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MPI—Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente

Boletim informativo
ANO 2, N.º 7 Maio de 2006

Editorial
Nesta edição vol-
tamos a dar destaque ao
APELO / CONVITE
tema dos transgénicos ou
OGM (Organismos Gene-
ticamente Modificados). APELAMOS À PARTICIPAÇÃO DE TODOS
Foi com satisfa- NUMA SESSÃO PARA APRESENTAÇÃO DO
ção que verificámos que a
freguesia do Vilar não irá DOCUMENTO “ORGANISMOS
acolher os ensaios com
milho transgénico, no
GENETICAMENTE MODIFICADOS E
entanto dada a importân-
cia deste assunto e porque
AGRICULTURA”, QUE SE REALIZARÁ NO
os riscos com a libertação
na Natureza de OGM,
SALÃO PAROQUIAL DO VILAR, DIA 20 DE
onde quer que ela ocorra,
pode comprometer o futu-
JUNHO, 3ª-FEIRA, PELAS 21.30 HORAS.
ro da nossa agricultura,
do ambiente, da saúde Esta sessão contará com a presença do Sr. João
pública e das novas gera-
ções, continua o MPI Vieira, da CNA (Confederação Nacional da Agricultura)
atento e com redobrado
empenho, tanto mais que
e da BIOFRADE, empresa de agricultura biológica do
aderimos à Plataforma concelho da Lourinhã e serão convidados associações
“Transgénicos Fora do
Prato”. de defesa de ambiente e os orgãos de comunicação
social da região Oeste.
O Presidente da Direcção

Humberto Pereira Germa-


no Deliberações da
Assembleia Geral
Nesta edição:
Na Assembleia cal, bem como o plano demonstrados, tendo
Relatório de actividade— -geral do MPI realiza- de actividades e previ- este sido aprovado
2005 2 da no passado dia 18 são orçamental para com 3 abstenções, cor-
Contas 2005, Plano de de Março, sábado, 2006. respondentes aos
actividades e Previsão pelas 21.30, na sede O parecer do membros da Direcção
orçamental 2006 (edifício da Junta de Conselho Fiscal pro- presentes.
3
Freguesia do Vilar) pôs, para além da Foi ainda deli-
Contributo para o Plano foram aprovados por aprovação das contas, berada por unanimida-
Estratégico para a gestão unanimidade o relató- a apresentação de um de a adesão à Platafor-
dos RSU 4
e5 rio e contas de 2005, voto de louvor à ma “Transgénicos
depois de lido o pare- Direcção pelo esforço Fora do Prato”. *
Ambiente e Cidadania: cer do Conselho Fis- e espírito de sacrifício
Proteger os animais
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Relatório de Actividades—2005
1- Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
1.1- Processo do Aterro Sanitário do Oeste
Denunciámos à Comissão europeia as más condições de funcionamento do ASO, quanto aos maus cheiros, existên-
cias de gaivotas e derrames de lixiviados, e o incumprimento da Licença Ambiental quanto à falta de monitorização do aquí-
fero a S-SW do aterro. Solicitámos informações sobre decisão da Comissão Europeia em relação à queixa n.º 2003/4080.
Efectuámos diversas reclamações à Inspecção Geral do Ambiente sobre as más condições de funcionamento ao
ASO.
Alertámos a delegação de saúde de Torres Vedras sobre os riscos para a saúde pública.
1.2- Acompanhamento da estratégia política a adoptar para o tratamento dos RSU na região.
Foi elaborado um contributo para a gestão dos RSU da região Oeste em colaboração com a Comissão de Acompa-
nhamento do Sistema de Tratamento de RSU do Oeste e da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza,
apresentada à Resioeste durante uma reunião realizada no dia 27 de Dezembro com a presença de todas as entidades.

2- Relações com outras associações ambientalistas


2.1- Organizámos novo Encontro/convívio na Serra de Montejunto dirigido a associações de defesa do ambiente e equipara-
das, da região Oeste, que se realizou no dia 18 de Setembro.
2.2- Em colaboração com a ALAMBI (Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer) emitimos
um comunicado sobre a Paisagem Protegida de Montejunto, em 28 de Julho.

