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Comunidade do Islã
Alá é o Deus único e Maomé é o seu profeta maior e último. O islamismo se propagou
numa época em que a Arábia Saudita era politeísta, cultivava mais de 360 deuses, e os
próprios cristãos se arrebatavam com discussões sobre a Santíssima Trindade...
É permitida a poligamia com até 5 esposas legítimas, o divórcio e fomenta-se a guerra
santa, contra os infiéis, Djihad, semelhante às cruzadas, graças à qual este sistema
religioso se expandiu muito no primeiro século de sua existência. Hoje, a cultura
islâmica ocupa 21% da superfície do planeta, aproximadamente.
A fuga de Maomé de Meca para Medina, em 622, chamada hégira (busca de proteção)
marca o início do calendário muçulmano e indica a passagem de uma comunidade pagã
para uma comunidade que vive segundo os preceitos do Islã.
A doutrina do profeta e a idéia de comunidade do Islã (al-Ummah) formam-se durante a
luta pelo controle de Meca - todos os muçulmanos são irmãos e devem combater todos
os homens até que reconheçam que só há um Deus.
Suna – A segunda fonte doutrinal do islamismo. É um compêndio de leis e preceitos
baseados nos ahadith (ditos e feitos), conjunto de textos com as tradições relativas às
palavras e exemplos do Profeta.
Deveres dos Muçulmanos
Todo muçulmano deve prestar o testemunho (chahada), ou seja, professar publicamente
que Alá é o único Deus e Maomé é seu profeta.
Fazer a oração ritual (salat) cinco vezes ao dia (ao nascer do Sol, ao meio-dia, no meio
da tarde, ao pôr-do-sol e à noite), voltado para Meca e prostrado com a fronte por terra.
Dar a esmola legal (zakat) para a purificação das riquezas e a solidariedade entre os
fiéis.
Jejuar do nascer ao pôr-do-sol, durante o nono mês do calendário muçulmano
Ramadãm.
Fazer uma peregrinação (hadjdj) à Meca ao menos uma vez na vida, seja pessoalmente,
se tiver recursos, ou por meio de procurador, se não tiver.
Mesquita na cidade de Meca - centro de peregrinação muçulmana
Em 28/12/2005, o Reino da Arábia Saudita emitiu uma série de 2 selos e um bloco
sobre Meca - Cidade Capital da Cultura Muçulmana (Mecca - Capital City of the
Moslem Culture). Abaixo, um dos selos, com valor facial de 2 Rial Sauditas que marca
o Al Hajj 1426H. O bloco (imagem reduzida), tem valor facial de 5 Rial Sauditas e
mostra o centro de peregrinação na cidade de Meca. Ambos foram impressos por Saudi
Arabia State Printing House.
Festas Islâmicas
Ramadãm ou Ramadan (fevereiro/março)? durante o nono mês do calendário
muçulmano....
Pequena Festa (Eid Al-Fitr), celebrada nos três primeiros dias do mês de Shaual
(março/abril), ao final do jejum do mês de Ramadãm, comemora a revelação do Corão.
Grande Festa ou Festa do Sacrifício (Eid Al-Adha) é celebrada no dia 10 do mês de
Thul-Hejjah (maio/junho).
Hégira (fuga de Maomé de Meca), marca o Ano-novo do calendário muçulmano, no dia
1° do mês de Al-Moharam (junho/julho).
Aniversário de nascimento do Profeta, no dia 12 do mês de Rabi'I (agosto/setembro).
Calendário muçulmano – Mede o ano pelas 12 revoluções completas da Lua em torno
da Terra e é, em média, 11 dias menor do que o ano solar. O ano 1994/1995 foi o 1.415°
da hégira.
Abaixo, um de uma série de 4 selos, emitida 29/11/2004 pelo Irã, com valor facial de
500 Rial iranianos, sobre "The First International Biennial of Islamic World Poster". O
selo mostra a meia-lua, um dos símbolos do Islã.
Divisões do Islamismo
Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos, os sunitas e os xiitas. Essas
tendências surgem da disputa pelo direito de sucessão a Maomé. A divergência
principal diz respeito à natureza da chefia:
Para os xiitas, o Imã ou "Imam" (líder da comunidade) é herdeiro e continuador da
missão espiritual do Profeta.
Para os sunitas, o Imã é apenas um chefe civil e político, sem autoridade espiritual, a
qual pertence exclusivamente à comunidade como um todo (umma).
Sunitas e xiitas fazem juntos os mesmos ritos e seguem as mesmas leis (com diferenças
irrelevantes), mas o conflito político é profundo.
Sunitas – Os sunitas são os partidários dos califas abássidas, descendentes de all-Abbas,
tio do Profeta. Em 749, eles assumem o controle do Islã e transferem a capital para
Bagdá. Justificam sua legitimidade apoiados nos juristas (alim, plural ulemás) que
sustentam que o califado pertenceria aos que fossem considerados dignos pelo consenso
da comunidade.
A maior parte dos adeptos do islamismo é sunita (cerca de 85%). No Iraque a maioria
da população é xiita, mas o ex-governo (2003) era sunita...
Xiitas – Partidários de Ali, casado com Fátima, filha de Maomé, os xiitas não aceitam a
direção dos sunitas.
Argumentando que só os descendentes do Profeta são os verdadeiros imãs: guias
infalíveis em sua interpretação do Corão e do Suna, graças ao conhecimento secreto que
lhes fora dado por Deus. São predominantes no Irã e no Iêmen.
