Você está na página 1de 14

Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o

período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do


século XVII, mas os estudiosos não chegaram a um consenso sobre essa cronologia,
havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor consultado.[1] Seja como
for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que
assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas
transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e
religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma
ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para
descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.[2]

Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências


culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção
a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio
Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu
a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália
(1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do
homem".[3]

O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo


como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto
da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental. A
Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão,
porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na
Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e
em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões,
que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e
que a difusão européia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à
esfera do Maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado
uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período,
considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma
fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de
gerações.[4]

Donaatelo

Quem foi

Donato di Niccoló di Betto Bardi, mais conhecido apenas por Donatello,


foi um importante escultor italiano do período do Renascimento
Cultural. Nasceu em 1386, na cidade de Florença, e morreu em 1466 na
mesma cidade.

Biografia e obras principais

Filho de um tecelão de lã chamado Nicolo di Betto Bardi, Donatello foi


educado na casa da família Martelli. Seus primeiros conhecimentos
artísticos vieram do treinamento que recebeu numa oficina de ourives.
Trabalhou também, ainda na juventude, um curto período de tempo na
oficina do artista Lorenzo Ghiberti.

Esteve em Roma no começo do século XV e estudou a arquitetura de


vários edifícios romanos, além do Panteão.

Em 1405, Donatello retornou para Floreça e deu início a uma série de


trabalhos. Fez duas pequenas estátuas de profetas para a Catedral de
Florença. Em 1408, trabalhou na elaboração do Duomo de Florença,
participando com a escultura "Davi", feita em mármore.

No ano de 141, terminou um de suas grandes obras, a estátua de "São


João Evangelista". Exposta no portal central do Duomo, esta obra
destacou-se por sua composição clássica e humana, sendo que foi
realizada com estudos anatômicos.

Em 1417, terminou a escultura de "São Jorge" que havia sido


encomendada pela guilda dos artesãos que fabricavam armaduras.

Em 1423, realizou uma outra importante obra, a escultura de "São


Ludovico em Tolosa".

Entre os anos de 1415 e 1426 fez cinco esculturas para o Duomo: "O
Profeta imberbe", "O Profeta barbudo", "O Sacrifício de Isaac", "Profeta
Abacuc" e "O Profeta Jeremias".

Entre os anos de1425 e 1427 trabalhou junto com artista plástico


Michelozzo na produção do Battistero, monumento fúnebre do Papa
João XXII. Neste trabalho, Donatello esculpiu em bronze o corpo do
papa morto.

No começo da década de 1430, fez importantes trabalhos na cidade de


Roma. Esculpiu, para a Basílica de São Pedro, o "Tabernáculo do
Sacramento" (obra que terminou em 1433).

Entre os anos de 1437 e 1443, trabalho na porta da Igreja de São


Lourenço. Esculpiu “Apóstolos”, “Cosme e Damião”, “Mártires” e
“Doutores da Igreja”.

Entre os anos de 1443 e 1450, elaborou mais uma


grande obra. Foi para a cidade de Pádua esculpir
uma estátua equestre, em mármore, de Erasmo de
Narni, conhecido como Gattamelata. Donatello
usou como inspiração desta obra a estátua equestre
de Marco Aurélio em Roma.

Gattamelata
Retornou para Florença em 1453 e esculpiu, em madeira, a obra
“Madalena”. Esta escultura, já nos últimos anos de sua vida, marca uma
nova fase artistica na vida de Donatello, pois privilegia a expressão do
rosto e valoriza os sentimentos.

Em 1455, esculpiu a obra "Judite e Holofernes", encomendada por Piero


de Médici. A obra é marcada por vários valores simbólicos sobre os
sentimentos e comportamentos humanos.

Davinci

Leonardo da Vinci
(Autor do quadro Monalisa)
1452 - Florença (Itália)
1519 - Roma (Itália)

Leonardo da Vinci nasceu no pequeno vilarejo de Vinci, nas


proximidades de Florença, em 1452. Autor de Monalisa, um dos
quadros mais famosos da história, Leonardo era filho ilegítimo de um
tabelião. Ele não teve educação formal e sabia pouco ou nenhum
latim, condição que o enchia de um certo ressentimento em relação aos colegas mais
ilustrados.

Adulto, foi uma personalidade polêmica no seu modo de vestir e no comportamento


chegou a ser denunciado por prática de sodomia, mas não foi condenado. Supõe-se que
ele tenha sido homossexual, mas sua intimidade permanece misteriosa.

Adolescente, foi aprendiz no ateliê de Verrocchio. Conta-se que certa vez, o mestre
estava pintando um quadro sobre o batismo de Jesus Cristo e encarregou o jovem
Leonardo de completar a composição com a figura de um anjo. Seu aluno fez um anjo
tão perfeito que Verrocchio desistiu de pintar.

Conta-se também que Leonardo tocava, para distrair seu modelo, música composta por
ele em instrumentos inventados por ele, como um órgão a água e uma lira de , O certo é
que a Monalisa del Giocondo se tornou o quadro mais célebre da pintura ocidental. Hoje
está no Louvre, como principal atração turística, numa sala em que um Rafael e um
Correggio passam despercebidos.

Em 1503, Francesco del Giocondo, um rico florentino, encomendou a Leonardo - e


pagou-lhe muito bem por isso - um retrato de sua mulher, Monalisa. Quatro anos depois
o quadro não está pronto. Aqui começa o grande debate: quem é a dama do quadro? A
mulher de Giocondo? É este o retrato de uma jovem de 26 anos? Ou é o retrato de
Constança d'Avalos, Duquesa de Francavilla, "inclusive com o véu negro de viúva?" Há
quem afirme - e a sério - que o encantador sorriso é de um jovem, travestido.
O grande mote do trabalho de Leonardo, quer como artista, quer como inventor e
cientista, foi a observação criteriosa da natureza. Seus cadernos são um imenso
laboratório de pensamento. Nas notas, estudos e rascunhos dedicados à hidráulica, ao
vôo dos pássaros, ao movimento dos gatos, encontra-se um acurado explorador da
natureza.

Sua inteligência mecânica ainda hoje impressiona todos os que examinam seus
desenhos de engrenagens. A comparação de imagens obtidas nos modernos aparelhos
de tomografia computadorizada com seus desenhos sobre anatomia oferece uma espécie
de revelação: Leonardo acertou com exatidão espantosa, por exemplo, detalhes sobre a
posição do feto no interior do útero.

Embora tivesse uma assombrosa habilidade matemática, diz-se que Leonardo não criou
algo que se pudesse chamar de "teorema de Leonardo". Ou seja, apesar de ter
desvendado princípios que até então eram desconhecidos, ele não os traduziu em
linguagem matemática. É verdade. Essa viria a ser mais tarde uma obsessão dos
estudiosos.

Doente, da Vinci passa o mês de abril de 1519 na cama, cercado por três quadros: a
Monalisa del Giocondo; Santana, a Virgem e o Menino e o São João Batista, que
provavelmente pintou em Roma como sua última obra. Morre, no dia 2 de maio de
1519, nos braços do rei Francisco I.

Quem foi

Rafael Sanzio foi um importante artista plástico italiano da época do


Renascimento Cultural. Nasceu na cidade de Urbino em 6 de abril de
1483 e morreu na cidade de Roma no dia 6 de abril de 1520. Destacou-
se principalmente nas áreas da pintura e arquitetura. Sua arte foi
reconhecida graças a suavidade e perfeição de suas obras.

Biografia

- Aos seis anos de idade, o pai de Rafael o levou para ser aprendiz no
estúdio de Pietro Perugino (importante pintor italiano).

- Em 1501 termina sua primeira obra, um altar para a Igreja de San


Nicola da Tolentino.

- Em 1504, Rafael pinta sua principal obra de sua primeira fase artística:
O Casamento da Virgem.
- Foi morar na cidade de Siena no ano de 1504. Logo após, foi morar na
cidade de Florença, onde passou quatro anos.

- Em Florença, recebeu grande influência artística de Fra Bartolomeu e


Leonardo da Vinci.