3- Promoção da associação
3.1- Boletim informativo – Continuámos a edição do boletim informativo para os sócios.
3.2- Sítio na internet – Não houve desenvolvimentos por indisponibilidade da pessoa responsável pela sua elabora-
ção.
3.3- Acções de sensibilização/esclarecimento - Participámos na ANIMARTE (Cadaval), montámos uma pequena
exposição no pavilhão Gimnodesportivo do Grupo Desportivo Vilarense, durante a festa anual do Vilar que decorreu de 13 a
16 de Agosto e organizámos uma reunião/convívio para sócios e não sócios no dia 20 de Novembro, no pavilhão Gimnodes-
portivo do Grupo Desportivo Vilarense.

4- Educação Ambiental
4.1- Fomos solicitados para uma acção sobre a floresta autóctone pela IIª Secção do agrupamento de escuteiros do
CNE do Vilar, com sementeira de bolotas de sobreiro e carvalhos na Serra de Montejunto, mas não foi realizada por indispo-
nibilidade de agenda e pelas condições climatéricas adversas.

5- Outras acções
5.1- Participámos no 5º Encontro do MUSP (Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos) que se realizou no dia
26 de Novembro em Vila Nova de Gaia, onde apresentámos uma comunicação sobre os temas: “Ambiente e saúde pública”,
“Os aterros sanitários e a saúde pública”, “A gestão dos RSU” e “Alimentos Transgénicos”.
5.2- Aderimos ao MUSP.
5.3- Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ou Transgénicos
Participámos no processo de consulta pública das notificações para programa de ensaios com 4 novas variedades de milho
geneticamente modificado apresentadas pela PIONEER HI-BRED SEMENTES DE PORTUGAL, S.A., que decorreu de 2 de
Maio a 15 de Junho.
Em pareceria com a Junta de Freguesia do Vilar, solicitámos uma reunião que se realizou no dia 23 de Maio, no edifício da
Junta de Freguesia do Vilar, com os sócios da Sociedade Agrícola Vale Poços, Lda, de modo a conhecer as motivações
daquela sociedade agrícola em colaborar nos ensaios com milho transgénico, assim como expor os argumentos que têm
alimentado uma contestação a nível mundial e nacional contra OGM ou transgénicos.
Assistimos à sessão de esclarecimento realizada na Assembleia Municipal do Cadaval a 8 de Junho e à sessão extraordinária
da Assembleia da Comunidade Urbana do Oeste, realizada a 30 de Maio, no Convento de S. Miguel em Gaeiras.
Realizámos um debate no dia 19 de Julho em os oradores convidados foram o Sr. João Vieira da CNA (Confederação
Nacional dos Agricultores) e do Eng.º José Carlos Ferreira da AGROBIO (Associação de Agricultura Biológica).
Iniciámos a elaboração de um memorando sobre “OGM e Agricultura” em colaboração com a Plataforma “Transgénicos
Fora do Prato”.

5.4- Tratamento de efluentes das suiniculturas.


Acompanhámos o processo do tratamento dos efluentes das suiniculturas solicitando informação à empresa Águas do Oeste,
S.A.. *
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Contas do exercício de 2005


RECEITAS DESPESA SALDO ANTERIOR ..................0

QUOTAS (91 sócios) ............. 182,00 SERV. TERCEIRO (correio) ....... 33.04 RESULTADO DO EXERCÍCIO
DONATIVOS (sócios) ............. 231,00 FORN. TERCEIROS .................. 118.32 DE 2005 ........................... 295.37
(consumos de secretaria)
Donativo (Gonçalo)......................74.80 SALDO SEGUINTE ........ ...295.37
DONATIVOS (outros) .............116,57 DESPESAS DIVERSAS .............. 51.00
Receitas Extraordinárias. ............15.05 PAGAMENTOS (sócios)..............121.69 SALDO EM CAIXA ............231.32

TOTAL RECEITA ......... 619.42 TOTAL DESPESA ............324.05 SALDO NA C.C.A.M. ......... 64.05

Plano de actividades para 2006


1- Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
1.1- Processo do Aterro Sanitário do Oeste
Continuar as diligências em curso, nomeadamente a segunda queixa à União Europeia.
1.2- Continuar a acompanhar a estratégia política a adoptar para o tratamento dos RSU na região.

2- Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ou Transgénicos


Concluir o memorando “OGM e Agricultura” e desenvolver iniciativas no sentido da sua divulgação.

3- Relações com outras associações ambientalistas


3.1- Organizar novo Encontro/convívio dirigido às ONGAs (Organizações não Governamentais de Ambiente) e
equiparadas da região Oeste.

4- Promoção da associação
4.1- Boletim informativo - Continuar a edição do boletim informativo para os sócios.
4.2- Sítio na internet - Manter actualizado o seu conteúdo.
4.3- Acções de sensibilização/esclarecimento.
Organizar de novo uma reunião/convívio para sócios e não sócios em Novembro.

