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1 MOTORES DE BUSCA

1.1 UM POUCO DE HISTÓRIA

Hoje em dia, o acesso a informações é bem simplificado e com o fácil

acesso à internet o encontro de informações está se tornando cada vez mais fácil.

Mas nem sempre foi assim.

Ainda no tempo em que a Internet era um emaranhado de FTPs 1, para

encontrar um arquivo específico os usuários tinham que procurar arquivo por

arquivo. A única forma de facilitar isso era conhecer as pessoas certas, as pessoas

que sabiam onde os documentos estavam.

Tudo isso era muito trabalhoso, demorado e difícil. Porém um estudante da

Universidade de McGill em 1990 criou a primeira ferramenta de busca. O Archie não

era bem uma ferramenta de busca, ele era um índice de arquivos

(LEADFORD,2008).

Já em 1991, apenas um ano depois do lançamento do Archie o estudante

Mark McCahill da Universidade de Minnesota, inovou com o seu aplicativo Gopher

que indexava os documentos em formato de texto simples, o que futuramente se

tornariam sites (LEADFORD,2008).

Após esta fase os sistemas de buscas começaram a amadurecer, e

passaram a se parecer cada vez mais com a que conhecemos hoje. Mas o primeiro

motor de busca (search engine) na forma que conhecemos só apareceu em 1993,

desenvolvido por Matthew Gray e com nome de Wandex. Foi o primeiro programa a

fazer a indexação e a busca no índice. O que se tornou a base para todos os

crawlers de busca, pois vasculhava a internet (LEADFORD,2008).

Os principais mecanismos de busca entre 1993 e 1998 foram:


1
File Transfer Protocol
2

 Excite em 1993

 Yahoo em 1994

 Web Crawler em 1994

 Lycos em 1994

 Infoseek em 1995

 Inktomi em 1996

 Ask Jeeves em 1997

 Google em 1997

 MSN Search em 1998

Nos tempos de hoje em dia, os mecanismos de busca permitem que se faça

busca por quase todos os tipos de arquivos e documentos usando a mesma palavra

que se usaria para texto simples.

1.2 O QUE É UM MOTOR DE BUSCA

É um sistema designado a buscar informações na WWW, armazenar os

dados e mostrá-los através de uma palavra chave (keyword). A página de resultados

ou SERP (Search Engine Results Page) geralmente apresenta uma lista de

resultados, que podem ser compostos por sites, imagens, mapas, entre outros tipos.

Os motores de busca normalmente são compostos pelas partes:

 Crawler (Robôs ou Spiders)

 Armazenamento

 Indexação

 Ordenação

 Apresentação
3

1.3 COMO FUNCIONAM

Os motores de busca têm um trabalho contínuo de rastreamento de

informações, este rastreamento é feito pelo Crawler, conhecido também por Spider

ou Robô, o Robô da Google é chamado de Googlebot.

A partir de um conjunto inicial de URLs os Robôs saem vasculhando a web

e armazenado todo tipo de informação, o Robô segue os links externos de uma

página, formando assim uma gigantesca cadeia interligada.

Todas estas informações recolhidas ficam armazenadas em um repositório.

Estes repositórios guardam cargas gigantescas de informações comprimidas, que

são processadas posteriormente. Estes repositórios espalhados pelo mundo têm

como características, armazenar vários tipos de dados em cache 2, para que sejam

disponibilizados mesmo que estes dados já não estejam mais online.

O indexador processa as keyword contidas em cada uma das páginas que

estão armazenadas para compilar um imenso índice com todas as palavras

encontradas e sua localização em cada página. É este índice que permite fazer

pesquisas rápidas.

Mesmo com a tecnologia de hoje em dia, o indexador ainda encontra

dificuldades de acessar alguns tipos de conteúdo, tais como Flash, Java Script e

formatos proprietários

Devido ao índice gerado pelo indexador ser gigantesco e para cada keyword

existir milhares de sites, os mecanismos de busca colocam no início deste índice as

páginas mais relevantes para que esta busca seja rápida.

2
Cache é uma cópia arquivada que pode ser acessada mesmo que a informação não esteja mais
online.
4

Após todo este trabalho do motor de busca, o usuário recebe uma lista de

resultados para sua keyword em menos de 1 segundo. Podemos observar o

processo de uma consulta no buscador da Google na FIGURA 1.

FIGURA 1: Processo de uma consulta no mecanismo de busca da Google. FONTE: Google.


5

1.4 MOTORES PRIMÁRIOS

Os motores de busca primários ou principais são os buscadores populares,

são aqueles que já conhecemos como o Google, o Yahoo ou o Bing. São eles quem

indexam milhares de sites e que podem gerar muito tráfego para o site e é por este

motivo que este trabalho está focado neles. As empresas gestoras destes

mecanismos de pesquisa agregam além da busca outros recursos, como mapas,

email, notícias e meios de entretenimento.

1.5 MOTORES SECUNDÁRIOS

Com conteúdo generalizado e voltados a públicos menores e específicos

esta categoria de motor de busca não tem tanta capacidade de geração de tráfego

como os Motores Primários, mas são uteis em buscas regionais e mais focadas. No

Brasil os mais famosos buscadores desta categoria (Ask.com, Lycos.com) não são

muito usados, mas se a campanha de SEO for para um site internacional, este tipo

de motor de busca deve ser levado em consideração.

1.6 MOTORES OBJETIVADOS

Conhecidos também como Targeted ou topicalizados, esta categoria de

motores geralmente focam em apenas um tópico geral como musica, ciência,

cidades, etc. São muito específicos, se forem considerados na campanha de SEO

devem ser levados em consideração os mecanismos que sejam relevantes ao seu

tópico em específico, um exemplo são o Citysearch.com e o Musicsearch.com.

1.7 METAMOTORES DE BUSCA

Apesar de não serem muitos conhecidos os metamotores de busca tem um

bom potencial de fonte de tráfego. Metamotores de busca são motores que buscam
6

em outros motores de busca, exemplo Dogpile.com. Não possuem banco de dados,

pois retiram os primeiros resultados de uma série de outros motores, fazendo assim

o usuário economizar tempo. Ao otimizar o site para um motor de busca primário

também estará otimizando para um metamotor.

1.8 A INTERFACE DE CONSULTA

A interface de consulta é a forma de relação entre um usuário e o motor de

busca. Em alguns motores de busca as interfaces sofreram apenas mudanças

tímidas, mas em alguns mudaram completamente. Por exemplo, a interface do

Google.com mudou pouco, podemos notar pouca diferença entre a FIGURA 2 e a

FIGURA 3, mas com apenas um e-mail você poderá ter uma interface rica, com

suporte a vários widget3 como Feed4 (FIGURA 4).

