “Fashion victims existem porque
modelo, bem feminino e anos 20, alonga não quer! Use peças lisas e mais escuras e elas querem estar na moda, mas não
o rosto – indicado para quem precisa de longe do pescoço. sabem o que vestir”.
uns centímetros extras. Funciona bem em Ao contrário, se ele for fino e longo e você Alguém contesta???
quem deseja disfarçar testa alta. também mais magra, enrole-se à vontade. Um aconchegante inverno pra vocês!

de moda, professora universitária e do Senac , palestrante e autora de cursos na área de moda. www.claudiacastellan.com.br. E-mail: claudiall@ig.com.br. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.
dolce morumbi 35
DE BEM COM A VIDA TECNOLOGIA Por Leandro Linhares

NOVIDADE EM GAMES:
BRINQUEDINHO LEGAL

DIVULGAÇÃO
Não teve jeito, tive que me entregar a ele... Confesso que inicial- movimentos dos braços na tela da televisão. No jogo de golfe, o
mente resisti... Mas foi incontrolável... A sétima geração do video- controle é utilizado como um taco, ele capta a velocidade da batida,
game da Nintendo é surreal. Estou falando do Wii (http://wii.com). os eixos verticais e horizontais simulando o toque na bolinha.
Se o leitor nunca ouviu falar nele, pergunte para uma criança na Conectando alguns periféricos no controle, como o Nunchuk
faixa dos 12 anos, ela com certeza conhece. (uma alavanca anatômica em formato de gatilho), ele torna-se
A mudança já começa pelo nome, que lembra a palavra “We” (nós, uma pistola para jogos, como acertar discos, tiro ao alvo e outros.
em inglês) para enfatizar que o jogo é para todos, não só crianças, Ou é possível encaixar o Wiimote em um acessório em formato
mas adultos também. Além disso, o duplo “i” tem o significado de de volante (chamado de Wheel) para simuladores de corridas.
mais de uma pessoa, indicando que o jogo é mutilplayer, ou seja, Além do Wiimote existem outros controles que podem ser ad-
para ser jogado por mais de uma pessoa. quiridos, como o WiiFit, que captura os movimentos dos pés e
A proposta desse jogo se resume em uma palavra – interatividade – e faz o boneco (literalmente) dançar na tela, ou ainda, simular um
o coração do jogo é o controle dele, o Wii Remote (também chamado skate, prancha de surf e outros objetos.
de Wiimote) – um controle, sem fios, que capta os movimentos que É claro que o modelo “clássico” de gamepad (joystick de movi-
mentos verticais e horizontais com botões) foi mantido nele,
pois os jogos da geração anterior do videogame são suportados
por ele. O Wii também pode ser conectado à internet e é possí-
vel disputar uma partida de tênis ou fazer parte de um time no
campeonato internacional de boliche.
O pulo-do-gato que a Nintendo conseguiu com essa nova ge-
ração de videogames foi fazer com que crianças (e adul-
tos) se movimentem na frente da televisão ao invés
de ficarem sentadas de forma estática diante dela,
o jogador faz ao movê-lo, funcionando como uma espécie e seu custo, cerca de US$ 250 nos Estados Unidos,
de “mouse aéreo”, capturando os três eixos de dimensões (x, que é abaixo de videogames da mesma geração, fez
y e z). Além disso, ele conta com sistema de vibração e um a Nintendo retornar para o primeiro lugar na venda
pequeno alto-falante que emite sons mais simples e próximos, de consoles de games, posição que ela não tinha há
como o bater da espada ou o som de um tiro, que quando acer- quase 17 anos. No Brasil seu custo médio é de R$ 1.250,
tam seus alvos têm os sons emitidos pela televisão, dando a impres- mas vale a pena comprar. É garantia de horas de diversão para
são do movimento da bala/flecha no ambiente. todos (gente pequena, e grande também).
Alguns exemplos de jogos que se aplicam o controle são incríveis, SERVIÇO:
como por exemplo, uma luta de boxe: quando se segura o controle Revenda autorizada no Morumbi: MISTERTECH
na mão ele se comporta como uma luva, reproduzindo todos os Shopping Jardiim Sul - Piso Térreo – 3892-8589 – www.mistertech.com.br

Leandro Linhares é consultor de informática. E-mail: linharesleandro@hotmail.com. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br
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ESPECIAL

Autoridades
sinalizam
propostas para o
trânsito O TRÂNSITO NO MORUMBI – PARTE III

O trânsito é a “bola da vez” na cidade de São Paulo, mas


dizer que o volume de trânsito transcende o trânsito
é simplificar o assunto. As autoridades cobram participação
da sociedade, em contrapartida temos o direito ao mínimo:
organização, orientação, fiscalização.
POR Ana Cristina Reis

38 DOLCE MORUMBI
Desde o dia 30 de junho a zona de restrição para de atendimento das 31 subprefeituras; será gera-
circulação de caminhões na cidade de São Paulo do um número para a requisição, através do qual
passou de 25 km2 para 100 km2 e nessa área os pode ser feito o acompanhamento do processo.
Veículos Urbanos de Carga (VUCs) devem obe-
decer a um rodízio. A medida não atinge a região O QUE A SUBPREFEITURA PODE FAZER
do Morumbi, mas as novas regras fazem parte Estivemos com o Sr. Luiz
da transição para a proibição total do trânsito de Ricardo Santoro, subpre-
caminhões na cidade ao longo do dia. Para nós, feito de Campo Limpo.
moradores do Morumbi, isso pode ser um sinal A subprefeitura faz diver-
de alerta. Será que mais caminhões vão circular sas ações que contribuem
no bairro durante o dia? Nessa primeira etapa do diretamente para a fluidez
programa a prefeitura pretende tirar 85 mil cami- do trânsito como: opera-
nhões do trânsito. A partir de novembro todos os ção tapa-buraco, reforma
caminhões só poderão rodar entre 21h e 5h. de guias, sarjetas e sarje-
O ritmo na malha viária supera a velocidade das au- tões, remoção de entulho
toridades de trânsito. O cidadão pode ajudar? Em e limpeza de vias.
primeiro lugar, é nosso dever cumprir código de "As obras viárias de priori-
trânsito, andar pela cidade sem “derrapar” na tenta- dade para a região, como
ção de burlar a lei – para chegar mais rápido não é pavimentação, recuperação de margens de cór- Luiz Ricardo
preciso andar na contramão da regra. E, depois, co- regos, alargamento de vias, são encaminhadas Santoro, subpre-
brar das autoridades ações que facilitem o dia-a-dia, pela subprefeitura à SIURB (Secretaria de Infra- feito de Campo
mas pelo caminho certo, objetivamente. estrutura Urbana), que analisa e aprova, e a exe- Limpo
cução se dá após licitação".
PARA ENTENDER COMO FUNCIONA A subprefeitura faz ações integradas com órgãos
A missão da Secretaria Municipal de Transportes é como CET (Companhia de Engenharia de Trafego),
assegurar a mobilidade no Município de São Pau- Eletropaulo, Sabesp etc. Os projetos que envolvem
lo. Juntamente com a CET (Companhia de Enge- especificamente a CET – lombadas, semáforos e
nharia de Tráfego) e SPTrans (São Paulo Transpor- lombadas eletrônicas – dependem de análise e
te S.A.), a secretaria tem as seguintes atribuições vistoria de seus técnicos, após demanda do muní-
institucionais: gerenciar os serviços de transporte cipe ou da subprefeitura.
A região do Morumbi está sob a
coletivo de passageiros por ônibus; regulamen- "É importante que os pedi-
administração de duas subprefeituras:
tar e gerenciar os serviços de transporte de pas- dos dos munícipes sejam fei- BUTANTÃ
sageiros individuais e coletivos; disciplinar e gerir tos através do SAC (Serviço Rua Ulpiano da Costa Manso, 201
o uso da rede viária municipal. de Atendimento ao Cidadão) Butantã – 3742-7211
A gestão dos sistemas de transporte e trânsito é con- pelo telefone 156, na Praça de CAMPO LIMPO
Rua N. Sra. do Bom Conselho, 59/65
siderada pelos urbanistas como um enorme desafio. Atendimento da subprefei-
Campo Limpo – 5819-9964
A fim de cumprir suas atribuições e viabilizar a atua- tura ou pela internet, dando
ção da SPTrans e da CET, a Secretaria Municipal de transparência ao processo e facilitando o acom-
Transportes tem também sob sua responsabilidade a panhamento da solicitação pelo interessado".
tarefa de articulação com as diferentes áreas dos go-
vernos municipal, estadual e federal, e da sociedade FAZ CERTO, DÁ CERTO
civil. Desde meados do mês de junho, a presidência O advogado João Gilberto mora no bairro há oito
da CET foi assumida, cumulativamente, por Alexan- anos. Em pouco tempo ele identificou alguns pro-
dre de Moraes, secretário municipal de Transportes. blemas, que afetam não só a vida dele, mas a de
todos os vizinhos. E foi à luta.
COMO FAZER UMA SOLICITAÇÃO Incomodado com duas pequenas ruas sem as-
Qualquer solicitação ou sugestão para a prefeitu- falto (travessas da Guilherme Dumont Villares), o
ra deve ser encaminhada e formalizada pelo site Dr. João Gilberto fez um levantamento da área,
do SAC – Sistema de Atendimento ao Cidadão identificou o local no mapa da cidade, fez um ofí-
– (http://sac.prefeitura.sp.gov.br), por telefone cio com justificativa e entregou na Praça de Aten-
(156) ou ainda pessoalmente em alguma praça dimento da subprefeitura do Campo Limpo.