5- Educação Ambiental
5.1- Corresponder, na medida do possível, aos convites para participação em encontros, debates, colóquios e acções
de educação ambiental.
5.2- Comemorar o Dia Ibérico da Floresta Autóctone através da promoção de uma acção de recolha e sementeira de
bolotas de sobreiros e carvalhos, com as escolas e escuteiros.

6- Outras acções
6.1- Participar no 6º Encontro do MUSP que se realizará no último trimestre.

Previsão orçamental para 2006


RECEITAS DESPESA

QUOTAS .................................... 200,00 SERV. TERCEIRO (correio) ......... 80,00

DONATIVOS (sócios) ................... 300,00 FORN. TERCEIROS .................... 150,00


(consumos de secretaria) SALDO PREVISTO
DONATIVOS (outros) ............... 1.500,00 DESPESAS DIVERSAS ............ 1.770,00 0.00
(custas judiciais)
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Contributo para o Plano Estratégico para a Ges-


tão de RSU da Região Oeste
Elaborado numa colaboração entre a associação ambientalista Quercus, a Comissão de
Acompanhamento do Sistema de Tratamento de RSU do Oeste e o MPI , o qual foi entregue
à RESIOESTE e à Associação de Municípios do Oeste (AMO). Foram ainda solicitadas reu-
niões às duas entidades, tendo-se realizado a reunião com a RESIOESTE, no dia 27 de
Dezembro do ano passado e com a AMO, no passado dia 15 de Fevereiro. Na reunião com a
AMO informaram-nos que está a ser elaborado um estudo sobre as soluções para o trata-
mento do lixo da região Oeste e que seremos convocados para uma reunião logo que o
estudo esteja concluído.

O Plano estratégico a um rápido crescimento inicial de matéria orgânica para a


definir para a região Oeste da taxa de reciclagem, e alar- posterior produção de com-
deve basear-se nos seguintes gar de seguida aos produtores posto de boa qualidade, logo
pressupostos: domésticos começando pelos que disponível a unidade de
centros urbanos de maior tratamento mecânico e bioló-
1- Reforço da reco- densidade populacional. gico.
lha selectiva Nas zonas onde não exis-
A recolha selectiva basea- te disponibilidade para a ins-
da nos ecopontos, parte de um talação do sistema de recolha 2- Investir no trata-
princípio que inviabiliza logo porta-a-porta, poderá ser pen- mento mecânico
à partida o alcançar de metas sada a possibilidade de colo- e biológico
mais ambiciosas de recicla- cação de “ilhas ecológicas”, Instalar pelo menos uma
gem, pois penaliza as pessoas nas quais os contentores para unidade de tratamento mecâ-
que colaboram com a separa- resíduos indiferenciados estão nico e biológico (TMB) cen-
ção dos resíduos por terem juntos com os destinados aos tralizada composta por:
habitualmente de se deslocar recicláveis. · Uma unidade de tria-
distâncias consideráveis, É pois fundamental que a gem de RSU indife-
enquanto que quem não sepa- recolha selectiva porta-a- renciados
ra os materiais recicláveis dis- porta, se faça por fluxos de Esta unidade permitirá
põe normalmente de um siste- materiais (isto é, integrando por si só a recuperação de
ma de recolha de resíduos grandes produtores em simul- materiais recicláveis na
mais próxima de casa e com tâneo com materiais de ori- ordem dos 10 a 15%, além de
menos inconvenientes. gem doméstica), para além de reduzirem drasticamente o
Assim, deve-se avançar funcionar em sistema de volume dos resíduos deposi-
urgentemente na recolha substituição (ou seja, no dia tados, pois os rejeitados des-
selectiva porta-a-porta que em que é feita a recolha selec- tas unidades são altamente
deve começar nos grandes pro- tiva não é feita a recolha de compactáveis por não possuí-
dutores (mini-mercados, resíduos indiferenciados, ou rem materiais fermentáveis).
supermercados, estabeleci- uma recolha semanal de um As limitações à qualidade
mentos comerciais diversos, material), para garantir a sua dos materiais recicláveis que
hotéis, etc.), dado que estes viabilidade económica. resultam do tratamento
produtores contribuem para O importante é tentar mecânico apenas se aplicam
15 a 20% dos resíduos urba- soluções para inverter a essencialmente ao cartão.
nos e produzem materiais actual situação, de forma a Só uma parte do cartão
recicláveis em quantidade, premiar os comportamentos proveniente deste tipo de
que podem ser recolhidos a socialmente recomendáveis e triagem pode ser aproveitada
custo inferior ao dos produzi- penalizar os comportamentos para reciclagem, podendo o
dos pelos produtores domésti- socialmente incorrectos. restante ser utilizado no tra-
cos, contribuindo assim para Iniciar a recolha selectiva tamento biológico, para a
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equilibrar a razão Carbono/ A unidade de trata- te programas de sensibiliza-