FIGURA 2: Página Google.com em 1998. FONT: Web Archive.

3
Widget é um componente de uma interface gráfica.
4
Feed é um formato de dados usado em formas de comunicação com conteúdo atualizado
frequentemente.
7

FIGURA 3: Página Google.com em 2010. FONT: Google.com

FIGURA 4: Página do Igoogle.com. FONT: Igoogle.com


8

Por mais que existam mudanças, o intuito de um mecanismo continua o

mesmo que é encontrar algo de forma fácil, e parte do mesmo princípio a mais de

uma década, um campo para digitar o texto e um botão para executar a busca.
9

2 INDEXAÇÃO E RANQUEAMENTO DOS SITES

2.1 ROBÔS SPIDERS E CRAWLERS

Os Crawlers, spiders ou os Robôs são softwares que vasculham a web atrás

de conteúdo e passam de um site para outro através de links (anchor). É através

dessa busca que um motor de busca atualiza ou adiciona novo conteúdo a seu

banco de dados.

O Robô parte de uma lista inicial de sites, a cada site analisado ele gera uma

nova lista de sites para visitar e assim sucessivamente, formando uma gigantesca

rede interligada. Para alguns algoritmos busca, essas ligações vão servir para

calcular a relevância de um site para um determinado assunto.

Este Robô percorre esse caminho até ficar preso, ou seja, até não haver

nenhuma ligação nova ou que ele já não tenha percorrido nesse momento o Robô

volta à lista inicial e começa o processo novamente, esse ciclo não para. Em alto

nível, a arquitetura de Robô pode ser vista na FIGURA 5 e como é seu

funcionamento na FIGURA 6.
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FIGURA 5: Arquitetura de um Robô. Fonte: Wikipedia.

FIGURA 6: Funcionamento de um Robô. FONTE: LEDFORD 2008

2.2 O GOOGLE PODE INDEXAR MEU SITE?

Teoricamente todo e qualquer site pode ser encontrado por Robôs sem a

necessidade de ser incluído manualmente, porém, devido à gigantesca quantidade

de sites que são criados a cada momento o motor de busca pode demorar a

encontrar o site recém criado ou simplesmente não indexá-lo. Isso acontece

normalmente pelas seguintes razões:

 O site não está conectado a nenhum outro através de links.

 O site foi criado logo após o Robô terminar o seu rastreamento.

 O Robô recebeu um erro enquanto rastreava o site ou o site estava

temporariamente indisponível.

As causas do site não aparecer no índice do buscador também podem ser

pela sua estrutura ou pelo seu conteúdo. Por exemplo, páginas que precisam de

login para ser acessadas, conteúdos dinâmicos descendente das tecnologias Flash,

JavaScript, frames, etc.


11

Para saber qual o conteúdo do site pode ser indexado pelo Robô, precisa-se

de um Navegador de texto como o Lynx ou um Navegador com Java Script, Flash e

imagens desabilitadas, desta forma, pode-se ver da mesma forma que um Robô vê

o site.

2.3 INDEXAÇÃO

“O objetivo de armazenar um índice é de otimizar a velocidade e o

desempenho na busca por um documento relevante devido a um termo buscado.”

(RICOTTA, 2008).

Assim como o RICOTTA diz em seu trabalho se um Motor de Busca não

tivesse um índice, a resposta para uma pesquisa poderia durar horas ou até mesmo

dias.

Existem vários tipos de índices, como:

 Árvores de sufixo

 Árvores

 Índices invertidos:

 Índices de citação

 Índices Ngram

 Matriz de termos

Um exemplo clássico de índice é o índice invertido que armazena uma lista

de documentos que contém certa palavra chave podemos ver isso na FIGURA 7.
12

FIGURA 7: Índice invertido. FONTE: RICOTTA.

Mas um índice não é feito apenas de conteúdo, ele é composto também por

um super algoritmo de busca. Este algoritmo recebe um problema no caso uma

keyword ou uma frase, avalia uma cadeia de respostas possíveis no banco de dados

e retorna as melhores respostas para este problema (LEADFORD,2008). As

respostas ou resultado são diferentes em cada motor de busca, pois, cada um tem

suas particularidades e existem diversas classificações de motor de busca, como:

 Busca por lista: Com resultado restrito, este tipo de busca não é

recomendado, pois seu algoritmo que busca linearmente geralmente

retorna apenas um elemento, sendo assim, bastante demorado para

uma consulta em bilhões de sites.

 Busca por Árvore: Assim como a Web os conjuntos de dados são

ramificados como arvore, desta forma, esta classificação de busca é

bastante eficiente, pois, seu algoritmo pode partir de um conjunto de

dados específico para um mais geral, como de um geral para um mais

específico.

 Busca SQL: Este tipo de busca permite que os dados sejam

procurados de maneira com que qualquer dado possa ser encontrado


13

através de qualquer subconjunto de dados, isto é possível, pois seu

algoritmo trabalha de forma não hierárquica.

 Busca informada: Com uma busca mais eficiente em pesquisas

específicas com conjunto de dados específicos, este tipo de busca

procura por uma resposta específica por um problema específico.

 Busca adversarial:Este tipo de busca não é recomendado ou até

impossível de usar em um motor de busca na web, pois seu algoritmo

faz uma busca atrás de todas as soluções possíveis para o problema,

o que para a web pode ser infinito.

 Busca por satisfação de restrição: Com resultados a partir de uma

série de restrições e com um algoritmo que vasculha de várias formas

diferentes este tipo de busca é o mais provável que trará resultados

mais próximos aos desejados.

Estes são apenas alguns dos tipos de algoritmo de busca, muitas empresas

optam por criar os seus próprios algoritmos visando sempre o aperfeiçoamento das

técnicas.

2.4 O QUE É O RANK

O rank é o resultado da pesquisa feita pelo motor de busca, cada motor tem

suas características especificas, mas no geral é uma listagem de links com um

pequeno resumo do que o link aborda.

O objetivo da otimização é ficar entre as primeiras posições neste rank,

porém este resultado não é formado apenas por páginas que são ranqueadas por

sua relevância, muitos dos buscares acrescentam resultados pagos chamados de

Links Patrocinados e estes links são pagos por click.


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Pode-se ver a interface do resultado do Google na FIGURA 8. Está interface

é composta por várias partes, na FIGURA 9 está o menu principal, onde pode-se

acessar vários outros serviços, a caixa de busca para uma nova consulta está na

FIGURA 10, as estatísticas da busca podem ser vista na FIGURA 11, os links

patrocinados que estão marcados de laranja podem ser vistos na FIGURA 12 e os

resultados orgânicos na FIGURA 13.

