Você está na página 1de 61

2009/2010

Grupo E
Uma emergência planetária?
Aquecimento Global:

ESCOLA SECUNDÁRIA DE
DOMINGOS SEQUEIRA

Área de Projecto 12ºE


Professora Júlia Moço

Diogo Castelão Nº13


Gonçalo Gomes Nº17
Hernâni Ferreira Nº18
2
Sumário
Agradecimentos ................................................................................................................ 5
Introdução ......................................................................................................................... 6
Equilíbrio Global ............................................................................................................... 8
Perspectivas do Aquecimento Global ............................................................................ 13
Causas do Aquecimento Global ..................................................................................... 17
Consequências actuais do Aquecimento Global ........................................................... 20
Degelo dos glaciares .................................................................................................. 20
Danos na biodiversidade e na sociedade humana .................................................... 21
Furacões ..................................................................................................................... 22
Secas e Inundações ................................................................................................... 22
Consequências futuras do Aquecimento Global............................................................ 24
Degelo e a subida do nível médio das águas do mar ................................................ 24
Territórios submersos ................................................................................................. 26
Extinção/deslocação de seres vivos .......................................................................... 26
Maior ocorrência de catástrofes naturais ................................................................... 27
Consequências económicas ....................................................................................... 29
Medidas Preventivas ...................................................................................................... 31
Medidas individuais..................................................................................................... 32
Medidas Empresariais/Fabris ..................................................................................... 33
Medidas de Intervenção do Estado ............................................................................ 34
Condições ambientais a respeitar .......................................................................... 35
Cimeira de Copenhaga e Protocolo de Quioto .......................................................... 36
Protocolo de Quioto ................................................................................................ 36
Cimeira de Copenhaga ........................................................................................... 38
Conclusão ....................................................................................................................... 40
Bibliografia ...................................................................................................................... 42
Bibliografia Gráfica ......................................................................................................... 44
Anexos ............................................................................................................................ 45
Inquérito ...................................................................................................................... 46
Entrevista .................................................................................................................... 54
Jornais ......................................................................................................................... 60

3
Índice de Ilustrações
ILUSTRAÇÃO 1 – TIPOS DE SISTEMAS. ................................................................... 8
ILUSTRAÇÃO 2 – ESQUEMA QUE CARACTERIZA A INTERACÇÃO ENTRE O SOL E A TERRA.
................................................................................................................... 9
ILUSTRAÇÃO 3 – ESQUEMA DA INTERACÇÃO ENTRE SUBSISTEMAS NO SISTEMA TERRA.
................................................................................................................. 10
ILUSTRAÇÃO 4 - MITOS DA NATUREZA.................................................................. 13
ILUSTRAÇÃO 5 – MITOS DA NATUREZA HUMANA ................................................... 15
ILUSTRAÇÃO 6 – CONJUNÇÃO DAS DUAS IMAGENS ANTERIORES ............................. 16
ILUSTRAÇÃO 7 – ALTERAÇÕES CAUSADAS PELO HOMEM AO LONGO DO TEMPO. ....... 17
ILUSTRAÇÃO 8 – DEGELO DE UM GLACIAR NO ALASCA. .......................................... 20
ILUSTRAÇÃO 9 – MORTES EM PAÍSES EUROPEUS DEVIDO ÀS ALTAS TEMPERATURAS . 21
ILUSTRAÇÃO 10 – VARIAÇÕES DE TEMPERATURA EM COMPARAÇÃO COM A MÉDIA DE

TEMPERATURAS DE 1961 A 1990.................................................................. 21


ILUSTRAÇÃO 11 – TORNADO NOS EUA ................................................................ 22
ILUSTRAÇÃO 12 – SECA EXTREMA ....................................................................... 22
ILUSTRAÇÃO 13 – INUNDAÇÕES NA MADEIRA........................................................ 23
ILUSTRAÇÃO 14 – PROGRESSÃO DO NÍVEL DO MAR CAUSADO PELO DEGELO ............ 24
ILUSTRAÇÃO 15 – COMO OCORRE O DEGELO........................................................ 25
ILUSTRAÇÃO 16 – DESASTRES QUE PODEM OCORRER COM O AQUECIMENTO GLOBAL 28
ILUSTRAÇÃO 17 ................................................................................................. 38

4
Agradecimentos

Este trabalho deve muito a alguns professores e instituições, e portanto


o grupo gostaria de agradecer:

À nossa professora de Área de Projecto, Professora Júlia Moço, que nos


guiou na realização deste trabalho ao longo deste ano.

À professora de Geologia, Professora Ana Melo, por ter ajudado na


realização dos inquéritos.

Ao professor Paulo Renato Parreira por se ter disponibilizado a realizar a


entrevista que se pode observar nos anexos.

À Quercus que respondeu ao nosso e-mail, disponibilizando alguns sites


portugueses com informação que respondia a todas as nossas questões.

A todas as turmas que se disponibilizaram a preencher os inquéritos.

A todos agradecemos profundamente.

5
Introdução

Fundamentação da escolha
Na nossa sociedade, enfrentamos uma crise de valores e costumes no
que diz respeito ao consumismo. Surgiu assim a ideia de realizar um trabalho
que abordasse um fenómeno que resulta dos valores actuais desta sociedade.

O tema escolhido foi então: “Aquecimento Global”, pois este é um


assunto muito debatido na actualidade que a todos diz respeito.

Tema/Problema
O aquecimento global é um dos temas científicos mais controversos da
actualidade, e que desafia toda a estrutura da nossa sociedade. O problema é
que este não é um tema que diz apenas respeito à comunidade científica mas
também engloba outros ramos como economia, sociologia, geopolítica, politica
local, e também a maneira como cada individuo se comporta no seu dia-a-dia.
Para resolver este problema todos estes ramos terão que cooperar para
encontrar uma solução.

Objectivos
O objectivo do trabalho é conseguir uma ideia mais aprofundada do que
é o Aquecimento Global, procurando assim esclarecer de forma sumária em
que consiste este fenómeno, quais as suas causas, consequências, medidas
preventivas e perspectivas.
Usando a informação recolhida no primeiro objectivo referido, surge
outro objectivo que procura sensibilizar a comunidade escolar sobre este tema
e também disponibilizar-lhe a informação adquirida pelo grupo de trabalho.
Como objectivo final temos a resposta a nossa questão problema:
“Aquecimento Global, uma emergência planetária?”

Metodologia
Ao longo deste ano lectivo o nosso grupo desenvolveu um projecto cujo
tema era o “Aquecimento Global” e de que este trabalho escrito faz parte.

Começámos por definir o que apresentaríamos como produto final, as


actividades que faríamos para responder a objectivos definidos anteriormente.

6
Os produtos finais eram: este trabalho escrito, uma apresentação oral
com PowerPoint, o blogue e uma maqueta que posteriormente foi mudado para
um cartaz. Para conseguir realizar estes produtos fizemos algumas actividades
como a entrevista e os inquéritos (ambos presentes nos anexos) para termos a
opinião de várias entidades (alunos e professores) sobre este tema. Também
fizemos pesquisa em jornais, livros, enciclopédias, documentários, em
organizações, na internet, em revistas e onde utilizámos também alguns dados
de inquéritos e da entrevista.

7
Equilíbrio Global
A Terra é uma porção limitada do Universo em interacção com outros
componentes deste Universo. É um planeta activo, com permanente
dinamismo devido à sua actividade geológica, mas mantendo um equilíbrio
com a porção do Universo que o rodeia.

A energia externa que mais directamente influencia a Terra é a energia


que irradia do Sol. A energia solar activa o movimento atmosférico, impulsiona
o ciclo da água, proporciona o calor necessário às reacções químicas que
afectam as rochas superficiais, mantém uma temperatura adequada à
manutenção da vida e é utilizada pelos seres vivos fotossintéticos.

Qualquer porção do Universo, com diferentes componentes em


interacção, de um modo organizado, pode-se considerar um sistema. Dentro
deste conceito podemos considerar o sistema Terra, onde existem
reservatórios de matéria e de energia, entre os quais ocorre continuamente
circulação de materiais
e fluxos de energia.

Os sistemas
podem apresentar
diferentes
características de
acordo com a natureza
das fronteiras.

As inter-relações
dos sistemas com o Ilustração 1 – Tipos de Sistemas.

meio circundante são


diversas, permitindo considerar três tipos de sistemas:

 Sistema isolado – Não existe permuta de matéria nem de


energia através das suas fronteiras. Na Natureza não existem
sistemas completamente isolados.
 Sistema fechado – Ocorre intercâmbio energético através dos
seus limites, mas não há permuta de matéria.