Azoto. mento mecânico e biológico ção dos cidadãos envolvendo
Em relação ao plástico dos resíduos indiferenciados também o sector comercial e
existem três situações: deverá possuir pelo menos industrial, tanto mais que
-Plástico rígido que é enca- duas linhas de tratamento estes sectores, pelas quantida-
minhado directamente para biológico, para que a matéria des e qualidade dos materiais/
reciclagem orgânica recolhida selectiva- resíduos que produzem,
- Filme plástico que é lava- mente seja encaminhada para podem contribuir muito favo-
do e encaminhado para uma linha distinta da recolhi- ravelmente para a viabilidade
reciclagem da de forma indiferenciada e técnica e económica dos siste-
- Plásticos mistos que assim evitar a contaminação mas de recolha selectiva/
poderão sofrer, ou não, da matéria orgânica estabili- triagem/valorização.
lavagem e que depois são zada por metais pesados.
enviados para reciclagem, Tendo em conta que a 4- Taxas de lixo
através da produção arti- recolha selectiva não vai per- Avaliar e aplicar sistemas
gos em plástico misto. mitir atingir de imediato as de taxa variável ou tarifas
quantidades necessárias para proporcionais à quantidade de
· Uma unidade de lava- o funcionamento de uma resíduos produzidos, iniciando
gem e reciclagem de linha, deve-se assumir que o processo pelas autarquias
plásticos - que permiti- inicialmente vai funcionar em função da capitação, segui-
rá reciclar cerca de com matéria orgânica dos da dos grandes produtores e
15% deste material. indiferenciados e gradualmen- finalmente por cada família.
te irá receber cada vez maior As taxas devem ser calcu-
· Uma unidade de trata- quantidade de matéria orgâ- ladas de forma a cobrir total
mento biológico da nica recolhida selectivamente. ou parcialmente os custos de
fracção orgânica recolha e valorização, trata-
Esse tratamento pode ser Dado que a matéria orgâ- mento ou confinamento e,
feito através de digestão anae- nica é facilmente perecível, as simultaneamente, funciona-
róbia com produção de energia distâncias a percorrer são rem como um incentivo à
(biogás) ou de compostagem importantes não apenas do redução. A criação de melho-
(clássica ou vermicomposta- ponto de vista da sustentabili- res sistemas de recolha selec-
gem). dade económica das unidades tiva, assentes principalmente
No caso da vermicompos- de TMB. Assim, a associação/ na recolha porta-a-porta, irá
tagem, por ser uma forma de parceria dos sistemas de ges- permitir gradualmente intro-
tratamento menos usual, con- tão pode não permitir uma duzir o conceito da taxa do
vém referir que as experiên- recuperação significativa da lixo variável em função da
cias feitas em Portugal com fracção orgânica, pelo que a produção.
resíduos indiferenciados integração no sistema de Há referências na litera-
deram resultados muito inte- matéria orgânica de outras tura a reduções de RSU supe-
ressantes com a obtenção de fontes e a descentralização riores a 40%, em comunidades
menores concentrações de para pequenas unidades de que têm em funcionamento
metais pesados no composto baixo custo tem de ser consi- sistemas de tarifários propor-
do que as verificadas nos pro- derada. cionais à quantidade de RSU
cessos mais vulgarizados, por- Deverá igualmente ser produzidos por cada família, o
que através deste processo há feita uma avaliação das possi- que é bastante revelador da
uma menor redução do peso bilidades de escoamento do importância da introdução de
da matéria orgânica. Por composto produzido a partir taxas de lixo variáveis, não
outro lado, os custos de inves- dos resíduos urbanos indife- obstante a ponderação neces-
timento e exploração da ver- renciados. sária devido às suas limita-
micompostagem são inferiores ções e à reduzida experiência
aos processos tradicionais 3- S e n s i b i l i z a ç ã o nesta matéria em Portugal. *
(compostagem ou digestão ambiental
anaeróbia e compostagem). Manter permanentemen-
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Ambiente e Cidadania
dos, principalmente duran- 3- Nunca possuir ani-
Proteger os animais selvagens te a época de caça. mais de espécies pro-
• Uso de armadilhas, algu- tegidas roubados de
A protecção dos animais, mas das quais podem ninhos, como filhotes
em minha opinião, começa por inclusive ferir gravemente de aves de rapina,
uma mentalidade que os conside- os animais, causando-lhes entre outros.
re todos importantes, sem adjecti- grande sofrimento. 4- Respeitar as condi-
var uns de nocivos e outros de • Uso indiscriminado de cionantes ambientais
benéficos, pois todos são neces- pesticidas na agricultura. na prática de certos
sários ao equilíbrio ecológico do • Poluição e destruição dos desportos.
qual depende também a sobrevi- seus habitats. 5- Não comprar espé-