FIGURA 8: Resultado de uma pesquisa para a keyword “SEO” no Google.com. FONTE:


Google.com.

FIGURA 9: Menu. FONTE: Google.com.


15

FIGURA 10: Caixa de novas pesquisas. FONTE: Google.com.

FIGURA 11: Estatísticas da busca efetuada. FONTE: Google.com.

FIGURA 12: Links patrocinados. FONTE: Google.com.


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FIGURA 13: Resultado orgânico. FONTE: Google.com.


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3 PROCESSO DE OTIMIZAÇÃO

3.1 SEO

Search Engine Optimization pode ser chamado de SEO ou em bom

português Otimização para Motores de Busca.

“Search engine optimization (or SEO for short) is the art of getting your

website to the top of the search rankings.” (VINEY, 2008).

SEO representa várias atividades que podem incrementar a posição de um

site em uma SERP e aumentar a quantidade de visitantes que chegam ao site

através de resultados orgânicos em um motor de busca. Essas atividades também

são chamadas de SEM (Search Engine Marketing) ou SM (Search Marketing)

(GRAPPONE,2008).

SEO também pode segmentar outros vários tipos de busca, como os de

busca local, imagens, vídeos, etc.

Os resultados da SEO não podem ser garantidos por nenhum profissional ou

empresa, pois cada motor de busca funciona de uma forma diferente, sempre há

mudanças no algoritmo de busca e até o momento nenhuma grande empresa de

busca tornou público o seu algoritmo.

SEO é baseado em dicas dadas pelos próprios mecanismos de busca e ou

que foram desvendadas ao longo do tempo, como os algoritmos mudam a cada

momento as dicas de hoje podem não ser as mesmas do dia de amanhã.

Na SEO também existem dicas/métodos que são reprovados pelos motores

de busca, eles são chamados de Black Hat Seo ou Search Spam. São técnicas que

tentam enganar o algoritmo do motor de busca, como textos invisíveis, conteúdo

diferenciado para o motor de busca, etc. Chega ao ponto de ser anti ético e os
18

motores de busca estão bem evoluídos quanto a isso, seus benefícios podem ser

bons a curto prazo, mas corre-se o risco de ser banido para sempre de um motor de

busca.

3.2 QUEM SERÃO OS VISITANTES DO MEU SITE.

Esse é um ponto importante para SEO, pois faz parte do planejamento ou do

seu plano de SEO. Tendo em vista o público-alvo pode-se traçar os caminhos para

atingir as metas planejadas.

Normalmente o público-alvo são os potenciais clientes, mas dependendo do

site podem-se incluir os funcionários da empresa, membros da imprensa, clientes

atuais ou clientes antigos.

Neste momento também se pode definir se a otimização será feita para

pessoas que procuram ajuda, soluções para problemas ou simplesmente o produto

do site. Desta forma, a arquitetura do site pode ser mudada, entre muitas outras

coisas que podem sofrer mudanças, por esses motivos este ponto é muito

importante e deve receber uma grande atenção, mudanças são sempre possíveis,

mas podem ser trabalhosas e custosas.

Para ajudar a definir para qual caminho será o foco da otimização, faz-se

necessário descrever com muitos detalhes qual será o público-alvo, status

profissional, técnico ou teórico, classe social, religião, idade, localização geográfica,

etc. Os dados necessários irão variar de site para site.

Conhecendo sua audiência será fácil tomar decisões como escolha de

keyword, usabilidade, segmentação para cada público, o que pode melhorar as

vendas ou outros objetivos (GRAPPONE,2008).

Um exemplo de definição de visitantes para um site de vendas de

brinquedos:
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Status profissional Empregado


Localização geográfica Brasil
Grau familiar Pais e avós
Status social Classe média e alta

Com isso, direciona-se a otimização para brinquedos de alto padrão e de

valores elevados (classe social), com conteúdo de compreensão simples, mas com

riqueza de detalhes (grau familiar), linguagem culta portuguesa (localização

geográfica).

Caso o site fosse um site de empréstimos e o objetivo fosse o mesmo

“venda de brinquedos”:

Status profissional desempregado


Localização geográfica Brasil
Grau familiar Pais e avós
Status social Classe média e baixa

Neste caso, direcionar a otimização para brinquedos de valores mais baixos

(status social – status profissional), continuaria com a língua portuguesa (localização

geográfica) mas sem necessidade de ser culta (status social), as keywords poderiam

ser:

 Empréstimos para compra de brinquedos

 Financie o brinquedo do seu filho

 Sem dinheiro

 Brinquedos financiados

Como os públicos e objetivos são diferentes devem ser feitas campanhas

diferentes. O trabalho de SEO nunca será igual em nenhum projeto, como cada

projeto é único, o trabalho de SEO também.


20

3.3 O QUE OS VISITANTES IRÃO FAZER NO SITE

Quando um visitante fizer o que foi planejado no plano de SEO, um objetivo

será atingido, isso é chamado de conversão. As coisas que um visitante faz em um

site são os objetivos principais de uma campanha SEO, é justamente para isso que

é criado um plano de SEO, para que visitantes encontrem o site e façam alguma

coisa em especifico como:

 Compra de produto

 Inscrever em alguma lista

 Subscrever a uma lista de emails

 Comentário em um blog

 Ler anúncios de classificados

 Entre outras coisas

Definir o que se quer que os visitantes façam no site é obrigatório e deve

receber especial atenção, é através destes pontos específicos que vai ser possível

mensurar se uma campanha SEO está dando certo.

Muitas vezes estes pontos não serão fáceis de se descobrir, algumas vezes

para atingir um objetivo em especifico se tem vários caminhos, dessa forma,

também é difícil de mensurar os resultados. Um exemplo simples sobre isso:

O objetivo é vender mais, mas existem várias formas de vender, nem

sempre uma pessoa que entra no site pela primeira vez vai efetuar a compra mas*

este mesmo visitante pode voltar um mês depois e realizar a compra, a principio o

plano de SEO não deu certo, pois o visitante não efetuou a compra quando

encontrou o site no mecanismo de busca, porém o usuário voltou e fez a compra, se

o objetivo era apenas vender o objetivo foi cumprido. Outro exemplo são compras
21

efetuadas após a visualização de uma newsletter, muitas vezes no plano de SEO

com objetivo principal vender mais, o cadastro de newsletter é esquecido, de novo o

visitante não efetua a compra de imediato, mas fica sabendo das novidades do site e

é possível que faça alguma compra um dia ou um ano após a visita.

