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PERICULOSIDADE

Periculosidade são atividades ou operações que por natureza ou método


de trabalho exige contato permanente com eletricidade ou substâncias
inflamáveis, explosivos ou radioativas em condição de risco acentuado.
O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao
trabalhador um adicional de 30% sobre o salário. Neste cálculo, não são
considerados gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
No caso de horas extras, o adicional será calculado sobre a hora base e não
sobre o valor de hora extra.
Quem define se uma determinada condição de trabalho é ou não
periculosa são os engenheiros ou médicos do trabalho, registrados no
Ministério do Trabalho.
O profissional que trabalha em local considerado insalubre e perigoso
deve optar apenas por um dos adicionais.
Neste caso vale lembrar que enquanto o adicional de insalubridade é
calculado sobre o mínimo, o de periculosidade é calculado sobre o salário do
trabalhador, sendo dessa forma a opção mais vantajosa.

INSALUBRIDADE

A “insalubridade” no contrato de trabalho tem a ver com o desempenho


de alguma atividade pelo empregado, em local ou em contato com agentes
e/ou substâncias que pode causar doenças ao trabalhador por conta de sua
atividade laboral. Insalubridade quer dizer “doentio” aquilo que não é saudável.
A insalubridade é definida por Lei, que considera o tempo de exposição
a essa nocividade, os limites de tolerância, o uso de equipamento de proteção,
etc…
O trabalho nessas condições, acima dos limites toleráveis pela Lei, gera
o direito ao recebimento de um plus salarial, um adicional em dinheiro,
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10%
(dez por cento), a depender do “grau de exposição” a insalubridade.
Os graus são máximo, médio e mínimo, conforme reza a CLT no art.
192.
Em decisão recente o STF entendeu que não se pode utilizar o salário
mínimo para calcular esses adicionais, o que deve ser feito e considerar o
salário piso da categoria profissional do empregado ou o salário que ele
recebe, base, no contrato, esse o entendimento do TST.
Por fim, para que alguma atividade seja considerada insalubre, não
basta apenas o laudo pericial do médico do trabalho [ ou engenheiro ] mas
também que esta atividade esteja prevista na relação oficial do Ministério do
Trabalho, e na Norma Regulamentadora n. 15.

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SALÁRIO FAMÍLIA

O que é
Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e
aos trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 752,12, para auxiliar
no sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.
(Observação: São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes
desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a
dependência econômica de ambos ser comprovada).
Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo
mínimo de contribuição.

Valor do benefício
De acordo com a Portaria Interministerial nº 48, de 12 de fevereiro de
2009, o valor do salário-família será de R$ 25,66, por filho de até 14 anos
incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 500,40. Para o trabalhador
que receber de R$ 500,41 até R$ 752,12, o valor do salário-família por filho de
até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ R$ 18,08.

Quem tem direito ao benefício

• O empregado e o trabalhador avulso que estejam em atividade;


• O empregado e o trabalhador avulso aposentados por invalidez, por
idade ou em gozo de auxílio doença;
• O trabalhador rural (empregado rural ou trabalhador avulso) que
tenha se aposentado por idade aos 60 anos, se homem, ou 55
anos, se mulher;
• Os demais aposentados, desde que empregados ou trabalhadores
avulsos, quando completarem 65 anos (homem) ou 60 anos
(mulher).

Os desempregados não têm direito ao benefício.


Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos,
ambos têm direito ao salário-família.
Atenção:
O benefício será encerrado quando o(a) filho(a) completar 14 anos, em
caso de falecimento do filho, por ocasião de desemprego do segurado e, no
caso do filho inválido, quando da cessação da incapacidade.

