Você está na página 1de 1

Naquelas reprodues estava contido para ele todo o mundo (9). Pena do pensamento (11).

O pensamento sendo comparado a um tinteiro (11). Aristteles compara o nos, o intelecto ou pensamento em potncia, a uma tabuinha de escrever sobre a qual nada est ainda escrito: como sobre uma tabuinha de escrever (grammateon) sobre a qual nada est ainda escrito em ato, assim acontece no nos (De Anima 430 a) (12). Tbula rasa, que resultar na mente como folha em branco em Locke (12). A dificuldade, que Aristteles tenta contornar com a imagem da tabuinha, , de fato, aquela da pura potncia do pensamento e de como seja concebvel a sua passagem ao ato. De fato, se o pensamento tivesse j em si qualquer forma determinada, fosse sempre j alguma coisa (como coisa a tabuinha de escrever), ele manifestar-se-ia necessariamente no objeto inteligvel e faria assim obstculo sua inteleco. Por isso, Aristteles tem o cuidado de precisar que nos no tem outra natureza que a de ser em potncia e, antes de pensar, no em ato absolutamente nada (De Anima 429 a) (13). A mente , ento, no uma coisa, mas um ser de pura potncia e a imagem da tabuinha de escrever, sobre a qual nada est ainda escrito, serve precisamente para representar o modo de ser uma pura potncia. Toda a potncia de ser ou de fazer qualquer coisa , de fato, para Aristteles, sempre tambm potncia de no ser ou de no fazer (dnamis me enai, me energin), sem a qual a potncia passaria j sempre ao ato e se confundiria com ele (segundo a tese dos Megricos que Aristteles refuta explicitamente no livro Theta da Metafsica). Esta potncia de no o segredo cardeal da doutrina aristotlica sobre a potncia, que faz de toda a potncia, por si mesma, uma impotncia [...] (13). Exemplo arquiteto e tocador de ctara (13).

Você também pode gostar