8
 Sistema aberto – Ocorre intercâmbio de energia e de matéria
através das respectivas fronteiras.

A Terra estabelece
trocas energéticas com o
Universo. Recebe energia
emanada do Sol, que é
utilizada em vários
processos biológicos e
geológicos, e transfere
energia para o espaço sob
a forma de energia
térmica. O intercâmbio de
matéria da Terra com o
exterior é, na actualidade,
diminuto e insignificante,
quando comparado com

as dimensões do nosso Ilustração 2 – Esquema que caracteriza a interacção entre o Sol e


a Terra.
planeta.

Pequenas quantidades de hidrogénio e hélio sobem na atmosfera devido


à sua baixa densidade e escapam para o Espaço, enquanto alguma matéria
proveniente da queda de meteoritos ou de poeiras cósmicas se junta à matéria
terrestre. No entanto, em termos globais, na actualidade esse intercâmbio é
desprezável, não afectando a massa terrestre, que se mantém relativamente
estável há cerca de 4000 M.a. Nestas circunstâncias pode considerar-se a
Terra um sistema quase fechado, embora não o seja verdadeiramente devido
às pequenas trocas de matéria.

Os geólogos estudam a Terra como um conjunto integrado de diferentes


componentes em interacção, constituindo cada um desses componentes um
subsistema. Tradicionalmente, consideram-se quatro subsistemas principais:
hidrosfera, atmosfera, geosfera e biosfera.

9
Os subsistemas considerados são enormes reservatórios de matéria e
de energia que funcionam como sistemas abertos, interagindo de diferentes
modos e mantendo, em regra, um equilíbrio dinâmico (equilíbrio global).

Ilustração 3 – Esquema da interacção entre subsistemas no sistema Terra.

10
Hidrosfera – A presença de água líquida abundante na Terra é uma das
características que faz dela um planeta especial.

O termo hidrosfera vem do grego: hidro + esfera = esfera da água.


Compreende todos os rios, lagos, lagoas e mares e todas as águas
subterrâneas, bem como as águas marinhas e salobras, águas glaciais e
lençóis de gelo, vapor de água, as quais correspondem a 71% de toda a
superfície terrestre.

Atmosfera – É formada pela camada gasosa que envolve os outros


subsistemas, podendo também penetrar nesses subsistemas. É possível
distinguir na atmosfera diferentes camadas, tendo em consideração,
essencialmente, a variação da temperatura, a pressão e a composição.

Geosfera – É representada pela parte sólida, quer superficial quer


profunda, da Terra, sendo o subsistema de maiores dimensões. Embora o
núcleo externo esteja no estado líquido, ele faz igualmente parte da Geosfera.

A zona superficial da Geosfera serve de suporte a grande parte da vida


terrestre, fornecendo muitos dos materiais necessário à manutenção dessa
vida. As plantas terrestres, por exemplo, captam do solo grande parte dos seus
nutrientes e muitos dos produtos resultantes da decomposição de restos
orgânicos e dos cadáveres ficam integrados na Geosfera.

Biosfera – Inclui o conjunto dos seres vivos que povoam a Terra,


integrados no respectivo meio abiótico. Os seres vivos interagem
continuamente com os diferentes subsistemas, influenciando-se mutuamente.
A vida terrestre está principalmente concentrada próximo da superfície. As
raízes das plantas e alguns animais voadores, aves e insectos podem atingir
alguns quilómetros acima da superfície da crusta.

A vida nos oceanos está principalmente concentrada na zona até onde


penetra a luz solar. Há, no entanto, comunidades de seres que vivem, por
exemplo, em grandes profundidades oceânicas, submetidas a altas pressões
e/ou elevadas temperaturas e onde a luz não penetra.

11
Os seres vivos dependem do ambiente físico-químico para a sua
sobrevivência. Contudo, os seres vivos também exercem importantes
influências sobre esse meio. Sem os seres vivos, a Geosfera, a Hidrosfera e a
Atmosfera seriam bem diferentes daquilo que são.

Qualquer alteração num dos subsistemas terrestres afecta os outros,


desencadeando, eventualmente, mudanças até ao estabelecimento de um
novo equilibro.

Os fenómenos climáticos e meteorológicos são a expressão do


funcionamento deste sistema climático terrestre.

O sistema Terra depende das interacções entre os diferentes


subsistemas.

Muitas vezes ocorrem sequências de acontecimentos que alteram


temporariamente as condições de equilíbrio. Por exemplo uma grande erupção
vulcânica pode expelir para a atmosfera uma quantidade de cinzas tão grande
que poderão provocar mudanças climáticas traduzidas em inundações em
determinados locais, secas noutras regiões, e, eventualmente, afectar a
produção vegetal e as cadeias alimentares. Esporadicamente, podem mesmo
acorrer alterações no sistema Terra tão drásticas que criem desequilíbrios
graves responsáveis pela extinção de muitas espécies.

O facto de a Terra ser um sistema quase fechado tem algumas


implicações. Os recursos da Terra são finitos, o que significa que é necessário
fazer uma gestão racional dos recursos naturais. Outra consequência de viver
num sistema fechado é que os materiais residuais permanecem dentro das
fronteiras do sistema, nomeadamente materiais poluentes, podendo afectar o
seu equilíbrio.

Foi nesta Terra complexa e dinâmica que viveram os dinossauros,


sujeitos a movimentos crustais, a erupções vulcânicas, às consequências de
impactos meteoríticos e a mudanças climáticas que poderiam afectar as suas
condições de sobrevivência.

12
Perspectivas do Aquecimento Global
Apesar de existirem fortes evidências cientificas que apoiam o
aquecimento global, ainda existem várias opiniões no que diz respeito ao que o
futuro nos guarda.

Uma perspectiva interessante sobre este assunto foi apresentada pelo


Professor John Adams da Universidade de Londres. Ele sugere que a
perspectiva de cada pessoa depende de como cada um vê a natureza (se a
vemos como “benigna” e que aguenta com todos os danos que lhe possamos
causar, ou se a vemos como “malévola” e pode reagir mal a pequenas
intervenções humanas). Como Douglas e Wildavsky (1983) perguntam e
respondem no seu livro (“Risk and Culture”): Podemos saber os riscos que
enfrentamos e enfrentaremos no futuro? Não, não sabemos, mas sim, temos
que agir como se soubéssemos.

John Adams desenvolveu os “quatro mitos da natureza” e os “quatro


mitos da natureza humana” e combinou-os para olhar o intervalo das respostas
individuais a certos riscos e incertezas. Posteriormente, esta combinação foi
alterada por Mark Maslini para que estivesse directamente relacionado com o
Aquecimento Global.

Ilustração 4 - Mitos da Natureza

i
Líder do Departamento de Geologia de Londres e director do Instituto do Ambiente de
Londres. Foi também o autor do livro a partir do qual esta informação foi retirada (“Global
Warming: A Very Short Introduction”)

13
1. Natureza Benigna: De acordo com este mito, a natureza é previsível,
beneficente, resistente e estável. Mesmo quando o choque é violento, a
bola tende a parar na posição inicial (ver ilustração 4), ou seja, não
importa o quão grande é o choque, a natureza acaba por se recuperar
ficando exactamente como era antes. Se a natureza é benigna, não
precisa de ser gerida pois ela consegue recuperar-se sempre.

2. Natureza Transitória: A natureza é frágil e insegura. Podem ocorrer


catástrofes graças à intervenção humana. O objectivo da gestão
ambiental deve ser proteger a natureza do ser humano. Este mito insiste
que as pessoas têm que ter cuidado com o ambiente e a regra número
um é a precaução.

3. Natureza Tolerante: Esta é uma combinação dos dois mitos anteriores.


Dentro de certos limites, a natureza comporta-se de maneira previsível.
É tolerante a choques pequenos, mas tem que se ter cuidado para não
deixar a bola sair do copo (ver ilustração 4). Regulação é necessária
para prevenir excessos maiores e deixar o sistema ambiental recuperar
de danos menores.

4. Natureza Inconstante: A natureza é completamente imprevisível. Não é


necessária a sua gestão, pois o futuro tanto pode ser bom como mau,
mas em nenhuma situação pode ser controlado pelo ser humano.

A sociedade baseia os seus pontos de vista em muitos factores: nos seus


próprios valores, na agenda (financeira ou politica) de alguém, ou algo que
alguém acredite neste momento. De qualquer maneira o ponto de vista de
alguém varia de acordo com a maneira que cada pessoa vê o mundo.
Sociologistas sugeriram um sistema de grelhas para olhar crenças individuais.

Um eixo na horizontal da esquerda para a direita é uma medida de como a


natureza humana varia (de uma perspectiva individualista para uma
perspectiva colectiva), enquanto que o eixo vertical varia do topo onde está a
desigualdade e o fundo onde se localiza a igualdade, sendo este eixo uma
medida das restrições que um individuo está sujeito.

