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Em função do que fica dito, cultiva-se aqui uma arquitectura de programas em que
o professor possa orientar-se com facilidade, entendendo os instrumentos curriculares
como recursos fundamentais para a prática de ensino; pretende-se deste modo
reposicionar os manuais escolares no seu papel de verdadeiros auxiliares pedagógicos.
Sendo instrumentos de trabalho muito importantes, os manuais não devem sobrepor-se
aos programas, como com alguma frequência se verifica; para que não aconteça uma
tal sobreposição, é necessário que o professor cultive uma relação activa com estes
programas, colocados na primeira linha do seu labor pedagógico.
O desenho curricular aqui adoptado rege-se pela unidade alargada que é o ciclo.
Isso não impede que, sendo conhecida a realidade pedagógica em que decorre o ensino
do português, se saliente a importância assumida nessa realidade pelo princípio da
anualidade, com ressalva da singularidade própria do 1.º ciclo e das soluções de
operacionalização a que aquele princípio pode ser submetido. É justamente no que
toca à anualização que, sem prejuízo daquilo que aqui se dirá, importa reconhecer a
autonomia das escolas, no que à gestão dos programas diz respeito.(…)
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educativa da sua escola e da sala de aula. Isto não significa que a gestão dos
programas seja aleatória nem radicalmente subjectiva, devendo cultivar-se um
desejável equilíbrio entre aquilo que neles é essencial e a liberdade do professor para
ajustar o currículo ao cenário em que ele se desenvolve. Para se encontrar o ponto
certo daquele equilíbrio será conveniente, a todo o tempo, ter presentes as metas a
alcançar, especialmente no final de cada ciclo.
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Planificação: critérios de actuação
→1ª Etapa
Equacionar o trabalho de planificação inter-ciclos de forma à apropriação lógica
de progressão do Programa comparando:
• resultados esperados;
• descritores de desempenho;
• conteúdos associados.
→ 2ª Etapa
Concretizar o processo de planificação do trabalho no ciclo/ano de forma a
anualizar o programa por competências, seguindo o seguinte percurso:
• colocar em paralelo os resultados esperados no ciclo anterior e no ciclo em
que se está a trabalhar;
• determinar enfoques de trabalho ao longo dos diferentes anos do ciclo, ou
seja, seleccionar os descritores de desempenho e conteúdos associados a
cada o resultado esperado de uma mesma competência (assegurando a
progressão)
Ponto da situação
Foi criado um grupo de trabalho liderado pelo Professor Carlos Reis que irá
apresentar critérios/ orientações para as anualizações.
Não há um modelo de grelha para a planificação.
Entende-se que os resultados esperados podem não constar na planificação, sendo o
ponto de partida os descritores de desempenho.
É fundamental o princípio da progressão que pode ser alcançado por três vias:
1. divisão do descritor;
2. distribuição dos conteúdos;
3. complexidade do material linguístico utilizado.
Ex:
1. Identificação do sujeito e predicado em frases cada vez mais complexas.