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Acção de Formação “O Modelo de AA das Bibliotecas Escolares”

1- Análise à realidade da minha escola…

A Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Brás Garcia de


Mascarenhas foi integrada na RBE no ano lectivo de 2006/2007. Desde aí
sofreu imensas alterações, quer a nível de espaço físico e mobiliário quer a
nível de acervo, serviços e práticas implementadas, de acordo com as
orientações da Rede.

A Escola começou pois por celebrar um espaço agradável, colorido e


atractivo, onde muitas e variadas actividades decorriam, mas que devia limitar
o seu campo de actuação ao seu papel tradicional.

No entanto, aos poucos, e graças à forte liderança de uma


Coordenadora interventiva e actuante, a BE/CRE tem vindo a marcar a sua
posição na comunidade educativa onde se insere. A Biblioteca começa a ser
entendida como um elemento das estruturas da escola que deve ter objectivos
coincidentes com os da Escola, do currículo e dos alunos. E digo começa,
porque efectivamente é já uma mudança de atitude visível e concreta mas
apenas em alguns aspectos, nomeadamente:

✔ O Director apoia e tem revelado maior envolvimento com a BE:


✔ O Programa da BE/CRE faz parte do Projecto Educativo da
Escola e do Plano Anual de Actividades;
✔ A Coordenadora faz parte do Conselho Pedagógico da Escola;
✔ Foram promovidas pela BE e Direcção da Escola, no início do ano
lectivo, visitas à Biblioteca pelos diferentes departamentos:
✔ Os Departamentos já coordenam algumas actividades com as
Professoras Bibliotecárias.
✔ As actividades de promoção da leitura- PNL, concursos, visitas de
escritores, feiras do livro e outros projectos -já estão integradas
nas actividades do Departamento de Línguas;
✔ Alguns professores procuram desenvolver nos seus alunos
competências de literacia com o contributo da BE/CRE.

É pois num contexto de alguma abertura aos novos ideais da BE/CRE


que no ano passado foi implementado o modelo de auto-avaliação. Os
objectivos desta avaliação foram dados a conhecer a todas as estruturas da

Maria Helena Ferreira de Sousa Sequeira


Acção de Formação “O Modelo de AA das Bibliotecas Escolares”

Escola, em Conselho Pedagógico. Foi realçada a necessidade da BE/CRE,


agora encarada como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem
dos alunos, ser alvo de auto-avaliação no sentido de: aferir a qualidade e
eficácia dos serviços e a satisfação dos utilizadores; determinar o grau de
consecução da sua missão e objectivos; Identificar pontos fortes e pontos
fracos a melhorar e ajustar as suas práticas à realidade da escola para uma
melhoria. Foi salientado que este processo pedagógico e regulador deve ser
encarado como uma necessidade própria e não como algo imposto do exterior,
não constituindo um fim em si próprio, mas sim uma forma de reflexão que
deve conduzir a melhorias e que necessita da mobilização de toda a escola
para a sua aplicação.

Como elemento da equipa, na altura, colaborei com a Coordenadora na


sua implementação. Foi trabalho árduo e demorado. A ausência destas
práticas de auto-avaliação e a colaboração pouco empenhada de alguns
professores e alunos dificultou a recolha de evidências. Valeu o
profissionalismo atento da Coordenadora que previamente construíra
instrumentos de recolha de informação quantitativos e qualitativos que faziam
parte da rotina da Biblioteca e que se revelaram muito importantes para a auto-
avaliação. Outro contributo foi o da avaliação sistemática, feita pela equipa da
biblioteca, sobre as actividades desenvolvidas.

Ponto 2- Uma melhoria na implementação, na Escola, do processo de


auto-avaliação terá de passar por:

✔ Reforçar o papel da BE/CRE na política da escola, melhorando a


comunicação entre as Professoras Bibliotecárias e o órgão
directivo;
✔ Divulgar junto da comunidade escolar os novos desafios da
BE/CRE e a sua importância para o sucesso do aluno através de
diferentes meios de comunicação: página Web da Escola, blog da
biblioteca, do jornal da Escola “ O Irreverente “, da Rádio Boa-
Nova e Jornais locais;
✔ Continuar a promover formação de utilizadores com visitas
guiadas quer de alunos quer de Departamentos;

Maria Helena Ferreira de Sousa Sequeira


Acção de Formação “O Modelo de AA das Bibliotecas Escolares”

✔ Participação das Professoras BIbliotecárias nas reuniões iniciais


de planificação dos diferentes órgãos pedagógicos para uma
melhor articulação;
✔ Fomentar uma boa relação/comunicação com os professores de
modo a melhorar o trabalho colaborativo;
✔ Apresentar propostas e estratégias concretas de actuação da BE
nos Projectos Curriculares de Turma;
✔ Continuar a promover actividades de desenvolvimento da leitura e
da literacia, um dos problemas reais dos alunos deste
Agrupamento;
✔ Desenvolver projectos que envolvem os E. de Educação em
actividades de promoção da leitura;
✔ Ser parceiro em projectos de pesquisa:
✔ Promover um maior envolvimento com os colegas das TIC;
✔ Planificar acções conjuntas com os professores no sentido de
contribuir para a superação de dificuldades dos alunos;
✔ Contactar permanentemente com todos os elementos da
comunidade educativa, formal ou informalmente, para recolher
informações que permitam ajuizar da eficácia dos serviços
prestados, das carências, e das linhas de orientação a seguir;
✔ Reforçar a necessidade de colaboração na recolha de evidências
sistemáticas ao longo do ano lectivo: em actas, nos PCTs, nos
registos feitos na BE, no preenchimento de inquéritos,
questionários trabalhos dos alunos e outras;
✔ Fornecer algumas das ferramentas de recolha anteriormente
referidas:
✔ Avaliar a qualidade do trabalho da BE/CRE e o seu contributo para
o sucesso dos alunos;
✔ Divulgar estatísticas à comunidade;
✔ Promover acções que tragam os E. Educação à Biblioteca da
escola dos seus Educandos:
✔ Divulgar o relatório de auto-avaliação, nos órgãos próprios para o
efeito.
✔ Envolver a comunidade educativa na análise dos resultados e nas
propostas de melhoria.

Maria Helena Ferreira de Sousa Sequeira


Acção de Formação “O Modelo de AA das Bibliotecas Escolares”

✔ Elaborar o Plano de Acção e Plano de Actividades em


coordenação com os de Escola;

Como síntese, reforço a ideia da auto-avaliação não ser um fim, mas um


processo que deverá conduzir à reflexão e originar mudanças concretas com
vista à melhoria do seu desempenho.

Na nossa biblioteca vamos em frente, determinadas a ver reconhecido o


valor do nosso trabalho e o seu reflexo no sucesso dos alunos.

Maria Helena Ferreira de Sousa Sequeira

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