DOLCE MORUMBI 39
“Não adianta ligar para a O Dr. João Gilberto procurou ajuda junto ao CON-
prefeitura e dizer que a rua SEG Portal do Morumbi, que está empenhado em
tal não tem asfalto”, disse conseguir a sinalização e a tão esperada lombada
Dr. João Gilberto. “É preciso eletrônica que deverá coibir os abusos de veloci-
seguir os trâmites legais, dade nesse trecho da avenida, evitando, em con-
criar um processo, receber seqüência, o grande número de acidentes.
um número de protocolo e Para finalizar o Dr. João Gilberto deixa o seguinte reca-
acompanhar o andamento do:“São Paulo é uma das maiores cidades do mundo e,
da ação”. como tal, é lógico que os problemas também existam
Ele ficou satisfeito com o na mesma proporção. Como a verba existente é exí-
atendimento. “O resultado gua para atender a todas as demandas, caso o comér-
já começa a aparecer. Estou cio local queira uma solução rápida, poderá, amparado
acompanhando a coloca- legalmente, se cotizar e executar às próprias expensas
ção de guias e sarjetas para o projeto de sinalização já existente junto à CET.”
que as ruas sejam liberadas
para a colocação da cama- A PALAVRA DE UM ESPECIALISTA
da asfáltica”, conta entusias- Com um currículo extenso na área de transporte
O Dr. João Gilberto mado. Além desse, Dr. João Gilberto entrou com urbano (metrô de São Paulo, diretor de Transpor-
(de camisa branca) outro pedido, desta vez diretamente na CET: colo-
acompanha tes Metropolitanos, presidente da FEPASA, diretor
cação de uma lombada eletrônica na Avenida Dr. da Rede Ferroviária Federal e secretário de trans-
a obra na rua
Guilherme D. Villares, em frente à loja Dunes. porte adjunto do governo de São Paulo), Sebas-
Eduardo Ambuba
“Este caso está um pouco mais difícil, pois a lei diz que tião Hermano Cintra diz que “as ruas de São Paulo
não é possível a colocação de mais de uma lombada não são feitas de maneira ordenada. Em Nova
eletrônica na mesma via em local próximo. Já existe York há diversas avenidas paralelas que diluem o
um equipamento quase na esquina da Guilherme trânsito. A densidade de carros por km2 em Nova
com a Hastimphilo de Moura”, diz o advogado. York é superior à de São Paulo, mas lá o trânsito

COM A
PALAVRA A Valtair Valadão, responsável pela GET 5, gerência da CET – Companhia
de Engenharia de Tráfego, que atua na região do Morumbi, recebeu
a reportagem de Dolce, após ter lido as matérias sobre o trânsito
publicadas nas edições 46 e 47.

Dolce – Na sua opinião, quais os problemas D – Como a CET trabalha na malha viária? Ali há uma grande concentração de veículos e todas as vias
da região do Morumbi? VV– A CET trabalha com turnos operacionais, viaturas eram de mão dupla, permitindo diversos movimentos. Tínha-
VV – A malha viária existente já não comporta o circulando nos principais corredores, verificando proble- mos quatro pontos de conflito nos cruzamentos dessa área. A
movimento, não oferece alternativas. As avenidas mas de sinalização, funcionamento de semáforos, inter- implantação da nova concepção, com vias de mão única, pos-
Giovanni Gronchi, Morumbi, Guilherme Dumont ferências na via. Num primeiro momento, trabalha-se sibilitou trabalhar com semáforos de duas fases melhorando o
Villares e Rua Dr. Luiz Migliano são eixos já saturados. orientando o usuário, no que diz respeito à obediência rendimento. Existe um estudo em andamento para melhorar a
E quando se chega na Marginal do Pinheiros há pou- da sinalização. A fiscalização é um mecanismo utilizado segurança de pedestres na área.
cos pontos para cruzar o rio. A recente inauguração da conforme a necessidade.
D – O que o senhor tem a dizer sobre o
ponte estaiada trouxe algum benefício para a região. D – Existe algum projeto específico para essa grande número de caminhões que circulam
O problema em uma via pode gerar prejuízo em um região ou alguma obra que esteja sendo na região?
ponto distante, mas um projeto de melhoria pode executada? VV– O problema são os caminhões para atendimento local
também refletir em um ponto distante sem que o VV– Eu gostaria de comentar uma alteração que implanta- por causa do grande volume de obras. Temos trabalhado
usuário perceba isso. mos no final do ano passado próximo ao Portal do Morumbi. para regulamentar a restrição de caminhões em algumas

