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4, Lerrura DA ARTE iP arte-se, aqui, da idéia de que a letur : presenca da obra de arte, 1 coextensiva a propria Em segundo lugar, tal leituratraz consigo, necessariamente, ung oesso de interpretagdo.E mais ands essa interpreta, pres Sente na apreciagdo da obra de arte, a-56 a arte, terminou por complicar- desde cerca dois steuos, a ponto des rd falar em his, ria da leitura, ou seja, o que antes se de more , ava como um ato por dizer naturale espontincopassoua configura lode ir: a Ieitura espontanea a : sora remet a idades de leitura que a: 'transmutam essencialmente ae a: ema. 0 perfil preciso deste problema concentra-s por i = 20S percaleos que passa a softer a comunicagéo do especi com a obra de arte. E todo 0 nosso tema deixa-se resumir nm ergunta: a partir de que bases estabel aarte? E, no que nos interessa iro dor ma lece-se a comunicagio com 48 Estudos Hist6rioos 1a maior, que é 0 condicionamento da arte, Mas tudo visto pela a da Ieitura, 4 evoiicdo pa Esrénca, Mormente se visualizada na pers- da leitura da obra de arte, trés so as ctapas por que atra~ vvessa a estética em seu desenvolvimento histérico. ioda a grande arte do passado, até 0 barroco, vale a assergio jue ela se desenvolve afastada da esfera especificamente hu- 1a. Et seus momentos mais significativos, 0s mais decisivos, que a sua misso superior aparece associada a propésitos ¢s- Imente pedagégicos, a arte ocupa-se em ilustrar as coisas, inas, ¢ € justamente tal procedimento que se deixa configurar lo conceito de imitago. Platdo foi o primeiro esteta que vincu- © conceito de imitago ao plano das Ideias divinas, € 0 intento ico da educagZo pela arte concentra-se na conversdo do esta- humano a condigGo divina, No fundo, este tipo de estética da mera constatagéio dos fatos: a manifestagdo divi- ia 0 escopo privilegiado da arte que representava os ses e os seus cometimentos, E no ha errar nenhum em dizer na dade Média, a catedral gética punha-se como o grande 0 arrancar o homem da sua cegueira terrena. A arte se fazia, ¢ para usar a expresséo de S. Tomas, em “esplendor da. dado” — entenda-se: verdade em sentido metafisico ou teols- 0, como recurso de presentificagdo, por exemplo, ¢ principal mente, do prdprio Cristo, Por ai, a arte introduzia o homem nos meandros do universal conereto, estabelecendo uma ponte entrea laridade do individuo e a pedagogia da universalizagao, fin- de toda educagio. il foi o tiltimo filésofo a dizer, em sua Hstérica, que o princi~ objetivo da arte, ou a finalidade da arte que ¢ propriamente 49

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