Legislação específica:

• Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 e alterações posteriores;


• Decreto nº 3.048, de 6 de maio 1999 e alterações posteriores;
• Instrução Normativa INSS/PRES nº 20, de 10 de outubro de 2007 e
alterações posteriores.
• Portaria Interministerial nº 48, de 12 de fevereiro de 2009

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Tabela Salário-Família

Tabela vigente para fatos geradores a partir de Fevereiro/2009


Salário-de-contribuição Alíquota para fins de
(R$) recolhimento ao INSS (%)
Até 500,40 25,66
De 500,41 Até 752,12 18,08
De 752,12 Até 0,00 0,00

Tabela vigente para fatos geradores de Março/2008 Até Janeiro/2009


Salário-de-contribuição Alíquota para fins de
(R$) recolhimento ao INSS (%)
Até 472,43 24,23
De 472,44 Até 710,08 17,07
De 710,08 Até 0,00 0,00

Tabela vigente para fatos geradores de Abril/2007 Até Fevereiro/2008


Salário-de-contribuição Alíquota para fins de
(R$) recolhimento ao INSS (%)
Até 449,93 23,08
De 449,94 Até 676,27 16,26
De 676,27 Até 0,00 0,00

INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma autarquia do


Governo Federal do Brasil que recebe as contribuições para a manutenção do
Regime Geral da Previdência Social, sendo responsável pelo pagamento da
aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros
benefícios previstos em lei. O INSS trabalha junto com a Dataprev, empresa de
tecnologia que faz o processamento de todos os dados da Previdência. Está
subordinado ao Ministério da Previdência Social.
Além do regime geral, os estados e municípios podem instituir os seus
regimes próprios, financiados por contribuições específicas.

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Cobrança das contribuições
Parte das contribuições são efetivadas por desconto na folha de
pagamento, antes de o funcionário da empresa receber o valor total de seu
salário. Mas existe um limite máximo para o desconto do INSS. Quando o
empregado tiver como salário um valor superior ao limite máximo de
contribuição, só é admissível descontar do salário um valor estabelecido,
chamado de teto. Mesmo ganhando mais, não poderá contribuir com mais
dinheiro.
Todos os meses, o funcionário terá descontado na sua folha de
pagamento o valor referente ao INSS. As porcentagens de desconto irão variar
dependendo do salário de cada um. As leis previdenciárias mudam com uma
certa frequência, por isso a tabela de descontos do INSS sobre o salário no
atual momento é:

Tabela vigente para fatos geradores a partir de Fevereiro/2009


Salário-de-contribuição Alíquota para fins de
(R$) recolhimento ao INSS (%)
Até 965,67 8,00
De 965,68 Até 1.609,45 9,00
De 1.609,46 Até 3.218,90 11,00

Tabela vigente para fatos geradores de Março/2008 Até Janeiro/2009


Salário-de-contribuição Alíquota para fins de
(R$) recolhimento ao INSS (%)
Até 911,70 8,00
De 911,71 Até 1.519,50 9,00
De 1.519,51 Até 3.038,99 11,00

Tabela vigente para fatos geradores de Janeiro/2008 Até Fevereiro/2008


Salário-de-contribuição Alíquota para fins de
(R$) recolhimento ao INSS (%)
Até 868,29 8,00
De 868,30 Até 1.447,14 9,00
De 1.447,15 Até 2.894,28 11,00

• Limite máximo de desconto: R$ 354,07.


• Valor deduzido junto com os dependentes, para calculo de I.R.P.F.
• Além do valor deduzido na fonte, conforme a tabela acima, a empresa
tem que recolher a título de INSS 20% do valor da folha, independente

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de terem salários acima do teto máximo definido. Ou seja, existe o
desconto do patrão e o do empregado.

Tipos de contribuinte

• Empregado: quem trabalha para empresa.


• Empregado doméstico: quem trabalha em uma residência (ex:jardineiro).
• Trabalhador avulso: quase sempre é um portuário.
• Contribuinte individual: são os autônomos e todos os que recebem
remuneração que não é salário.
• Segurado especial: pequenos agricultores e pescadores.