40 DOLCE MORUMBI
flui mais. Isso se resolve com planejamento”. INSPEÇÃO VEICULAR
Ele diz que “a região do Morumbi tem bairros Como é feita a inspeção - Para os veículos a die-
novos que deveriam ter sido planejados. Não há sel (os primeiros obrigados ao programa), o tem-
rotas alternativas, no entanto se gasta fortunas na po médio é de sete minutos. O veículo será sub-
execução de obras que privilegiam o uso do au- metido a dois tipos de procedimento: a inspeção
tomóvel. Esse dinheiro seria mais bem aplicado visual e a medição computadorizada.
na gestão de sistemas de transporte público”. Na inspeção visual é verifi- CALENDÁRIO DE INSPEÇÃO AMBIENTAL VEICULAR
“É muito mais caro construir linhas de metrô do cado se o motor do veículo
FINAL MÊS DE DATA LIMITE
que implantar terminais de ônibus, mas o metrô está com funcionamento DE PLACA LICENCIAMENTO DE INSPEÇÃO
dá muito mais qualidade ao transporte. Eu, pes- irregular, se há emissão visí-
1 ABRIL 29/07/08
soalmente, uso o metrô” ele conta. “A região do vel de fumaça, vazamentos 2 MAIO 29/08/08
Morumbi logo vai poder contar com a linha ama- aparentes e/ou alteração 3 JUNHO 28/09/08
rela, que vai da Vila Sônia até a Luz”. no sistema de escapamen- 4 JULHO 29/10/08
to. No caso de aprovação, a 5e6 AGOSTO 29/11/08
“Há necessidade de tirar os caminhões da ci-
7 SETEMBRO 29/11/08
dade. Por isso a obra do Rodoanel é tão impor- medição computadorizada 8 OUTUBRO 29/12/08
tante. O trecho que vai da Régis Bittencourt será feita imediatamente. 9 NOVEMBRO 29/01/09
(BR116) até a Anchieta está em obras e vai ali- A inspeção computadori- 0 DEZEMBRO 28/02/09
viar a Marginal Pinheiros e Av. dos Bandeiran- zada mede o nível de ruído
tes. A conclusão do trecho está prevista para do veículo e também o nível de emissão de ga-
2010”, continua Hermano. ses poluentes.
Para Hermano Cintra há também uma questão O Programa de Inspeção Ambiental Veicular está
séria com relação ao comportamento dos moto- previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
ristas: “Há problema de falta de educação no trân- Veja na tabela as datas limite para inspeção dos
sito. As pessoas precisam aprender as regras do veículos a diesel conforme final da placa. Para mais
trânsito, não apenas para tirar a carta, mas para informações acesse www.controlar.com.br ou li-
pôr em prática”, finaliza. gue para (11) 3545-6868.

vias. Existem solicitações nesse sentido assim como pedidos e destino, implantando sinalização que garanta maior pedestres, de veículos, visibilidade dos pedestres e dos
para fiscalizar os caminhões. segurança para pedestres e veículos. veículos, com o objetivo claro de dar maior segurança
ao pedestre. Isso está sendo feito entre os shoppings
D – Como são escolhidos os locais para minir- D – Já se pensou em implantar projeto de Open Center e Portal. Foi citado na matéria a questão do
rotatórias e lombadas? mão única nas ruas Francisco Tomás de Car- estacionamento ao longo das vias, o que traz prejuízo à
VV– As rotatórias são implantadas em cruzamentos valho, descendo sentido Avenida Morumbi, e fluidez do trânsito. Estamos atentos a esse problema, e
com volumes que não justificam a colocação de um Clementine Brenne, subindo sentido Avenida a regulamentação existente está sendo reavaliada. O se-
semáforo e o equipamento existe para disciplinar o Giovanni Gronchi? máforo implantado recentemente na Giovanni Gronchi
movimento dos veículos. A CET tem projeto de pa- VV– Essa é uma solicitação feita por alguns órgãos de re- com João Sussumo Hirata está passando por adequação
dronização de lombada condicionado à largura da via, presentação do bairro, Consegs e demais moradores. Já foi de tempo e estamos fazendo o ajuste para os horários
volume de tráfego e declividade, e muitas vezes são feita uma avaliação técnica e, em função das condições da mais críticos. Eu gostaria de destacar duas obras que já
implantadas com a finalidade de reduzir a velocidade, via e declividade, a CET acredita que essa proposta traria estão em andamento e são voltadas para o transporte
embora o Código Nacional de Trânsito não recomende outros tipos de problemas, como por exemplo, o aumento coletivo e trânsito em geral: junto ao Terminal João Dias
o equipamento para esse fim. de velocidade e, em conseqüência, maior risco de acidentes. com Itapaiuna e nos dois sentidos da avenida João
A construção da Avenida Perimetral, com obra iniciada, vai Dias, entre a avenida das Belezas até a ponte João Dias.
D – O senhor pode falar especificamente trazer grande benefício para a região e naturalmente parte São obras de pequeno porte que vão proporcionar me-
sobre a rotatória que existe na confluência dos veículos que trafegam pela Avenida Giovanni Gronchi lhor aproveitamento do espaço e adequação geométrica,
da Guilherme Dumont Villares, Luiz Migliano deve se transferir para a nova avenida. principalmente junto ao ponto de ônibus. Essas obras vão
e Charles Chaplin? trazer benefício para a Giovanni Gronchi, principalmente
VV– Este é um ponto crítico e objeto de análise da CET. D – Alguma consideração sobre as matérias para quem sai da região do Morumbi. E, para terminar,
Devido ao grande volume que utiliza aquele local, há publicadas em nossas edições anteriores? gostaria de citar o comentário de uma leitora que diz ser
vários conflitos veiculares. A proposta é estudar o cruza- VV– Um estudo para melhorar a travessia de pedes- importante o respeito pela lei . É importante que a popu-
mento, priorizando os principais movimentos de origem tres passa por levantamento de dados, contagem de lação priorize o respeito à sinalização.

DOLCE MORUMBI 41
EM FOCO

MoruMbi
sustentável
A empresa Carlos Tosta Events produziu
uma belíssima festa na Dolce Vila, no dia 23
de junho, para comemorar as realizações que
marcaram o primeiro ano do projeto Recicla
Morumbi. Os convidados conheceram as
ações que inspiram condomínios e empresas
da região a adotar um estilo de vida mais
consciente. O projeto Recicla Morumbi
mostra seus frutos: cerca de cinco empresas
e 35 condomínios passaram a praticar a
coleta seletiva e a doar seus resíduos para a
cooperativa parceira do movimento.

1 2 3

5 6

7 1 Carlos Tosta, Ana Paula ipolito


Tosta e Cássio Loschiavo 2 Claudia
Potomati, rosa richter e André
Dainesi 3 Lucy e ricardo Camargo,
Denise Gonçalves, Valéria e Erik
Cavalheri 4 Cecilia e Fleury Tosta
5 Apresentação das cantoras
8 9 Estela Casselatti e Vall Tosta
6 Adriana e marcelo barbucchi
7 miriam Neves, Ernani Parreira,
Camila Cotti e Leonardo Alves
8 Lígia Paranhos e Filipe Grillet
9 Valderene Paranhos

42 dolce morumbi
espelho 48.indd 45
45
2/7/2008 13:59:19
EM FOCO

Em confraria
Os encontros “Em Confraria” realizados no mês de junho, no Clube Chalezinho, contaram com
uma novidade: os temas abordados passaram a ser pautados em comportamento. O primeiro deles,
“Surpreenda e emocione”, apresentado pela empresária Carina Chaves, da Jantar a 2, foi bastante
inspirador para o Dia dos Namorados. Em seqüência, a consultora de moda Cláudia Castellan
versou sobre “O poder da imagem” e como manter a elegância nas mais variadas situações.