Esses pontos serão difíceis de serem calculados se não forem levantados no

plano de SEO, por isso deve-se tomar muito cuidado no que fixar como objetivo

principal, e não se pode esquecer os caminhos possíveis para atingir este objetivo.

3.4 AS PÁGINAS QUE PRECISAM RECEBER MAIS VISITAS

Diferentemente de um mercado, uma página web deve mostrar facilmente e

rapidamente o que o público-alvo está procurando. Estas páginas serão as páginas

de entrada do site ou landing pages, são elas que receberão a maior parte do

tráfego vindo de um buscador. As melhores situações são quando estas páginas são

as mesmas páginas de conversões.

Quando algum visitante chegar ao site através de uma keyword como “Tosa

de cão” é justamente a página de tosa de cães que deve ser mostrada e não a raiz 5

do site do PET SHOP. Fazer a otimização desta palavra para a raiz do site pode

gerar conflito ao mostrar conteúdo variado ou até conteúdo indesejado ao visitante,

pois se o PET SHOP não tratar apenas de cães, a página inicial poderá mostrar

conteúdo sobre gatos ou outros animais, e a busca não foi feita com esse objetivo.

Um bom exemplo pode ser visto na FIGURA 14. Para a página inicial poderia ser

feito a otimização da keyword “Banho e tosa”, desta forma sendo genérica e serviria

para ambos os animais.

5
Raiz de um site é a página inicial.
22

FIGURA 14: Possíveis caminhos para conversão. FONTE: (GRAPPONE, 2008).

As páginas de entrada devem ser prioritárias no plano de SEO e essa

abordagem deve ser feita página a página separadamente, dando uma pontuação

levando em consideração a prioridade da página para o site e não no site como um

todo.

“Ao definir a prioridade das páginas, você estará também criando um mapa

para seu esforço de marketing” (LEDFORD, 2008).

Quando as páginas de entrada não são as mesmas páginas de conversões

estas devem trazer um fácil caminho até a conversão desejada, este tipo de página

por mais que sejam genéricas não devem esquecer a (parte especifica da consulta)
23

especificidade da consulta. Por exemplo, para a keyword “Fogão de quatro bocas” a

página que deverá receber essa otimização deverá ser uma página genérica de

fogões, mas que especificamente sejam de quatro bocas. A mesma regra se

aplicaria caso na keyword contivesse alguma marca especifica.

Para facilitar ou aumentar a conversão, é recomendável que todas as

páginas do website tenham trilhas ou também chamadas de migalhas de pão

(breadcrumbs) exemplo na FIGURA 15. Esse tipo de navegação ajuda ao visitante

identificar em qual parte do site está assim dando a escolha para que conheça

outras áreas.

FIGURA 15: Breadcrumbs bem feita. FONT: Walmart.com

3.5 COMO MENSURAR A CAMPANHA DE SEO

Existem várias soluções que fornecem dados de analises, eles são

chamados de web analytics. Entre estas soluções temos as grátis e as pagas, a

empresa Google também disponibiliza uma versão grátis do seu web analytics que

se chama Google analytics.

Este tipo de ferramenta é composto por vários recursos como:

 Fonte de tráfego

 Quantidade de visitas

o Novos visitantes

o Retorno de visitante
24

o Visitantes únicos

 Pageviews

 Tempo no site

 Taxa de rejeição

 Palavras mais buscadas

 Localização geográfica

 Entre muitos outros

Mesmo com tantos detalhes e a fácil customização dos relatórios a empresa

pode encontrar problemas ao fazer a medição dos resultados, eles geralmente são

causados por:

 Falta de definição: quando os objetivos não são definidos ou não

estão bem claros.

 Falta de comunicação: As informações não são compartilhadas

entre departamentos ou pessoas com funções diferentes.

 Ansiedade matemática: Agrupar os dados de conversões em

planilhas bem arrumadas pode ser mais difícil do que parece.

 Dificuldade técnica: Mesmo com as ferramentas de web analytics a

disposição, alguns tipos de conversões são difíceis de se fazer.

Devido a este tipo de problema, caso seja necessário fazer um

monitoramento mais completo, deve ser levantado em questão à contratação de um

profissional da área de web analytics.

Mesmo sem a disponibilidade deste profissional o monitoramento poderá ser

feito normalmente e dependendo da finalidade do estudo, este profissional não fará

falta.
25

3.6 OTIMIZAÇÃO BÁSICA

Para execução dos passos de otimização é necessário conhecimentos

básicos de HTML6.

3.6.1 TITULOS

O título de uma página é considerado a parte mais importante na otimização

on-site (feita no código do site). Muitos livros dedicam várias páginas para essa tag 7.

“Probably the most important of the visible text elements is your HTML page

title. In the code” (2nd).

“There is one place on a web page where your keywords MUST be present,

and that is in the page title” (seo secrets)

“The title of your web page is probably the most important of all the on-page

elements to get right” (get to the top on Google)

“As tags title (título) são talvez as mais importantes, no que se refere à SEO

para qualquer site” (LEDFORD,2008).

O próprio W3C diz em seu site que a tag title é o elemento de maior

qualidade da página, “the most important element of a quality Web Page” (W3C).

Ela tem sua importância por vários motivos, tais como:

 Ponderação algorítmica: O título é como se fosse um pequeno

sumário da página.

 Formato de resultados: O Google usa o titulo como link nas SERPs.

Caso a keyword buscada esteja no título ela irá aparecer em negrito,

como na FIGURA 16.

6
HyperText Markup Language – é uma linguagem de marcação de texto utilizada para criar páginas
web.
7
São estruturas do HTML que consiste em breves instruções.
26

 Usabilidade: Os navegadores mostram o título na barra de títulos e

nas abas (caso o navegador dê suporte).

O título deve estar dentro das tags <title> e </title> e essa tag deve estar

dentro das tags <head> e </head>, ex:

<head>

<title>Keyword1 - Keyword2 - Keyword3 | Nomedosite </title>

</head>

Cada página deverá ter um título único e conter as melhores keywords que

representam a página.

Apesar do HTML não limitar a quantidade de caracteres na tag title o W3C

recomenda que os títulos devam ter no máximo 80 caracteres justificando que vários

navegadores não interpretam mais do que isso. Não podemos esquecer também

que é o título que o navegador guarda quando um site é colocado em favoritos.

Ledford, Viney e Sisson afirmam que o Google indexa apenas de 60 a 66

caracteres em um título, apesar do Google nunca ter confirmado que isso ocorra,

nos resultados das SERPs, não é possível ver mais que 66 caracteres em um link,

ver na FIGURA 16.