- Em 1508, o papa Júlio II contratou os serviços artísticos de Rafael para


que fizesse a decoração dos apartamentos do papa no Vaticano.

- Em 1515, tornou-se arquiteto oficial do Vaticano. Assumiu a


responsabilidade pela continuação das obras na Basílica de São Pedro.
Neste mesmo ano foi designado para supervisionar as pesquisas
arqueológicas que ocorriam na cidade de Roma.

- Entre 1513 e 1517, trabalhou para o papa Leão X. Nesta época


produziu muitos retratos, desenhos de tapeçaria, cenografias e
decorações sacras.

- Rafael morreu com 37 anos de idade, no ano de 1520. Relatos da época


indicam que o pintor estava com uma grave febre.

Principais obras de Rafael:

- Bandeira de procissão com a Santíssima Trindade


- Ressureição de Cristo
- Deus Pai
- Abençoada Virgem Maria
- Anjo
- A Virgem com o Menino
- São Sebastião
- Retrato de um Homem
- A Coroação da Virgem
- A Anunciação
- Adoração dos Magos
- A Apresentação no Templo
- Madona Connestabile
- Madona com o Menino
- O Casamento da Virgem
- São Jorge e o Dragão
- As Três Graças
- Visão de um Cavaleiro
- Madona e o Menino no Trono com Santos
- São Miguel
Introdução

Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu na cidade de


Capresse, Itália, no dia 6 de março de 1475. Porém, o artista passou
parte de sua infância e adolescência na cidade de Florença.

Biografia e obras

Como grande parte dos pintores e escultores da época, Michelangelo


começou a carreira artística sendo aprendiz de um grande mestre das
artes. Seu mestre, que lhe ensinou as técnicas artísticas, foi Domenico
Girlandaio. Após observar o talento do jovem aprendiz, Girlandaio
encaminhou-o para a cidade de Florença, para aprender com Lorenzo de
Médici. Na Escola de Lorenzo de Medici, Michelangelo permaneceu por
2 anos (1490 a 1492). Em Florença, recebeu influências artísticas de
vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um
grande centro de produção cultural.

Foi morar em 1492 na cidade italiana de Bolonha, logo após a morte de


Lorenzo. Ficou nesta cidade por 4 anos, já que em 1496 recebeu um
convite do cardeal San Giorgio para morar em Roma. San Giorgio tinha
ficado admirado com a escultura em mármore Cupido, que havia
comprado do artista. Nesta época, criou duas importantes obras, com
grande influência da cultura greco-romana: Pietá e Baco. Ao retornar
para a cidade de Florença, em 1501, cria duas outras obras importantes:
Davi (veja imagem acima) e a pintura a Sagrada Família.

No ano de 1503, o artista recebeu um novo convite vindo de Roma, de


Júlio II. Foi convocado para fazer o túmulo papal, obra que nunca
terminou, pois constantemente era interrompido por outros chamados e
tarefas. Entre os anos de 1508 e 1512 pintou o teto da Capela Sistina no
Vaticano, sendo por isso comissionado por Leão X (veja abaixo a
definição de mecenas). Neste período também trabalhou na reconstrução
do interior da Igreja de São Lourenço em Florença.

Entre os anos de 1534 e 1541, trabalhou na pintura O Último


Julgamento, na janela do altar da capela Sistina. Em 1547 foi indicado
como o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro no Vaticano.
Morreu em 18 de fevereiro de 1564, aos 89 anos de idade na cidade de
Roma. Até os dias de hoje é considerados um dos mais talentosos
artistas plásticos de todos os tempos, junto com outros de sua época
como, por exemplo, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Donatello e
Giotto di Bondone.

* Mecenas = pessoas ricas e poderosas da época que investiam nas artes


como forma de conseguir reconhecimento e status perante a sociedade.
Geralmente eram príncipes, burgueses, bispos, condes e duques. Foram
importantes para o desenvolvimento das artes plásticas e da literatura na
época do Renascimento Cultural, pois injetaram capital nesta área. A
burguesia, classe social em ascensão e que lucrava muito com seu
trabalho voltado para o comércio, viu no mecenato uma forma de
alcançar o status da nobreza.