14
1. Os Individualistas são
empresários relativamente livres de
qualquer tipo de controlo. Desejam
controlar o seu próprio ambiente e as
pessoas que contactam. O sucesso
destes é frequentemente medido pela
qualidade de vida e o número de
pessoas que lideram. Por exemplo, os
barões do petróleo.
2. Os Hierarquistas têm fortes
Ilustração 5 – Mitos da Natureza Humana
ligações no seu grupo e têm também
muitas obrigações. As relações no mundo são hierárquicas e toda a
gente sabe o seu lugar. São exemplos de pessoas nesta classe os
soldados, os civis, os servos e alguns tipos de cientistas.
3. Os Igualitaristas são leais entre si, mas têm pouco respeito pelas regras
impostas por pessoas externas ao grupo (excepto pelas regras da
natureza). As decisões deste grupo são democráticas e os seus líderes
são eleitos através da sua personalidade e da persuasão. Como
exemplo clássico tem-se os grupos ambientalistas.
4. Os Fatalistas têm pouco controlo das suas vidas. Não pertencem a
nenhum grupo que faça as regras que ditam as suas vidas. Regem-se
pela sorte e não se dão ao trabalho de tentar mudar a sua vida.

15
Podemos concluir que face à excessiva libertação de CO2:

O Fatalista não reagiria. Considera que a natureza é imprevisível e não é


necessário realizar nada para diminuir as emissões de CO2 porque
eventualmente poderá haver um
bom futuro a partir daí.

O Igualitário começaria a
reagir tardiamente mas
continuamente pois acredita que
a natureza deve ser protegida do
ser humano quando ele a
começa a prejudicar.

Para o Hierarquista há duas


possibilidades:
Ilustração 6 – Conjunção das duas imagens anteriores
1. Se a bola se mantiver
dentro do copo (ver ilustração 6), ou seja, para pequenos danos há uma
resposta para cada dano mas não é contínua. Como se só precisasse
de resolver aquele dano (até a bola estabilizar).
2. Se a bola sair do copo (ver ilustração 6), ou seja, para grandes danos no
sistema ambiental há uma resposta que aumenta progressivamente e é
contínua (para tentar meter a bola outra vez dentro do copo).

Para o Individualista, a reacção é directamente proporcional à intensidade


dos danos. Por exemplo, se o dano for muito grande, a sua qualidade de vida
vai ser afectada e ele vai reagir muito. Por outro se o dano for pequeno ele
também reage mas menos pois para a bola estabilizar no fundo do copo é
preciso menos esforço (ver figura 6).

16
Causas do Aquecimento Global
O aquecimento global é um fenómeno climático de larga extensão - um
aumento da temperatura média da superfície da Terra que vem acontecendo
nos últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura
ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou
antropogénicas ii têm sido propostas para explicar o fenómeno. As causas
apontadas para o aquecimento global são o efeito de estufa, a destruição da
camada do ozono, a poluição atmosférica e as fontes poluidoras.

Ilustração 7 – Alterações causadas pelo Homem ao longo do tempo.

ii
Provocadas pelo homem

17
O aquecimento global tem como causas todos os processos que possam
contribuir, directa ou indirectamente, para o aumento da temperatura global,
para o efeito estufa.

Um dos principais causadores do efeito de estufa é o dióxido de carbono


(CO2) e as concentrações estão a aumentar. A concentração de dióxido de
carbono na atmosfera aumenta devido à sua libertação através da indústria,
transportes e pela desflorestação (as plantas retiram o dióxido de carbono da
atmosfera).

O desenvolvimento industrial e urbano tem originado em todo o mundo


um aumento crescente da emissão de poluentes atmosféricos. O acréscimo
das concentrações atmosféricas destas substâncias, a sua deposição no solo,
nos vegetais e nos materiais é responsável por danos na saúde, redução da
produção agrícola, danos nas florestas, degradação de construções e obras de
arte e de uma forma geral origina desequilíbrios nos ecossistemas.

A nível nacional destacam-se, pelas suas emissões, as Unidades


Industriais e de Produção de Energia como a geração de energia eléctrica, as
refinarias, fábricas de pasta de papel, siderurgia, cimenteiras e indústria
química e de adubos.

A utilização de combustíveis para a produção de energia é responsável


pela maior parte das emissões de CO2 contribuindo, ainda, de forma
significativa para o aumento das concentrações de CO2 na atmosfera. O uso de
solventes em colas, tintas, produtos de protecção de superfícies, aerossóis,
limpeza de metais e lavandarias é responsável pela emissão de quantidades
apreciáveis de Compostos Orgânicos Voláteis. Não existe qualquer actividade
humana que não contribua para o aquecimento global. Até um simples passeio
a pé, contribui directamente com os gases respiratórios, e indirectamente toda
a industria que foi requerida para a produção da borracha que está a ser gasta
na sola das sapatilhas (desde a de prospecção, extractiva, transformadora,
transportadora, marketing e venda).

Dentro das causas naturais, aquelas que naturalmente ocorrem, e que o


planeta está “habituado” (sim, porque este já tem 4600Ma) levariam, em

18
situações normais, ao restabelecimento rápido, do tão desejado equilíbrio
global. O subsistema geosfera contribui com o vulcanismo, enquanto a Biosfera
contribui com o monóxido e dióxido de carbono, bem com o metano. Existe um
conjunto de fenómenos astronómicos que contribuem naturalmente para a
ocorrência de períodos glaciares e interglaciares conhecidos.

Apesar de existirem 2 tipos de causas para o aquecimento global,


causas naturais e causas antropogénicas, as principais causas são as
antropogénicas, pois tudo o que o ser humano faz liberta dióxido de carbono
para atmosfera e para além disso o Homem ainda é capaz de destruir aquilo
que mais consegue absorver o dióxido de carbono da atmosfera – as florestas.

Dizer que o aquecimento global é devido a causas naturais está errado


porque talvez também tenham algum impacto neste fenómeno mas para já
estar ao nível que está é porque as causas antropogénicas são as que
influenciam mais o aquecimento global.

19
Consequências actuais do Aquecimento Global
Grandes catástrofes naturais sempre ocorreram. Tempestades,
furacões, inundações, e secas fazem parte do clima natural do planeta Terra.

No entanto, cada vez mais, a humanidade defronta-se com versões mais


intensas do que as usualmente – e estas serão tudo menos catástrofes
naturais. Já estamos em contacto com inundações mais perigosas (por
exemplo, as inundações na Madeira), com furacões mais velozes, duradouros
e maiores, fogos florestais, chuvas mais intensas, o nível médio das águas do
mar sempre a subir, e ondas de calor (e frio) muito irregulares e extremas.

Degelo dos glaciares


Actualmente, uma das consequências que toda a sociedade conhece, é
o degelo dos glaciares. É um
problema grave, porque para
além de subir o nível médio da
água do mar, também faz com
que haja menos gelo, e por isso
o mar aquece mais depressa e
acelera ainda mais o
derretimento do gelo.
Ilustração 8 – Degelo de um glaciar no Alasca.
Os glaciares são também
o habitat natural de muitos animais, nomeadamente, do urso polar, que não
consegue nadar eternamente mas se encontrar terra, provavelmente irá
extinguir-se devido às temperaturas muito altas.

20
Danos na biodiversidade e na sociedade humana
As mudanças rápidas e
extremas da temperatura estão a
prejudicar os seres vivos na
Terra.

Como se pode observar na


ilustração 9, Portugal em 2003
teve 13.000 mortes por causa do
calor.
Ilustração 9 – Mortes em países europeus devido às
Os humanos conseguem- altas temperaturas

se adaptar até certo ponto. A


questão é: O que acontece aos seres vivos que não se conseguem adaptar? A
resposta é: extinguem-se ou mudam o seu habitat natural para outro sítio o que
também causa o surgimento de novas doenças e a infestação das cidades por
animais que não costumavam viver naqueles sítios.

Ilustração 10 – Variações de temperatura em comparação com a média de temperaturas de 1961 a


1990.

21
Furacões
Com o aquecimento das águas dos oceanos, há também uma maior
propensão para a ocorrência de grandes tempestades e para a formação de
furacões.

Nestes últimos anos, os manuais


de geografia tiveram que ser mudados
radicalmente, pois a formação de
tornados na costa da América do Norte
passou a ser possível. Aliás, não
passou apenas a ser possível como
passaram a ocorrer nessa região os
piores tornados de sempre, não apenas
ocasionalmente mas frequentemente, Ilustração 11 – Tornado nos EUA
causando prejuízos inimagináveis, não
apenas a nível económico mas também no que diz respeito à sobrevivência da
população das zonas afectadas.

Secas e Inundações
Outras consequências do rápido aumento da temperatura são as secas
e inundações.

Enquanto umas regiões têm excesso de precipitação, outras têm falta


dela.

Este problema deve-se à


distribuição da precipitação.

O aquecimento global
causa a recolocação das zonas
de precipitação causando secas
piores e inundações piores em
sítios onde não costumava
Ilustração 12 – Seca extrema
acontecer nada de muito grave.

22
Devia ser óbvio para toda a
sociedade que as alterações do clima
já passaram todos os limites
comparando com o que devia
acontecer naturalmente.

