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A Consciéncia Critica da Realidade Nacional QAO ; " ex © favo mais auspicioso que indica a consti, no Bra, Co eerannaimeia Ochoa a i dle uma céneia nacional, €o aparecimento da comscucia erica eee . | A nom elidnde Nox dkimor no, aera ela ridods renonat crescente aconeecinentor de divest ondens que tsinaain & : erg em nom my de avon eta desig © TS, SAG Hl ‘compreensio dos fatos. A ampla repereusio que aida rene: ‘dors eocotram no pce arprte sleane dena man {ie mend Imporea aesinalar que tl conscitncia coletia de carder efioo 4 hoje, no Brasil, dado objecvo, to. Nao se tata de ane de ‘uns poucos, prescupados em modelar um cariter nacional snediante process, por aus dizer paetanos, ou sca, pla nae 1 nipulasio de rsiduos emocionsis popularer. O fendmeno cert suportes na masia. Um estado de esplrico generslzado nao surge aubitariamente. Reflee sempre condigds objeiva que varie de colecvidade para coletvidade. Mas em toda parte onde um (grupo social abnge aguela modalidade de cocina, aparece 0 Timperativo de ulerapasaro plano ds exaeincia bruta ede adotar ums conduc significa, fandads, de algum mado, ns petcep- sf0 dos limites © posibilidades de seu contento © sobeetudo vienada para fine que nfo scam oF da mera sobrevivéncia ‘vegetariva, No Bra estas condigéerobjeivas, que eto suse tando um esforgo cortelao de exiasso intlecrial, consitem Principalmente no conjunto de trnsformagies da infi-esrura ‘que levam o pal supeagio do carder rellro de sua economia, Desde que nle ze configuron um proceso de industialzagi em alco nivel capitalist, comverten-te 0 eapagn nacional nu denbito ‘em que s verifica um proceno mediante o qual 0 pova braileira se efocpa em apropriarse de sua cecunstinia, combinando racionalmente or fitores de que dipie, O imperative do de- senvolvimento susciou a conscincis erica, No ¢ eta uma cexplcagio suscetval de ar genealizida para codoe os grupos sochis onde o fendmeno tem acoride. Cada cao cer st ding io particular, Exe cereno, alts, ultspussa © dominio dx Sociologia tl como aqui stem eneendido adsciplna, xomente fam o conus da Rlwofa , mais pacicularentey da flosafia da cultura, pode ser explorado. A autoconscléncin coleiva © 4 ‘consitnca erica so producos histicos. Surgem quando sim ‘grupo social pe ences ar enisae que ocicandam um projeto de exjtencis* ‘A-crstanciabrutaé que saris dictamente com scons fou tranteorre no nivel desta, e, portato, sem subjeividade, Eis porque a emergtncia da autoconscénciscoletiva nima com dade tem sido denominads “clevagio", ce sido inexpretada como um desprenderse avo das cost, coma a aquingfo da Uherdade em face delat. Podeslamor denominar de hstoriasio a este pasar de um estado a outro. A divsto doe povar em hatunis ¢ histricos tem sido pretexo de grandes dscusies, ‘Awialmente predomina nos que se dedicam a extudorantropo ligicos csoctoligios uma tendénca a julgta inaceeie, Ente 1 filisofos, a questo vole hoje a er grande iaterexe, de wm lado, gras & ematizagio da “hissrico", empreendide por pensadores de orientaeio fenomenolgica ou adeptos de co: ‘losoia da existéncias de outro, por motivor mais 46 eeaaxreemmian coon ereencemm a Sareea soetee ae yaaa semen eg mr cocci pe Sperm mene sede ge seeeetereaieneeete Siemeeteen eens screen at crisp oe ona ee et ecient oem ns Sei cerieeantgetat heme atnet aed Sees nar senate mentee eeprom perc cceee meat Sein eiyeeme tea hceeiene oes tt cpm acorn ‘es tage secon ep aes fete oe eae Scare cones epee srocee pe eerie seen ets see aortas a uma nova postura existenclal aber 2 hicia aparega em tls tociedades. B exatamente es espécie de postura que define o viver projeiv, propriamentehistércoy e possibile o existir ‘come peta, Ente a modslidade natural de coeisténcia © 4 propriamente hiswéica hi uma dferenga no grou de persona- Tuapfo, A pesoa se define como ente portador de consctncia autbaoma, isto é nem determinads de modo asbitiio, nem pol pra contiginia de natura. A personalidad irtSrca de Jum povo se constul quando, gras a eamulos conctetos, & levado A pereepefo dos fares que e determina, o que equvale i aquisgio da oonscitncia rite, ‘A cooseitnca erica surge quando um ser humano ou um grupo social eeflete sobre tas deterpinantes eve condus diance eles coma ejeito, Distingue-e da consciéneiaingéna que € pro objece de deeeminagées exetioes, A emergtnca da cons- déncin cridea um set humano ou num grupe vodal ainala secessramente a elevagio de um ou de outro 3 compreensio de eur condiionamentos. Comparada 4 conscitaca ingtnus, 2 onsctncia cities € um modo radiclmentedistato de apreene dee ot fos, do qual role no apenas ama conde humana Aevpors © vigilante, mat tamblm uma adtude de dominio de si meama ¢ do exterior. Sem consciénca era, o ser humane fw o grupo socal € cots, € maciiabrita do scontece. A cont- léncis cries insure 2 apeidio autodeterminatva que diain~ frie 2 pesca da coisa. No mundo contemporaneo descortine-te 4 propagasio da consiénca eica em populagdes da Asia da Africa A maioria delae, mesmo as dotadas de formal indepen- Aéncia polities, nto ultspatiw a condigso colonial, pols sinda ioscrumenso de burgusias mewopolianas. Apesar dss, pas- taramn a asprae&bistra,e deste entado de exptito coleivo 60 Agrancesteiveradas ocorénciae. Uma dearar — das mais espe- tuculater — € 0 fito de terem delincado as Conferéncas de Bandoeng (1955), do Cairo (1957) ¢ de Acra e Tinger (1958), pontor de vista pépties e formulado © propésto de pautarem fous agGerregundo normas desivadas de projetos autonomos de txstincia, Em rus, exprimiram leptima pretensto de realizar am rs sus plenieade « catporia de penton coletiva, Peis, pare as coletividades,aspicar hier ¢aspirar persoaliagSo. Ape 40s, como ver minentemente projetivo,subentende a hisétn? Reagbes de povos explorados da Asia e da Afia conta ot seus cexploradores sempre se verficaram netescontinenter, devde que ‘os eutopeus os ceuparam. Mas eram reais que oderiam ser comparidis a um proceso ecogic, « ina competi a por espaco, alimentos © ques, embore tvesien, como side podiaan deixar de ter. ratando-s de populagies humaaas, am contcido tambéai cultural. Mar a reagio a0 colouialine que hoje se verifica no mundo afiossidticn €, quanto wo cadic, dliscinea dos anceriores. Ba reapo contes 6 colonilimo cots derado como sstma!, é a reagio mediante « gual estes povos faacm ums tevindiasio cajo conteddo ado & patil, mas ine finite, univers, E que pretenders se, eles também, sjeitos de um destino prépeio. Nas sociedades coloniaisapeteceram haje ‘quadros novos, empenhados num eforo de repens cultura universal na perspectiva da auwo-afemasso do seus rrpecivor ppoves. No € umn eamportamento romantica que levatia exes Doves ao enclausuramente, aa apegarem aos seus coscumes sob 2 alegagio realmente wicida, de presrvidos em sua putea; € antes uma atinude que néo exclii 0 didloge, pois contém conscitacia de que, para ser hitoricamente vil, « auo-ait 1magio dos povos deve conflie para © excuisio de tod a8 alos culueas ds humanidede. Tal 2 perpectiva em que ee achamn situados esses novos quadros Em apoio dessa observagses, basta lembrar te obras secentes. Numa delas, Nason ngreseeulure, Chek Anta Diop sdenuncs 6 que cham de “leifcacso da hits, devida, crn grande pare, a0 fto de que tem sido excita do ponto de vita europea. Seu liv, eentative de rever um aspecto da histria ‘universal as oigens da cvilzagio egipca) he do pont de vita a Aiica Noga, se intereve na razio de autodelesa do “pore iano", endente a “climinar © mal coidiane que noe causa ss terres armas culwris a servigo do ocupante’? Em un Discune wire colonials, Ainé Césite juga o que chaina + “an “hipocrsa” da cvlcago ocideneal na jasiiarso de wn tarefa colonizador, O autor ave come aventura prsars,divimlada em evangelizagio ¢ obra flantépica, e