27

FIGURA 16: Título de um resultado. FONTE: Google.com

Ao construir títulos para as páginas, deve ser levado em consideração:

 Títulos relevantes para a página, o título deve representar a página,

lendo o título o visitante deverá saber o que vai encontrar na página.

 Keywords no título, mas não exagerar, colocar apenas as que a

página realmente representa, normalmente não passa de 3.

 Inserir o nome da empresa/organização responsável pela página.

 Breadcrumbs em títulos também são recomendadas, mas não

essenciais como as keywords.

Caso o objetivo de SEO seja fixar a marca ou o nome da empresa,

recomenda-se utilizar como a primeira keyword do título, exemplo:

Pet shop | Banho e tosa de cães e gatos

Caso não seja esse o objetivo o nome da empresa deve ficar no final do

título como:

Banho e tosa de cães e gatos | Pet shop

Chamadas de ação também são recomendadas para títulos, exemplo:

Compre lindos cartões de presentes online | Empresa


28

O que não se pode fazer:

 Páginas diferentes com títulos iguais.

 Keyword repetidas, normalmente são reconhecidas como spam.

 Títulos sem keyword

 Títulos com nomes como “Home”, “Contato”, “Sobre”, “Links”.

Podemos ver na () uma pequena comparação de títulos ruins e bons.

Página Ruim Bom


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cachorros e gatos | Pet shop
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tosa de cães e gatos

3.6.2 META TAGS

Assim como a tag de título as meta tags também ficam no header8 da página

dentro das tags <head> e </head> e elas representam informações sobre dados.

As metas tags podem ser criadas por qualquer pessoa ou agente 9, existem

várias meta tags definidas, algumas das criadas pelo W3C são;

 DESCRIPTION: Descrição de uma página.

 KEYWORDS: Palavras chaves relevantes para a página, são

separadas por vírgulas.

 GENERATOR: Programa usado para gerar a página.

 AUTHOR: Autor da página.

 CONTENT-TYPE: A codificação da página ou o charset.

8
Cabeçalho da página HTML fica entre as tags <head> e </head> da página.
9
Um agente pode ser um motor de busca um navegador ou até um sistema operacional.
29

Todas as meta tags tem lang como atributo, permitindo assim que uma meta

tag possa ser escrita em várias línguas.

Para SEO existem a meta tag ROBOTS, que pode ser usada para vários

fins, assim como permitir e bloquear que um robô de busca indexe a página ou que

siga os links contidos nela.

Um exemplo básico de implementação das metas tags:

<head>

<meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=UTF-8" />

<meta name="generator" content="WordPress 2.9.2" />

<!-- Essa meta tag é do Google Analytics -->

<meta name="verify-v1"
content="3hhos4KjJSKf1dhHFWa1I21bv5rgXGwtlnhkLMvjMyo=" />

<meta name="description" content="Descrição da página" />

<meta name="keywords" content="Palavras, chaves, separadas, por,


virgula" />

<title>Título da página</title>

</head>

De todas as meta tags, em SEO a que devemos prestar mais atenção é na

meta tag DESCRIPTION. A meta tag DESCRIPTION é a meta tag que descreve a

página que está sendo acessada, é a partir dela que o Google e outros buscadores

irão talvez gerar os snippets ou resumo do site, que é o parágrafo abaixo do link nas

SERPS, ver na FIGURA 17. Esse resumo também pode ser retirado de trechos do

site caso sejam mais relevantes.


30

FIGURA 17: Snippets do Google. FONTE: Google.com.

Não só para o Google assim como para o navegante essa meta tag é

importante, pois é através deste resumo que o visitante irá ficar sabendo sobre o

assunto que é tratado na página.

Também como no título do site, neste resumo as keywords utilizadas na

busca também ficam em negrito, assim como na FIGURA 17.

Recomenda-se que esta tag por ser um resumo, não seja muito grande, até

por que na SERP aparecem apenas 2 linhas, que cada página tenha uma descrição

única e precisa sobre seu conteúdo.

Evitar:

 Preencher a descrição apenas com keywords

 Não retratar o conteúdo da página

 Descrições genéricas ou grandes.

 Usar a mesma descrição em várias páginas.

Aos poucos os motores de busca estão deixando de lado a meta tag

DESCRIPTION como fator para o posicionamento nas SERPs, assim como fizeram

com a meta tag keyword. (DAVID,2008 e SISSON,2006)


31

O Google e o Bing já declaram em seus sites que não usam mais a meta tag

keyword como critério de posicionamento. A meta tag ainda é usada, pois os outros

motores de busca podem utilizá-la ainda.

3.6.3 TEXTO DO SITE

O texto do site é o conteúdo em si, porém nem todo conteúdo é texto. E este

texto é o local ideal para colocar as keywords da página. Alias é por esse conteúdo

que o visitante está procurando.

O texto deve ser colocado entre as tags <body> e </body> ou seja, no corpo

da página. Também pode ser composto por outras tags como:

 <b>Negrito</b>.

 <i>Itálico</i>

 <strong>Forte ênfase</strong>

 <em>Ênfase</em>

 <p>Parágrafo</p>

 <span>conjunto de palavras</span>

Em geral as keywords são colocadas a cada parágrafo ou dois, porém o

texto deve ser escrito para o visitante e não para o motor de busca, se a keyword

não fizer sentido não a coloque no texto. Caso uma keyword esteja em algum texto

e que essa não tenha destaque, deve-se utilizar a tag <strong> para que se dê a

ênfase desejada.

Também se deve observar a quantidade de keywords colocadas, utilizar

keywords em demasiado pode causar problemas.


32

“O que muitas pessoas não percebem, ao fazer a otimização dos seus sites,

é que qualquer estratégia de SEO pode ser ruim se usada em exagero, e isso inclui

o uso das suas palavras chave no texto do corpo do seu site”. (LEDFORD, 2008).

Deve se tomar muito cuidado é proibido enganar o motor de busca

mostrando um conteúdo para o usuário e outro para o motor, escondendo o texto ou

colocando o texto da mesma cor de fundo. Se os motores de busca, um concorrente

ou até um cliente detectar que na sua página contém qualquer uma destas técnicas,

a página poderá ser extinta dos resultados de um buscador. (LEDFORD, 2008).

3.6.4 FATORES BÁSICOS DO RANK

Os fatores básicos para o SERP do Google estão no seu próprio guia de

otimização, são eles:

 Títulos

 Meta tag DESCRIPTION

 Estruturas de URLs

 Navegabilidade

 Conteúdo de qualidade

 Texto ancora

 Tags de cabeçalho

Estes fatores são os mais básicos para a otimização e não são todos.