As consequências do
aquecimento global já são visíveis e é
imperativo que se tomem medidas
Ilustração 13 – Inundações na Madeira
para que os fenómenos desastrosos
que já estão a ocorrer não se agravem mais, pois não se sabe até que ponto
podemos aguentar e quando não conseguirmos poderá ser tarde demais.

23
Consequências futuras do Aquecimento Global
O aquecimento global é um fenómeno a nível mundial que, actualmente,
já traz consequências para o nosso planeta. Então, e no futuro? Que
consequências o aquecimento global pode trazer ao nosso planeta no futuro,
se não for travado? Existem várias hipóteses e todas elas têm uma explicação
científica. Entre essas consequências futuras inclui-se a subida do nível médio
das águas do mar resultante do degelo, alguns territórios poderão ficar
submersos devido a essa subida das águas, muitas espécies de seres vivos
podem extinguir-se por completo, a maior ocorrência de catástrofes naturais e
também haverá bastantes consequências a nível económico.

Degelo e a subida do nível médio das águas do mar


Com a temperatura
média global a subir, devido
ao aquecimento global, ocorre
o degelo em icebergs, calotes
polares, glaciares e até em
montanhas onde há
existência de neve. Os casos
mais alarmantes do degelo no
nosso planeta são os do
Árctico, da Gronelândia e da
Ilustração 14 – Progressão do nível do mar causado pelo Antárctida. O degelo,
degelo
principalmente de icebergs e
calotes polares (na sua maioria nos locais anteriormente referidos) vai causar a
subida média no nível das águas do mar e, segundo um relatório divulgado, dia
1 de Dezembro de 2009, em Londres, da autoria do Comité Científico da
Antárctida (SCAR) o nível médio das águas do mar vai subir o dobro do
previsto para este século.
Assim, em vez de, até 2100, o mar subir entre 28 e 43 centímetros,
como previu, em 2007, o Painel Intergovernamental para as Alterações
Climáticas da ONU, pode subir até 1,40 metros.

24
Onde o degelo está a ocorrer mais rapidamente é na parte ocidental da
Antárctida (onde a temperatura subiu cerca de 3 graus centígrados), segundo
um relatório elaborado por cem cientistas de várias áreas, revisto por duas
centenas de outros. Isto acontece, porque o aumento da temperatura dos
mares provoca o degelo.
Ao longo de meio
século, a subida de
temperaturas foi mascarada
no continente pela influência
que o buraco na camada do
ozono teve nos sistemas
globais de pressão do ar.
Segundo o cientista
britânico John Turner: “A
poluição causada por CFC
tornou as alterações
climáticas lentas na
Antárctida. É como se
tivéssemos um „cobertor‟ de
ozono e quando o tirámos
houve um arrefecimento. E a
Antárctida ficou protegida
Ilustração 15 – Como ocorre o degelo. dos impactos do
aquecimento global. Mas isso
não pode durar para sempre. A água mais quente está a infiltrar-se nas
camadas de gelo da Antárctida Ocidental e a acelerar o fluxo de gelo para o
oceano”.
Então, quando o buraco do ozono estiver completamente fechado
deixará de existir um contrabalanço para manter controladas as alterações
climáticas na Antárctida. Isto pode significar novos aumentos de temperatura
na ordem dos 3 graus centígrados, fazendo derreter as camadas de gelo e
aumentando o nível das águas do mar.

25
Territórios submersos
O nível médio das águas do mar está a subir, e se subir tanto como os
cientistas apuraram, cerca de 1,40 metros, isso vai trazer graves problemas,
especialmente para o Homem e para algumas espécies de seres vivos
terrestres.
A subida de 1,40 metros das águas do mar, pode significar que 10% da
população mundial seria obrigada a mudar-se por causa da perda de terras.
Cidades costeiras como Veneza tornar-se-iam autênticas fortificações.
Algumas ilhas, como as Maldivas, poderiam mesmo desaparecer da face da
Terra, sendo que 80% das 1200 ilhas que compõe o arquipélago das Maldivas
encontra-se a menos de um metro acima do nível do mar. Outro caso
extremamente preocupante é o da ilha de Ghorama, localizada na baía de
Bengala, que até aos dias de hoje já perdeu 80 quilómetros quadrados de terra
devido á subida do nível das águas do mar. Para além de milhares de pessoas
ficarem desalojadas devido a isto e terem de ser transferidas para outras
regiões, outra consequência pode ser também o desaparecimento de muitas
espécies de seres vivos que irão ficar submersos pelas águas do mar.

Extinção/deslocação de seres vivos


O aquecimento global pode afectar espécies de várias formas incluindo
a expansão, contracção e migração de habitat; incidência aumentada de
doenças e espécies invasoras; mudanças na temperatura (quer do ar, quer do
mar), mudanças na precipitação, mudança da acidez da água do mar devido a
temperatura, entre outras condições ambientais adversas; mudanças na
disponibilidade de alimentos e falha nos relacionamentos ecológicos com outra
espécies – por exemplo a perda de polinizadores. No passado algumas
espécies podem ter escapado da extinção migrando para norte ou para sul em
resposta à mudança climática. Hoje os homens tornaram isso muito mais difícil
pela fragmentação, conversão e destruição de habitats.
Já é difícil conservar terra suficiente para proteger a biodiversidade do
mundo. Mais difícil será conforme as espécies se deslocam para novas áreas
onde o clima é mais apropriado para elas. É preciso preservar o habitat onde
as espécies se encontram actualmente, onde elas se encontrarão no futuro e

26
terras pelas quais elas possam eventualmente passar. O único problema com
esta solução é nos oceanos em que não é possível aplicar esta solução. Nos
oceanos o grande problema será a acidificação das suas águas devido ao
aumento da sua temperatura, provocada pelo aquecimento global.
Algumas espécies conseguem deslocar-se do seu habitat e habituarem-
se a novas condições de vida, mas, no entanto há espécies muito sensíveis,
que não se conseguem deslocar para novos habitats em que por exemplo se a
temperatura diminuir apenas um grau estas podem desaparecer por completo,
e com o aquecimento global as temperaturas estão a subir. Pode haver
também espécies que se conseguem deslocar para novos habitats e mesmo
assim não se habituarem as novas condições ambientais e acabarem por se
extinguir na mesma.
Segue-se uma pequena lista exemplificativa de algumas espécies
actualmente em vias de extinção e que muito provavelmente se vão extinguir
se o aquecimento global não for travado a tempo:

 Rã-de-Vidro Gigante;  Corvo-marinho das


 Lémure Gigante; Galápagos;
 Baleia da Gronelândia;  Lobo Marinho-Antarctico;
 Albatroz-de-cabeça-cinzenta;  Grou Caruncolata;
 Pinguim-imperador;  Pinguim-de-olho-amarelo;
 Sapo-de-ouro;  Urso-polar;
 Pinguim-de-testa-amarela;  Ganso-de-peito-vermelho;
 Rã-das-árvores;  Foca leopardo;
 entre outros…

Maior ocorrência de catástrofes naturais


O aumento das catástrofes naturais dá-se pela constante intervenção
humana que ao longo dos anos, com o avanço da economia, tem devastado

27
diversos habitats naturais e, como consequência, temos o agravamento dos
mesmos.

Ilustração 16 – Desastres que podem ocorrer com o aquecimento global

As cheias já contabilizam milhares de vítimas, pois a cada chuva surgem


inundações e deslizamentos de terras. Tudo isto é consequência do
desequilíbrio ambiental, o recolhimento inadequado do lixo, o aumento de
áreas desflorestadas que dificultam a impermeabilização dos solos inundando
as ruas e transformando as cidades em rios. O efeito estufa, agravado pelo
aquecimento global, contribui de forma bastante significativa para aumento dos
níveis de chuva, pois aquecem desproporcionalmente as águas dos oceanos, o
que é responsável também pelo aumento da intensidade dos ventos e chuvas
provocadas por furacões. Essas cheias já são rotina na vida de muitas pessoas
que vivem em grandes cidades, onde ficam desalojadas, pois tem as suas
casas inundadas.
O efeito estufa, fortemente intensificado pelo aquecimento global, que
forma uma camada em redor do planeta, devido à acumulação de gases
poluentes na atmosfera, está a sobreaquecer a terra, pois permite a entrada de
raios solares mas, dificulta a sua saída, o que faz com que aumentem as secas
e o calor. Os cursos de pequenos rios secarão e outros diminuirão
consideravelmente o seu nível. Os incêndios também aumentarão devastando

28
tudo o que encontram pela frente o que pode gerar uma crise ambiental em
larga escala.
Estamos vulneráveis a inúmeros desastres, e que a cada dia se
agravam mais. Em certos lugares vamos ter elevados índices de chuvas,
causando inundações, e em outros, secas, gerando desertos e incêndios,
também frios e calores insuportáveis, aumento do nível dos oceanos e
decréscimo do nível dos rios e a desertificação de zonas densamente
florestadas ou tempestades atmosféricas em locais onde nunca ocorreram
antes.