vência da espécie humana. Assim, cies exóticas e seus
as aves de rapina são fundamen- Enfim, um sem número peri- produtos sem autori-
tais para controlar pragas de ratos gos! zação. Ao abrigo da
e caçar animais doentes, como Alguns destes perigos atingem CITES (Convenção
coelhos com mixomatose (doença níveis alarmantes. Exemplos: Internacional de Tráfe-
dos olhos), preservando a saúde - Só nas selvas brasileiras go de Espécies) tem
desta espécie cinegética; as ando- (fora as outras!) são capturados de constar o n.º de
rinhas e os sapos alimentam-se ilegalmente todos os anos cerca autorização emitida
de insectos, por isso ajudam a de 38 milhões de animais, sendo o pelo ICN (Instituto para
controlar as suas pragas; as tráfico de animais a terceira activi- a Conservação da
cobras além de ovos comem dade ilegal economicamente mais Natureza – Ministério
ratos. rentável, logo a seguir ao tráfico do Ambiente) na factu-
É evidente que, por vezes, de armas e de droga, o que leva a ra ou recibo da compra
o Homem tem necessidade de crer que estes negócios estão de espécies exóticas e/
controlar pragas, mas tal não deve interrelacionados. Apenas uma ou seus produtos.
ser feito desregradamente e/ou ínfima percentagem destes ani- 6- Nunca espalhar iscos
usando métodos proibidos, como mais é resgatada pela polícia envenenados. A colo-
por exemplo o uso de iscos enve- (cerca de 0,45%). cação de armadilhas
nenados. - Devido principalmente à só pode ser mediante
São muitos os perigos que intensa perseguição (caça, pilha- autorização dos ser-
os animais selvagens enfrentam, gem dos ninhos) as aves de rapi- viços de Ambiente e
como por exemplo: na em Portugal atingiram quase a de modelo autoriza-
• Caça indiscriminada de extinção, são por isso muito raros do.
espécies autorizadas e os bufos reais, a águia real, a 7- Colocar ninhos artifi-
abate de espécies protegi- águia de bonelli. ciais nos jardins, hor-
das. tas, pomares, etc.
• Pilhagem e destruição de O que é que nós podemos 8- Adoptar novas regras
ninhos. então fazer? Eis apenas alguns nas práticas agríco-
• Realização de certos des- exemplos: las mais amigas do
portos, tais como monta- 1- Respeitar as leis da ambiente, como a pro-
nhismo, asa delta, tiro aos caça. Quem for caça- tecção integrada e a
pratos, etc. em locais e dor deve saber distin- agricultura biológica.
épocas do ano que pertur- guir as espécies cine-
bam o acasalamento de géticas das outras, É tempo de agir !!
certas espécies selva- muitas delas estão pro-
gens. tegidas por lei, como é
• Comércio de espécies o caso das aves de Mª Alexandra Azevedo
protegidas e de seus pro- rapina (águias, falcões,
dutos (peles, marfim, etc), gaio) e caçar as espé- Médica Veterinária,
cies cinegéticas na Vice-presidente da Direcção do
sem autorização. MPI – Movimento Pró-Informação para a
• Criação em cativeiro de quantidade, locais e Cidadania e Ambiente
exemplares de espécies épocas fixadas legal-
protegidas, sem autoriza- mente.
ção. 2- Não pilhar nem des-
Bibliografia: ABC Novembro de
• Uso de iscos envenena- truir ninhos. 2001, p.20
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Breves
PIONEER HI-BRED - os mesmos. pelo que pudemos constactar
Empresa que quer realizar Assim, foi realizado que já não mencionada a
ensaios com milho novo processo de consulta freguesia do Vilar, mas mantem
transgénico apresenta novo pública que terminou no -se a freguesia de Vila Nova de
projecto passado dia 23 de Abril, tendo Muia, concelho de Ponte da
Na sequência da o MPI reforçado as Barca e surgiu uma nova
consulta pública do processo de preocupações manifestadas no freguesia, a freguesia do Paço,
autorização de programas de anterior processo de consulta concelho de Arcos de
ensaios com 4 novas variedades pública. Valdevez.
de milho transgénico
apresentada pela Pioneer Hi-
Bred Sementes de Portugal, o A Freguesia do Vilar já não Estudo à qualidade do ar na
Ministério do Ambiente está incluida nos terrenos envolvente do Aterro
colocou questões à empresa em onde a Pioneer pertende Sanitário do Oeste
Junho de 2005, mas em Janeiro realizar os ensaios com milho Foi apresentado aos
de 2006 ainda não tinham sido transgénico elementos da Comissão de
respondidas. A Pioneer revelou Nos documentos para acompanhamento do sistema de
à agência Lusa que decididiu consulta não são identificados tratamento de RSU do Oeste, o
reformular o projecto inicial e os proprietários dos terrenos relatório do estudo à qualidade
apresentar um novo que onde se irão efectuar os ensaios, do ar na envolvente do aterro,
manterá o mínimo de dois apenas são referidas as estando neste momento a ser
campos de ensaio, não estando freguesias e respectivos apreciado e do qual será
ainda definido se serão ou não concelhos a que pertencem, emitido um parecer. *