nito conse oso ig nif hipécria. No julgamento de Aimé Céire, porém, 2 colonizagio ¢ condenada, nfo em nome de am exchisivismo sativits, mae porque realmente io estabelece verdadciro contato ene 0s paves, proclimanda ¢ airor que a Eucopa devera ter sido un “encrasifhads", “lugar geomet de tadae 2 idéas, secepticulo de toda ap Aosofase de todot sente rmentos"# Sio menotgetsit of temas de Abdoulaye Ly, em Let Mazes aicines et © actuelle condition maine, vo em que pesquisa os terms de equacso do desenvolvimento nas rides sificans, procurando mostrar © que hd de vicioao nos exudar acuémicos e maritarcelacionades com a matiria, Também Ly € universlita e seredien noma “incatével marcha da he rmanidede para a identidade ‘elas, para a unidade mundial ‘acional, pars igualade"? Eases quadrs, de que so reprsentanes Diop, Césaze€ Ly, vivem um momento que poders ter contiderado “Fictiano" Sentem-se convocados 2 umm empreendimento de fundacio hi Cérica, © procuram conubuit, pelo esclaeckment, pars que a8 comunidades a que pereacem venham + constr pevsomlidae des culturisdferenciadst no nel da univerelidade, Por leo, alam em “nagfo", que & « mais eminente forma coatemporinea dle exiscnciahisriea, «cm “eondizso humana” pars 28 masse fto-esitica, ainda estigmatizadas por extema paupedeagio. Finalmente, o temo diseuro utiliza por Aimé Césie, que alm de police. poeta evoca aide fehtana, aude surg “piodicamence ns histri lems, embors ja veradeivo madclo ste postua intelecaal pata todo homem de pensamento se vive tums hora incerta de sua omunidade, Notas (0) © autor em focalade questo d consis ream cdo aeriores. Vide caer: “A probleme da ‘etldde bait’, Is Inoue aor problema do Bre 50 ® o © 51 Rio de Jaci: SEB, 1936: Inne tice > eile fra io de Jans: 1957; “Cansderagbs ibe 9 See Nacional". Joma! do Bra 20/157 « fnalnente "Nous sobre 0 Ser isérico Jornal de Brel. 2710157 70 mero ser viva se aricula com as cols, permanece ‘mer nla, Ere o ail weit Bi uma ag stclato. Ene o homer ¢ a sie ba cla de ade, Dagul a eferena quaitatva ene gue cnn io parte bomem «pas oss er viva. A eal ars Ho “dada” on "post" co mul plo ual hee esponde oda simples reaps". Vide Conon Frac vies Ponie 1 sea dels formas pote. Maid, 1853. p33. 0 ietree ara pelo fem da “naka” seria 0 texts hepelanor,notadamente a Lisle files de ‘sia iver es Lie slr a Bisirie deff, Ps tums ample dscusto sabre o fenimeno hitnce, vide Hrccen BY Ser yf tonpa Maio, T95I; Basser, Jotge Pe Fenemensng de ly Hisar, Barons 195 Purtss, Antonie Milan. One de le onshore Nae 1955 Di Hegel a hietia propiamente de um pave comest ‘qn ete povo sede constnca™ Ltcones sre Te sot dela sorta Usivenal. Buenoe Aes, (946, 151. Paso ilbnfo, sia «Hla ura cama osin Sopesposs 3 ature, Se 9 Ocente— pens Hegel —earece Ge hist, & porque a" indiiduldace nko & powos", c2té “dina mo objeto", op. cp 201. No feporss ‘ge, nea conti, encenietese"Erados, ae, ota Tciplene” — tudo io “oe abn no teen de raat op. sep 125. "A pesca € ser que tem ums hii", ir Momo Ana Lakbach. Vide De ie 3 porn Pass, 1985, ps 36. Sobre 0 eoloialismo, considerdo como siemay vide Shun, Jean-Patl Le Golam a puome "Le Terps Maden 0. 128, 936 “Dinoee de ane generals dos cnginadore, cn de prever uma ean atl de auodef po sco do pov afrcano, rag. tendeae, & clare, x eraice ra ct ‘Gang que por causes catar temfees armas cults 4 ® » servigo do acupant'. Vide Dior, Chale Ams Nation init e eure. Pais, 1954, p.& Um Ko precusor da tru cena rerio em gue ae inags C- A Dip, {Le Crp dee cain (C Ocen el Peale de ‘Coe de Arturo Labriola. O lio fi edad em Pati fem dat. Podese presumis que ten publicase cena ‘etd por vl de 1936, *admito que un bem coloc cling diferente em omiaro unas com as ours. que € exeente dspost trundorcrenten que uma clings, sae gual fr seu Bo (nimo, ae emibors quando se volt para dent des ‘Borns; quo ntcdaio mpreena geo engiin, que 2 yande oporunidade da Earops € de tt ado ume fersiliads «que 9 Fito deter ado 9 lagi gomérico Ee todas as ida, eevepelo Ge tos as floss, © onto de hepa de todo or eters fro meshor ‘edirbuidor de energie" Cain Am Diu ar le ‘elnalione Fas, 1995. p10 CE Ly, Abdoulye, Les Maier ftctnes et Parle ‘endiion humane Pai, 1986, p16 eo Fatores da Conscibncia Critica do Brasil © Brasil, em condigées muito especiss, participa dessa tianaformasso da pseologia coletiva das chamadas sociedades pallies E accent, todavia, entender 0 que torna aqui particular con transformagso. Sem pretender anal «Fundo of Fatores genéicor da conscitncls crftica no Brasll, devem set ‘mencionados alguns fstor que sutorizam afirmar que 9 povo bbsilcso vive ncates dias uma nova etapa do teu proceso his ‘érico-ocal. Ese nova etapa ¢ naturalmente enacterizada por ator Indios, Que for #0 aes? Seria imporatvel dencrevt lor fem todos os seus pormenores. Mas, como se trata de mudanga seracurl em que exer fator extio ariculados eatee si, bata consider alguns dos mais liens para que se demonstre a texstinels e © sencido da aludida tansformasio, Por iso, men- clonarse-fo apenas ts: a indunrilizagfo, e duar de suse cone seancis, a urbanizago e ar alterapSee do consumo popula. B porto de lado o problems das causa desesfendmenos, ou 2, lose cogitark de pesquiie que creunseincat ttm posibiliade © desenvolvimento do Bras, a difrenga do que scontece en ‘ura rein perifticar do mundo, Para compreender porgue no Brasil a conseigncia crtea ett em emergencn, € suieiemte ‘consideraraqueles es fits, tai como se apresentam, € mostrat oe seus efits eoiolégicon, ito Socialis da Indwtralizago Bin primeivo Inga, a industalivato, No se tém explorado, do ponto de vist socolégico, ar implicagses do. proceso de industaiaagio, Na envergedars em qu hoje eranséorre, cont bi para caracteizar, como nova, + atual etapa de nets evel istérico-ocil. # certo que as atvidader indusriais jd tem, relatiamene, tm longo pasta ao Brasil, Alguns facos 0 sere tam, Eleto supor que durant opefodo inicial de nossacvolugio condmics, © conumo de bene importider er privilégio de senhores, grandes proprieirios de teea de cesta parsla da populagio docada de poder de compra. A maior paste da pope Tapio relive muito raramenteoperages meteani ¢consuma dlirecamente a produgo que obsinha no Ambito dat fazendas ou dda unidades domésteas. Ai, além do cultvo do produto des nado \ exporeszo,agicat, calf, algodSo, relzayamrse muitas ‘owas atvidades, a fim de garantie & populagio rural o consi’ dlos bens de que necesita. Em tis condigSes,eram muito débeis, no pals os impulios endégenos de deseavalvimento. De inicio, exes impulos vieram de fora, por intermédio do setor exportador. Nio podia deasr de ter tide assim, pois que 0 desenvolvimento 56 ocore onde hf pagitaento a fore em seecial ae fitor méo-de-obra. A exparigio cou, portanto, inicialmente, no Bras, fonecer oe meios de pogemento. Pade. se registrar ¢ prdica de pagamentor no Brasil jt em peviodo anterior sua emancipaco politica. No petiodo do ouro i eistia ‘qui uma produgio metcanti, um movimeata insane de tran sages econémicas de que we beneficiavasignificativa parca da samada popula. Inicida a iacorporagio dx popula ne ct- uit propsiamente econbmico, comers um proceio gue endo se firma e se torna ieteversivel se proceso segue uma links 34 contisuaments meandente, ex detfivoriveie ou favorivain fs nowos termes de intercémbio com ¢ exterior. O vulo dh producio mercanil a derpeito de babe dos nosoe termoe de fnercimbio, depois de patado rurto do our, contin a crer car ese incremenart mais ainda a paride 1850, quando voltam para aplicagso no interior do pasos pitas empragades sé ent no tific, re iniciam novasrelagSesfavoriyes de co- nde exec, CConvérn asinalar que; se for incuida na produsio pars 0 consomo interno a parcala natural, 2 no see ate daca ics da sécula XVI, jamie + imporagio foi sufciente para stender A demands