Consequências económicas
O aquecimento global também trará consequências para a economia.
Uma vez que irá haver um aumento na temperatura média no planeta,
assim como uma variação de precipitação, o preço dos alimentos irá aumentar,
o que irá levar a uma reorganização da ocupação do solo agrícola, que poderá
causar também um maior proteccionismo dos produtos.
Vai haver também uma diminuição do fornecimento de alimentos
provenientes do mar, devido aos indícios de acidificação constatada nos
oceanos que afectará a cadeia alimentar deste grande ambiente, visto que já
causa prejuízos aos corais e outros organismos com esqueleto externo.
Irá diminuir a oferta de energia, pois o sector eléctrico terá de se
reorganizar para controlar as emissões de dióxido de carbono.
Os gastos com infra-estruturas irão aumentar devido ao desalojamento e
recolocação da população costeira, que terá de migrar em função do aumento
da elevação do nível das águas do mar e visto que grandes catástrofes
naturais irão danificar grande número de infra-estruturas.
Consequentemente, irão também haver grandes gastos com a saúde
pois as catástrofes naturais vão interromper ou destruir o sistema de recolha de
lixo, saneamento básico, afastamento de afluentes, entre outros. Neste caso, a
saúde também pode ser afectada pelo aumento de doenças relacionadas com
o calor e variação do regime de chuvas assim como no aumento de doenças
como a dengue pois esta só existe em regiões quentes do globo e a
temperatura está a aumentar globalmente.

29
O aquecimento global vai ter enormes e catastróficas consequências no
futuro se nós, a humanidade não o conseguirmos travar a tempo. Se o
aquecimento global continuar, é certo que em poucas dezenas de anos, o
planeta estará completamente diferente de como o conhecemos hoje, sendo
que várias partes do planeta poderão estar completamente destruídas e grande
parte da biodiversidade que conhecemos hoje poderá ter desaparecido por
completo.

Num cenário mais trágico penso que posso dizer que o nosso planeta
pode vir a ser completamente devastado, podendo, assim, a própria espécie
humana correr risco de extinção.

30
Medidas Preventivas
Para prevenir o aquecimento global as medidas a ser tomadas deverão
ser as inversas às que causam o aquecimento global.

A procura gera oferta, e o consumismo gera a produção industrial.


Reciclar é bom, mas mais do que reciclar, há que reutilizar, e mais que
reutilizar há que reduzir. A redução do consumo traduz-se a curto prazo numa
diminuição extractiva.

Cada vez mais se tem consciência que o fenómeno Aquecimento Global,


afecta, e irá afectar cada vez com mais gravidade todo o mundo.

Dada esta consciencialização por parte da população mundial, existe


cada vez mais a procura por medidas que possam prevenir ou retardar o
Aquecimento Global.

De entre as medidas existentes podemos dividi-las em três categorias:

 As medidas individuais – que são possíveis de aplicar à maioria


da população. Têm um carácter individual e que são aplicáveis
no dia-a-dia de uma pessoa.
 As medidas empresarias/fabris – que são medidas desenvolvidas
entre Estados e Organizações, através de acordos e protocolos.
 As medidas de intervenção do Estado – que são medidas que
através criação de regras ou leis impostas pelo Estado visam a
redução da poluição por parte de empresas e fábricas.

31
Medidas individuais
A prevenção do aquecimento global está ao alcance de qualquer um.

Existem medidas de combate ao Aquecimento global que qualquer cidadão


pode realizar.

Segue-se agora uma lista de algumas medidas possíveis de realizar:

 Troca de lâmpadas: Trocar as lâmpadas convencionais por


fluorescentes compactas.

 Deixar o carro na garagem: Caminhar, andar de bicicleta, usar


transportes públicos. Cada 10 quilómetros é igual a uma redução de 3
quilos de dióxido de carbono emitidos.

 Reciclagem

 Pressão dos pneus: Manter a pressão dos pneus no valor correcto


ajuda a melhorar o rendimento do automóvel.

 Água quente: Aquecer água consome muita energia. Deve-se instalar


um chuveiro de baixa pressão.

 Sacos de plástico e embalagens

 Ar Condicionado: Com um simples ajuste de baixar a temperatura em 2


graus no inverno e subir 2 graus no verão poderá poupar cerca de 900
quilos de dióxido de carbono anuais.

 Árvores: Uma só árvore absorve uma tonelada de dióxido de carbono


ao longo de sua vida. Por isso devemos conservá-las e plantá-las.

 Desligar aparelhos electrónicos

32
Medidas Empresariais/Fabris
Compete às empresas definir os melhoramentos que deverão ser
introduzidos. Estes melhoramentos devem ser não só de novos produtos e
processos de produção, mas também de sistemas de segurança e de uma
melhor comunicação entre empresas.

Existem também algumas empresas em que esses melhoramentos


estão dependentes como por exemplo, no desenvolvimento das
telecomunicações que pode reduzir bastante a necessidade de transporte. O
trabalho domiciliário reduz certos trajectos urbanos conseguindo assim
simplificar algumas dificuldades.

A parte fundamental desta análise consiste na reflexão sobre a


transformação de modos de vida. Procurar solução não é fácil visto que a
resolução de certos problemas irá criar outros problemas ou piorar problemas
já existentes.

Apesar de algumas medidas preventivas ao Aquecimento Global


poderem trazer consequências também elas negativas, existem certas medidas
que ainda não foram aplicadas e que são extremamente necessárias para
reduzir as emissões de gases poluentes e a utilização abusiva dos
combustíveis fosseis.

Seguem-se algumas medidas preventivas possíveis de serem realizadas


por empresas/fábricas:

 Investimento e exploração de energias renováveis

 Utilização de energias renováveis: A energia renovável é aquela que é


obtida de fontes naturais capazes de se regenerar, e portanto,
virtualmente inesgotáveis, ao contrário dos recursos não renováveis,
como por exemplo:

o O Sol: Energia solar

o O vento: Energia eólica

o Os rios e correntes de água doce: Energia hidráulica

33
o Os mares e oceanos: Energia maremotriz

o As ondas: Energia das ondas

o A matéria orgânica: Biomassa, biocombustível

o O calor da Terra: Energia geotérmica

o Água salobra: Energia azul

 Redução da desflorestação provocada pelas fábricas:


Desflorestação é o processo de desaparecimento de massas florestais,
fundamentalmente causada pela actividade humana. A desflorestação é
directamente causada pela acção do homem sobre a natureza,
principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção
de solo para cultivos agrícolas ou para extracção de madeira, por parte
da indústria madeireira.

Medidas de Intervenção do Estado


O papel do Estado e dos organismos governamentais são de extrema
importância se queremos realmente estagnar, reduzir, contrariar o
Aquecimento Global.

Um exemplo de uma medida adoptada é a Prevenção e controlo


integrados da poluição: Directiva IPPC, Directiva 2008/1/CE do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 15 de Janeiro de 2008.

Esta directiva (designada "Directiva IPPC"), que substitui a


Directiva 96/61/CE, faz depender as actividades industriais e agrícolas de forte
potencial poluente da obtenção de uma licença. Esta licença apenas pode ser
concedida mediante o respeito de determinadas condições ambientais, para
que as empresas assumam a responsabilidade pela prevenção e redução da
poluição que elas próprias possam provocar.

A prevenção e a redução integrada da poluição referem-se às


actividades industriais e agrícolas de forte potencial poluente, novas ou
existentes, tal como definidas no Anexo I da directiva (indústrias do sector da

34
energia, produção e transformação de metais, indústria mineral, indústria
química, gestão de resíduos, criação de animais, etc.).

Condições ambientais a respeitar


Para obterem uma licença, as instalações industriais ou agrícolas devem
satisfazer determinadas condições fundamentais, nomeadamente em termos
de:

Utilização de todas as medidas úteis que permitam lutar contra poluição,


designadamente o recurso às melhores técnicas disponíveis (as que produzem
menos resíduos, utilizam substâncias menos perigosas, permitem a
recuperação e reciclagem das substâncias emitidas, etc.).

 Prevenção de qualquer poluição importante.

 Prevenção, reciclagem ou eliminação o menos poluente possível


dos resíduos.

 Utilização eficaz da energia.

 Prevenção dos acidentes e limitação das suas consequências.

 Reabilitação dos sítios após a cessação da actividade.

Além disso, o licenciamento implica um determinado número de


exigências concretas, incluindo nomeadamente:

 Valores-limite de emissão para as substâncias poluentes (excepto


para os gases com efeito estufa se o sistema de comércio de
licenças de emissão for aplicado - ver adiante).

 Eventuais medidas de protecção do solo, da água ou da


atmosfera.

 Medidas de gestão dos resíduos.