A rivalidade histórica entre sunitas e xiitas se acentua com a revolução iraniana de 1979
que, sob a liderança do aiatolá Khomeini (xiita), depõe o xá Reza Pahlevi e instaura a
República Islâmica do Irã.
Selo da Arábia Saudita emitido em 27/12/2004, com valor facial de 2 Rial Sauditas,
impresso por Saudi Arabia State Printing House, para promover a paz no Islamismo:
Islã é Paz!
Outros grupos – Além dos sunitas e xiitas, existem outras divisões do islamismo, entre
eles os zeiitas, hanafitas, malequitas, chafeitas, bahais, drusos e hambaditas. Algumas
destas linhas surgem no início do Islã e outras são mais recentes. Todos esses grupos
aceitam Alá como deus único, reconhecem Maomé como fundador do Islamismo e
aceitam o Corão como livro sagrado. As diferenças estão na aceitação ou não da Suna
como texto sagrado e no grau de observância das regras do Corão.
Fonte: www.sergiosakall.com.br
ISLAMISMO
A religião que mais cresce vive ma hora decisiva
ADA VEZ MAIOR: peregrinação anual a Meca, um dos pilares do Islã
O mundo islâmico vem sendo rotineiramente devassado nos meios acadêmicos há muito
tempo. Contudo, até 11 de setembro de 2001, quando dezenove muçulmanos praticaram
o maior atentado terrorista da História, as multidões nos países ocidentais não sabiam
que o universo dos turbantes era muito mais complexo do que parecia. Depois do fim do
comunismo, os Estados Unidos e seus aliados - os países industrializados da Ásia e da
Europa - convenceram-se de que a modernidade, a democracia e a economia de
mercado são desejadas em todo o mundo. Devido a outra escala de valores, porém, tais
novidades não são bem-vindas para um número significativo de muçulmanos. Foi a
descoberta de que o Islã era um dos limites da globalização, até então despercebido.
Após o choque resultante da carnificina cometida em nome de Alá, o mundo islâmico
foi repentinamente iluminado por um holofote. Nunca, até onde a memória alcança,
uma civilização foi tão escrutinada como a muçulmana está sendo nos dias atuais. Uma
cultura e uma fé que viviam relegadas à periferia do mundo dito civilizado despertam
agora um interesse voraz em pessoas que até outro dia dispunham de pouquíssimas
referências sobre o universo islâmico. Os governos das nações poderosas também estão
ávidos por entender e agir de forma a evitar uma explosão nas sociedades dos turbantes
que elegeram como seu herói o terrorista Osama bin Laden e como bandeira a guerra
santa aos valores ocidentais. E, no decorrer desse processo de exploração, a opinião
pública mundial descobriu que esse universo era menos administrável do que se
imaginava.
20% do mundo - Para elevar ainda mais o grau de importância dessa revelação,
pesquisas realizadas ao redor do globo mostraram que o islamismo é a religião que mais
cresceu nas últimas décadas, e que essa tendência não mudou depois do 11 de setembro.
Em 1973, havia 36 países com maioria muçulmana no planeta; exatos trinta anos
depois, eles já eram 47. Também no início dos anos 70, o islamismo reunia cerca de 370
milhões de fiéis. Três décadas depois, eles chegaram a 1,3 bilhão. Hoje, quase 20% da
população do mundo é muçulmana, e estima-se que, em 2020, de cada quatro habitantes
do planeta um seguirá o islamismo. Essa explosão demográfica - em parte provocada
pela proibição religiosa do uso de métodos contraceptivos - está devolvendo ao
islamismo uma força considerável.
E não é só no Oriente: com o liberalismo religioso da maior parte do Ocidente, os
muçulmanos também se espalham com alguma facilidade. Só na Europa, berço da
civilização cristã, existem 20 milhões de muçulmanos, e quase metade deles está
instalada na Europa Ocidental. Há mesquitas até na Roma dos papas. Outro fator que
emprestou maior visibilidade aos países islâmicos está em sua imensa riqueza
estratégica: são donos das mais generosas reservas de petróleo do mundo. Entre os cinco
maiores produtores de óleo do Oriente Médio, o PIB conjunto quadruplicou nos últimos
trinta anos, enquanto o PIB mundial apenas dobrou de tamanho. O crescimento do
rebanho e a fartura do petróleo, no entanto, produziram um barril de pólvora.
Bomba-relógio - Em geral, os regimes dos países islâmicos são ditaduras teocráticas e a
riqueza não é distribuída, deixando a maior parte da população relegada à miséria. É
dentro desse caldeirão paradoxal que ressurgiu a força da religião, em especial depois da
Revolução Islâmica no Irã, em 1979. O Islã é multifacetado por várias nações, mas tem
uma característica curiosa: não produziu um só país democrático e desenvolvido. O
contraste entre a pobreza dos fiéis e a riqueza do Ocidente fomentou rancor.
A resposta às dificuldades materiais e à falta de liberdade, levantada nas mesquitas, é a
de que a identidade religiosa supera todos os valores políticos. A questão tornou-se
urgente depois do 11 de setembro, mas até agora não se encontrou uma resposta: como
desarmar a bomba-relógio do radicalismo islâmico? Enquanto os nós não forem
desfeitos, é possível que o extremismo e o fanatismo, embora restritos a grupos
minoritários, sigam achando espaço para ensangüentar a história humana.
Fonte: veja.abril.com.br
ISLAMISMO
RAÍZES DE UMA RELIGIÃO PACÍFICA