Devemos levar em consideração em colocar-los em prática já que o próprio Google

recomenda usá-los.

Para as URLs também é recomendado colocar keyword e que estas URLs

sejam amigáveis. Ao invés da normal http://site.com.br/pagina.php?id=32 substituir

por http://site.com.br/keyword-nome-da-pagina/. Desta forma fica mais fácil do


33

visitante memorizar, fica mais elegante e a URL irá representar melhor o conteúdo

que está nesta página.

Seria uma boa estratégia combinar as tags de cabeçalho com a URL. As

tags de cabeçalho são divididas em 6 níveis, sendo que a <h1> é para títulos </h1>

e as demais <h2><h3><h4><h5><h6> são para subtítulos de vários níveis.

Um exemplo para isso levando em consideração o site PET SHOP na

página de Tosa para Cães com a tag title <title>Tosa de cães | Pet Shop</title>:

URL: http://sitedopetshop.com.br/tosa-de-cães/

<H1>: Tosa de cães

A tag <H1> seria como se fosse o título da página também, porém ao

contrário da tag <title> a tag <h1> pode ser usada mais de uma vez. Deve se

observar que o uso dela é restrito para suas atribuições e não deve ser usado em

excesso.

3.7 ESTRUTURA DO SITE

A estrutura do site também faz parte dos fatores que devem ser otimizados,

esta parte é um pouco mais avançada.

3.7.1 CONTROLANDO O QUE O GOOGLE INDEXA

Existem vários motivos para não querer que uma página seja indexada seja

ela por fazer parte de uma sessão restrita como paginas de login ou por

simplesmente o conteúdo delas não ter relação com o conteúdo do site. Para evitar

que estas páginas sejam indexadas e que apareçam na SERP do Google existem

várias formas:

 robots.txt

 Meta tag ROBOTS


34

 .htaccess10

O método via .htaccess é o mais complicado e não será abordado neste

trabalho pois várias hospedagem não dá suporte a ele, já os métodos de robots.txt e

via meta tag ROBOTS é independente de servidor.

O bloqueio via meta tag ROBOTS é individual e deve ser feito em cada

página que se deseja bloquear, para isso basta adicionar:

<META NAME="ROBOTS" CONTENT="NOINDEX, NOFOLLOW">

No () temos todas as opções e suas descrições para o content da meta tag

ROBOTS.

ALL Valor default, o robô de busca não recebe nenhuma informação.


INDEX Os robôs de busca podem indexar a página normalmente
FOLLOW Robôs podem seguir os links para outras páginas que ela contém
NOINDEX A página não é indexada
NOFOLLOW Os links não são seguidos
NONE Os robôs podem ignorar a página
NOARCHIVE A página não é arquivada
NOSNIPPET A descrição da página não é mostrada no SERP e não é feito o

cache dela

Estes parâmetros devem ser usados em conjunto como:

<meta name="robots" content="noindex, nofollow">

<meta name="robots" content="index, follow">

O método robots.txt é fácil também, basta criar um arquivo chamado

robots.txt e adicioná-lo na raiz do site. Ele deve ser acessível desta forma

http://site.com.br/robots.txt

Uma configuração simples seria:

user-agent: *

Disallow: /imagens/

10
Acesso de hipertexto, arquivo de configuração de acesso a arquivos.
35

Disallow: /busca

No qual para todo mecanismos de busca compatível com robots.txt

representado pelo * não deverão acessar a pasta imagens e nem o conteúdo que

está dentro dela e não deverá acessar nenhuma URL que comece por /busca.

Vale lembrar que nem todos os motores de busca são compatíveis com

robots.txt, por este motivo ele não deve ser o único meio de bloquear o acesso a

uma página, principalmente se esta contiver dados confidenciais.

3.7.2 CONTEÚDO DUPLICADO E QUESTÕES CANONICAIS

Segundo o guia de estudos do Google, o Google considera como spam

conteúdo duplicado e a partindo deste ponto, caso exista conteúdo duplicado no site

o mesmo poderá ser punido.

Conteúdo duplicado nem sempre é fácil de se identificar principalmente em

sites muito grandes, mas se baseiam pelos princípios:

Versões para impressão

Versões de páginas antigas em URLs antigas

Várias URLs para a mesma página

Tags em URL

Entre outros.

As formas de evitar que os motores de busca indexem esse conteúdo é

simples, basta utilizar a meta tag ROBOTS ou o arquivo Robots.txt. Fazer com que

cada página tenha conteúdo, títulos e descrição diferentes é uma arte e quando não

for possível deve-se evitar que os motores de busca a indexem.

Também é considerado conteúdo duplicado quando uma página pode ser

acessada com www e sem www por exemplo:

 www.site.com.br
36

 site.com.br

 site.com.br/índex.html

 www.site.com.br/index.html

Desta forma são considerados 4 páginas para o mesmo conteúdo, ou seja,

conteúdo duplicado e deve ser evitado também. Para este tipo de URL deve ser

definida uma canonical que será a URL que será indexada pelo motor de busca.

Para evitar o problema de canonical em URLs existem várias formas, mas a

mais simples foi criada pelo próprio Google. Basta adicionar o seguinte código no

header (<head></head>) da página.

<link rel="canonical" href="http://site.com.br/" />

Os outros métodos são mais desgastantes, deve-se escolher a URL

canonical, e em todos os links novos e antigos devem estar apontando para esta

URL, deve-se fazer um redirecionamento das outras URLs para a URL canonical.

Este processo é um pouco desgastante, mas serve para vários outros motores de

busca e não apenas ao Google.

3.7.3 FLASH E AJAX

Flash é um programa da empresa Adobe que trabalha com gráficos

vetoriais, com ele se pode criar animações interativas, também é chamado de Flash

o seu produto final, ou seja, a animação. Por sua facilidade de trabalhar com RIA

(Rich Internet Application - Aplicações de Internet Rica) muitos designers

começaram a criar sites inteiros em Flash, porém, Flash não é um site, e sim uma

animação, por este conteúdo não ser HTML os motores de buscas tem dificuldade

de indexá-lo.
37

Devido à grande existência de sites em Flash a Google e a Adobe fizeram

uma parceria para que estes sites sejam indexados e desde 2008 a Google trabalha

neste algoritmo (ADLER,STIPINS,2008). Hoje em dia já é possível ver sites em

Flash indexados, mas não na mesma quantidade das páginas em HTML.

Para que um site em Flash seja indexado o mesmo deverá seguir padrões

do HTML aonde textos deverão ser representados por textos e não por imagens,

assim como parágrafos, links, etc.

