(UNTERMASSVERBOT) OU DE COMO NO H BLINDAGEM CONTRA NORMAS PENAIS INCONSTITUCIONAIS Lenio Luiz Streck1 1. Pr-j!"#$ % &r%j!"#$ %' ()*% +) (,)-.)) *#'&r%%/$0# +# $%/1-+# +) C#/$1-1-20# Em Cem Anos de Solido, Gabriel Garcia Marques conta que, em Macondo, o mundo era to recente que muitas coisas careciam de nome e para mencion-las precisava-se apontar com o dedo. A Constituio do Brasil tambm muito recente. !l"ando a imensido de seu te#to, col"e$se a n%tida im&resso que al'umas coisas ainda no t(m nome) os *uristas limitam$se + quando o ,azem + a a&ont-$las com o dedo... A aus(ncia de uma adequada &r$com&reenso .Vorverstndnis/ im&ede o acontecer .Ereignen/ do sentido. Gadamer sem&re nos ensinou que a com&reenso im&lica uma &r$com&reenso que, &or sua 0ez, &r$ 1'urada &or uma tradio determinada em que 0i0e o intr&rete e que modela os seus &r$*u%zos. A tradio nos le'a 0-rios sentidos de Constituio. Contem&oraneamente, a e0oluo "ist2rica do constitucionalismo no mundo .mormente no continente euro&eu/ coloca$nos 3 dis&osio a noo de Constituio enquanto detentora de uma fora normativa e compromissria, &ois e#atamente a &artir da com&reenso desse ,en4meno que &oderemos dar sentido 3 relao Constituio$Estado$Sociedade. Mais do que isso, do sentido que temos de Constituio que de&ender- o &rocesso de inter&retao dos te#tos normati0os do sistema. Sendo um te#to *ur%dico .cu*o sentido, re&ita$se, estar- sem&re contido em uma norma que &roduto de uma atribuio de sentido5 $ Sinngebung/ 0-lido to$ somente se esti0er em con,ormidade com a Constituio, a a,erio dessa con,ormidade e#i'e uma &r$com&reenso .Vorverstndnis/ acerca do sentido de .e da/ Constituio, que j se encontra, em face do processo de antecipao de sentido, numa co-pertena faticidade- istoricidade do int!rprete e "onstituio-te#to infraconstitucional$. 6m te#to *ur%dico .um dis&ositi0o, uma lei, etc./ *amais