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Componentes construtivos estruturais — Determinagao da resisténcia ao fogo ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS nek tarp COrigem: Projeto de Emenda NBR 5628:2001 ‘Saieseei goreamee ‘ABNTICB-02— Comité Brasileiro de Construgao Civil =< ‘CE-02:003.13 — Comissdo de Estudo de Estruturas Resistentes ao Fogo seabeont NBR 5628 — Structual constructions components — Determination of the fire resistance Descriptor: Fire resistance Esta Norma substitul a NBR 5628:1980 eee ‘Valida a partir de 30.01.2002 cee Palavra-chave: Resisténcia ao fogo 6 paginas 1.1 Esta Noma prescreve o método de ensalo destinado a determinar a resisténcia a0 fogo de componentes construtivos cstruturais representada pelo tempo em que respectivas amostras, submetidas a um programa térmico padréo, satisfazem { exigéncias desta Norma, conforme os requisitos nela especiicados. 1.2 Esta Norma se aplica 20s seguintes componentes de ediicagies: 8) paredes estruturais; by lajes; ©) plies; 6) viges. ‘2 NORMAS COMPLEMENTARES, [Na aplicarso desta Norma é necessério consular: [NBR 6479 — Porta corta-fogo, tipo leve ~ Método de ensaio 3 APARELHAGEM ‘A aparelhagem @ acessérios devem constar de: 2) foro; ») termopares: ©) estutas; 4) tubos de porcelana; .¢) chumago de algodao; 2 NBR 5628:2001 §) grampos de arame de ago: 9) bastidor, h) alga de arame de aco; 1) disco de cobre; ) pastiha de amianto, 4EXECUGAO DO ENSAIO ‘4:1 Programa térmico padréo © programa térmico a ser adotado no ensalo é definide pela curva-padrlo "temperatura-tompo" (ver Figura), cula expresso ‘matemética 6 a seguinte: ‘T~To=345 log 10 (81+ 1) Onde: 1 = tempo em minutos a contar do inicio do ensaio ‘T= temperatura do foro em °C no instante "* To= temperatura inicial do foro em °C Sendo: 10°C < Te 40°C ‘A expresso acima permite calcular a seguinte escala de temperatura, conforme Tabela. 4.2 Preciséo do controle de temperatura 42.1 A dea sob a curva da temperatura média do fomo regisrada durante 0 enssio © a correspondente sob a curva-padrio, computadas sempre desde a origem, devem coincidir sensivelmente, admitindo-se as seguintes tolerdncias: 42) ¢ 15% durante os primeiros 10 minutos; +b) # 10% durante os primeiros 30 minutos; ()# 5% apés 0s primeiros 30 minutos. 4.2.1.4 Para t > 10 minutos a temperatura média do foro em qualquer instante no deve apresentar uma diferenca, em relagdo & temperatura de curva-padréo, maior que 100°C. 4.3 Condigdes gorais do ensaio 4.3.1 Caracterisicas da amostra 4.3.1.1 As dimensdes da amostra devem, de preferéncia, ser as reais de utlizago, LH lovaedo de temperatura T-To cnet tt i Tampo om mintos Figura - Curva-padrio “Temperatura-tempo” NBR 5628:2001 3 43.1.2 O ensaio deve ser realizado sobre uma amostra representativa do elemento construtiv incluindo, segundo os ‘casos, todos 0s tipos de junta previstos, os sistemas de fixacdo e apoio, os vinculos e os acabamentos que reproduzam as condigdes de uso. Os materiais © a mo-de-obra utlizados na execugo da amostra devem obedecer 30s padres definidos ‘em outras normas brasileiras. 4.3.1.3 No inicio do ensaio, a amostra deve ter teor de umidade préximo daquele previsto para as condigSes normals de us. 4.3.2 Carregamento e vinculos 4.3.2.1 Antes do inicio da aplicagdo do programa térmico, 2 amostra de um elemento portante deve ser submetida a um carregamento, mantido constante durante 0 ensaio, que origine esforcos da mesma natureza e da ordem de grandeza dos Produzidos @ temperaturas normais nos elementos em situago de uso, pelas ages de servigo prescritas por outras rnormas brasileiras para o seu projeto. Além destas, outras cargas podem ser aplicadas em decorréncia de entendimento