de bens de nossa popula. Para una cxats compre nso do procerc econbmico braleio, & neces sublinhar © fico de que + imporasio sempre foi im suplemento da prodcSo| inerna, Mais sgaifiativo ainda € observar que, 2a dé de 1840, a8 correntes internae de comércic j6 permiiam que ce io brasileiro uma produgto meveantl para © consume interne consderavelmente superior & import, No ano de 1846, enquanto a exporeacio era da oxdem de 33.630 contos, segunda 9 depoimentn do Vieeonde de Villers de Ile ‘Adum “o que se fbsieara na provincia (Auminenie) ese vendia para utr leva provavelmants «180 mil coos". Ese nivel fe comério interna rlatvamente alto constirua, sem divs, faxor ponderivel de desineegrasio do oilos ow sea, de serra dias wnidades domésdicas de produsio. A’ esse fator dinkmico intemo alisvice um far externa — a exporasso, que, de 1830) 11929, possibiltndo a venda para © exerior de quantidades creicentes de mercadoriae a picgas eambém crescents, muito foneabui para dotar a economia brasileira de condises de sutodesenvalviment, ‘A fim de demonstseo carder fiordvel dos notostermos de inrercimbio naquele period, €sufcinte coniderar 0 quan da exportacio do café. Jé no perouo de 1850/51-1859/60 0 paticpagio do prodaro na exportagio corespondia a 48,8%, endo aleaneado mesmo 53,2% em 1837/38. A saa de ca, que em 1850/51 valin a bowdo £ 1,57, pasa em 1860/61 2 £2.39; wee no te 55 cr 1852/63 2 £2.90; para tinge, em 1925, £5.50, No periodo dle 1839/44 at quantdades exportadas, cm coneladas, foram 88.667; pasaram, no peada de 1869-1874, a 165.114 e cree cram consimsamente até 1929. Eares fos tm execs tgni> Ficglo socilégica, Mostrm que az contentesinternas de co- inicio, bem como + exportagi, aseeguranda o exroamento de nossos produtos 2 preys altor,induzirun a especialivago de ross ageculera ¢, portaneo, 4 caletacin, para of eleos Uurbanos que iam zpatecendo, de atividaderprodutivas até enti sexereidas ne Ambico tural. No petiodo de alguns dectnios, esta sodaldade jf adianada destivdade econdmica consegue vingat definitivament, hablltande o pala desavolver a sua produsio induscal em smo cesente, © stim segurando A economia brasleta impulsos préprios de cresimento, A consciénein desta ‘ransimutagio «6 recentemente vei «forma quando os este locos comesaram a apreciar« mancira ava pela gual «economia brasileira reagiu A grande depressio mundial dos anos tints hquanto outs pater pefrion excagnavam ow deterocavam 1 a esturura econbmica, o Brasil continuot a cteacer, gragas wo esbogo de mercado interno que conseguira format. Mas no se deve peivilegar a década de trnta: Jd anteciormente, erm vigolosos os impulice de autoderevelvimento em nosta eco nomi. Na primeira década do século, 0 vuleo da produto industialigualayao da exportagio, Dal por diante decresce cone Sinuamenes, em termot abuolutes, o valor da exporaeio com purado ao valor de produgio industial, como se vé aos dados 2 seguir compilados pelo Departamento de Sociologia (Servige de Pesguiss) do ISEB. Se Valo da Esponssie Comparsdo a Valor da Produgi Industrial em Cuncios Ane Predagia Indust Exporasto 1850 1.000.000 35.032.000, 1889) 211,000,000, 259,000,000 1907 742,000,000 860,981,000 1920 2.989.176281 1.752.411.000 1929 7.400.000.000—_3.860.482.000 1939 17.479.393.000____5.615.519.000 a salir aualmente« magniade de nemo pron fat dunn, « portato » capacidade de andeenroenme da ‘conomiamconal una ds mebors rts compo dssimporagies At recentemenc, sper do cescene producto instil, o pa pecs converte aa pate Se ‘ean dvs em bens de consumo pre soplementr a eran iecna da popula. No com do el, mas de 80% do telr da importoio er de ben de contin: Noy ime de {loi inves sits. percentage de ben de prods ton regi a vlor ou dar lnporgoe Jee de 67,596 cm 1947, bine pore 73.88% rm 1950; pata 78.39% em 1950 ¢ pare 795% cm 1934 Dads como encs roam que 4 indiana, no nel cm ques rcs hoje no Dia demands ews capscidale impr de partials « do Estoy srume © ader de empreendimen police, powoanda modifeter ma picl. fica, encem quis incll o pear cn cmos depos © pore brsleie et steaents epee nara de projrox. Or, um pv gop cnet sta creutnda 4 mod ative, procurando explrar a sas potencies e- tends opts detrniod Uun pode a pte ical no wu conteno cal de modo dive que as fens de uri de tc ila Dea atl Wea Imodahade frees de amp. Lan mimerno tbl a os Jy “opsaidso ep pouapow no owpow oppor of sour { sasivone op enpfas auputudeid yo) ogt nod 0 ‘oureiy opeaowo nrupsues as ofu oxuenbua "apiod t:2 yp four nb EDUBAAO® 2p 2peprEpou ram ap zedes ' sosingol 28s ip wpe>anb oun opeosau un sod sods SogSe sean op ofp une eoopee oSapadod saiBuy Q reg op sense sees unis) anb ope od sp med o auoparerd win Onn “oxSeiodioouy youby sees ‘onod orprpsan ap wuofone v pu 209 seopuntdyton pang ‘owe soup £04 epuniousisuy ak oF sgbejndod reou 9p ‘Dnuod ePesuan ¥ anb oF" tod 9 OEN “pp Sp ¥ ab ‘coud oppatioa spew us sig sewyp aa anb appar Yy "ursooou anb 9p ‘opm: ssenb no ‘opm sidwo> 3p tuts anb 2 sone ap whan anb seosod ap 0 9 oxSnpaid ep funsuoone © subudiny ers on freed 9p 28609 tun anus eapajn eoqoned ap wSustgp¥ Sar onsen y “srepridwos UdH> wd tiopeidwte> aeeoureror® sonpHIPU! 2p qm Eugen opSeodioou i> so eno ay Bon snows aenb pags wo utiva sn1Ue ab 2039] neg oripuece opmiange ngSeps serait 9p ofo3> wn ¥ lmsodaenu > aunties nb 0 stpann ono ovr enna]. “opbesyongn w ered rer ou spe opumuyo usa anb ap meaFeIp Ut 00 ¥P opesg tn 2° (0is'c5)oeinindod sp apmour vp seu ‘ost wo wf ap ‘ivsume rungin ¥ oyuenbus“96g7 29 ens oxdyadod were 1 fopopnd oul on! “9609 252 FEREPPE HE IqO-=p-oFK! 1 95215 wed G99 ap amp EHR eAqD-ap-oR T onTUD “osi0p6i 9p opoHd OX ‘ouRgAn wae 0 ra op HHH eum 709 aHwod Hf eR Rena O npUI ep o201d 29 anb auepundag ‘sWsapuod sud ser a4 rpm orareuto opSezungun ved se>uppu Fe PBA 9p olued op “eepe, eUeGIN ooo EPEIETP ndod xp uidbeumsed = cr'g¢ 9p rede pune “Wreig ou es fousgin 6 a1goeofoy euruopord puns 0 Yooppis meh 2p ond ‘oq coatequegin xp pase ov sowmepippap wasau0 a sed openypowsp eueioued op sean sepugpuai sy soared bp sea uo pra epupurszopsed wis nb spyuie © #43} opseindod sp roruauow sop sum 0 sy "esng Spepotos vu sur “luapoid epuse ofe ssn soSen #0) “OpSeyregin ¥ 7 “HED ‘op wougnboruoo “openpeoy 19" 249p anb orgy openbs eqn. ep seqopeg ora, spun 2p ‘uuoo ouurous js 236 9 one “eaalgne apePHE buanbpe otfoad so eared ouod wn ‘essed “ope ‘sp ofuounaiu ‘orSutop sod |p mUgye> Y “OAD: op oer ae 2p HAIG IUOIOD WIA WP Odor, o4 NyEE > yf cmt op 2uuesues ogSedrorue eum 3 opesed op Es sprees we “Ses in woniouad 9 yee opeiss nat ov ausLeU pepo, 1, Sonpyapoy tres ee anedearg epee epea eu rxenuout rowu rap oxseduy op OPSutwp [eos Og ‘op opseoytrusnu ¢eouS ‘eierpous sensios at rence © tos > atu ston sop soghepa se optnb “ois, apaprannpor lap wunojsuen 2 oxSapoad e, ‘2pepynoqco emu “opucnbs ans ‘ouput op mie) taou rum anb ca129 oi sors sro saenyss id 9 pepyedsa 9 speepndod se ¥ “Yoder ey ope umieu enous ene 2p ‘an ap Nrspuadep sopepoqos seu ob open uy so ‘asiaet 2 spepspor corSenbs © > edu 0 sures ou uap oF oyu siuourayu Sus Op fw wis erpy “9pepyaodua op soiougs oxo agdard bueuung ung i ser rusia a >nstNe) 293008 28 OP [PUEERP eoqopos eum 9p oxSei0qeP> 9p ob:0j9 wn ap exes2 Peasiear suepunge aexnuoses soaiBoqo® = soopejodon loeio brasileita descobriu © polldan a parcir de st interasso ro Ambito de interagSessugido no pals grag A formagio do imevendo inteina? ‘Crdintismente, nos pales subderenvolvide o tipo rural de exintncia, dadn a prpcia corurea dat telagSeshabisaie dom nantes em seu. horizonte exparisl, no fiveree, em plenitude, ‘vida propriamente politics, Ena sarge somente spat de eerta Aeasidade demopriiea. No caso, a quantidade condicionso lve ‘qaleaivo de vida colatva. O rariealaé, por definigfo, 0 ha- Biante de sonst demografieamence raeeier, ineegrante de pequenan cleivdades, E