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Aula 4
Registro público de empresário e/ou sociedade empresária
Conforme visto anteriormente (art. 967) é obrigatória a inscrição de empresário no Registro Público de
Empresas Mercantis. Tal registro é exercido em todo território nacional, por órgãos federais e estaduais,
está disciplinado na Lei 8.934/94 (LRE), regulamentada pelo Decreto nº 1.800/96, tendo como
finalidades específicas:
I) dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das
empresas mercantis, submetidos a registro;
II) cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no Brasil e manter
atualizadas as informações pertinentes;
III) proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como o seu
cancelamento.
Independentemente do seu objeto, salvo eventuais exceções previstas em lei, os atos das sociedades
empresárias e do empresário serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis.
A legislação correspondente estabelece que fica instituído o NIRE (número de identificação do registro
de empresas) que será atribuído a todo ato constitutivo de empresa, devendo ser compatibilizado com
os números adotados pelos demais cadastros federais, na forma de regulamentação do Poder
Executivo.
Lei 8934/94
Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis
serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades
Afins, independentemente de seu objeto, salvo as exceções previstas em
lei.
Parágrafo único. Fica instituído o Número de Identificação do Registro de
Empresas (NIRE), o qual será atribuído a todo ato constitutivo de empresa,
devendo ser compatibilizado com os números adotados pelos demais
cadastros federais, na forma de regulamentação do Poder Executivo.
Órgão de Registro
Os serviços do Registro serão exercidos em todo território nacional, de maneira harmônica, uniforme e
interdependente, pelo Sistema Registro de Empresas Mercantis (Sinrem), composto pelos seguintes
órgãos: o Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) e pelas Juntas Comerciais (JC).
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É possível perceber que este órgão não tem função executiva, não realizando atos de registro,
competindo-lhe fixar as regras gerais para a prática dos atos de registro, tendo como funções a
supervisão e controle das Juntas Comerciais, regulamentando e fiscalizando as atividades, sendo
responsável ainda pela orientação técnica e jurídica de todo o sistema de registro empresarial.
Cada unidade federativa possui uma Junta Comercial que tem sua sede na Capital do Estado, desta
forma cabe aos Estados a organização e o disciplinamento administrativo deste órgão, sendo de
competência da União a conformação técnica de todas as Juntas.
Desta forma, de acordo com a matéria, a subordinação da Junta Comercial estará ligada a DNRC ou a
governo estadual, neste sentido:
A subordinação hierárquica da Junta Comercial é híbrida. Deve esse órgão,
de acordo com a matéria em pauta, reportar-se ou ao DNRC ou ao governo
estadual a que pertença, segundo se trate, respectivamente, de matéria
técnica de registro de empresa ou de matéria administrativa.
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No exercício de suas funções, a Junta Comercial, estará adstrita aos aspectos formais dos documentos,
não podendo negar o ato registral, exceto nos casos de vício de forma, que obviamente, são sanáveis,
não podendo exigir eventuais atendimentos de requisitos formais, se não estiverem estabelecidos em
legislação.
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f) Delegacias, órgãos locais do registro do comércio, que podem ser criadas por decisão do plenário.
Mister se faz esclarecer, que qualquer pessoa, mesmo sem demonstrar interesse, poderá consultar os
assentamentos existentes na Junta Comercial, obtendo certidões, para tanto, deve respeitar a forma, o
prazo e os procedimentos necessários.
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Atos do registro
Atualmente, são três os atos de registro, cada qual guarda sua peculiaridade:
c) Autenticação: condição de regularidade dos documentos que devem ser registrados – livros
comerciais, fichas escriturais, etc.
Exercício de fixação
1) Assinale a alternativa INcorreta:
( a ) São impedidos de atividade de empresário: os funcionários públicos e magistrados; os
militares da ativa; os auxiliares do comércio e o falido até a sentença que extinguir suas
obrigações, salvo se praticou crime falimentar.
( b ) Os maiores de 16 e menores de 18 anos são considerados relativamente incapazes.
( c ) São considerados absolutamente incapazes: os menores de 16 anos; os que por
enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática de
atos da vida civil; os que, mesmo por causa transitória não puderem exprimir sua vontade.
( d ) Os estrangeiros não podem exercer atividades, uma vez, que tem capacidade apenas no
país da sua própria nacionalidade.
( e ) Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade
civil e não forem legalmente impedidos.
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Gabarito:
01 – D 02 – B
O PROFESSOR ADVERTE
Este material é complementar ao apresentado em sala de aula, devendo o aluno aprofundar seus conhecimentos através dos autores e obras
constantes das referências bibliográficas do programa.
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