Pagamento de benefícios

A Previdência Social, por intermédio do INSS, oferece onze modalidades


de benefícios previdenciários, um benefício assistencial e dois serviços
previdenciários. Os benefícios diferem dos serviços porque são monetários e
os assistenciais diferem dos previdenciários porque independem de
contribuição. São eles:

Benefícios previdenciários

• Aposentadoria por idade: têm direito ao benefício os trabalhadores


urbanos do sexo masculino aos 65 anos e do sexo feminino aos 60 anos
de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir aposentadoria por idade
com cinco anos a menos: aos 60 anos, homens, e, aos 55 anos,
mulheres. Para solicitar o benefício, os trabalhadores urbanos inscritos a
partir de 25 de julho de 1991 precisam comprovar 180 contribuições
mensais. Os rurais têm de provar, com documentos, 180 meses de
trabalho no campo (MPAS).

• Aposentadoria por invalidez: benefício concedido aos trabalhadores que,


por doença ou acidente, forem considerados pela perícia médica da
Previdência Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro
tipo de serviço que lhes garanta o sustento (MPAS).

• Aposentadoria por tempo de contribuição.

• Aposentadoria especial: benefício concedido ao segurado que tenha


trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física
(MPAS). Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá
comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes
físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo
período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos).

• Auxílio-doença: benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar


por doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso dos
trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos
pelo empregador e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de
afastamento do trabalho. No caso do contribuinte individual (empresário,

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profissionais liberais, trabalhadores por conta própria, entre outros), a
Previdência paga todo o período da doença ou do acidente (desde que o
trabalhador tenha requerido o benefício).Para concessão de auxílio-
doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame
realizado pela perícia médica da Previdência Social (MPAS).

• Auxílio-acidente: benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e


fica com seqüelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É
concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm direito ao
auxílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o
segurador especial. O empregado doméstico, o contribuinte individual e
o facultativo não recebem o benefício (MPAS).

• Auxílio-reclusão: os dependentes do segurado que for preso por


qualquer motivo têm direito a receber o auxílio-reclusão durante todo o
período da reclusão. O benefício será pago se o trabalhador não estiver
recebendo salário da empresa, auxílio-doença, aposentadoria ou abono
de permanência em serviço (MPAS).

• Pensão por morte: benefício pago à família do trabalhador quando ele


morre. Para concessão de pensão por morte não há tempo mínimo de
contribuição, mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o
trabalhador detinha a qualidade de segurado (MPAS).

• Salário-maternidade: as trabalhadoras que contribuem para a


Previdência Social têm direito ao salário-maternidade nos 120 dias em
que ficam afastadas do emprego por causa do parto. O benefício foi
estendido também para as mães adotivas (MPAS).

• Salário-família: para complementar a renda familiar concedida a


menores de 14 anos que frequentam a escola: Benefício pago aos
trabalhadores com salário mensal de até R$ R$ 710,08 para auxiliar no
sustento dos filhos de até 14 anos incompletos ou inválidos (MPAS).

IMPOSTO DE RENDA

No Brasil, o imposto de renda é cobrado (ou pago) mensalmente


(existem alguns casos que a mensalidade é opcional pelo contribuinte) e no
ano seguinte o contribuinte prepara uma declaração de ajuste anual de quanto
deve do imposto (ou tem restituição de valores pagos a mais), sendo que esses
valores deverão ser homologados pelas autoridades tributárias. Os
contribuintes se dividem em:

1. Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF)


2. Imposto sobre Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ)

Para o ano de 2005, o limite de isenção para pessoas físicas foi de


ganhos até R$ 13.965,00 neste ano, ou seja, R$ 1.163,00 mensais. Para o ano

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de 2006, o limite de isenção para pessoas físicas foi de ganhos até R$
14.992,32. Entre os valores de R$ 14.992,33 e 29.958,88, a alíquota aplicável é
de 15%, e do resultado desconta-se a parcela de R$ 2.248,87. Valores acima
aplica-se à alíquota de 27,5%, descontando-se do resultado a quantia de R$
5.993,73, encontrando-se o valor devido do Imposto de Renda.
A declaração de ajuste anual é obrigatoriamente feita através de um
software próprio que pode ser obtido no sítio da Receita Federal. A transmissão
das informações é obrigatoriamente feita pela internet. Dentro da política
federal de gradual migração para plataformas de software livre, o programa
gerador da declaração de ajuste para pessoa física está disponível também na
plataforma Java, permitindo seu uso em outros sistemas operacionais como
Linux e MacOS.

