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citados cabe comentar o propósito das licitações nos entes paraestatais que são exploradores
de atividade econômica, podemos assim citar que a constituição determina, em seu artigo 22,
XXVII, que empresas públicas e sociedades de economia mista devem licitar nos termos do
artigo 173, § 1º, III; a competência privativa da União legislar sobre normas gerais de
licitação foi atribuída somente para procedimentos realizados pelas “administrações públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios”,
excluindo-se então as paraestatais exploradoras de atividade econômicas, que estão reguladas
no § 1º do artigo 173 da Constituição Federal.
Sendo assim, por força do artigo 173, § 1º, III da Constituição Federal, com a
redação que lhe atribuiu a Emenda Constitucional nº 19/98, a lei estabelecerá o estatuto
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de
serviços dispondo sobre “licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações,
observados os princípios da administração pública”. Conseqüentemente, as paraestatais e
respectivas subsidiárias que exploram atividade econômica podem, quando editada lei
superveniente que lhes fixe estatuto jurídico, licitar com observância dos princípios
administrativos.
Embora tendo como posição o Tribunal de Contas da União já tenha entendido que a
Petrobrás não está sujeita à Lei Federal nº 8.666/93, desde o advento da EC nº 19 e do
Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A., aprovado
pelo Decreto nº 2.745, de 24.08.1998, nos termos do art. 67 da Lei nº 9.478/97, terminou por
firmar entendimento no sentido da inconstitucionalidade do artigo 67 da Lei Federal nº
9.478/97 tendo então este dispositivo sendo remetido ao Decreto nº 2.745/98 a
regulamentação dos procedimentos licitatórios da Petrobrás S.A.
A posição agora majoritária no Tribunal de Contas da União afirma que tal remissão
ofende reserva legal estipulada nos termos do inciso III, § 1º, art. 173 da Constituição
Federal, frise-se, como já advertiu o Tribunal de Contas da União, que “não se pretende que
uma sociedade de economia mista prejudique o seu desempenho econômico em virtude da
aplicação irrestrita de preceitos adequados a uma autarquia ou a um órgão da
administração direta”.
Entretanto, isso não significa que os preceitos norteadores da Lei nº 8.666/93 devem
ser desconsiderados, a controvérsia sobre o regime das licitações das paraestatais
exploradoras de atividade econômica o que fez com que ganhasse maior repercussão após a
decisão do Supremo Tribunal Federal no Mandado de Segurança nº 26.783, com a Ministra
Ellen Gracie, em 09.07.07, deferindo liminar no citado Mandado de Segurança para suspender
a decisão prolatada pelo Tribunal de Contas da União no acórdão nº 1.249.
Bibliografia: