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SP bate recorde
de mamografias
Levantamento realizado pela Secre-
taria de Estado da Saúde revelou que
São Paulo bateu, em 2009, o recorde
de mamografias realizadas desde que
o levantamento passou a ser feito, há
cinco anos, com o início dos mutirões.
No total, a rede pública fez 1.176.838
mamografias na capital e no interior. O
número representa aumento de 11,6%
em relação a 2008, quando foram feitos
1.054.625 exames. Para Edmur Pastorelo,
presidente da Fundação Oncocentro de
São Paulo, o crescimento era esperado.
Pastorelo afirma que os mutirões cola-
boraram para que houvesse significativo
aumento dos exames de rotina, fora das
No primeiro Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular, realizado no passado, quase 100 mil pessoas passaram por avaliação datas dos mutirões.
“Além dos mutirões acrescentarem
Situação entre os homens e sedentarismo. De acordo com a pesquisa, O 1º Mutirão de Avaliação de Risco Car- à conta média de 250 mil novas mamo-
é ainda mais preocupante: 26,7% da população têm risco moderado diovascular de São Paulo foi realizado em grafias por ano, despertaram nas pessoas
para desenvolver essas doenças e apenas junho e julho de 2009 com quase 100 a iniciativa de realizar exames de rotina
42,84% têm alto risco 39,5% tem baixa probabilidade. mil pessoas que passaram pelas Unidades na rede estadual. Isso vem acontecendo
contra 29,11% das mulheres O estudo mostra que a situação entre Básicas de Saúde (UBSs), hospitais e pos- gradativamente ano a ano”, afirmou.
os homens é ainda mais preocupante, já que tos de saúde de São Paulo e Campinas. O Em 2009, os mutirões de maio e novem-
A
análise dos dados do primeiro Mutirão 42,84% têm alto risco, 23,92% risco mode- objetivo foi detectar e identificar os pacien- bro somaram 285 mil exames. Do total,
de Avaliação de Risco Cardiovascular, rado e 33,24% baixo risco. Entre as mulheres, tes que tinham risco cardiovascular e des- 1.193 das pacientes foram diagnostica-
promovido pela Secretaria da Saúde 29,11% apresentam alto risco, 28,23% risco conheciam os fatores que poderiam levar das com tumor de nível 4 ou 5 – estágios
e Sociedade de Cardiologia do Estado de moderado e 42,66% baixo risco. O mutirão a um infarto ou derrame – AVC (acidente mais avançados da doença.
São Paulo, revelou que 75% dos paulistas atendeu 64.587 mulheres e 32.915 homens. vascular cerebral). O exame de mamografia é impor-
possuem pelo menos três fatores de risco car- “Nenhum estudo mundial sobre doen- tante por detectar nódulos imperceptíveis
diovascular. A pesquisa revelou também que Mudança de hábitos – O coordenador ças cardiovasculares foi feito com base em nos seios com o exame de toque. “Com
33,7% da população têm alto risco de desen- do mutirão e diretor de Promoção de Saúde um universo tão grande”, informa o ex- a precocidade do diagnóstico, as chances
volver doenças cardiovasculares. O estudo, Cardiovascular da Socesp, Álvaro Avezum, presidente da Socesp, Ari Timerman. Ele e de cura aumentam significativamente”,
feito com base nas quase 100 mil pessoas explica que os números surpreenderam e é o coordenador Álvaro Avezum pretendem garante Pastorelo. A rede estadual dis-
que participaram do Mutirão do Coração, é preciso que haja conscientização da população apresentar o trabalho em congressos de car- põe de 1.094 mamógrafos, que pres-
o mais amplo sobre o tema já feito no País. para reverter as estatísticas que colocam o diologia nos EUA e na Europa. Em 2010, a tam o serviço em 399 estabelecimentos
O mutirão foi realizado nas cidades de Brasil como um dos países com as maiores inci- ideia é ampliar o Mutirão do Coração para 1 de saúde pelo Sistema Único de Saúde
São Paulo e Campinas e teve a participação dências de doenças cardiovasculares. “É neces- milhão de pessoas. (SUS). O número cresceu em relação ao
de 97.502 pessoas, das quais 75% apresen- sário mudar hábitos de vida, realizar exames final de 2008, quando 359 unidades ofe-
taram três ou mais fatores de risco cardio- com regularidade e aderir ao tratamento, para Da Agência Imprensa Oficial e da Assessoria de reciam o exame.
vascular, como obesidade, má alimentação quem se enquadra nessa situação”, afirma. Imprensa da Secretaria da Saúde