Entre 2007 e 2010, a tabela do IRPF brasileiro é a seguinte:

Ano Base de Cálculo Alíquota Parcela a deduzir do IR


Até R$ 1.313,69 (isento) (isento)
2007 De R$ 1.313,70 até R$ 2.625,12 15% R$ 197,05
Acima de R$ 2.625,12 27,5% R$ 525,19
Até R$ 1.372,81 (isento) (isento)
2008 De R$ 1.372,82 até R$ 2.743,25 15% R$ 205,92
Acima de R$ 2.743,25 27,5% R$ 548,82
Até R$ 1.434,59 (isento) (isento)
De R$ 1.434,60 até R$ 2.150,00 7,5% R$ 107,59
2009 De R$ 2.150,01 até R$ 2.866,70 15% R$ 268,84
De R$ 2.866,71 até 3.582,00 22,5% R$ 483,84
Acima de R$ 3.582,00 27,5% R$ 662,94
Até R$ 1.499,15 (isento) (isento)
De R$ 1.499,16 até R$ 2.246,75 7,5% R$ 112,43
2010 De R$ 2.246,76 até R$ 2.995,70 15% R$ 280,94
De R$ 2.995,71 até R$ 3.743,19 22,5% R$ 505,62
Acima de R$ 3.743,20 27,5% R$ 692,78

Declaração Anual de Ajuste

Anualmente os brasileiros precisam declarar à Receita Federal o IRPF -


Imposto de Renda da Pessoa Física. Em 2008, o período de entrega foi entre 3
de março e 30 de abril. A entrega pôde ser feita gratuitamente, pela internet e
pelas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, a um custo
de R$ 3,50, em formulário nas agências dos Correios. Fazendo com calma e
estudando a declaração você pode conseguir economias importantes. Você só
tem a ganhar. Além da economia, você fará a declaração com mais segurança.
Com uma declaração bem feita você fica livre da malha fina e recebe a sua
restituição mais rapidamente.
Deduções Importantes no Imposto de Renda 2009 · Doações - Estatuto
da criança e do adolescente até R$ 41,73 · Despesas com instrução própria do

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contribuinte no Brasil ou no exterior. Despesas com instrução de dependentes
no Brasil ou exterior. Despesas com instrução de alimentandos no Brasil ou
exterior. Médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas
ocupacionais no Brasil ou no exterior. Hospitais, clínicas e laboratórios no
Brasil ou no exterior. Planos de saúde apenas no Brasil. Nota Fiscal com
CNPJ da empresa / Recibo com CNPJ ou CPF Declaração de Imposto de
Renda 2009 Pessoa Física – Até 30 de abril IRPF

Estão Obrigados a Apresentar a Declaração Anual de Ajuste

• Contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis superiores a


R$16.473,72 (2009, ano-base 2008).
• Contribuinte que recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis – como
indenização trabalhista ou FGTS - ou tributados exclusivamente na
fonte, cuja soma foi superior a R$40 mil.
• Quem tinha posse ou propriedade em 31 de dezembro com valor
superior a R$80 mil
• Contribuinte que adquiriu receita bruta com atividade rural acima de
R$82.368,60 (2009, ano-base 2008).
• Contribuinte que fez operações em Bolsa
• Quem participou do quadro societário de uma empresa
• Contribuinte que alienou bens em que foi apurado ganho de capital com
incidência do imposto

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

O contrato de experiência é uma modalidade do contrato por prazo


determinado, cuja finalidade é a de verificar se o empregado tem aptidão para
exercer a função para a qual foi contratado.
Da mesma forma, o empregado, na vigência do referido contrato,
verificará se, se adapta à estrutura hierárquica dos empregadores, bem como
às condições de trabalho a que está subordinado.