1 2

1 Carina Chaves, regina Vaz e Cláudia ranauro Zuliani 2 Cláudia Castelan

HomEnagEns EspEciais
A diretora da Revista Dolce, Denise Gonçalves, recebeu duas homenagens na última semana de
junho. A primeira foi o troféu Amigos da Alfabetização, entregue na noite do dia 24, no Jantar
Solidário promovido pela Escola do Povo. A segunda homenagem foi feita no último dia 30, em
cerimônia de posse do novo presidente do Rotary Club de São Paulo-Morumbi para o ano rotário
2008-2009, na Pizzaria Mercatto. A instituição, no ano rotário 2007-2008, em um de seus vários
projetos sociais, fez doação de recursos para a aquisição de mais de 4 mil doses de vacina contra a
pólio. Essa doação foi realizada em nome de Denise Gonçalves e Silvia Castellano Fabiano, que
foram homenageadas com o título de reconhecimento Paul Harris, fundador do Rotary.

DEliciosa
noviDaDE
Tradicional em Minas Gerais, a Doceria
Caramelada chegou ao Shopping Open Center
para adoçar a vida dos moradores do Morumbi
com sua linha de bolos, tortas, doces e chocolates.
Para o evento de inauguração, as sócias Graziela
e Gizelli trouxeram o Chocolatier Diego Lozano,
campeão mundial em esculturas de chocolate.
Diego preparou uma escultura especial para a
doceria enquanto os convidados conversavam ao
som de música ao vivo e se deliciavam, é claro,
com muitas guloseimas.
Doceria Caramelada – Av. Dr. Guilherme
Dumont Villares, 1230 – Shopping Open Center
44 dolce morumbi
EM FOCO

Festas Harmonia musiCal


Juninas na anos. Para comemorar com os amigos, alunos e professores, Luciana Lara
No início de junho, a escola de música Em Harmonia completou nove

Camargo... preparou salgados e docinhos. No próximo semestre, além das aulas de


violão, guitarra, teclado, canto etc., a Em Harmonia está com um projeto
O estande do
de aulas para formação de bandas.
empreendimento
Arquitetura de Morar, EM HARMONIA – R. Dep. João Sussumo Hirata, 543 – Tel.: 3749-9978
da CCDI, nos dias 28 e
29 de junho, foi palco de
um divertido arraial, com
brincadeiras e deliciosas
guloseimas do Restaurante
Bananeira. Os convidados,
além de se divertirem
e degustar os itens do
cardápio, puderam conhecer
os modelos decorados do
empreendimento.

...no Porto...
O Colégio Porto Seguro também realizou festas juninas em todas as Hora de agasalHar
unidades abordando os temas “Festa junina no Porto é lenda” e “Auto-
retrato brasileiro”. Na oportunidade foram evidenciadas as etnias e a
seu biCHinHo
A veterinária responsável pela clínica Mundo
diversidade enquanto manifestação folclórica. A animação foi garantida
Zôo, Patricia Esteves, revela algumas medidas
por barracas de comidas típicas, brincadeiras, quadrilhas e queima de
necessárias para cuidar dos animais de estimação
fogos de artifício. Os valores arrecadados com alimentação e os ingressos
no inverno. Uma providência importante é a
serão destinados a entidades beneficentes.
vacinação dos cães contra a gripe canina e dos gatos
contra o complexo respiratório felino, doenças que
acometem muitos bichos, principalmente nesta
época. Roupas quentinhas, cobertores e edredons
também são necessários, principalmente para os animais de pelagem curta.
MUNDO ZOO – Rua José Jannarelli, 672 – Tel.: 3721-4694
www.mundozoo.com.br

gente noVa
O LO Studio fez novas
contratações, que vieram
completar o já competente time
de profissionais da casa: Ricardo
Martins, hair stylist, com cursos
de especialização no Brasil e exterior; Claudia Souza Aguiar, esteticista

...e no gdV especialista em design de sobrancelhas, uma das poucas no Brasil em depilação
egípcia, e E. Quintella, conhecido como Quinn, hair stylist e make up, com
O Colégio Guilherme especialização em empresas como Kerastase e L’Oreal.
Dumont Villares preparou LO StUDIO – R. José Ramon Urtiza, 1220 – Tel.: 3776-7280
uma bela festa, chamando a www.lostudio.com.br
atenção para a preservação do
meio ambiente e lembrando
a imigração japonesa
com pássaros de origami
Férias na Cidade
Durante o período de férias, a Kainágua tem uma programação criativa e
espalhados por todo o espaço. animada para alunos e não alunos, de 3 a 12 anos. As atividades vão desde
Uma gincana de danças aulas de natação, esportes, almoço e brincadeiras de montão. As opções são
típicas brasileiras e a famosa de meio ou período integral, que incluem um delicioso almoço e atividades
quadrilha animaram os monitoradas por professores de educação física. As sextas-feiras são dedicadas
participantes do evento. a passeios para lugares divertidos como Cidade das Abelhas e Hopi Hari.
KAINÁGUA – Av. Dr. Guilherme D. Villares, 515 – Tel.: 3628-6990
www.kainagua.com.br
dolce morumbi 45
EM FOCO

Caminhada pela
ReCiClagem
Em um domingo agradável, moradores
do Morumbi caminharam em favor da
reciclagem. A passeata reuniu cerca de 250
pessoas e marcou um ano de aniversário do
projeto Recicla Morumbi. Os participantes
percorreram seis quilômetros acompanhados
pela Big Band, formada por músicos da ONG
Barracão dos Sonhos. Foram distribuídos bonés
e camisetas em troca de material reciclável
e, no final da caminhada, os participantes
receberam mudas de Dedaleiro, árvore
originária da Mata Atlântica.

1 Carlos Tosta, Claudia Potomati, marina Potomati e Denise Gonçalves


2 Átila bélaváry e Valéria Cavalheri 3 rosa richter, milton Jung e Erik
Cavalheri 4 rosa richter e Eleine bélaváry plantaram uma árvore

Japão no
CoRação
Em homenagem ao Centenário
da Imigração Japonesa, os artistas
Fernando Araújo, Satie Kawguchi,
Wânia Rodrigues, Janice Ito e
Annemie Wilcke participaram da
exposição “Japão no Coração”, na
Casa da Fazenda do Morumbi, de
6 a 18 de junho. Na abertura do
evento, samurais com armadura
fizeram uma apresentação de luta,
assim como graciosas japonesas
dançaram tipicamente. Na ocasião,
grandes artistas foram homenageados,
como Yugo Mabe, Manabu Mabe
(in memorian), Tomie Ohtake e
Mauricio de Sousa, criador de um
novo personagem para as histórias da
Turma da Mônica, Tikara, mascote
da integração Brasil-Japão.