 Medidas relativas a circunstâncias excepcionais (fugas,


problemas de funcionamento, interrupções momentâneas ou
definitivas, etc.).

35
 Minimização da poluição a longa distância ou transfronteiras.

 Monitorização dos resíduos.

 Qualquer outra exigência pertinente.

A fim de coordenar o processo de licenciamento imposto pela directiva e


pelo regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de
estufa, uma licença emitida em conformidade com a directiva não pode incluir
valores-limite de emissão para os gases com efeito de estufa se estes forem
objecto do regime de comércio de licenças de emissão, desde que não haja
problemas de poluição ao nível local. Além disso, as autoridades competentes
podem optar por não impor requisitos em matéria de eficiência energética
relativamente às unidades combustão.

No entanto estas medidas não são postas em prática por todos os


países, nomeadamente os Estados Unidos da América e a China (os 2 países
que mais poluem no mundo).

Cimeira de Copenhaga e Protocolo de Quioto

Protocolo de Quioto
O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada
com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (Outubro
de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia
(agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na
ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (Junho de 1992). Também reforça secções
da CQNUMC.

Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos


mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito
estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas,
como causa do aquecimento global.

Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para


assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de Março de 1999.

36
Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55% dos países, que juntos,
produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de
Fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros


(principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de
gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no
período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de
compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde
a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).

As metas de redução não são homogéneas a todos os países,


colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases.
Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia)
não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.

A redução dessas emissões deverá acontecer em várias actividades


económicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si,
através de algumas acções básicas:

 Reformular os sectores de energia e transportes;

 Promover o uso de fontes energéticas renováveis;

 Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos


fins da Convenção;

 Limitar as emissões de metano na gestão de resíduos e dos


sistemas energéticos;

 Proteger florestas e outros “sumidouros” de carbono.

Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que


a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100, entretanto, isto
dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há
comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução
de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do
aquecimento global.

37
Cimeira de Copenhaga
A União Europeia a 15 só cortou 3% das
emissões de gases com efeito de estufa, entre 1990
e 2006. Ainda sem cumprir as metas para 2012,
esta Cimeira deve lançar objectivos mais
ambiciosos. Ilustração 17

Para já, assegurar a redução de 20%, prevista


pelo protocolo de Quioto, implica concertar várias medidas. Estes gases são os
mais prejudiciais para as alterações climáticas e deles fazem parte o dióxido de
carbono, metano, óxido de enxofre e gases com flúor.

O relatório-inventário da Agência Europeia do Ambiente confirma que os


esforços planeados ou realizados individualmente por país, os mecanismos de
Quioto, os sumidouros de carbono (como a plantação de árvores para absorver
gases) e os créditos do comércio de carbono podem reduzir em 11% as
emissões da União Europeia a 15%. É preciso agir rapidamente, para não se
desrespeitarem os objectivos traçados.

França, Grécia, Suécia e Reino Unido já alcançaram as metas em 2006.


Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Holanda e
Portugal prevêem cumprir as suas em breve, mas as projecções da Dinamarca,
Itália e Espanha são pouco optimistas.

Na Cimeira de Copenhaga, espera-se um esforço global para reduzir as


emissões, o que implica novas metas e angariar o apoio dos Estados Unidos e
das maiores nações em vias de desenvolvimento, como a Índia e China.

Quanto aos 27 Estados-membros, a redução de 20% até 2020 será


aumentada para 30%, se as outras nações desenvolvidas assinarem em
Copenhaga. O objectivo até 2020 quase equivale a remover as emissões de
todos os transportes da Europa. Imaginemos todos os camiões, autocarros,
cargueiros e aviões desaparecerem.

Dados mais recentes mostram que, desde 2000, as emissões globais de


CO2 aumentaram quatro vezes mais depressa do que na década anterior. Este
aumento está acima do pior cenário considerado pelo Painel

38
Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC) em 2007. Hoje, os
países menos desenvolvidos emitem mais do que os países mais
desenvolvidos.

Sumidouros naturais, como os oceanos que absorvem CO2, reduziram a


sua eficiência nos últimos 50 anos, pelo que os nossos esforços para reduzir as
emissões geradas pelas actividades humanas têm de aumentar, se queremos
manter os níveis atmosféricos de CO2 estáveis.

39
Conclusão
Após a investigação efectuada, pelo nosso grupo, recorrendo à Internet,
a livros, enciclopédias, revistas, jornais, documentários, inquéritos e uma
entrevista na tentativa de obter respostas às questões “O que é o equilíbrio
global?”, “Quais são as medidas preventivas do Aquecimento Global?”, ”Quais
são as causas do aquecimento global?”, “Quais as consequências futuras do
Aquecimento Global”, “Quais as consequências actuais do Aquecimento
Global?” e “Quais as perspectivas do Aquecimento Global?”, conseguimos
recolher a informação necessária para elaborar as respostas para as questões
anteriormente referidas. Concluindo que:
 Em relação ao equilíbrio global conseguimos explicar em que consiste e
que o sistema Terra depende das interacções entre os diferentes
subsistemas e que muitas vezes ocorrem sequências de
acontecimentos que alteram temporariamente as condições de
equilíbrio. Por exemplo uma grande erupção vulcânica pode expelir para
a atmosfera uma quantidade de cinzas tão grande que poderão provocar
mudanças climáticas traduzidas em inundações em determinados locais,
secas noutras regiões, e, eventualmente, afectar a produção vegetal e
as cadeias alimentares;
 São inúmeras as medidas que visam retardar ou prevenir o Aquecimento
Global e que apesar de existirem medidas que são aplicadas hoje em
dia, é necessário por em prática mais medidas, sobretudo ao nível das
empresas, fábricas, organizações e estados;
 Há dois tipos de causas aceites: antropogénicas e naturais, sendo a
mais aceite pelos cientistas e a causa antropogénica pois o homem é o
grande responsável pelo aquecimento global, devido maioritariamente à
quantidade abismal de CO2 que este liberta para a atmosfera agravando
assim, e muito o aquecimento global;
 As consequências futuras do aquecimento global, se este não for
travado, vão devastadoras para o nosso planeta e para todos os que
nele habitam, sendo que irão haver mais catástrofes naturais, a subida
do nível médio das águas do mar, extinção de inúmeras espécies de
seres vivos e na pior das hipóteses a extinção da espécie humana.

40
 Actualmente já há consequências visíveis no nosso planeta como por
exemplo algumas catástrofes naturais que se pensava serem
impossíveis de acontecer em certos locais do globo, como é o caso de
furacões no Atlântico Sul. Portanto, é necessário que se tomem medidas
para que os fenómenos desastrosos que já estão a ocorrer não se
agravem.
 Existem diferentes perspectivas face ao aquecimento global sendo que,
umas pessoas acham que o aquecimento global é obra da poluição
produzida pelo homem e que este fenómeno pode originar grandes
catástrofes no nosso planete, enquanto que outra pessoas defendem
que o aquecimento global e um fenómeno normal e cíclico da natureza e
que nada tem a haver com o impacto do ser humano no ambiente.
Após a obtenção desta informação, podemos finalmente responder à
questão problema “Aquecimento Global – Uma emergência planetária?” porque
tendo como base as pesquisas feitas, relativamente a consequências futuras e
tendo como base as previsões futuras encontradas em gráficos como a
variação da temperatura ou concentração de CO2, podemos concluir que se
não tivermos uma atitude alarmista e de emergência em relação a este
fenómeno, as consequências vão ser devastadoras para todos.
Uma utilidade futura do nosso trabalho final poderá ser a sensibilização
das pessoas face a este grande problema que é o aquecimento global.

41
Bibliografia

Introdução:
Fundamentação do trabalho:
- Fundamentação individual do subtema escolhido do Grupo E de Área de Projecto do
12ºE

Objectivos:
Nenhuma fonte a assinalar

Tema/Problema:
-Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York, Oxford University
Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Percurso adaptado/Metodologia utilizada:


Nenhuma fonte a assinalar

Desenvolvimento:
Equilíbrio Global:
- Terra, Universo de Vida | 1ª Parte – Geologia | Biologia – 10º ou 11º (ano 1), 2007.
(Manual escolar).

- Wikipédia, Hidrosfera, consultado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrosfera

- Mundo Educação, Hidosfera, consultado em:


http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/hidrosfera.htm

- Knoow, Atmosfera, consultado em:


http://www.knoow.net/ciencterravida/geografia/atmosfera.htm

- Atlas Visual da Ciência – Clima (2006)

Perspectivas do Aquecimento Global:


-Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York, Oxford University
Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Causas do Aquecimento Global:


-Escola Secundária da Batalha, consultado em:
http://esbatalha.ccems.pt/area_projecto/8D_C/causas_aquecimento.html

-Relatório da entrevista ao professor Paulo Renato, realizada no âmbito de Área de


Projecto pelo aluno Diogo Castelão pertencente ao Grupo E do 12ºE, no dia 5 de
Março de 2010.