Duração
Conforme determina o artigo 445, parágrafo único da CLT, o contrato de
experiência não poderá exceder 90 dias.

Prorrogação
O artigo 451 da CLT determina que o contrato de experiência só poderá
sofrer uma única prorrogação, sob pena de ser considerado contrato por prazo
indeterminado.

SUCESSÃO DE NOVO CONTRATO

Obrigatoriedade da Anotação Na Carteira de Trabalho


O contrato de experiência deve ser anotado na parte do "Contrato de
Trabalho", bem como nas folhas de "Anotações Gerais".

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Auxílio-Doença
O empregado, durante o período que fica afastado percebendo auxílio-
doença previdenciário, tem seu contrato suspenso.

Acidente do Trabalho
No afastamento por acidente do trabalho, ocorre a interrupção do
contrato de trabalho, considerando-se todo o período de efetivo serviço. O
contrato não sofrerá solução de descontinuidade, vigorando plenamente em
relação ao tempo de serviço.

Estabilidade Provisória
A legislação previdenciária determina que o empregado que sofrer
acidente do trabalho terá assegurada a manutenção de seu contrato de
trabalho, pelo prazo mínimo de 12 meses a contar da cessão do auxílio-doença
acidentário, independentemente da concessão de auxílio-acidente.

Rescisão Antecipada do Contrato


Qualquer das partes pode rescindir antes do prazo o contrato de
experiência.
Contudo, só haverá aviso prévio se houver no contrato cláusula recíproca de
rescisão antecipada (artigo 481 da CLT):
• RESCISÃO MOTIVADA PELO EMPREGADOR SEM JUSTA CAUSA
• RESCISÃO MOTIVADA PELO EMPREGADO
• INDENIZAÇÃO ADICIONAL

Extinção do Contrato
A indenização adicional prevista no artigo 9º das Leis nºs 6.708/79 e
7.238/84, ou seja, quando houver rescisão do contrato de trabalho no período
de 30 dias que antecede a data-base da categoria do empregado, não será
devida quando houver a extinção do contrato de experiência, uma vez que ela
só é devida quando ocorre rescisão sem justa causa.

Penalidades
A infração às proibições do Título IV da CLT, artigos 442 a 510 da CLT,
acarreta multa de 378,2847 Ufirs, dobrada na reincidência.

CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO

É aquele que identifica a manifestação de vontade das partes de não se


ligarem indefinidamente. Com final determinado, é efetivamente contrato com
prazo fixo. Quando o final é incerto, pode ser expresso das seguintes maneiras:
a) dia incerto e evento certo. A duração do contrato de trabalho pode ser fixada
ou por unidade de tempo ou pela natureza a ser executada pelo empregado.
No caso de dia e evento certo, o empregado sabe o dia preciso quando o
contrato terminará e, no outro caso, dia incerto e evento certo, o trabalhador

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sabe que o contrato terminará juntamente com o evento, mas não sabe o dia
preciso em que este terminará.
A CLT considera como prazo determinado o contrato cuja vigência
dependa: a) do termo prefixado; b) da execução de serviços especificados; c)
da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. O
interesse prático dessa distinção apresenta-se no caso da sucessão de
contrato, com intervalos inferiores a seis meses, para efeito da conversão em
prazo indeterminado. Nos casos da execução de serviços especificados e da
realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada, não se
verifica a referida conversão.
Deve ficar preservada a regra de que a duração do contrato não poderá
ser superior a dois anos. Nos casos em que houver dúvida quanto ao prazo
estipulado, deve ser considerado como contrato por tempo indeterminado. O
contrato por obra certa, ou prazo determinado, quando prorrogado por mais de
quatro anos, transforma-se por tempo indeterminado.

CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO

A mais importante classificação do contrato de trabalho é aquela que se


alicerça na sua duração. A caracterização do contrato individual por tempo
indeterminado é que este pode ser feito de dois elementos, um subjetivo e
outro objetivo. O primeiro consiste na ausência de uma declaração de vontade
das partes no sentido de limitar, de qualquer maneira, a duração do contrato.
Quando o celebram, não pensam no seu fim. O segundo traduz-se na
necessidade de uma declaração de vontade de qualquer dos contraentes para
que o contrato termine. Sem essa manifestação de vontade, o vínculo
contratual não se dissolve. Dessa forma, toda vez que os sujeitos da relação
contratual de trabalho não manifestam a intenção de limitar a sua duração e,
para extingui-la, precisam manifestar sua intenção de forma expressa, o
contrato é por tempo indeterminado.
Considera-se por prazo indeterminado todo o contrato que suceder,
dentro de seis meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a
expiração deste dependeu da execução dos serviços especializados ou da
realização de certos acontecimentos (artigo 452 da CLT).

ADICIONAL NOTURNO

Os trabalhadores brasileiros cuja jornada se dá após as 22h, ou quando


a prorrogação da jornada de trabalho se estende após este horário, têm direito
a um acréscimo na remuneração denominado de adicional noturno.
Este direito está previsto no Artigo 7º do Capítulo II da Constituição
Federal de 1988, "Dos Direitos Sociais", o qual diz o seguinte: "São direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (inciso IX ) - remuneração do trabalho noturno superior à do
diurno".
Também está previsto no Artigo 73 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), "Do Trabalho Noturno", o qual determina que " o trabalho

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noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a
hora diurna".
A CLT estipula ainda que a hora do trabalho noturno deva ser
computada como sendo de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta)
segundos, uma redução de 7 minutos e 30 segundos ou ainda 12,5% sobre o
valor da hora diurna, que é de 60 minutos.
Para ser considerado período noturno, o trabalho deve ser executado
entre as 22h (vinte e duas horas) de um dia e as 5h (cinco horas) do dia
seguinte, no caso das atividades urbanas, ou seja, realizadas nas cidades.
Nas atividades rurais, é considerado trabalho noturno o que é executado
na lavoura entre 21h (vinte e uma horas) de um dia até às 5h (cinco horas) do
dia seguinte, e, na pecuária, entre 20h (vinte horas) às 4h (quatro horas) do dia
seguinte. Nestes casos, a hora noturna é de 60 (sessenta) minutos, não
havendo redução como nas atividades urbanas.
A CLT diz ainda que, nos casos em que ocorrem horários mistos, ou
seja, quando a jornada do trabalhador começa no período diurno, mas entra no
noturno, o adicional deve ser aplicado às horas trabalhadas à noite, conforme o
disposto na Lei.
Tanto o adicional noturno, como as horas extras noturnas, pagos com
habitualidade, integram o salário para todos os efeitos legais, ou seja, esta
percentagem também será incorporada nos demais recebimentos como férias,
13º salário, FGTS, aviso prévio indenizado, repouso remunerado, INSS etc.
Para o trabalhador, serão descontados, sobre os adicionais pagos, o INSS e o
Imposto de Renda na Fonte.
A legislação diz que o pagamento do adicional noturno deve ser
discriminado formalmente na folha de pagamento e no recibo de pagamento de
salários, servindo, assim, de comprovação de pagamento do direito. A falta de
formalização pode obrigar o empregador a realizar um novo pagamento.
Vale lembrar que o trabalho noturno é proibido para menores de 18
(dezoito) anos, conforme o Artigo 404 da CLT, e que o adicional noturno não é
devido aos empregados domésticos.

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