46 dolce morumbi
Erradicando o
analfabEtismo
O projeto “Escola do Povo” continua firme em seu
propósito de erradicar o analfabetismo de Paraisópolis.
600 alunos foram formados, no dia 9 de junho, no
Jockey Club. A confraternização da formatura contou
com participações que incrementaram o evento, como
a do maestro João Carlos Martins e a do chef Charlô
Whately, que assinou o coquetel da festa. No segundo
semestre, 800 moradores serão alfabetizados nas 40
salas de aula espalhadas pela comunidade.
1 2 3

1 carla Vilhena 2 denise Gonçalves, Gilberto Kassab e José


Rolim 3 Maestro João carlos Martins 4 Prof. eduardo oliveira
entoou o Hino oficial à Negritude

dolce morumbi 47
EM FOCO

Fios e idéias
A exposição do Centro Cultural Apsen, Letras, Fios e Idéias – Patchwork
e Quilting (aberta ao público até 20 de julho) retrata uma verdadeira
viagem pelo mundo dos retalhos. Para o artista Wagner Vivan, a
exposição envolve muita pesquisa e conhecimento de literatura para que
os tecidos sejam transformados em quilts. Existe também uma busca de
novos materiais para se chegar o mais próximo possível da idéia que se
quer transmitir.
Centro Cultural Apsen - Av. Morumbi, 5594 (Casa da Fazenda
do Morumbi) - Tel.: 3739-5100

Projeto eNeM No CPV


O Grupo CPV, por meio de uma de suas empresas, a Editora
Conceitual, lançou a 2ª. Edição do Projeto Enem, material elaborado
pela equipe didático-pedagógica do CPV Educacional, para auxiliar
no desenvolvimento de Competências e Habilidades. Para marcar o
lançamento, o grupo promoveu uma série de workshops, nos dias 7, 14 e
21 de junho, dirigida aos profissionais de mais de 50 colégios do Estado
de São Paulo que atuam no Ensino Médio. Nos encontros, dirigidos pelo
prof. Flavio Antonietto, diretor geral do CPV, e sua equipe pedagógica, as
Competências e Habilidades foram trabalhadas através de dramatizações
e dinâmicas apropriadas. Os resultados da avaliação dos Workshops
ENEM CPV foram bastante positivos e os trabalhos foram muito
elogiados pelos participantes.
CPV Morumbi – R. Domingos Lopes da Silva, 34
Tel.: 3742-4530 – www.cpv.com.br

Prestação de CoNtas
No final de 2007, a empresa Atos Origin repassou para a Associação
Panamby uma verba de R$ 40 mil, angariada entre seus funcionários,
para ser aplicada na urbanização de uma área pública na favela Peinha.
Consultadas as lideranças locais, optou-se por construir uma quadra
CaFé CoM
poliesportiva. No dia 7 de junho, em festiva solenidade, com a presença do NegóCios
subprefeito Luiz Ricardo Santoro e do representante da Atos Origin, Valter Setenta empresários do Morumbi, Butantã
Volpe, a Associação Panamby entregou à comunidade a quadra cercada por e Taboão da Serra se reuniram em um
alambrado e fechada superiormente com tela. café-da-manhã, no dia 2 de julho, no Oba
Emporium. O evento foi organizado pela
Associação Comercial do Butantã com a
proposta de disseminar o bom relacionamento,
fortalecer as relações e proteger o comércio
local contra as novas modalidades de
golpes praticados no mercado. A Associação
Comercial do Butantã disponibilizou aos
comerciantes a utilização de sua estrutura
física e serviços prestados aos associados.

48 dolce morumbi
inspiração ecológica
A PUC reinaugurou a sua
loja no Shopping Jardim
Sul. O espaço cresceu mais de
50% priorizando o colorido
e a modernidade. As coleções
da rede PUC são alegres e
descontraídas. A marca traz
inspiração ecológica para a
sua coleção de primavera e,
para aguçar a consciência
ambiental da garotada,
lança a linha “Planeta
PUC”, composta por peças 4
produzidas em algodão
orgânico.
fashion e retornáveis PUC – Shopping Jardim Sul
Lj. 208
O Pão de Açúcar lançou no início do mês de junho novas
sacolas feitas em material reciclável. Tel.: 2507-6830
www.puc.com.br
Em quatro estampas diferentes, as sacolas, que suportam
até 15 quilos, podem ser encontradas nas lojas Portal do
Morumbi, Jardim Sul, Caxingui e Real Parque, ao preço
de R$ 3,99 cada.

dolce morumbi 49
publieditorial

Cultura Inglesa,
onde o Inglês é Cultura

Teatro, unidade Pinheiros

Os quadros Desde 1935 no Brasil, a Cultura Inglesa chegou com a pro-


interativos, posta de se tornar a maior disseminadora da língua ingle-
presentes em sa no país. Após mais de 70 anos, a rede conta hoje com
todas as unidades, 27 unidades, somente no Estado de São Paulo, o que a co-
possibilitam a loca no posto de maior rede de escolas não-franqueadas,
preparação de aulas com mais de 60 mil alunos e 450 professores.
digitais dinâmicas, A unidade Butantã oferece cursos de inglês para todos
Kids Corner no Centro de Multimídia da unidade Butantã
de acordo com o os públicos, a partir dos três anos idade, no formato de
perfil de cada turma parceria com escolas regulares, e a partir do 1º ano do cursos regulares para crianças, jovens e adultos, cursos
Ensino Fundamental, dentro da própria unidade. Para avançados e preparatórios para exames de Cambridge,
este mês de julho, foram programadas atividades julinas intensivos e de férias e especiais para alunos de nível
gratuitas para crianças de 7 a 12 anos, às segundas-feiras avançado, como cursos de Tradução e Legendagem,
(7, 14 e 21), em dois horários, com agendamento por Pronúncia, Language Improvement e Book Talk.
telefone. Também estão previstas sessões de dança es- Vale a pena visitar as unidades da Cultura Inglesa e co-
cocesa, voltadas para o público adulto, alunos ou não, nhecer esses e outros serviços e condições oferecidos.
nas primeiras segundas-feiras dos meses de setembro,
outubro e novembro, também pré-agendadas.
A unidade Pinheiros abriga o teatro da Cultura In-
glesa, onde acontecem eventos durante todo o ano,
como peças teatrais, festivais de música, leitura de
peças em português e inglês e outras atividades
abertas à comunidade.
Ambas as unidades possuem tecnologia de ponta,
como quadros interativos em todas as salas de aula, e-
Campus – um ambiente virtual com atividades que ge- Unidade BUtantã Unidade Pinheiros
ram a expansão da prática do inglês para muito além da R. Des. Armando Fairbanks, 189 R. Dep. Lacerda Franco, 333
Tel.: 3816-7300 Tel.: 3032-4888
sala de aula – centro de Multimídia com acervo de livros,
revistas, jornais, filmes e computadores, além, claro, dos www.culturainglesasp.com.br
50 dolce morumbi
dolce morumbi 51
cotidiano cidadania Por Rosa Richter

ElEiçõES 2008
O Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antônio Carlos
Rodrigues, concluirá no final deste ano seu segundo mandato. Aos 58 anos,
este morador do Morumbi – “há mais de 25 anos” – está pronto para iniciar
sua terceira jornada, pelo PR, Partido da República (antigo PL), e responde
com exclusividade à revista Dolce à entrevista em dez perguntas que esta
coluna fez a vereadores que moram na região do Morumbi e concorrerão à
reeleição em outubro próximo.

