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J levei ovada por minha orientao sexual. Sou gay, conta George Linden,
aluno do terceiro ano do ensino mdio do Catarinense, colgio particular jesuta
em Florianpolis. Ele defende que haja educao sexual e sobre gnero em sala
de aula. Cr que as pessoas se sentiriam mais acolhidas e inclusas na sociedade,
independente de suas caractersticas. George Linden acha que o ponto crucial
o ensino fundamental. Para ele, quando os jovens desenvolvem suas
identidades e deveriam, com a ajuda da escola, aprender tica, tolerncia e
respeito com os outros.
Os adolescentes homossexuais relatam preconceito principalmente dos colegas,
e quando parte dos professores em forma de piada. Leonardo Magalhes,
estudante da terceira fase do IFSC - Instituto Federal de Santa Catarina, constata
que a nica vez que se sentiu desrespeitado em aula foi quando uma professora
lhe disse que engrossasse a voz. Leonardo atuou numa pea de teatro, em que
interpretou uma travesti e quando foi fazer uma visita ao IFSC, caracterizado da
personagem, ouvia viado, traveco, entre outros nomes pelos corredores.
A coordenadora pedaggica do campus de Florianpolis, Camila Farias Fraga,
afirma que no h nenhuma iniciativa da coordenao sobre preconceito
relacionado sexualidade, ou gnero. Ela explica que depende do caso chegar
at o departamento, para que possa ser pensado. O Ncleo de Estudos sobre
Sexualidade e Preveno de Drogas (NESPD) cuida dessas questes,
promovendo debates e palestras.
"Aqui onde senta aquele veadinho? Que nojo, cada vez que ele abre a boca
tenho vontade de socar, ouvia Henrique Flores, que namorado de Leonardo
Magalhes, durante o primeiro ano do ensino mdio no Autonomia, escola
particular em Florianpolis. Mesmo assim ele afirma que nunca teve grandes
problemas por ser gay e acredita que sua escola um lugar diferenciado, sem
preconceito por parte da diretoria. Hoje ele est no terceiro ano e para se
prevenir desse tipo de situao mantm distncia de alguns colegas, tanto
verbal como visual.