jantamente esta eseaver demogefica ‘teem grande parte, condsiona ava pricolaga coletia. Em aa ‘ids domina primeiramente 9 tato com os produtar nature, © aye he impoe um riano de exstéaca muito leat, aftado pelo propria stm da natures, Tem de st, portante, um individuo poco tenso em sua ela com objets ¢ outtos individuos, Tima ver que erat slo, em lange margem, ajuradae ® maneira habinul come oF enBmenos naturistarscoreem. Em segundo lugar.» pequence relaiva da coledvidades russ, om vex de csomular acetuads difereniagde des indviduoy, de diversfcar on seus objetvose sua motivo, levando-es a adotarcondutar fortemente compestivs, inregraor de modo peofundo em gru- pot dotados de vgorosacontitnca coletivs. Em outras plavas fm tls eoledvidades se obtém alco grau de soldaredade social, atencida pela semelhanga pricoldgics dos indivfduos, Foi a compartimencagSo da populagso bres em una p pega coetviades rurse que, em épocat anteriores, mesino [ME recententente, seguro tanto a. dominio das oligarquiae ‘quanco 8 pasividade politica do cetera, ‘A indusalizao vem promorendo a ransferncla de pessoas do campo para as eidadese inctemencanda a formagio de aglo- meragses urbanas, © iso esté decorreado cerca mudanca oa ricologa coletiva dor braseiros. A ambitacia wana, 2 dile- Ea de ‘enga da rua, nsereo individuo numa tima de inten relagSe ae quae s regina considerivel carga de clea, Sio elagoes aa que estimulam o indvidusismo, 2 comperigio, a capacidade de Iniatva, o inerese pelos padices supeiors de exstaci. A tensfo constvaiva da vida urbana traduese naturalmente em polizasio acentuada, tornando decisiva a paricipagio popular nas vivias formas de atividadee dzeivar da socidade, Algune ‘toa poliicetpodemn| agi leobender pars ron perda de cepresentatividade de quadtor potticasanscronicos. O eet toro urbano, lm noso pal, desde 1950, vem redrande sister matiamente o aoa spoio« candidatos a fungbes governamentis ros quais nfo reconhece propésitos sinceros de efcivar suas aupitagiee. Na histéria polities dor aleimos anos, tem sido f= ‘glente lta litorals que se concluem, igalfcativamente, comm 2 derrota de candidate do goveo, tanco na exfera fer, como fa cxtadual ¢ municipal. is Soiligics dv Aten eee as a lore ue pire» pe ca da ab bis 60 Lad ook va RSIS ues dco oper! Nav ie dec pl mo Seay as pode pins a Feit Sie eta yucca ea da St ‘vegetativos do povo (alimentags, casa, roup:), como também (0 «que € ais televane) 0 aparecimento de novos hibitos de cone ino ean mats, de cater ufo vegetative, Pode-te imaginae 2 simplicilade do consume popular no pasado, levande-se em consideacfo «esuurua de predugio no Brasil, pouco difenciada em telagio a0 que é hoe. A fata de dos quentttvos & suprda pelo depoimento de obsrradorss Um deler ¢ Tobies Barrera. Em seu Dicurro em Mangas de Camisa, pronunciado em Escada no ano de 1877, sfeindo-se 2 populagdo daguele municipio, dizi: Sees i ala, o8 ror me es sil ented ¢pobbinine © pte clr on . 90M dence, quiets, 12 do vive bem (172% don em ate [Nam panorama do Bs na primeira década deiteséulo, Svio Romero observa a prectiedade do consumo popula. Dizia «que, naquelaépoce, em ger pove ganhava apenas o suficiente pam a nin subsistence material. E observ Tindss« pdt, 0 manre-ecly o fninkae de juin onde of gun vendor lj ge x time comer, sn: ofc de elo Siw rab bm de qu veo, ques aor pone de Pore Infelizmente nfo ¢ enconteam, 2 ese teapeito, informagSes téenicas que aqui powiam ser teferides, Masy a parte de 1934 comezam 2 aparece informagbes um tanto mais qualificadas sober as eondigées de vida do povo, embora de vativel gra de ‘objervdade. Naquela data (1934), ceazou-z em Recife pesquisa Pianeta sobre padiso de vide. Segundo of zerulador dt inver~ tigao, 05 guts com alimentato absorviam 71,696 da renda es pperiros reife, eestado menos de 30% para at cutris derperee, B caro que til orgmento apenas petmitin que os individuos se mandvestem quate tios6 no plane animal. Oueese IvestgagSeeposteoresvieram, porém, reelar a tendéncia para a balsa do percentual das despests cont alimentasfo. Segundo o ‘Cento do Saltio Minimo de 1939, a percentagem da alimentasio ta despes tol de Farle operssas ea: em. Salvador - 69,496, em Recife - 68,796; em Maceid- 70,98 em Sfo Paulo ~ 54.996 em Curitiba ~$8,6%; em Porco Alegre -61,7%. Bm 1952, ener percencuis baixaram sinda mis, sendo em Salvador - 58,29%i fm Recife 54,496: em Macels » 32,496; em Sto Palo - 41,095; em Carta 45.9%: em Porto Alegre - 35,49, Note-se que em 1952, nse loss capitai, nor grupos populares invertigados, mais de metade da deeper etal ea epliceda em irene diferentes da slimentagio. Por mas pecirio que foe ese padrio de vida, 62 Ii diz respeito a uma populagso que ingrestara num plano de vida teperior oda eabsttocin. Mais lrtativer sa ainda outros resultados das invesigecbes de 1939 ¢ 19527 no seio da clase operitia. Os gastos com alimenticio, habits, vetérs, me dice emi ¢ tencprteabsorviam ob seguintes percents da aspen ton ‘Cano do Siliio Penguin Nacional Cider Minine-1939| 1952 Recife 18 739 Maceis 1044 82. Dissito Peden! 95,5 7A ‘Sie Paulo 1012 7307 Costa 93.6 788 Porro Alegre 103.9 oo A despito da matgem de ee que pode sc ailment apo cada nents informes slo consinentes do ponto de vst global ¢ steram que es aeotendo im refinamen dos hibitos pop Ines de consumo. f petinenteabserae que 2 pexqus de 1952 repos lags dirt de hibtos de consumo deter leva, Das fami investiga, einhum apa de vio 92,0%, cm Bora Ale: 73,896 em Sto Paulo 4.59% n0 Disuto Feder ‘Tinham lar erica 98,0% om Poro Alege 95,6% em Sio Paulos 862% no Dini Federal. Tinkam maquina de owas 76,0 em Porto Alegre 2,5% em Sao Pao: 45,896 no Dir Federal, De uma popula na quale veriquem skergbes como coma, podewe diner queer Ingrestando oa hala. Tait coor ‘amor vem adi undamento a ama plologia coletva de grande conc seivindcatvo. Quanto isis una popuagto sims Ibitor de consumo no veyeatvos, tanto rms rsce a sn consitaca pole e maior se totna + sa presto no sentido de ober secur qu Ie aiegutem alveis superiors de exsaca (Os padres prstrion deexintnca, mantendo + popuagio em 63 ‘A Repucte Soeotccics cscado de servidio & narueza, nfo propiciam 0 apeofundamento ‘deen aubjexividade. Concenteando aasfogat para obtet a mera subsitinei, pros de necesidades radimentaes, aio rerta Se popalagéea pausetieads sendo cestrea margem para deeavolver A aptidio dese conduziem signifcaivamente como protegonis- tarde um dering hiseic. Podere-a considerar coma expostae A heterodeterminaeio as coleiidades de eseaa subjevidade, por isso que dispdem de recuse limitadoe, quate tie #6 habeis para pecmitira nn reprodusso animal. 88 acquire «poribiidade de surodeveminagio © pove que, liberandose d mosiragio rosea, dos miseres puramente biolégicos,eransfere seus in- teresses pate motivos cada vee mals requintedos,B « aurodeter- ‘inagio, garantida por supestas concrete, que leva uma pop lagio'2 ascender do plano do existe acklenal, dirseia quate ‘spacial para 0 da durasto; da condicio de objew ov coisa 8 condigie de jit, A sutodaterminagio et, de ero, zocada ‘om cefiaamento dos motives da vida ordinia, com bere progesshe dos afzeree elementaes! Nous (CE Leos, Claude. “Socks sna Hine ct Hiei Cahiers Itrnationoes de Seve. XU 1956, 0p. a. 10». ce Vide Contras, Raland Fornaio proloma da eure ral. Ria de ania: ISEB, 1958. (6) Usndo cerinologia de Cal Schmit, podria derse que “sconvitncanfosenss (FJ, Conds), cscs deme cio unpasado de nose evlsfo demogtie era urn pure conver nan “nettles Dent, Sepedo Cal Een, Eee inti i ig tp &e cainéncis humana: 2 satu (Deen) ¢ + proptiamente pole os hse (ian) A exit plea ou hie Tica supte um conver tento eigen que a vefca no simples moo de exit aut Par 0 stots natrcen se teasfrma cm epleiko quand exten em esa. NO que o# tis pei a home © aa fora de exit, ve ‘olhada