1) Por que o senhor acha que deve ser reeleito?


Eu não acho, eu tenho certeza de que devo ser reeleito pelo trabalho que fiz para
a região, sou um vereador distrital, os meus votos são centralizados. Da primeira
para a segunda eleição eu aumentei minha votação em 253%. Ninguém conse­
gue isso sem um belíssimo trabalho. O que comprova o trabalho são as urnas.

2) como o senhor acha que os moradores da região vêem o


trabalho dos vereadores?
É uma pergunta que tem que ser subdividida em dez tipos de moradores, pois
cada morador pensa de um jeito. Há moradores que são antipolíticos, nem co­
nhecem o trabalho de um vereador. É muito difícil responder. Se pegar os mora­
dores de uma região mais pobre, eles sabem o que precisam dos vereadores. Se
forem moradores de maior poder aquisitivo, é completamente diferente, a políti­
ca vem em segundo plano, o que está errado.

3) o senhor acha que o número de funcionários no gabi-


nete (17 assessores e 1 chefe de gabinete) é um número
adequado ou deveria ser revisto?
Esse número é pouco, eu precisaria de mais, tenho departamento social, então o nú­
mero é baixo. Além dos meus funcionários da Câmara, eu tenho mais cinco ou seis
que são pagos pela minha empresa. Eu rodo bairro, tenho uma participação muito
ativa no orçamento de São Paulo, devo ter feito quase 400 emendas no orçamento. O
candidato eleito pela mídia não tem eleitores, foi a mídia que o elegeu, ele desconhe­
ce o trabalho de quem comparece na região, que conhece os problemas da região.

4) como o senhor qualifica o salário do vereador? o se-


nhor acha que é uma boa remuneração Pelo trabalho?
Não posso avaliar pois não dependo do salário de vereador. Eu sou empresá­
rio, sou Procurador aposentado. Quando fui eleito vereador eu já tinha uma vida
completamente diferente. Eu não teria condição de viver com o salário de verea­
dor. Os vereadores são formados por diversas camadas da sociedade, eles repre­
sentam um segmento. Para alguns pode ser muito, mas pra mim não, eu não
dependo disso, não conseguiria sobreviver.
52 dolce morumbi
Entrevista com Antônio Carlos Rodrigues
5) em relação à região do morumbi, quais são as ações que 8) Como o senhor aCha que é
o senhor pôde fazer em prol do bairro? visto pelos moradores da
A reurbanização da comunidade de Olinda (região da subprefeitura do Campo Lim- região?
po). Eu dei dignidade aos moradores. O que eu fiz (na área do Morumbi) foram Não sei, não tenho esse dado.
projetos de segurança. Posso citar vários deles: fechamentos de ruas sem saída,
muros de quatro metros, amarelo piscante depois da 23 horas até as 5 horas da 9) se reeleito, qual será seu
manhã. Os moradores do Morumbi não têm a necessidade que têm os da Zona Comprometimento Com o
Sul. A maior preocupação dos moradores daqui (do Morumbi) é a segurança. Tem bairro?
os bolsões, as ruas sem saída. Aqui sou morador, não tenho
compromisso político. Se pegar
6) qual é a visão que o senhor tem em relação à segurança a minha votação aqui, de todos
públiCa aqui no morumbi, e o que o senhor pretende defender os colégios do bairro, se somar
exatamente nessa questão? todos os votos que tive aqui não
Essa é uma questão somam os que tive no
do Estado, não do Café Filho (Escola Esta-
Município O que dual Presidente Café Fi-
se pode fazer são lho, no Campo Limpo).
projetos sociais. Te- Não tenho militância
nho alguns projetos política aqui.
transformados em
lei: bolsão de remé- 10) se reeleito, o se-
dios, bolsão de ali- nhor apoiará a
mentos. O projeto de Criação de uma
formação de jovens subprefeitura
é o mais importante. no morumbi?
Os bolsões são exce- Sem dúvida nenhuma
lentes. A segurança que sim. Conversei com
é um problema que o prefeito. Acho que
afeta o Brasil inteiro não só para o Morumbi,
hoje. Se pegar os as subprefeituras preci-
anos anteriores, a sam parar de ser divisão
criminalidade femi- do distrito tal com o
nina era mínima e distrito tal. O Morumbi
hoje é grande. É um tem duas subs, Campo
problema social. O Limpo e Butantã. O que
Morumbi tem uma se precisa da sub do
característica muito Morumbi é diferente do
esquisita: bairro de que se tem no Campo
classe média alta cer- Limpo e Butantã. Essas
cado de favelas, comunidades carentes. Isso gera um contraste social muito grande. precisam de asfaltamento, de
guias. Aqui não, aqui precisa de
7) o senhor aCha que os moradores da região Conseguem per- tapa-buraco, podas de árvores.
Ceber o trabalho que os vereadores fazem? Não tem rua pra asfaltar no cora-
Acho que não. Os moradores da classe A votam muito em formadores de opinião. ção do Morumbi.
Rosa Richter é pedagoga; presidente do Conseg Portal do morumbi; presidente da Associação Cultural e de Cidadania do Panamby; presidente da Amo Jardim Sul; vice-presidente do instituto São Paulo
contra a Violência; conselheira e diretora de várias entidades na área de desenvolvimento social. E-mail: rosarichter@gmail.com. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br
dolce morumbi 53
COTIDIANO COMUNIDADE

MÃOS FRATERNAS
Força Voluntária
Há dez anos, a instituição Alvorecer da Esperança estendeu algumas se tornam ‘tios-mirins’, auxiliando os voluntários
seu apoio social à região de Grotões, em Paraisópolis. Em responsáveis pelas turmas. No penúltimo sábado do mês,
um terreno, cedido temporariamente por amigos, cons- são trabalhados temas importantes ligados à comunidade;
truiu um galpão onde voluntários passaram a desenvolver depois acontece a comemoração dos aniversariantes do
projetos em benefício da comunidade. O amadurecimento mês, com direito a bolo e presentes.
dessas ações resultou na ONG Mãos Fraternas, criada em O espaço do galpão está aberto para receber outros proje-
2004. No local, hoje, tos, desde que idôneos,
funcionam dois impor- como aconteceu com
tantes projetos: O Al- mestre Bob, que inicia
vorecer da Criança e o um projeto de aulas
Projeto Saúde. de capoeira no local. O
Todos os sábados quatro desafio da ONG, ago-
fitoterapeutas realizam ra, é conseguir meios
atendimento fitoterápico de adquirir um terreno
a cerca de 30 pessoas. próprio para a cons-
Esse atendimento não trução de uma sede
busca apenas a cura, mas mais apropriada para
também a orientação a realização das ativi-
quanto à prevenção de dades e oferecer maior
doenças como: dengue, estrutura para os volun-
DSTs, câncer ginecológi- tários e atendidos. Re-
co, verminose e parasi- centemente, em abril,
tose. Realizam ainda um o Outback Steakhouse
trabalho de Educação promoveu um almoço
quanto à importância beneficente em prol
dos cuidados com a hi- do centro comunitário
giene pessoal e da ação Mãos Fraternas.
da comunidade no con- Um orgulho recente
trole das infestações. é o novo projeto de
Além da saúde, a Edu- cavaquinho, que será
cação também é prio- realizado por Welling-
ridade. Os voluntários ton, um jovem de 17
do projeto “Alvorecer da Criança”, orientados por uma pe- anos que entrou no projeto há oito e hoje atua também
dagoga, atendem, todos os sábados, 100 crianças de 3 a como tio-mirim. Ele é sério, pontual e tem três alunos.
14 anos com aulas de reforço escolar e alfabetização. Após No trabalho voluntário é assim: um passo de cada vez,
atingirem a idade-limite, as crianças saem do projeto, mas cujos rastros formam uma imensa rede fraterna.