Consequências actuais do Aquecimento Global:


-Uma verdade Inconveniente – Al Gore (Filme – 2006)

-TSF, Rádio de Noticias, consultado em:


http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1499741

42
Consequências futuras do Aquecimento Global:
-Diário de Notícias, 2 de Dezembro de 2009

-Uma Verdade Inconveniente - Al Gore (2006)

-http://pt.mogabay.com/news/2008/0919-181322-extinction.html

-http://www.articuloz.com/ciencias-artigos/desastres-naturais-1947963.html

-Via6, Aquecimento Global, consultado em:


http://www.via6.com/topico.php?tid=124018

-Relatório da entrevista ao professor Paulo Renato, realizada no âmbito de Área de


Projecto pelo aluno Diogo Castelão pertencente ao Grupo E do 12ºE, no dia 5 de
Março de 2010.

Medidas preventivas para o Aquecimento Global:


-Relatório da entrevista ao professor Paulo Renato, realizada no âmbito de Área de
Projecto pelo aluno Diogo Castelão pertencente ao Grupo E do 12ºE, no dia 5 de
Março de 2010.

- CINDERELLA, Winds of Change, comentário de Ian Campbell Cree submetido em 16


de junho de 2009 no blog do http://wilderness.orga respeito do aquecimento global.
Consultado em: http://elianalaradelfino.blogspot.com/2010/01/prevencao-do-
aquecimento-global.html

-Wikipédia, Energia Renovável, consultado em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renovável

-Wikipédia, Desflorestação, consultado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Desflorestação

-Europa, Gestão de resíduos, consultado em:


http://europa.eu/legislation_summaries/environment/waste_management/l28045_pt.ht
m

-Wikipédia, Protocolo de Quioto, consultado em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto

-Deco/Proteste, consultado em: http://www.deco.proteste.pt/ambiente/cimeira-de-


copenhaga-metas-ambiciosas-com-quioto-por-respeitar-s583431.htm

Conclusão:
Nenhuma fonte a assinalar

43
Bibliografia Gráfica
Ilustração 1 - Terra, Universo de Vida | 1ª Parte – Geologia | Biologia – 10º ou 11º (ano
1), 2007. (Manual escolar).

Ilustração 2 - Terra, Universo de Vida | 1ª Parte – Geologia | Biologia – 10º ou 11º (ano
1), 2007. (Manual escolar).

Ilustração 3 - Terra, Universo de Vida | 1ª Parte – Geologia | Biologia – 10º ou 11º (ano
1), 2007. (Manual escolar).

Ilustração 4 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,
Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 5 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,
Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 6 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,
Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 7 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,
Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 8 – Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 9 - Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 10 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,
Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 11 - Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 12 - Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 13 – Reportagem da SIC no youtube

Ilustração 14 - Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 15 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,
Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 16 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,
Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

44
Anexos

ANEXOS

 Inquéritos

 Entrevista

 Jornais

45
Inquérito

46
Gráficos sobre a população inquirida

Ano de Escolaridade
40
35 37
30
25 28
20
Número de alunos
15
10
5
0
0
10º 11º 12º

Idades
30
25
20 24
20
15
10 12
5 Número de alunos
1 4 3
0

Número de alunos
50
45
40 43
35
30
25
20 Número de alunos
21
15
10
5
0
Ciências e Economia
Tecnologias

47
Análise dos Resultados
Os inquéritos foram realizados a duas turmas. Uma do 11º ano e outra
do 12º ano, a um total de 65 alunos, entre os 15 e os 19 anos pertencentes a
turmas de Ciências e Tecnologias e Economia.

Pergunta 1: “Classifica o teu grau de conhecimentos acerca do


aquecimento global”
A pergunta 1 servia para os inquiridos
avaliarem os seus conhecimentos sobre o 11º Ano
1
aquecimento global. Foram dadas as seguintes 0%

opções: 2
4 22%
 Não sei nada; 39%

 Sei o que os media publicam;


 Não sei os pormenores;
3
 Sei bastante. 39%

Na turma de 11º ano, 22% dos alunos


responderam que só sabiam o que os media publicavam, 39% responderam
que não sabiam os pormenores e os restantes 39% responderam que sabiam
bastante sobre o assunto.

Sem
respos 12º Ano 1
ta 0%
3%
2 Na turma de 12º ano, 3% não
8%
responderam à pergunta, 8%
4
40% responderam que só sabiam o que os
media publicavam, 49% não sabia os
3
49% pormenores e 40% sabia bastante sobre
o assunto.

48
Pergunta 2: “Qual a tua perspectiva acerca do aquecimento global?”
A pergunta 2 era orientada para a questão: “Quais as perspectivas do
aquecimento global?”. Foram dadas as seguintes opções:

 “A culpa é do Homem”;
 “É um processo cíclico”;
 “Isso é um mito”.
11º Ano
Na turma de 11º ano, 79%
concorda em como a culpa é apenas do
1|2
Homem, 7% respondem que é apenas um 3 7%
7%
2
processo cíclico e os outros 7% dizem que 7%
o aquecimento global é nada mais do que
um mito. Existem também alguns alunos
que assinalam as duas primeiras 1
79%
respostas (“A culpa é do Homem” e “É um
processo cíclico”) simultaneamente, ou
seja, dizem que apesar de ser um processo cíclico que ocorre na Natureza ao
longo do tempo, o Homem contribui muito para piorar este fenómeno.

Na turma de 12º ano, 70% dizem


12º Ano que a culpa é apenas do Homem, 24% diz
que é simultaneamente um processo
cíclico e causado pelo Homem, 3% dizem
1|2
24% que é apenas um processo cíclico e os
outros 3% afirmam ser apenas um mito.
3
3%
2 1
3% 70%

49
Pergunta 3: “Consideras-te informado em relação à origem do
aquecimento global?”
A pergunta 3 era destinada a responder a questão “Quais as causas do
aquecimento global?”. A pergunta só tinha duas hipóteses de escolha:

 “Sim”;
 “Não”.

Se o inquirido respondesse “Sim”, 11º Ano


era-lhe pedido que indicasse duas causas
do aquecimento global. Não
14%
Na turma de 11º ano, 86% dos
alunos estavam informados acerca das
causas e as causas mais referidas foram
as emissões de gases tóxicos para a Sim
atmosfera e a produção exponencial de 86%

lixo por parte do ser humano, os restantes


14% responderam negativamente.

12º Ano
Na turma de 12º ano, 86% dos
alunos disseram que estavam bem
Não
14%
informados sobre as causas e como era
de esperar as mais referidas foram as
emissões de gases de estufa e de gases
que danificam a camada de ozono, os

Sim outros 14% responderam que não


86% estavam informados.

50
Pergunta 4: “No teu dia-a-dia, actuas de modo a minimizar o aquecimento
global?”
A pergunta 4 era destinada a responder a questão “Quais as medidas
preventivas do aquecimento global?”. A pergunta só tinha duas hipóteses de
escolha:

 “Sim”;
 “Não”.

No caso de responder “Sim”, o


11º Ano aluno devia apresentar duas medidas
Sem
resposta preventivas que tinha por hábito
0%
realizar no seu dia-a-dia.

Sim
36%
Na turma de 11º ano, verificou-
se que 36% dos alunos realizavam
algum tipo de actividade que
Não
64% minimizava as consequências do
aquecimento global, sendo que as
acções que mais surgiram são a
reciclagem e não meter lixo para o
chão, os outros 64% dos alunos não
Sem
realizavam quaisquer acções para alterar o respost 12º Ano
a
curso do aquecimento global. 12%

Não
Na turma do 12º ano, verificou-se que 41% Sim
54%
54% dos alunos tomam medidas contra o
progresso do aquecimento global utilizando
transportes públicos, tentando não
desperdiçar energia e reciclando, 41% dos
alunos não tomam quaisquer medidas e 12% dos alunos não responderam a
esta questão.

51
Pergunta 5: “Achas que o aquecimento global tem consequências
futuras?”
A pergunta 5 destinava-se a responder à questão “Quais as
consequências futuras do aquecimento global”. As opções apresentadas eram:

 “Sim”;
 “Não”.

A seguir a essas questões tinha


Sem Pergunta 5
também algumas consequências do respost
a
aquecimento global para as pessoas 0%
Não
escolherem as que sabiam. 7%

Da turma do 11º ano, 93% das


pessoas disseram que o aquecimento
tinha consequências futuras e pelas
opções escolhidas podia-se perceber que Sim
93%
a maior parte tinha conhecimento das
implicações deste fenómeno. Os restantes
alunos (7%) disseram que não iria haver consequências no futuro.