com etl dren ev ots ha ‘tio doe pores cm narra ibis podende, mules ‘ees, denuncis unn tinue ctnctnsiea © Melis. © homer, em sss ponbdaden, cme fandamenaincaic ‘mesmo, numa ot a outa forma de edna hunana f que se slee C. Schmitt Todos ov aon humane sc “pojedos, como adver aver Cone, ant no eta de sutures como no estado pola. O increment de int: Sidade sa coesénia des homens nio Tne modi es {rh seni apenas oo tor apr razr plenanente tn ds pouiader ds eaara — ples, De qual (eterna dingo de CSch 6 exlesedoe, Bax ‘kvida rece Increment de inenade no bio das ‘lags de divers orden igentes no epago Dal vie darthe um coed pol ode sr conddeado nome (VCE Rowan, Sie. O Brin primer dca do eas XX ‘Lisbon, 1912, p79. O lo em que a encotta ce ese 4 Sihio Romero cArhar Guimates, Fue sca © Bw tn primi dd dl seo XK, Problema Sratlee 2* El Tito, 1912 (0) Noa 2*eigio— Vide snops esta pesquisa no Anuiio aati do Ba, de 1954 dabornda plo Isic Br sikio de GeopaiacExautales O projetamenta, exes © apurago dea pagum foram digidor plo sor. (9 8a ete sefiumenc de modo que A. Toyabes can steel. — Nora da Segunda Edie, Sei peineate sexi impor ‘daca decisa qu eure a promosio deconsénca elon da ridde bre, a imagem dea propia rede que 2 dfunderpidaments en toa popula, paar a8 mses ‘ke comunicaio emo o camino eo sural cde it Fecmagio, come o ri, 2 testo, eepeclmente 0 aps reo tanner, os A Menzalidade Colonial em Liquidagio A cxigtncia do desenvolvimento, que se impds arualmente a comunidade brasleits, exprime 9 projet eoltivo de uma sonalidade hisbviea, 20 menos jf eabosads, a pretensio do pals de asenhoresr-e de sun tealdade, de determioarse asi pipe Portaneo, vive © Brasil uma fase de sua evlucio em que et superando 0 seu antigo earkter rflxo, Até hd pouco, 2 nose stature econdmice esava organiza como sceio descent: lizada da dea do capitalise hegeménico no mundo s asim covienada para satsfirer a deranda externa, Também politics, sociale euluralmence, a sua exitécia era, m sentido hstric, adjetivae elbuetea, Ne pesfeiaocidentl, o Brasil fo se ro cores como um expago hiscrico, eapacitado pare a antocon- formasfo. Arualmente, porém, tendéncas centrpetarerio sr indo, em nosio meio, as quais dio suporte 2 um procssio de pesronifiagio hisérca, Quer isto dizer que o expago brslico fe wmmou eto de umn empreendimento coletivo, mediante © ‘qual uma comunidade humana projeea «congue de um modo significtivo de exstncia na histria!' A maneits de urn principio configuradar, © centripetime incide em tolos os alveis de ‘nous vida, etabelecendo uma tensio ialéica entre 2 extras ura anaetéaica do pals eas estutuea em geragio. Em termor fupeterruturais, ewa tenato tadus um conllico de duas per pestvas a do pais velho ex do pais novo, a da mentalidade eal ‘nl ow sellers e da metaldade autenieamente nacional [No dominio das cincis soci, cas truSo também so ve- silica. Até agora, coneiderévelparela de emudiosos se condusia sem se dar conta dos pressupostos histircos ideoldgicos do seu teabalo cieaifico, Sua conduta era rele es submeta pssiva mecanicamente 4 xc oriundos de parr plenamente de envolvider. Ora, na medida em que or aotoe epecalitas ex éncas socials ndo precendam fear indiferntes 20 sentido ‘enerpets que a vida brasilcia est adqucindo, edo de acres ‘ones ao eiforgo de aguirgso do pacrimBnio cieneifico waivers ‘0 de iniiagd em um mérodo hisetrica de pensar que os habe 4 participa ativamente do novo sencido da histria do pls ‘A ssrmilag literal « paiva dos produtos catficos impor tadosterserd de opor a asimilagioercea dees produtos. Por isso, propoese agi o terme “tedusio sociolgica” pars designar f piocedimenta mesidica que procura tomar stemiica a aei- sullasao entice Nip hs, porim, wma redugio socolégca apenas da pro- dluggo soctoldgiea proptiamente dic, HA ambém uma reducto ocoligisa do dicito, da economia da politic, da aneropo- logis culeaal, da pricologis, da loses, da ci em gen, Que € a redusto socilbgiea? “deciles Note (1140 tempo hiten a temcende por atte prjent, De {ito um twoment ¢ de stico qu seu deenvol ‘mento crincde coms ode ua l-acoonecient, O Mit lraniane vos « neinaiasto day companlias de peloo ru sor segande-fara sen, 0 joss de Teed a Islan do pete eneion 8 nacoaaiza i) cxpcianda tuna experdnia temporal clave A leu ds Hsia da ein expennca que corepondesaptgic taconsie de ‘onde ee da wo slgaego htka eva dente, Val ‘> encom da vaso que 2 mori de nian poss so Gta. Pe deci de uma mudanga — cm ng do aero — tranwormase 0 presente em pase” (MA. abba, op. ce, pap 123). _ - Para melhor encaminhar a exposiao © a comprensto do as- sunco, sem divi convenieneproceder aslgumas considerages sie minsciosst. Pode s redusio socioldgiea er deecita nor segues itn. 1) B arisde metédice B mancre de ver que obedece «reget 1s edfboa por depune 6+ objeror de cletsennos que difcaltem 4 percopsio exauitiva radical do seu significado, Dretende rer ‘9 contrria da aide exponeinea, que no val slém dos axpectos cxcemos des fendmenos. A atte naturel nio pe em questio 0s espececsdizetos dos dados que lhe sto oferecidos. A attude retodica 0 “poe entre partners", ito &, exime-se de tods sfrmacio ou scstago demer specs, inyetendo, por astm dizer, © proceiso onlndsio da aude natutal 2 Nido admive a exiténcia na raldade rcal de objets tom _presiportes. A tealiade social mio & ura congéce, um conjunto Alesconexo de fats. Ao contrsio, ssemécica, dotada de sae tio, visto que sus macéris @ vida humana E a vide humana se Alscingae dar foumae infviores de vide por se petmesda de valragses. Portnte, of firos da tealdade social fem parte accessriamente de conexses de sentido, esto refeidos uns aos foutier por ui vinculo de signiicacto, 3) Pamule« nog de mando, Ito quer dizer que considera & couscitncia lar da teiprociade de pespeccivas. O etencal da ‘dda de mundo € 2 admissto de que « consctncie € os objetos ‘aeio reciprocamente relacionados, Toda conicéncia € inten ional porque estuturamente se refre« objetos. Todo objeto, fenquanto conhecido, necesariamenc ex refrida & conscincia, (© raundo que conhecemos e em que agimos ¢ o Ambito em que or individuos © os objets se encontram nuts iafnita¢ com- plisada ama de rferéneisr, 0) E penpectivine, A prspectiva em que etfo 0s cbjeos er paste oo cont, Portanto, ce trasferidos pars out power: iva, deixam de ser exatamente 0 que erm. Nio ht posbilidede de rpetigce na realidade social © sentido de um objeto jamais fe di desigado de um contexo determinada 3) Sue sports slo calves ¢ nio individest. © socidlegs choga 4 redueio socoldpics quando wor sua una exgtncia de suxtoconformagio szpida na sociedade em que vive. A reducio| rociolgica € aim ponto de vinta que tem « consiéncts de ser limitedo por uma suagdoe, portnto, éinstramenta de wn saer ‘operative endo da especulaso pela especulagto, Por alee revela 0 cartier coletivo de seus suportes. Para que alguém aprenda © pratique a redusio socilégic, carece viver numa sociedad caja Sutoconsciéacia setuma at proporer de procezo caletive, A reducio socilégiesnio é porn, em sentido genic, prims- ‘amente um ato de lucider individual, Fundamentace numa capécic de gies meters, imanente 4 rciedade. @ £ um procedimento erice-animilatvn de exerituca renga. A vaduricx sodas no inplcnieclacdontamo, mera cexaltagio romantica do local, regional ou nacional. &, 20 con- trivio, diiida por uma aspiarso a0 usiversal, mediatizado, porém, pelo local, regional ox nacional. Neo pretende oporse 2 prdtica de wansplamegbes, mas quer submeté-les a spurs Critvios de seletvidade, Um ociedade onde se desenvolve a ce pacidade de autoraricularse, ornare conscientement sleiva Dizse aqui conscentemente asleiv, pois em todo grupo social thé ue eletividade Inconsciene que ee incumbe de dstorer ou semerprear 05 produtes culturas imporados, contatiando, imtas veces expectatva dos que