Deste modo, pode considerar-se que o Google já indexa Flash porem

continua-se a ter grandes dificuldades de se conseguir uma boa posição nos SERPs

contra um site em HTML.

Um meio para facilitar a indexação seria fornecer uma página de texto

contendo o conteúdo do site que está em Flash. Esta página também serviria para

as pessoas que não tem o plugin do Flash instalado em suas maquinas.

Já o AJAX11 é uma metodologia para facilitar a interação do usuário com o

web site, porém não se deve usar em exagero, muitos sites utilizam AJAX para fazer

praticamente todas as operações do site, como mudar de página e os motores de

busca não conseguem indexar este conteúdo.

Pelo conteúdo do AJAX ser dinâmico, ou seja, não existir na página principal

e por esta página não conter links feitos com as tags do próprio HTML o motor de

busca não consegue reconhecê-lo.

Uma solução para isso é utilizar o AJAX apenas na onde é necessário e

evitar principalmente na navegação do site.

11
Asynchronous Javascript And XML – JavaScript e XML assíncronos
38

3.7.4 DOMÍNIOS

Domínios é uma parte importante para a otimização, pois é para certo

domínio que ela é feita. Os domínios podem mudar de nome, mas nem sempre

conseguirão ter a mesma pontuação de antes.

3.7.4.1 MULTIPLOS DOMÍNIOS

Um site pode ser composto por vários domínios, mas para SEO devem ser

considerado múltiplos sites. Em SEO dois domínios não podem ter o mesmo

conteúdo, pois é considerado conteúdo duplicado e podem ser banidos pelo Google.

No caso de se ter dois domínios com o mesmo conteúdo recomenda-se

fazer um redirecionamento de um site para o outro.

Quando o site for novo, a escolha do nome do domínio pode fazer uma

grande diferença, pois por ele ser uma URL ele deve representar o que é o site em

si. Mas esta representação pode trazer dúvidas na hora do registro do domínio. Um

exemplo seria uma empresa que quer otimizar o seu site para uma keyword, mas

esta keyword é diferente de seu nome. Nestes tipos de caso o recomendado é

registrar os dois domínios e fazer um redirecionamento de um para outro.

Caso a empresa não queira registrar um domínio com seu nome deverá

registrar um domínio que representa a sua melhor keyword.

3.7.4.2 PONDERAÇÃO DE DOMÍNIOS

Uma técnica boa para trazer mais visitantes ao site é fazer ponderação de

domínios, essa técnica é simples de realizar, assim como registrar um domínio.

Basta realizar o registro de vários domínios similares ao desejado e fazer um

redirecionamento destes domínios para o domínio principal. Exemplo: para o

domínio principal petshop.com.br poderíamos ter as seguintes ponderações:


39

 pet-shop.com.br.

 pet-chope.com.br.

 petchope.com.br.

 sopetshop.com.br.

 meupetshop.com.br;

 Entre outros

3.7.4.3 TROCANDO O NOME DO DOMÍNIO

Um domínio pode mudar de nome quando necessário, na verdade é

registrado outro domínio e o site transferido, é como se mudasse a casa de lugar,

ela seria a mesma, mas o endereço seria diferente. Nestas ocasiões não só para os

visitantes que ainda acessam o site pelo endereço antigo, mas também para os

motores de busca, se deve informar que este site mudou e de forma

permanentemente.

Para fazer este aviso é bem simples, basta fazer um redirecionamento 301,

que é “Permanent 301 Redirect”. Este redirecionamento também é usado para

transferir o Page Rank12 de um determinado domínio para outro.

Matt Cutts que é um dos engenheiros do Google disse em uma entrevista a

Eric Enge que o redirecionamento 301 nem sempre vai passar todo o Page Rank

para a nova URL, mas não foi apresentada outra forma de se fazer isso, então

temos apenas o redirecionamento 301 como solução.

3.8 BUSCAS ESPECIAIS

Com a evolução dos mecanismos de busca se abriu um novo leque de

opções de buscas. Também existem técnicas de otimização para estas buscas que

12
Algoritmo do Google que pontua os sites.
40

vão desde imagem, passam pelo vídeo e chegam até em documentos. Alguns dos

principais buscadores oferecem uma página específica para cara tipo de busca.

3.8.1 BUSCA POR IMAGENS

Com uma simples busca por “cães” no Google conseguimos ver essa

funcionalidade em funcionamento assim como na FIGURA 18. Essa também é uma

porta de entrada para o site se bem utilizada.

Caso um site tenha imagens que representam o texto vale investir na

otimização delas para que apareçam nas SERPs.

Lembrando que essa otimização faz parte da SEO e deve ser feita utilizando

keywords com moderação.

FIGURA 18: Busca por imagem nas SERP. FONTE: Google.com

A otimização de imagens é bem simples e por mais que o Google já possa

estar fazendo pesquisas sobre como identificar imagens, ela ainda não anuncio

nada sobre este assunto, então devemos voltar ao princípio que o motor de busca
41

não consegue ler a imagem, mas que ele sabe que nossa imagem é uma imagem,

então devemos informar do que se trata a imagem.

Assim como para um leitor de tela 13 um motor de busca irá levar em

consideração para representação da imagem a sua URL ou o nome do arquivo,

propriedade alt e title e links para a imagem.

Uma otimização simples seria:

<img src=”http://petshop.com.br/imagem/caes-brincando.jpg” alt=”Cães


brincando” title=´”Cães brincando” />

Como a imagem representa o texto essas keywords também devem

aparecer nos textos próximos à imagem.

3.8.2 BUSCAS LOCAIS

Dependendo da empresa vale mais a pena estar em primeiro lugar em uma

busca local do que entre os 5 primeiros em uma busca global.

As buscas locais são aquelas que o usuário define o seu intuito e região, por

exemplo: “Pizzaria em Curitiba” como na FIGURA 19. Para uma pizzaria que só tem

em Curitiba não vale a pena investir em otimização para as keywords genéricas

como “Pizza” ou “Pizzaria”. Neste caso seria mais conveniente fazer uma otimização

para “Pizzaria em Curitiba” ou caso a pizzaria fosse de apenas um bairro, poderia

ser assim mais específica como “Pizzaria no Cajuru” ou “Pizzaria no Centro de

Curitiba”.