54 DOLCE MORUMBI
studio
eletronico

espelho 48.indd 55
55
2/7/2008 14:01:42
cotidiano pensata Por Paulo roberto Amaral

O CONGESTIONAMENTO
MUDOU DE
ENDEREÇO
“Um gigante de concreto e aço”. “Orgulho da engenha-
ria nacional”. “Um monumento arquitetônico, símbolo
de modernidade da Metrópole”. As definições ufanistas
se referem à recém-inaugurada Ponte Octávio Frias de
Oliveira. Em operação desde o começo de maio, chegou
a virar ponto turístico da cidade. Nos fins de semana, é
comum ver curiosos tirando fotos do local.
Com quase dois meses de operação, já cabe uma aná-
lise prática dos reflexos da obra para o trânsito nas
regiões do Brooklin e do Morumbi, ainda mais com
o aumento de tráfego por conta da inauguração do
Shopping Cidade Jardim.
A Berrini, no fim de tarde, teve uma redução drástica
dos congestionamentos, o trânsito está fluindo me-
lhor no acesso à Ponte do Morumbi. Mas a retenção,
na verdade, só mudou de lugar. Os carros começam
a parar na Av. Jornalista Roberto Marinho, já a partir
do Viaduto Luís Eduardo Magalhães, na Av. Washing-
ton Luís. A fila de carros segue por toda a Ponte Otávio
Frias de Oliveira – por causa do afunilamento da pista
no acesso à Marginal – e o congestionamento vai até
a Ponte Transamérica. O tempo que antes era perdido
só na Berrini agora se estende por muito mais quilô-
metros de ruas e avenidas.
No sentido contrário, a Ponte Octávio Frias de Olivei-
ra virou alternativa à Av. dos Bandeirantes: a retenção
começa na subida da ponte e os motoristas seguem
com marcha reduzida por quase toda a extensão da
Roberto Marinho.
Fica claro que é preciso fazer obras complementares
para que a ponte consiga oferecer algum tipo de resul-
tado. Desde já, uma conclusão é óbvia: mais uma vez
está evidente que a sobrecarga de tráfego na cidade de
São Paulo não passa só pela melhoria da malha viária.
Encontrar alternativas de transporte de massa ainda é a
melhor forma de garantir o nosso sagrado direito de ir e
vir, com mais rapidez e segurança.

Paulo roberto Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de televisão, onde
edita o Jornal sptV 2ª edição. e-mail editorial@editorasupernova.com.br
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cotidiano vida profissional Por Lívio Giosa

O PAPEL EDUCADOR
DAS EMPRESAS
O diagnóstico tem sido cada vez mais claro: os níveis de qua- vimento gerencial, formação básica de cargos são algumas
lidade da educação no Brasil estão despencando. das denominações que as empresas aplicam para tentar ele-
Se no Ensino Básico, pelo menos, as crianças estão nas salas de var o grau de competência interna das suas equipes.
aula, no Ensino Médio a quantidade cai mais do que a meta- Esta constatação, portanto, é inevitável. Cada vez mais, o or-
de, e, no nível universitário chega, percentualmente, à casa da çamento de treinamento das companhias se amplia e os in-
dezena mínima. vestimentos no desenvolvimento do seu corpo funcional se
Qualidade e quantida- tornam regra.
de se desalinham to- Para todos os níveis hie-
talmente, relegando o rárquicos, cresce com
conhecimento e nível bastante ênfase o esfor-
de aprendizado numa ço em aprimorar as ha-
escala irrisória enquan- bilidades técnicas, ope-
to indicadores de de- racionais e gerenciais a
sempenho no contexto partir dos fundamentos
macroeducacional. da educação básica.
Só que esta “mochila da Muitas empresas criaram
informação pessoal” se a Universidade Corpo-
soma a cada indivíduo rativa, que se habilita a
para formar a “força de acolher todas as necessi-
trabalho” da empresa. dades do conhecimento
Que recebe estes cida- dos seus colaboradores,
dãos para traduzirem equalizando e nivelando
os seus conhecimentos este pertencimento in-
em competências para telectual sob medida e
a organização. ajustado à dinâmica do
Na verdade, esta lógica mercado.
se manifesta num dese- Assim, as organizações
quilíbrio inconteste. vão conquistando com
Na maioria dos casos, mais intensidade o grau
falta base sólida de for- de confiança e de reten-
mação e de capacita- ção dos seus funcioná-
ção para forjar um pro- rios que percebem, niti-
fissional qualificado. damente, o novo papel educador que as empresas assumem,
E é exatamente aí que entra em cena a empresa formadora. para atingirem resultados e se colocarem na linha de frente
O levantamento de necessidades de treinamento, desenvol- da competitividade.

Lívio Giosa é presidente do cdGp – centro de desenvolvimento da Gestão pública; vice-presidente da advB associação dos dirigentes de vendas e Marketing do Brasil; coordenador geral do ires –
instituto advB de responsabilidade social e sócio-diretor da G,lM – assessoria empresarial

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ESPECIAL EDUCAÇÃO

TEMAS
TRANSVERSAIS
ganham espaço
nas escolas
No dia 2 de junho deste ano a lei que torna obrigatório o ensino de Sociologia e
Filosofia no Ensino Médio foi sancionada pelo presidente da República em exercí-
cio, José Alencar. As duas disciplinas ficaram fora do currículo de educação básica
por 37 anos, de 1971 a 2008, e foram reintroduzidas por se entender que elas são
ferramentas importantes na promoção do pensamento e da reflexão.
A inclusão destas duas disciplinas no currículo escolar vem reforçar as ações
de muitas escolas desde a implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs), que constituiu os temas transversais, ou seja, assuntos relacionados com
questões da atualidade. Os temas transversais compreendem áreas como: Sexua-