praticam ou aconselham at ‘ransplantagies liters, 17) Embora rns suporter clever sam vivéncas pepulare rudugtosciligica € aitude atamenteeaborada, A tga 4 Goldgica de uim preduro cultural, de uma insiuigio, de um process, nfo se aleanga senfo recorrendo @ conhecimentos di- vetos,prncipalmente de histria, Consistindo em pér & mosra fo presuuportr referencias de natusera hieérico-ocia) dot cbjetos, a peaqlta dexes pressuportoe leva a indagagies com- Saas plexas que #6 sio efetvades, com segurangs, mediante estado sintemitioo € raciocinio sigorso. A aticude tedutorn nio & me- tudos sobre 0 problema da “edueagio para uma civiizagio em rmuslanga”.Além dso, durante longo petlodo, as Estados Unidos receberam sucesivas levar de imigrintes, consiuinde apudo problema a ineegragto das diferentes pulcologias coletivas ‘morivages de que cram poreadors. obo mame de “sisi ve probleme ati ainda hoje aero dos socidlogos. A". Hlmilagho" que, no cao, nko pasa de eufemismo de “ameria nizasio",é tema de monograis numerosas ede expos obr _ntérios em compéndios de sociologia nos Estados Unidos, nos ‘als, até hd ber pouco, erat encontradas referdicia reqentes ‘chamada “brechn cule” eatie pals ef de Aelingitacta e aos desajustmentos juvenis. provoculos por conflos de avaiaglo ent peeaySes. E poatvel talver altar que, nfo se tendo formado, maquele pals, um substato len- tamente sedimentado de wadigoes ¢ costumes, ndo existe all propdamentesocidade; exists antes, um pablic, iso €, ua ‘composi socicdria dstirulda de atibutos eves e, por ino, fruremamente plastica e dotada de pequena resincia as et. mulos de manipulagies habilmente condurilas.Ademale, sido cbservado nor Estados Unidos 0 debitamenso do pape dor [spor "primes", batezdo nos eontatos afetvor (a Familia, « Vainhanga tc) 6 incemenco da influénca dos gupes secu Aivios, barcado em contator supediciaix. Nos Estadar Unidos, chegou a0 miximo a fiagmentario da sociedade em grupo: Depanizados arias, e, portant, a mecanizago socal! Como aspecto particular da mecanizagi socal, pode-se citar © pupal saliente dos gruporde-pressio na vida nomte-ameticana, Compondo uma gam infiniearence variada, exer grupos lutam ‘entre s pla pariipasao de vantagens de toda ordem. Finalmen te, agatande todo eise panorama de testes, bd que rletir © tema capicaita noteatmcticano que, daday a sua propotyes frcepcloasie,acentus, male do que em outra parte, 0 cater competive das relagSer soins. Todor es apectos concorrem para fazer do “controle social", nos Extadot Unidon, mages ‘questo rocielgics. Os capecidlinas nore-americanos, dandohe + atengio que merece, comnam a Sociologia eperaivae funcional. Assim pro- sedende, repondem a uma exgéncia do meio. Peer a die posiezo dh coletvidade coahecimentos que pode wilzar pars Fins de antopreseeragéo, Num pas ende os grupos “onganizads” ssuimem tamanha Importinis, a nfo divulgagio em masa de Eanhecimencor sobre © “eoateele social” podera possibiltar @ txercicie monopolizado da influtcia sobre us deisee, por porte de slgum ou algun gage pileider om deimens dot es ger sigiv gus mo rll plo lac plo compet, exrerbinds «gener ana plo rs Ep deafness ia ang = pri Prada gatancindo Exo de obra do io. Come fie aes 1 infer pets, hls butane eer rge ae © freme of refircei é0sera de conests bso da soci simon noneanan teg€ emai ‘oto de “controle foci tim some prosapons as cond Parte dor Exados Unido lc dos modes de sp ‘ro condo mer cbc. Ao debra aque sca tn socilogoe foram sev sce seinen rls mt tocedale No Bea, porém, nfo te devia condatie pote Fencalmente «medians soils gars agua onde de tenon ceo gue ns sxandade bro eeu se ttagier que oF sollogornoreamtianes twadam Tur de conection come “onl sea “eat, “comodo. confa" “alnen", “ana”, porto, ees conten sin ag apices o imporante ¢ unin que tage, nm capa eal do Bray io eém mens wer ‘ytoor Exar Unidn. Onn d0equema de piridade de Stunts ques nd de ees pees reaidae oa, Sobre feed pease ago snaps dine, No acesene. sume pronlendn pris sje, Bune pean objet. Ne fae ail da sole bce ofc ou trom ern mie alene 3 erect ieilgo, come rae dnem csp ao pla qual ed pander ss vcidade brie or menos ttagoninton que leam 08 ‘nil nrteamercinar spormeotiata ndash ® meanest pam ms cnteghe 0 controle rca Mu enquato + itl de “oii pt nts om ‘tule a ob ered cate ae «aldo ‘4 enaglmet onamereh d ta edad arg ste « madera me qalade deuteron O mds de pease rclip, abe eis «preoapote de cpa 78 ecteamesicnnn com nosi como “confns”, “acomodusio" “ssimilagto™, “eoncele social", se Iteralmente adotado pele sacilogobratilcito, leva a disse das quests que tem inst inerete pata a coleivdade nacional. Os antagoniamos essen ds sociedade braiira cio atulmence ce que ee exprimem na polaidade,“escagnagto” e “desenvolvimento, eepresensados por ‘lates soca de ineresses conltantes,e ainda “napSo” e “an acto! contra um procesto de alienayio, Outras concadigées que nfo ce enquadeam nests termes sie, no momento, secundiras 0 & um proceso coletivo de personlizeeso hisrrice Pode-se imaginar © que devera ser um Tracedo Braiir de Sociologia doeudo de she teot de Funcionlidad e exieamense sjastado 4 nora raidade, Devers eradunic wm eforgo de con- ceicuagio de matévas dence as qusis eri at sepuintes, que pssam 2 ser mencionadas sem preocupacio sitemsca: desen- yolvimenco, industialiasde, mudanga social, esrurure social, Conjuntars, stem social distro, proceso cm peal, proceso ultual, processo toca, proceso’ civliatéeo, institucional 23540, elias, valor, modelo, fandasto,insicugho,evolusi, revolugSo, rotaldade, tranaplancagso, cegifo, dualidade, here. ronomis, historiidade, temporlidade, tempo social ¢ ust modhlidades, ideolgla, masificasto,conscitncia coltva, coms citncia eltics, conteitacia ingénus, petiodo critica © periodo fonginico, deserutursgi, reesratutagso, fe, Soe, gers, ‘principic media, ancagonsmns soci, reiidade socal, raldede ‘nacional, pritica socal, alenasSo, pals, pove, nasfo, colénis, centro, periferia, personalzagto hisérica,eftivo de prestgio, UES de dBalon hes he deettteb, Haee SSE gue Aro, elite, meméria social, imitagioe suas lis noms, eunomi, snomia, redugio, erno-centrimo, scuagso, sitaci0 colonia, ubanizago,clevasio, complexe ruta dvisio socal do tabalho, cligarguia, elf, clientela, eoronclismo, conscitacla nacional smorfiemo, vigéncia social, poder, principio de limites poss Iidades, reflex, quadeps socais da populagto. Esse Theuado teria diferente do. Trteds nortrameticano, do fanots, do inglés, 79 do alemio, embora baseado em principios ges de rciocinio co, vidos universalmente. CCumpre agora proceder 8 redusio socioldgica de un ds invetigagio socal. Para tant, srd inyocada ocortacia da ‘ida profissional do auror. No ano de 1952, teve a eportunidade de dcigir 0 planejamento a execusio da Peaquisa Nacional de Padeio de Vide relizada em vince © nove mnictpios ruais€ em mais de novents cidade, inclusive todse as éapitain, Nena investgages,« Bin de spurs, noe centos bance © consume slimentar dat falas operdriae que constituiri a aieceat felecionadas, foi wtiiado o conecido proceso dar cedetnets eats, darante sis semanas, anotartve, diaiamente, entre cous coisas, as despeas com alimentos de cada unidade do sesics, Ne fae de epuracto dee informes colecdos, sergio 0 ‘momento em que as rages efedvas das faunas deveriam set express em nidader de consume. Como se sabe, as unidades de consumo permitem obviat os Incoveniente da dia prcapitt Por explo, pone los falas de sei pesos, mbas com ums dexpena mensal de (Co6 7.200,00. Admitase que uma dessar famine ¢ constituida de mardo, mulher e quatro kos menores de der ano. Admits ve que ottrs Familia xa consteua de mardo, mulher e quatro Flkos maioves de quinzecnos. Ora, 2 despesa for eqpte de ead tums dat familias & igualmente de Cx8 1.200,00, Todavia, nfo posivel para efeito de mensursrio