13
Programa que cegos utilizam para navegar na internet
42

FIGURA 19: Busca local por pizzaria em Curitiba. FONTE: Google.com

Mesmo a intenção local não estando na consulta, o Google procura exibir os

resultados mais apropriados para o usuário de acordo com sua localização FIGURA

20, para isso o Google verifica qual a linguagem q o usuário esta usando, qual o

buscador ele está utilizando como google.com ou google.com.br e as vezes até sua

localização física.
43

FIGURA 20: Resultados por localização do Google. FONTE: Google.com

Para facilitar a inclusão de empresas nas buscas locais o Google

desenvolveu uma ferramenta chamada Google Local Business Center

(http://www.google.com/local/add) onde através de um cadastro a empresa passa a

aparecer automaticamente nas SERPs locais.

Mas apenas isso não basta, até por que deve existir mais do que sete

empresas do mesmo ramo nesta mesma região, e por isso o Google também utiliza

de seu algoritmo para o posicionamento das empresas em um de seus setes lugares

no resultado local.

Para dar mais visibilidade, deve-se mostrar o local da empresa no conteúdo

do site, como por exemplo: “A pizzaria A fica localizada na Rua abc do bairro Y na
44

cidade H, nossas pizzas são feitas com o mais branco trigo...”. Deve transformar o

local como uma keyword e utilizá-lo junto a outras keywords.

Não se pode esquecer a publicidade em outros sites locais, como blogs,

diretórios locais, sites de noticias da cidade, entre outros.

3.8.3 BUSCA POR BLOG

Nos dias de hoje o blog se tornou um meio de comunicação muito utilizado

pelas empresas, pois pela sua fácil interação entre empresa e seus clientes caiu ao

gosto popular.

O Google também tem uma busca especifica para blogs, mas um blog pode

proporcionar acessos através de muitos outros vários sites como o Technorati,

BlogBlogs, entre outros.

Alem dos buscadores de blogs, um blog pode ter um artigo que também é

chamado de post indexado pelo buscador normal do Google, sendo assim seu

conteúdo também estará nas SERPs.

Um blog pode ser considerado como um site qualquer com a diferença de

que seu conteúdo sofre atualização constantemente, normalmente o que é alterado

é a quantidade desse conteúdo.

Essa é a grande vantagem do blog, com novo conteúdo, novas idéias, novas

keywords que possam ser tratadas, ou uma fixação das keywords já escolhida. O

importante é manter o mesmo foco em todos os posts. Não faria sentido para o

motor de busca nem para os visitantes de um site de tecnologia encontrar receitas

de comida em meio aos posts.

As dicas de SEO continuam as mesmas para os blogs como para os sites.


45

3.8.4 BUSCA INTERNACIONAL

Se o público alvo do site está em pessoas de outro país ou até do mundo

inteiro, o recomendado é criar um site para cada país. A justificativa para isso se dá

pela cultura, costumes e pelo seu idioma. Caso o idioma e a cultura das pessoas

desses outros países forem iguais ou parecidos com o das pessoas do país matriz,

não há problema algum.

Para SEO se o idioma for outro se recomenda recomeçar um plano de SEO

desde o começo para esse site, pois o mesmo deverá ser no idioma nativo desse

país, o domínio deve incluir keywords nessa língua entre outras coisas que também

deve alterar como a meta tag DESCRIPTION. Um site que utiliza de meios como

JavaScript para alterar a língua pode não ter esse conteúdo indexado.

3.9 AVANÇANDO UM POUCO

3.9.1 DOMINAÇÃO DA SERP

Uma pesquisa feita pela empresa americana MarketingSherpa no ano de

2009 levantou que 50% dos click em uma SERP vão para as 4 primeiras posições

sendo que a 1° fica com 24,9%, a 2° 11,4%, a 3° 7,8% e a 4° 6,5%.

A função da dominação da SERP ou SERP domination é justamente

capturar a maior quantidade possível de clicks para uma keyword, essa não é a

única função, mas é a de maior importância. SERP domination também tem como

função evitar aparecer resultados indesejados entre os primeiros colocados, como

uma reclamação sobre uma marca. Podemos ver na imagem FIGURA 21 um

exemplo de SERP domination para a keyword Globo bem empregada, já na FIGURA

22 pode-se ver que a falta de SERP domination abre oportunidade pare resultados

indesejados.
46

FIGURA 21: SERP domination para a keyword globo. FONTE: Google.com


47

FIGURA 22: Sem SERP domination. FONTE: Google.com

Mas SERP domination não é apenas feita de resultados textuais, ela pode

ser composta pela junção de resultados de vídeos, imagens e o textual. Também

são categorizados como SERP domination os links identados como na FIGURA 23 e

sitelinks14 como na FIGURA 24.

14
Sitelinks são resultados agregados ao link mãe através de seu valor para esta página.
48

FIGURA 23: Links identados. FONTE: Google.com

FIGURA 24: Sitelink. FONTE: Google.com


49

Para se fazer SERP domination existe várias formas, umas usam

subdomínios outras usam subdiretórios, mas o essencial para que isso ocorra é:

 Identificar qual a keyword desejada, normalmente é uma marca.

 Identificar o primeiro e o segundo resultado para essa keyword

 Fazer links entre essas duas páginas utilizando a mesma palavra

chave.

 Utilizar titles, imagens, entre outros.

 Fazer com que as duas páginas se relacionem.

Um exemplo seria um site de vendas fazer um link entre um produto e uma

revisão sobre esse produto em seu blog.

3.9.2 KEYWORDS

Palavras chave ou keywords, muitas vezes utilizadas são as palavras

essenciais para SEO, não as únicas, mas as que mais são e serão usadas, pois são

através delas que um usuário encontra um site.

3.9.2.1 COMO E ONDE USAR AS KEYWORDS

Segundo Dan Sisson (2006) o Google trata as palavras separadas por hífen

como duas palavras como exemplo “pet-shop” é tratado como “pet shop” já as

palavras separadas por underscore (_) ou barra (/ - | - \)


50

http://www.w3.org/QA/Tips/good-titles.html

http://www.w3.org/TR/html4/struct/global.html

http://help.yahoo.com/l/us/yahoo/search/indexing/ranking-02.html?

pir=KaIZ0ihibUkt9IRxtBdRjxC3ClkT_RyHHxnQ1akxAzLXHqlgQIKZiQe4wKbxZbn3Zs

vHWDyZWQmIjMPNF7aNi2bBOe6YB9HjWc0B

http://www.bing.com/community/blogs/webmaster/archive/2009/07/18/head-

s-up-on-lt-head-gt-tag-optimization-sem-101.aspx

http://googlewebmastercentral.blogspot.com/2009/09/google-does-not-use-

keywords-meta-tag.html

http://googleblog.blogspot.com/2008/06/google-learns-to-crawl-flash.html

http://www.stonetemple.com/articles/interview-matt-cutts-012510.shtml

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