Sem
resposta Pergunta 5 Da turma do 12º ano, 89% dos alunos
12%
Não disseram que haveria consequências, e
6%
mais uma vez, que disse que haveriam
consequências, tinha conhecimento das
implicações, 6% disseram que não haveria
implicações e 12% das pessoas não
responderam a esta pergunta.
Sim
89%

52
Pergunta 6: “O que pensas ser o equilíbrio global”
Nesta pergunta verificou-se que os inquiridos não faziam ideia do que
era equilíbrio global. As respostas variavam de dizer que era o equilíbrio entre
os subsistemas terrestres que interagiam uns com outros, o que estava até
bastante bem explicado mas que foi dada por muito poucas pessoas, a dizerem
que o equilíbrio tinha de ser travado a todo o custo, pois as consequências
iriam piorar. Não houve grande discrepância entre as respostas do 11º ano e
12º ano.

53
Entrevista

Perfil do Entrevistador:

Nome: Diogo Manuel Lopes Castelão

Idade: 18 anos

Profissão: Estudante na Escola Secundária de Domingos Sequeira

Perfil do Entrevistado:

Nome: Paulo Renato Parreira

Idade: 34 anos

Profissão: Professor de Geologia 12.º ano na Escola Secundária de Domingos


Sequeira

Propósito da Entrevista:

Esta entrevista é realizada no âmbito da disciplina de Área de Projecto, tendo


como tema o Aquecimento Global. Esta actividade, realizada de acordo com
plano do projecto, do Grupo E do 12.º E, é uma actividade individual.

Objectivo da Entrevista:

Com a entrevista o Grupo E procura obter mais informações relacionadas com


o Aquecimento Global e de uma fonte 100% fidedigna.

Procuramos também, tendo em conta a profissão do entrevistado, ter uma


avaliação mais profissional relativa a este assunto.

Meio de comunicação:

Oral

54
Espaço da entrevista:

Restaurante DoceMania, localizado no centro comercial D.Dinis em Leiria.

Dia e hora da entrevista:

5 de Março de 2010

13.00h

Duração da entrevista:

90min.

As questões:

1- O que se define por Equilíbrio Global?


2- Quais as principais perspectivas face ao Aquecimento Global?
3- De acordo com as perspectivas, quais são as causas do Aquecimento
Global?
4- Actualmente, quais são as consequências do Aquecimento Global?
5- Num futuro próximo, quais serão as consequências?
6- Quais as medidas preventivas para o Aquecimento Global?

As respostas:

1 - Bem, equilíbrio global é o que se pretende que o Planeta tenha.


Pensamos muitas vezes em processos particulares que ocorrem em
determinados subsistemas terrestres, que desencadeiam efeitos nesses
mesmos subsistemas. Mas a Terra, como sabemos, é um planeta dinâmico,
composto por diferentes subsistemas abertos, de que resulta uma interacção
frequente e lógica entre eles.

Sendo a Terra um sistema quase fechado, esses efeitos permanecem


no planeta, e dependem da capacidade de resposta, neste caso, de atenuação,
desses efeitos, pelos diferentes subsistemas terrestres.

55
O que nós queremos é que o planeta mantenha esse equilíbrio global,
para o nosso bem. Com uma capacidade de resposta rápida, mas isso também
é fácil de perceber que com as tão graves alterações antrópicas induzidas, o
equilíbrio global tende a ser lento, entrando à nossa escala, num desequilíbrio
global.

2 - As perspectivas são as piores. Basta pensarmos não transformações


ambientais que têm ocorrido no último século.

Os fenómenos geológicos e biológicos são lentos. James Hutton, tido o


pai da geologia moderna, afirmou acerca da idade da Terra e dos processos
geológicos que nela ocorrem que, “Não há vestígios de um princípio nem
indícios de um fim”. Mas isto foi no séc. XVIII. Hoje de certo ele diria com
tristeza que “Embora não haja vestígios de um princípio, há um fim que se
perspectiva”.

Embora à escala do tempo geológico, todos os processos são


renováveis, o mesmo não podemos dizer à escala do tempo humano. A Terra
não está com capacidade de resposta suficiente para permitir o equilíbrio global
que tanto queremos. O Homem surgiu na Terra há escassos Ma, mas a sua
acção transformadora perdurará muito mais, mesmo que nos extinguíssemos
hoje.

E se quisermos particularizar, para além da subida do nível médio das


águas do mar, tanto falada, e com consequências tão devastadoras para as
margens litorais, que submergirá cidades, ou mesmo países por completo,
temos os habitats, quer terrestres quer aquáticos, que sofrerão alterações
significativas, não sendo acompanhadas pela evolução biológica.

O recurso, sendo o mais preocupante, a água doce, tornar-se-á mais


escasso do que já é. Imaginam-se viver em casa sem água? Só damos pela
importância quando nos falta. E a indústria, imaginam-na sem água?

3 - O aquecimento global tem como causas todos os processos que


possam contribuir, directa ou indirectamente, para o aumento da temperatura
global, para o efeito estufa. Estes processos tanto podem libertar energia
(calor) para a atmosfera como impedir que a energia (calor) superficial se

56
dissipe para o espaço. Há causas naturais e lógico causas artificiais, as
antropogénicas.

Dentro das causas naturais, aquelas que naturalmente ocorrem, e que o


planeta está “habituado” (sim, porque este já tem 4600Ma) levariam, em
situações normais, ao restabelecimento rápido, do tão desejado equilíbrio
global. O subsistema geosfera contribui com o vulcanismo, enquanto a Biosfera
contribui com o monóxido e dióxido de carbono, bem com o metano. Existe um
conjunto de fenómenos astronómicos que contribuem naturalmente para a
ocorrência de períodos glaciários e interglaciários, conhecidos.

No saco das causas antropogénicas, o maior volume é ocupado pela


emissão de dióxido de carbono, da queima dos combustíveis fósseis da
indústria extractiva à transformadora, passando pela que podemos designar
como indústria transportadora.

O crime que é um fogo posto, tanto o é por aniquilar ecossistemas


completos, como pela libertação de dióxido de carbono, principalmente, na
combustão.

Não há qualquer actividade humana que não contribua para o


aquecimento global. Até um simples passeio a pé, contribui directamente com
os gases respiratórios, e indirectamente toda a industria que foi requerida para
a produção da borracha que está a ser gasta na sola das sapatilhas (desde a
de prospecção, extractiva, transformadora, transportadora, marketing e venda).

4 - As consequência, tal como referi, são dramáticas, a ponto de por em


casa a nossa própria sobrevivência.

As alterações climáticas são verificadas todos os dias. Quando


pensamos nas estações trocadas, nas fúrias atmosféricas cada vez mais
constantes, deveríamos estar a pensar na causa que é o aquecimento global.

5 - A subida do nível médio das águas do mar pelo degelo das calotes, a
desertificação de zonas densamente florestadas ou as tempestades
atmosféricas em locais que nunca as tiveram, deveriam ser exemplos de

57
consequências a longo prazo, mas já não o são. O futuro é cada vez mais o
presente e o presente já é passado.

A nossa apatia face ao aquecimento global em benefício do nosso bem-


estar é grande. Mas que bem-estar nosso é este que contribui para o nosso
mal-estar? Somos egoístas, somos incapazes, mas principalmente cegos, por
não queremos ver o que nos espera.

A nossa pegada ecológica é grande, mas mesmo assim, não tão grande
quanto o nosso egoísmo.

6 - Para prevenir o aquecimento global as medidas a ser tomadas


deverão ser as inversas às que causam o aquecimento global.

A procura gera oferta, e o consumismo gera a produção industrial.


Reciclar é bom, mas mais do que reciclar, há que reutilizar, e mais que
reutilizar há que reduzir. A redução do consumo traduz-se a curto prazo numa
diminuição extractiva.

E não se pense que não somos culpados em trazer um saco plástico do


supermercado, apenas porque é grátis. Somo cúmplices do aquecimento
global. E não podemos esperar ser educados pelos gigantes da indústria, antes
pelo contrário, há que os educar, e sabemos que o cliente tem sempre razão.

Claro que neste momento não basta prevenir, há mesmo que reduzir o
aquecimento. Muitos projectos tecnológicos inovadores, quase extra-terrestres,
têm sido desenvolvidos, quer para captura do dióxido de carbono da atmosfera
quer para diminuir a nossa dependência dos combustíveis fósseis, mas os
interesses são muitos e geram conflitos.

A prevenção do aquecimento global está ao alcance de qualquer um, um


simples gesto de apagar uma luz, reduzir um pouco a temperatura do
aquecimento, reutilizar um saco plástico, um frasco ou uma caixa plástica (em
vez que comprar uma caixa nova), preferir produtos com menores embalagens
(e reutilizar as mesmas, deste que não perigosas), para reduzir o consumo
energético, logo o aquecimento global.

58
As energias renováveis são o passo a dar. Mas há que ter atenção se
são mesmo amigas do ambiente.

Ter em mente que o aquecimento global é uma consequência nossa e é


um passo importante.

59
Jornais

Jornal 1

Jornal 2

60
Jornal 3

61
Jornal 4

Você também pode gostar