entre 0 interessado e 0 laboratéro, 4.3.2.2 Os apoios e vinculos das extremidades ou das bordas da amostra devem reproduzi as condigSes efetivas de uso. 4.3.23 Os casos em que estas condigSes no possam ser definidas ou aplicadas sio analisados nas segdes desta Norma {ue tratam dos elementos em particular. ‘44 Medico da temperatura do forno 4A. A temperatura deve ser medida por meio de termopares constituidos de flos nus com didmetro no menor que 0,75 mm e nem maior que 1,50 mm, distrbuidos simetricamente no foro e em nimero variével segundo 0 tipo de ‘Componentes a ensaiar, de acordo com 4.11. 4.4.2 As temperaturas devem ser medidas com uma tolerdncia de + 1,5%. Os flos dos termopares devem ser protegidos por material resistente a0 calor, tal como tubos de porcelana. A extremidade exposta deve ter no minimo 25 mm de Comprimentoe distar permanentemente 100 mm do ponto mais préximo da superficie da amostra ‘4.4.3 Considera-se como temperatura média do foro a média artmética das temperaturas reveladas pelos termopares. ‘A. Determinagéo de estanqueldade ‘4.5.1 Quando 0 ensaio incluir a verificago da estanqueidade, os gases junto 8 amostra devem ter uma pressao acima da atmostérica (1,5 1 0,5)x 10° MPa ((1,5 + 0,5)x 10" kale), 4.5.2 A permeabilidade s chamas © gases quentes das frestas © fissuras 6 verificada por meio de um chumago de algodso colocado a uma disténcia maxima de 30 mm destas, mas no em contato com a amostra. 4.5.3 O chumago deve ser aplicado a curtos intervalos de tempo e mantido em posicao durante pelo menos 10 s para determinar se o& gases quentes provocam sua inflamado. ‘4.5.4 0 algodio ulilizado no ensaio deve consistr de fibras novas, macias @ nfo tingidas, sem qualquer mistura com fibras atficias. Este chumago néo deve ser reutlizado, se absorver umidade ou ficar carbonizado numa aplicaco precedente. ‘4.5.5 0 chumago deve medir (100 x 100) mm na superficie exposta e ter espessura de cerca de 20 mm, pesando entre 3 ¢ 4, € ser fixado por meio de grampos de arame de aco a um bastidor de 100 mm de lado, também de arame de ago com cerca de 1 mm de diametro. O bastidor é fixado a uma alga também de arame de aco com comprimento de, aproximadamente, 750 mm. Notas: a) Antes do uso, o chumago deve ser seco em estufa a 100°C durante, pelo menos, meia hora; +b) Outros processos equivalentes s80 permitidos quando 0 ensaio com o chumago no é possivel, 4.6 Medigéo do isolamento térmico ‘A.8:1 As temperaturas da face no exposta da amosira devem ser medidas por meio de termopares, cada um com a junco ‘fxada no centro da face de um disco de cobre de 12 mm de diémetro e 0,2 mm de espessura, que deve ser maniido na superficie da amostra na posicéo prescrita nesta Norma para cada caso. 4.6.2 0 disco deve ser coberto com uma pastiha de amianto seco em estufa, com 30 mm de lado e 2 mm de espessura, ¢ 05 flos do termopar devem ter didmetros no maior que 0,5 mm. O disco e a pastiha devem ser fxados a superficie de {forma a obter-se um bom contato entre o disco e a superficie. 4.8.3 As temporaturas devem ser medidas com toleréncia de + 1,5%. 4.7 Observacbes durante 0 ensaio ATA Resisténcia mecénica Devem ser registrados os deslocamentos transversais ea ocorréncia de ruina da amostra e de qualquer outro fator que possa afetar a sua resisténcia mecéinica ou provocar deformacdo excessiva 4.7.2 Estanqueidade [Nos componentes que desempenham concomitantemente fungdes estrutural e de vedagao, deve ser anotada de fissuras ou outras aberturas que provoquem a inlamacao do chumago de algodo descrito em 4.5. ‘4.73 Isolamento térmico [Nos componentes que desempenham concomitantemente funcdes estrutural e de vedacdo, as temperatures da face néo cexposta devem ser anotadas, continuamente ou a intervalos nao maiores que 5 minutos. presenca 4 NBR 5628:2001 4.7.4 Informagées adicionais 'No decorrer do enssio deve ser observadas todas as mudancas ou ocorréncias, mesmo que ndo relativas 206 requisitos dde 4.9, que possam causar riscos ao ambiente de um edificio, por exemplo, a emisso de volume aprecidvel de fumaca ou dde vapores danosos peta face ndo exposta de um elemento de vedacdo. 