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Turma_________ Turno______
DISCENTE(s) ____________________________________________________________________________ Ns __________
Prof. Nonato
Atividade de interpretao
Data ___/___/____
(UFPE 2009)
O portugus no a nica lngua falada em nosso pas. No
Brasil, so faladas muitas lnguas diferentes porque aqui convivem
muitos povos e culturas diferentes. Os imigrantes que vieram de
vrios lugares, por exemplo, trouxeram para c lnguas que so,
atualmente, faladas por seus descendentes: h brasileiros que usam,
no seu dia a dia, o japons, o alemo, o russo, o rabe, o italiano...
Muitos brasileiros tambm falam, com frequncia, o ingls e o
francs porque aprenderam na escola ou em viagem. Os
descendentes dos povos africanos ainda hoje continuam usando
palavras, expresses e cnticos de lnguas de origem africana em
certos lugares mais isolados ou em comunidades religiosas de
centros urbanos. Os brasileiros surdos tambm tm a sua prpria
lngua: a lngua de sinais. E, finalmente, so faladas no pas, hoje,
por cidados brasileiros natos, cerca de 180 lnguas indgenas. O
Brasil , portanto, um pas multilngue.
Muitos brasileiros se espantam quando ouvem falar no
grande nmero de lnguas indgenas existentes no pas. Isto acontece
porque, com frequncia, encontramos na imprensa e nos livros
didticos, uma informao errada: os ndios falam tupi (ou tupiguarani). Mas, assim como no h um ndio genrico e, sim, muitos
povos ou etnias indgenas distintas, no h apenas uma lngua
indgena.
Uma mesma lngua pode no ser falada exatamente do
mesmo modo por todos os que a usam. Assim como o portugus
pode ser falado de diferentes maneiras (o portugus gacho
diferente do portugus pernambucano; o portugus dos jovens
diferente do portugus falado por pessoas mais velhas), Tambm as
lnguas indgenas podem apresentar variaes.
importante entender que as pessoas muitas vezes usam
variedades distintas de uma mesma lngua, para dizer aos outros que
so diferentes, que tm uma identidade prpria. Esse um dos
motivos pelos quais as escolas indgenas e no indgenas no pas
devem reconhecer e respeitar a imensa diversidade lingustica aqui
existente.
(Ministrio da Educao. Referencial curricular nacional para as escolas indgenas.
Braslia, 2005, p. 115-116. Adaptado)