Os temas transversais atravessam o currículo escolar e abordam assuntos que


permeiam a realidade, como ética, meio ambiente e sexualidade
lidade, Ética, Cidadania, Saúde, Pluralidade Cultural e Meio Ambiente.
Segundo a psicopedagoga Jaqueline Corazza, a inclusão destas novas disciplinas
se deve ao fato de que a escola não é mais apenas um lugar de informação, mas
também espaço de formação dos indivíduos dentro de
uma sociedade. “Ao trabalhar temas sobre as difi-
culdades da realidade, os alunos passam a en-
trar em contato com conteúdos importantes
de nosso meio social e assim aprendem
a analisar, refletir e agir sobre todas
as questões envolvidas,
ampliando sua visão de
cidadania, sociedade e
mundo”, afirma.
Os temas transversais
devem ser trabalha-
dos de modo
especial educação

coordenado e contextualizado nas aulas, fun-


cionando como um eixo unificador onde os
alunos constroem significados e dão sentido
ao que aprendem.
O Colégio Guilherme Dumont Villares traba-
lha com a transversalização de temas como
educação para o trânsito e consumo cons-
ciente. Através da inclusão dessas discus-
sões em sala, pretende incentivar o resgate
da dignidade da pessoa humana e a parti-
cipação ativa dos alunos na sociedade. O co-
légio trabalha ainda com as disciplinas eletivas,
escolhidas pelos alunos, e realizadas em período
contrário às aulas. Disciplinas como Robótica, Edu-
cação Musical, Dança, Vôlei e Empreendedorismo
são complementos da grade curricular e atuam no for-
talecimento da auto-estima, contribuindo também na
sondagem de aptidões.
O orientador educacional do Colégio Porto Seguro, Carlos
Nascimento Júnior, aponta os benefícios da abordagem des-
ses temas desde cedo. “Percebemos nossos alunos muito mais críticos quando se
fala sobre consumo e meio ambiente, cobrando ações da escola e dos pais. Além
disso, eles estão mais atentos às questões políticas brasileiras posicionando-se
de forma contrária a alguns tristes acontecimentos políticos brasileiros em que a
ética é desvalorizada”.
O papel da escola ao trabalhar temas transversais é integrar as ações de modo
contextualizado buscando não fragmentar o conhecimento em blocos rígidos,
para que a Educação cumpra seu papel de transformação social.

Inglês para os pequenos


Pais com filhos pequenos têm procurado, cada vez mais, por escolas bilíngües.
Estudos da área de neurologia afirmam que o aprendizado de uma nova língua
deve começar antes da puberdade, pois os dois lados do cérebro, que desempe-
nham funções diferentes, trabalham com mais eficiência na infância.
Segundo a psicopedagoga Jaqueline Corazza, pesquisas apontam também que
criança aprende melhor quando o ambiente é menos artificial, tanto é que, inse-
rida em famílias bilíngües, o aprendizado de uma segunda língua se torna natural,

Pesquisas indicam que o aprendizado de uma nova língua é mais fácil na infância
com poucos relatos de bloqueio ou dificuldades na aprendizagem.
A escola bilíngüe deve ser um espaço facilitador da aprendizagem de uma nova
língua, tendo claros objetivos pedagógicos e educacionais, bem como uma
permanente preocupação na formação dos seus professores. “Aprender algo
novo, de uma forma geral, possibilita o desenvolvimento de novas conexões e
construções cerebrais nas diversas áreas do conhecimento”, comenta Jaqueline.
Porém, apesar das expectativas dos pais em ver o filho falar um idioma estran-
geiro, é preciso tomar cuidado com os excessos e deixar espaço para brincadei-
ras e convívio familiar.

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final feliz Por Floriano Serra

Os sinais de farOl
amarelO nO amOr
Quando está para ocorrer uma tem- procedimentos e atitudes que consti- dirige a raiva que um
pestade, a Natureza emite sinais de tuem sinais; são absolutamente impre- parceiro sente diante da
advertência, mas nem todos têm a visíveis e incontáveis, já que estão con- forma de o outro apertar
sensibilidade de percebê-los ou a ca- dicionados à sensibilidade, preferência a bisnaga da pasta de
pacidade de reconhecê-los. O mesmo ou à percepção de cada parceiro. Eles dentes? Qual o verdadei-
ocorre com a natureza humana: quan- vão dos mais insólitos aos mais banais ro alvo? Que queixas, mágoas
do há o risco de tempestades (no caso, e, a rigor, nenhum costuma ser efeti- e ressentimentos estão sendo
afetivas), ela também emite sinais de vamente danoso ao bem-estar físico reprimidos e quais fatos do coti-
aviso, porém nem todos os parceiros do outro. Podem aparecer sob várias diano são utilizados como pretex-
têm a sensibilidade de perceber ou a formas, desde o ruído produzido pelo to para um dia virem à tona?
capacidade de reconhecer os sinais parceiro ao beber água ou ao mastigar, Atrás de cada sinal há uma queixa
que o outro parceiro emite. É bem ver- até o modo de gargalhar, de comer, de subjacente: insatisfação sexual, afe-
dade que tais sinais às vezes são tão andar arrastando os pés, a mania de in- tiva, profissional, econômica, com a
sutis que se torna difícil reconhecê-los. terromper quando o outro está falando, aparência do parceiro, sua falta de
É preciso, pois, manter uma atenção a “obsessão” por limpeza, a pressa ou a ambição profissional, sua falta de cul-
constante para não ser surpreendido calma “exagerada” – e por aí afora... tura, uma crise existencial, falta de liber-

ILUSTRAÇÃO: THAIS NARKEVITZ


pela ‘‘tempestade’’. A “agressão” – se assim podemos chamar dade para retomar planos de vida, rotina
Na vida a dois, esses sinais denunciam al- – costuma atuar na área afetiva, emocio- ou falta de perspectivas inovadoras – e
gum desgaste ou conflito latente ou imi- nal e mesmo assim só quando as coisas tantas outras razões. Portanto, o centro
nente na relação, e, da mesma forma que já não vão bem. Quer dizer, não são atos, da questão está além de um simples in-
numa tempestade de verdade, quem não atitudes e procedimentos novos: eles já cômodo diante de um ato, atitude ou
abrir o guarda-chuva poderá se molhar. existiam, na maioria das vezes desde o procedimento do parceiro. Trata-se de al-
Ou seja, quem não procurar conhecer e início da relação, mas somente a partir guma insatisfação ou frustração mais am-
administrar a causa dos sinais vai sofrer de um determinado momento, quando pla que instala no parceiro a intolerância
seus efeitos sob a forma de brigas, os conflitos são reprimidos, é que eles se e a crítica para com a conduta do outro.
discussões ou até separação. caracterizam como sinais e começam a Para reconhecer os sinais e evitar os efei-
É impossível listar todos os atos, causar desconfortos. tos de uma tempestade, nada melhor do
Alguns sinais são inofensivos, outros que um diálogo franco e objetivo ao pri-
podem ser considerados falta de suti- meiro sintoma. Esses diálogos devem es-
leza, asseio ou educação, mas o impor- tar centrados nos sinais que prenunciam
tante não é tanto a forma, e sim seu tempestade afetiva. A estes, o casal deve
significado. A maioria desses sinais não dedicar atenção especial e tentar conse-
costuma ser percebida na fase de na- guir respostas para as verdadeiras causas
moro e sedução. Nessa fase, certos atos do desconforto.
podem até parecer engraçados – com Mesmo que o amor seja bastante, é im-
o tempo, passam a irritar. portante estar atento aos sinais, como
No caso da vida a dois, é fundamental uma maneira de lutar para que ele con-
descobrir o que há por trás das emoções tinue bastante. Por isso, não tenha receio
negativas (raiva, tristeza, medo) sentidas em ser o primeiro a abrir o guarda-chuva
por um parceiro diante dos sinais emi- se você perceber sinais de que vem tem-
tidos pelo outro. Contra o que se pestade por aí...

FLoriANo SErrA é psicólogo, autor do livro “Não Basta Amar Bastante” (ed. Gente, esgotado). e-mail: florianoserra@somma4.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.

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