A preencher pelo MPI


MPI - Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente N.º de sócio
__|__|__|__|__
Morada: Edifício da Junta de Freguesia do Vilar, Largo 16 de Dezem-
bro, n.º 2, 2550-069 VILAR CDV Data
___/___/___
Tel./fax: 262 771 060 e.mail: mpi.cidadania.ambiente@clix.pt

PROPOSTA PARA ADMISSÃO DE SÓCIO

Nome_________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
Morada ________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
Telefone: ________________, fax: __________________, e.mail _________________________________
B.I. N.º ______________________, data de nascimento ___/___/___ , estado civil ___________________
N.º de contribuinte: _____________________ , profissão _______________________________________

Data ____/____/____ Assinatura do candidato a sócio __________________________________________


Quota mínima anual: € 2 , quantia paga _______________________________________,
PRECISA-SE
M P I — M O V I M E N T O P R Ó - I N F O R M AÇ Ã O P AR A A
C I D AD AN I A E AM B I E N T E

Morada: Edifício da Junta de Freguesia


do Vilar, Largo 16 de Dezembro, n.º 2
2550-069 VILAR CDV Voluntário(a) para colaborar
Tel./fax: (+351) 262 771 060 na edição do boletim infor-
e.mail: mpi.cidadania.ambiente@clix.pt mativo.

Denúncias - Ambiente
Sempre que testemunhe uma agressão
ambiental deve denunciá-la do seguinte
modo:
• Telefonar para a linha SOS Ambiente
808 200 520
A linha funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e enca-
Pela Defesa do AMBIENTE e da
minha as denuncias para a IGA (Inspecção Geral do
QUALIDADE DE VIDA!! Ambiente) e para o SEPNA (Serviço de Protecção da Nature-
za e do Ambiente) da GNR.
ou
Papel 100% reciclado • Aceder ao site:

AVISO
PEDE-SE A TODAS AS PESSOAS COM QUEIXAS
SOBRE O
MAU FUNCIONAMENTO DO ATERRO SANITÁ-
RIO DO OESTE A FAZÊ-LAS POR ESCRITO, ENTRE-
GANDO-NOS UMA CÓPIA, COMO FORMA DE CONSEGUIRMOS
PROVA DESTA QUEIXA, UMA VEZ QUE A INSPECÇÃO GERAL DO
AMBIENTE RECUSA-SE A FORNECER UM RELATÓRIO COM
TODAS AS QUEIXAS RECEBIDAS:
- ATRAVÉS DO FAX N.º 213 432 777, QUEM NÃO
POSSUIR APARELHO DE FAX, PODE DIRIGIR-SE À JUNTA DE FRE-
GUESIA DO VILAR PARA O SEU ENVIO.
OU
- POR CARTA PARA A MORADA: Rua de O Século,
n.º 63 1249-033 LISBOA

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