do padrio de vida, que 0 tstudioso ve contente com esa media. De fio, cla ado propicia conhecimento preciso do padiio de vide, porque, na segunda farsi, or flhos maiores de quiaze ance dever consueni ai mentor em quantidades diversas dae que se verifeam na outa Faria em que of filhossio todos meaoees de dex anes. Com 2 mesma senda, Famfliss de igual nimero de pestoas poder ter alves de consumo bartante dienes, conforine a idade © 0 sexo dot individuos, konica we Para cotrgit imprecsto da mia per capa ox analicas de reaulaador de penuita de padi de vida tin wileado ax cha smadat unidades de consumo. Em gel, a¢ escalas de consumo slimentar tomas come tunidade a ragdo do homem em determinada fina de idade. Ao hhomem ¢ 4 mulber em idade ngo compreendida na Fes tin cscolhids se acibuem coeficienter varéeis, Nes investigagiex de padrio de vids, or consumos efetivor das Familias event ser fcomparados em tcrmos de "adulos equivalents". Quando, nt Europa ¢ nos Extadoe Unidos, os ecnicos enfentaram ext pro lems teram de cri ercala de consumo adequadas& spurgi des resultados dos seus inguésieos. Logica sera, portato, gue tno Brasil © em outros plies perifrcos, também of pense ores crasem suas prépriar alas de consuimo adeguadas verificagio dos resultados de seus inquésitos. Isto, porem, nso tem acontecido. No Brasil e nos pases slamericanen, te sd aadat alas erengeray, send a mais genetlnada & absice ‘tanscrt, proposes em 1932 por uma conferéncia de higinlsas sda antign Sociedade das Nags Seas Intermacionl etal por uma Confertncia de Ténios, em 1932 TDADE ‘CORFICIENTES Se ‘oos oF fue Muscet0 08 ewe 24 aoe 03 46 too o4 65 anor 05 B10 anor 06 10-12 an 07 12 no os 1459 anoe Lo ee os ees ee more os Ness 10 = B00 corse rae a1 (Ora, &lageimo presumie que ens cxala de 1952 no seja selequala 4 fisologia de populagSee topics. Tem importincia assinalar que seus autores era na mor parte euopeut. Tiveram naturalmente de socorrerse de nuts respectivasexperéncas na cionais ¢ regjonie. Perguntarae-d: wim menino de dove anos é lo ponto de vista ioligic, a mesma fraia do eduleo na Europa no Nordesce Brasileiro? Tudo indica se negative «eesposta Condigies ecoldgias,culursis © condmicis mult» pecliaces devem inflir na fsiologia do menino brasleto © diferencile do europe, ‘Que slag tem o exposto com o tema do presente exude? que desereve um sing na qual se impunha a investigudor hasilelco a priies da redugso sacieligics de um procedimento téenico. Aquela exala de consumo & produta de trabalho cin tfico reer um contento particular, no cate, eutopen, NEO pode constituie modelo ou paradigm universal, « portance obrigasvo para o pesqusador brite, Ese nfo deve wins. la tenko como rubsidio na caboragdo de nova exala que c}t fincional« sgniativa no meio que investiga, Sto ncesdras ans brairas de conse, embors drs sr obtie:& lzdet ‘mesoorprneipios cence gras de gue vt servnam 0: eonies erangeines. Pode-se actescenet ainda outro exemplo de relugio — ji agoca no nfvel tecnica, Sabe-se que a Brasil importava ear ‘inher ainda os emporen cen cera medida, Mas foes, sgrajas d Fibvica Nacional de Motores, a produai-los aqui. O caminhio FNM & nacional em cerca de 70% de seu peso, No franco, mesmo a parte dele no producida aqui i € confec- cionada, no exteio, em obedincia a cers epecificage esta- lelcida pelos edcnicos brsleirs. Alm dss, ocaminhio FNM, ome um do, em coafionto com o exminhio etrangeiy,apee venta earaceristcas braless. Ease at obervages fies plo tutor, se ncuem as modifcagSes que se verfcam no sistema de mole, nos clgos que saportam o motor, no bat no sistema 82 de tefigeraio, no comando da exis de cimbio, nos parfos uusdos na montage, na colmela do adiador, na coros clinica na caixa do diferencia, este outaecaacterstiasimpastas para ajustar 0 caminhio a condigéer ecolégiae,econbmicts © pico socias patculates do Brasil. Exe € um caso da que se poderia chamar de redusio tecnelégicaem que re reir «compeeentio ‘£0 dominio do proceso de elaboragio de um objeto, que per~ rmitem ma urilzagio ative € ctadors da experéncie tcnice cerangein? ‘A seguir vette examinador or antecedents flowificcs «soci Iigicos da reducdo sociolégien Note (A ‘meconzago social” £ strato tenionmente ed fem soielogs. Sobre o sou conto eens elton vile Nunez, Lido Mendip. Teoria de dos Agrnpemicnor Seren, Mic, 1950, Q)Nowa da 2 edigso. Resi consderagies foram estes fm 1958, Hoje, 1965, 3 india automobiles do Brel presen leva ceil de suclonaliyao, quaniatve ¢ squalene que explo acim dé spent ids mio fis, Vide ands sobre reds cenogin, a3 *Obve= vagbes Gerais Sobre 2 Radio Socios, em apindice ee lo, 83 Antecedentes Filoséficos da Redugio Sociolégica Foi fenomenologia que tornou a redupdo um dos seus timas contrat Huser, na bua de um conbecimento de esttciss, pprocura lever osujito a uma experitncis transcendental erm omente pods ozorrer o defrontze do eu puro com 0 objeco ‘puro, Para elevarse até af a0 que cham 0 “Maxo puro” 0 sujeico deve proceder a us redusées: a histrica, pola qual “suspeade’ cx acl w doetsinas o palit tation eTeapells dale bjt 4 edie, na qual elimina a existénca individual do objeto; a ‘pancendenal, mediante a qual encontt a conscidaca,euja es ‘uuza se nos revela come ‘nencional, "conscitucia J, ito & ‘como esrencslmente referide 20 objeto. Huse, no enn, ‘pers com 2 reducio (qpach) em nivel exremamnte abetrto, Levande as itimas conseqitncasidéias do peSpio Huse, coube a Matin Heidegger most, com particular rece, que 2 ‘oc implica o problema do mundo. O et e of objeto esto dhs histdria © assea a “vivéncaintencioal” que os liga, veriicae se n0 mundo. Para Heidegger, 0 sje jamais € um “cs puro’ “cranscendenaly so contriro, um “setno-mundo”, Eimpen- Se eee ee Se ese eta ee Sot ee eee ee eet eae Somes a ee oe eo ee ie eee poorer ret tener aero sees ere ean feet ase a Nee se a sents pega teen Eee eee Section nae a neater Sein iee Meapmnesemee re ae ree he ee ened 86 Avila eid comand ioe coe fine seit de cn sei. A fone de wn ie ‘ara cme spi de cri ou a ems Feces ¢2 Pod ‘eo. ponant, naigiagu e 2 mater de ‘Senne ec? Mas & preciso observa que a antopologia ang viciada pelo naturalismo em que se fundamenca, edosa nosio Ito erie de fp, enquanto indus de wma analog ene fociedsde © organizmo. Para efeito de redugko socolégia, a Fangto dos objets &entendida menor em termos de conoeagio materi isto & enquanto contibuigio 20 equleo globsl da cominidade, do que em termor de sentido, de azordo com a {ntencionalidede que possuem numa estuturareferencial, Desde se tora evidente que, no dominio de redusio socolgiex, bi dduas scopes de slaves inencionalidade,ertritament lgedse pars as quai 4 deve estar sempre alera, Numa seeps, setae 4 pales para esclarecer que 4 conscincia eit rempre referida sor objets. Huser, neste eau lla sempee de Inononaliite Na fous scepeio, a palavra designs conteido sigificaivo ou feferencil dos objetos na rxindo "par que. arn ete senda sentido, existe, no idioma eema, o temo — Abrch Quando se tatar mas adante, do conteddo objetivo do to intncional, voltarse-4 foclzar ert duslidade de signiicncss ara Heidegger, 0 vatide de qualquer objto sé se evel a partis do momento em que se inten numa snidade de cai. nclat A qual o soto chama Bodnumeis* Embora 0 rade da palaea sea. ©. verbo beeen (significa), em Heidegger ela dic tespcico te tlagies referencais que remefem una sor outroe fs exstentes no mundo. Estamos aqui diante de novo sentido da palavra mundo © mando — es © que pensi Heidepger — tio € mais © que sc tem admicido na wadigio losis, urn conjunto de coist ou raidadessubsiseentes, um dado exten 0 homer, No enssio Ds Origem da Obes de Ante, Heidengee coun ge psec cot na male dn que no sre a7 ese cn nas aun de i) cana, Mat undo nto & Jamas mode que se ent dae denn Bogue samp no-ive, Nao ene scm a ‘hie, nery uma ca