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economia brasileira nasceu como grande explorao comercial criada pelo capitalismo
mercantil europeu e voltada para o mercado externo (REIS, 2000, p.187). Acredita que o
Brasil foi uma criao imperialista e que a classe dominante brasileira uma subordinada ao
sistema capitalista e por isso no vai de frente aos interesses imperialistas. Apesar de diversa,
essa classe dominante possui certa unidade. So aliados, scios.
Defende que a verdadeira revoluo seria vitoriosa se conseguisse promover a
transio da sociedade colonial ao Brasil-nao. Essa revoluo estaria dividida em quatro
etapas: a primeira, a independncia poltica, consolidou-se em 1822; a segunda, fim do trfico
negreiro (1850) e a abolio da escravatura (1888), que integraram a grande massa da
populao trabalhadora; a terceira, a partir de 1870, a imigrao, que melhorou a qualidade
cultural do trabalho; e a quarta, a Repblica, a consolidao de um Estado e de um direito
burgus. De colnia a nao estruturada nessa evoluo que se incluem, para Caio Prado,
como eles de uma corrente, os fatos do presente (REIS, 200, p. 191, grifos do autor).
Para Caio Prado, o capitalismo brasileiro ainda era colonial, ele precisava se tornar
nacional. Para isso, era necessrio o controle e orientao do Estado na produo, ou seja, o
intervencionismo estatal. Dois fatores dificultavam essa transio: [1] a presena imperialista
no pas, o Estado deveria intervir e afastar essa interveno imperialista na produo
brasileira; [2] a estrutura agrria do pas, que alm de produzir para atender ao mercado
externo, no abastecia de alimentos as cidades, tornando caros os salrios urbanos e no
pagando salrios aos trabalhadores rurais que no podem consumir os produtos industriais
nacionais.
De modo geral, Caio Prado abandona as ideias de revoluo com armas, apontando
para mudanas estruturais a curto prazo, afirmando que a luta pelo socialismo deveria ser
paciente e que precisaria se adequar as condies histrico-sociais do pas.
REFERNCIAS
REIS, Jos Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. 3 Ed. Rio de Janeiro :
Editora FVG, 2000.