Relação das principais obras de Michelangelo:

- Afrescos do teto da Capela Sistina

- A criação de Adão

- Julgamento Final

- Martírio de São Pedro

- Conversão de São Paulo

- Cúpula da Basílica de São Pedro

- Esculturas: Davi, Leda, Moisés e Pietá

- Retratos da família Médici

- Livro de poesias : Coletânea de Rimas

- A Madona dos degraus (relevo)


Michelangelo: David, 1501 - 1504. Galleria dell'Accademia, Florença.

Michelangelo: Moisés, 1513–1515. Igreja de São Pedro Acorrentado, Roma.


Michelangelo: visão parcial do teto da Capela Sistina

rafael

Retrato de Maddalena Doni, c. 1506 (Galleria Palatina, Florença)


Ressurreição de Cristo, c. 1499/1502 (Museu de Arte de São Paulo, São Paulo).

Francesco Maria della Rovere, 1514 (Museu Czartoryski, Cracovia)

Donatelo
Estátua de Donatello presente na Galleria degli Uffizi, em Florença

Estátua equestre do Gattamelata, em Pádua


Cópia do Davi de Donatello

Da Vinci

Leonardo pintou A Última Ceia, um incrível trabalho, o mais sereno e distante do


mundo temporal, durante anos caracterizados por conflitos armados, intrigas,
preocupações e emergências. A declarou como concluída, embora eternamente
insatisfeito, continuou trabalhando nela. Foi exposta a vista de todos e contemplada por
muitos. Desde então ele foi considerado sem discussão como um dos primeiros mestres
da Itália, se não o primeiro. Os artistas vinham de muito longe, no refeitório do
convento de Santa Maria delle Grazie, para analisar cuidadosamente a pintura,
copiando-a e discutindo-a. O rei da França, ao chegar em Milão, acariciou a ideia
impossível de remover o afresco da parede para levar para o seu país. Durante a sua
realização inúmeras lendas foram tecidas em torno do mestre e seu trabalho. Os relatos
de Bandello e Giraldi, dedicados a temas radicalmente diferentes, inclui também a
gênese de A Última Ceia.[27][82][83][84]

Mona Lisa (1503-1507—Louvre) é o retrato que mais tem gerado em termos de


literatura -tem dado origem a contos, romances, poemas e até mesmo óperas- e paródia
-desde seu tempo, como a Monna Vanna de Salai- em toda a história da arte. Foi uma
obra famosa desde o momento da sua criação; e inspirou muitos, como o jovem Rafael,
que se embebedou nela. Seu sorriso sutil, é visto em sua crueldade e tem sido
considerado o implacável sorriso de mulher que escraviza os homens. Outros foram
deslumbrados pelo seu encanto, pela sua doçura. Para o crítico Walter Pater, simboliza
o "espírito moderno com todos os seus traços patogênicos",[83] considerando como a
"beleza extraída desde o interior, trabalhando a carne célula por célula".[50] Feito
aflorar pelo mestre no modelo com o toque do alaúde,[87] como citado por Vasari:
"Mona Lisa era muito bela e Leonardo, ao mesmo tempo que a pintava, procurava que
tivesse alguém cantando, tocando algum instrumento ou brincando. Desta forma, o
modelo foi mantido em um bom humor e não adotava um aspecto triste, cansado [...]".
[22]
A Virgem dos Rochedos (Versão Cheramy) (1494-1497),[73] é uma pintura que
juntamente a uma representação de Maria Madalena é atribuída a Giampietrino, pupilo
de Da Vinci, da qual acredita-se atualmente que Leonardo possivelmente tenha
participado, embora essa afirmação não seja unânime.[74] Realizada após a versão do
Louvre e anterior a versão de Londres.[73] Foi exibida na mostra Leonardo, Genio e
Visione in terra Marchigiana no Museu Mole Vanvitelliana, em Ancona por Carlo
Pedretti e Giovanni Morello (2005-2006).[75

Você também pode gostar