no pon cx sc ‘© munde conic gue ado tr paque {em rae nee ort dle gor edo que pues ¢ ‘ue que dproore rue ct surat © ten 60m ‘Bj de gual te dpensnne © ‘Sem acta o idealsmo de Hasel¢ Heidegger, nada impede e scolher a atnude metédica por cles perilads, « qual em ‘sincia, redefine por um propésito de ailise radical dos objetos sno mundo. Trarspondo essa atitude pars © ambito da eigncin socal, pode-se afiumar que cada objewo implica 2 totaidade Insérea em que se inegeae, porno, ¢ iteanferivel ns ple- nicude de todos os seus ingredietercrcunstancis, Pode-se, no entant spender ou “por enue pattnere", a nots histoticas aadjetivas do produto cultural espreender os seus determinantes dle tal modo que, em outro context, posia servis, subside: laments, € nfo como modo, par nova claboraio. A redugs Sociolégies se opse & tansplantaci literal. A prisca das tans: planaréer lites, lrgamentereliada nos pales de formayto ‘olenial como o Brasil, implica a concepsio ingénua de que ot posites culuris produzem os mesmos efitor ent qualqier concerto, Desde que, poréin, se forma, no espage que dena de ser colonia, a conscitncia erica, pelo imperativo de reiiasio de um projew comunitito, de uma tate substintiva nom bito de cultura — ji ndo mais se wate de importat ox objetos cluraisacabados, consumilor ene qu, man € preciso spor pela compreensioe pelo dominio do proceso de gue resultararn, produsit outos objeto nas formas e com as fungtesalequadas 2 nova exgtncias histcicas, Por iso a edu sociologien 18 corte e se far necesiia nor paler que extée empeahados nue sa carefasubsticuiva, de que & meto-detlhe + bstieuigfo de importagées a que se efeem or economists, Neste estidio, necesito produc, de acordo com as imposes do meio, 0 que antes se impoetava, tanto at idea quanto as eoiss ea Notas INCE Buna, Wakes Le Compe de Monde chee Heider Pati 1950. p.73-6. Noir Phenom Vint Pt 1953), A. de Wadlhens ose algunas lavas sale © ‘questa ade mundo er Huse, Cham steno par, 2 fito de que Hare e Hom iam deabers tay ef quecxisieincm td ato decnesiento,O gue Hume Huse chamavnrenpecivarente Ble Gale sca) um dato previo 4 noms percep dos eject: Nin a {Simos otonhecimento do und pinks da percep di etadescbjeos.O prio Huse jemenda gave mundo “precede »tods iso paticular do sje ule comilo™ (Woeens, py 52)A. de Wachens inate no ears sac dar conga “A tendécia que toon pn eet realidad ths ides” (ase “cena” — GR) € a impenidade tem que nor encontatas de conduc nsm vida pscoljen, ‘endo ma pesupsiio fal asc) e uri tenes Insergo de nama read qualquer (quugur que sj at denice que Ie aja dads) p52). O mundo plea tuna vio que nip @ produc da eaboras inlets temiice, vito que, guia “x unde inencioal de ‘nwa experitaca (p44), “conta verdad ror de rojeo conta de tela sbjevidae ¢fundado wbre A'precomprecnte do vr, carctertin de todo extente humane" (p 4). Nentum aber se fees as aso cone iment emo “tral indeerminade”, cme se foe posse pai do sea “ado-cnesinemsbiala” pun © eu conecinente. © syle do conhesimeno pre smpee de um deveminado “borinnce mundano® do qual di de ‘Wachee naares do brizonte muna plc 2a ‘apiece deum obj él que no armen em que et ‘xprieciacomsjy ete horizate prove de den ele ‘mentor eistrie” (p53) (2) Bima, op. city p. HE, (@) Vide Piss, Donald (erpasizadn). Ede de gence dea Sto Paso, 1949. VCE Bae, op. ce, p. 162 (@)CE Bune, wp. esp 54 cee (6 CE Dana, op cl, p. 176. Se, emo dx Bie, nrerpre= tundo Hladepger, “0 projet que rorm pone objeto” (130), seria pertinent indaga em que mda se acae ratio otras de oer de mundo determina 1k ‘mua subiiio para est arta nos livos de Callingrood sobre “dn da ares” “lau hist". Uncen tra, lnia do pemamento de Heideger. eres om Puenn sitio soe 6 “apie” dar cine nari ‘Truse de Wie Silas Alma ete autor que " fon, ances de entrar ru considera de umn fentimono quaquet, ‘osu um concrit prévo da que quer der nature” (ide oder ls Cina? Mic, 1951, p42). Urn das grander aviegs da fica denen dn conse pcinments em ter temado cimilncia do rain que afta ae mee ge ‘Fn poi camvere em eb concton implo aesat Penge digidord natura, concen come copa, epo, ‘mass, aif bem pouco aproblemicor cm sum ralidede tpvloriiea (Sila, . 51. Para demansrro prior da ‘cia dara, Sascha terminalia de Heide 1 expen Aeinandencin, 9 "ewaneomoroutae O “amos jantos uns com os outs” ou, em outs pala, ‘tuldade 2 que pertencmee, redeem 4 noe via Aareaidade. Bo gue lev Soles des as ouvites de ama sa lif: “Ese Toe (ele de als) em que noe achaor © que € grays 20 nome “ear une am outer” © ragat Imais espealinente 4 intenconaidade eal deste eer jamton,Seprecendesemotdeteer-lo come alge disrente de tuna lade als, eras de baex-noe em our sina Mar em qualquer cn, non stag el toe propio « tls lncenerde nono evar reunies de nous “ru cot outros" dexeminatiam de ance a cmpreesio dala tim que nos nsalisenes, Ba latin, a condita que precede, 2 eondiqn prvis humuse « provi Asitugso ela do "ih i on et on” ei ir cn ud 0, ‘que doenteem que te cha insole hota“ un orn soos", nas eo. Ai, pista feunio enc, (ta com on exten cn finn enter dereinn © ‘qe tem que ser 0 nono mbites, pgs 21-22), Mae Io cemint dal sapeoime os cnc rar ekg 20 {nui vente asinine, O presupon biin das ince ‘aris eas € um profae matic da propia atten ete projeo que toma pessvl o abjeo de tals cis. Esponda eae obirragier do ioo, exeve Biemel: "O qe &imporance nae projet nSo € ano 208 eioh Imetemdvicn, mas ates oto qe revs ua emus Priors Bea ents, cloenis fron ns ase de oda Festi ulterior € a condigo que pemite a exizent or- arse cj eegndo a gua = detminam sou ects “jets” fandenenass Cada cléncie pos asim so prjenpaelr, andament cotttiva da exirete gue {lcm emda e€ no sca dere projete que sus objezor tele torn presenter — Ete projto que toma pore {elaborago de um fo" cenlen. A "esas" dae etalon {fas no fo pon senfo na dia em que or tbice ‘campreenderm qae no i tos puso, & que wi dado ‘lo tdles sone de ie enien ena a eénela m0 ‘uabelce umm qua peclimionr de seu objet.” (Diem 149-151). A racens no tert anim sei anivoeo: Sonar smite dente da peupectva nodsea« sind Nitin ow eens gm que or 9 abservdor. Mostase ‘Seu moda a greg, de stro ao homnem medieral out to tentcents, de outro ao homem cantempoidaes. ou Antecedentes Sociolégicos da Redusito Sociolégica A ida de redugéo se encontra em antecedentes prdninos do que, atualmente, ze chama'de socologis do conecimento Desde os materialise fanceses, Condi, Helvéius e Holbach axé Desite de Try, etiador de Seicnoe dea [ge que, a0 see fublinhads a origem social dat idéias, 2 portulou que © eu significado extencial nfo € 0 que nos di apatente ow disets- mente, mas 0 indireto, iso é, aquele que se apreende quando 5 ple em suspensio os seus aspects externos, elrido, pordmn, > contexto de que fo parte. A anise ideoligica, tal como 2 fentendem os marisas a socologla do conhecimento, se Fun- damenta numa condute eminentemence edutora Auulinente porém, tatase de dar um pase adiante, submetendo &reflexzo fags atiude metic jd inplicta to tbalho socioligen, Porque mio ae iniciaram neste principio metsdico, & que até metmo socidloge.prineipalmente aos pases colons, ainda nfo fazem wio socildgico da socilogia, Para ausumir atcude s0- oldgia cienlica, ado basta a informarzo © oconhecimento dat lias e dos sistemas. Nada pode suprit, na formagao da atieude sociolign cei, 4 pia da redugo, O sail nto € mero afhetzado em scologin, mot tomes mle ae conbece a lerurs dee campo do mee Soculsge 9 See rats arto sociligics Epc, paren dw dso racic e fenomenclgi de seal Ess se cas sb mode de 7 de wil A fenomenclogin dost deen como se dd ¢ sec ov mortar tos eatacis oe cee mediate 0 que Huser! chama o procase de twigua fet Huss sl do era da csnca do see em see eu son 4a fenomeologia tout cnr (redaia nuthin, soins

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