4.8 Duracdo do ensaio ‘A amostra deve ser aquecida segundo @ modalidade prescita, até que ocorra sue inutlizagSo pera todos os requistos pertinentes 20 ensaio, excetuando-se 0 caso em que por acordo entre 0 interessado e o laboratério o ensalo possa ser ‘conciuido num prazo prefixado, tena ou nio ocoride a inutlizacso de acordo com os requisitos estipulados nesta Norma, ‘4.9 Reeplicarso do cerregamento 'No ensaio de verificagso da resisténcia mecénica e das deformagées, caso néo ocorra a ruina durante o aquecimento, deve debxar-se esfriar a amostra descarregada e reaplicar o carregamento 24 h apés o término do aquecimento. 4.10 Requisitos 4.10.4 Resisténcia mecdnica e deformagses Considera-se inutlizado © componente que, sob 0 efeito do carregamento definido em 4.3.2 e da ago do calor, sofra ruptura ou deslocamento transversal maior que o maximo estipulado para cada caso. 4.10.2 Estanqueidade Considera-se estanque o componente que sob efeito do calor ndo sofra fssuraco suficiente para permit a passagem, da {ace exposia para 2 nfo exposta, de chamas © gates quentes, revelade pea infamaréo de um chumapo de algodso, 4.10.3 Isolamento térmico CConsidera-se 0 componente satisfaério como isolante térmico se no softer um aumento de temperatura, na face no ‘exposta, acima da temperatura incial, superior em média @ 140°C @ em qualquer ponto a 180°C. 4.14 Condigées especificas do ensalo 4.41.4 Paredes estruturais 4.4.4.4 Caracterizagao da amostra 4.11.1.4.4 Quando a amosira no puder ter as dimensdes reais da parede, deve ter no minimo 2,5 m de largura e 2,5 m de altura, mantendo-se a espessura real da parede. 4.11.1.1.2 Para estabelecer 0 desempenho de uma construpso composta, a amostra pode incuir igas e pilares, que nas. Condigdes de uso estejam integrados com a parede, podendo incluir outros components tais como portas e janelas. 4411.4. Vinculos ‘As bordas verticals da amostra, sujeitas a cargas verticals, ndo devem ter vinculos. 4.11.4.3 Condigées do ensaio 4.11.1.3.4 As amostras dos componentes, que nas condigtes de uso podem ser expostas ao fogo em qualquer das suas faces, devem ser ensaiadas na situago que propicie menor resisténcia. No caso de divida, a resisténcia deve ser determinada nos dois sentidos.. 4.11.1,32 As temperaturas do fomo devem ser medidas por meio de termopares dispostos, no minimo, um para cada 1,5 m* de drea da superficie exposta na amostra. 4.41.1.3.3 No caso de uma amostra incluir vga ou pilar, quer emibutidos completamente na parede, quer com uma ou mais, {faces expostas, deve ela ser ensaiada de acordo com o procedimento estabelecido nesta Norma. 4.11.1.3.4 Quando se deseja determinar a resisténcia ao fogo de pilar ou viga intercalados numa parede, as partes desta, {ue tenham resisténcia & penetragao ao fogo menor que resistencia & ruina da viga ou do pilar, devem ser protegidas no lado extemo por uma placa de material isolante, néo combustivel, de espessura néo menor que 25 mm e colocada ‘proximadamente @ 100 mm da face. 4.11.4.3.5 A temperatura da face no exposta da amosira deve ser medida em no menos que cinco pontos, um dos quais aproximadamente ne centro da superficie e os demais nos centros de cada uma das areas resultantes da divisio da ‘superficie em partes iguais. de modo que a média das temperaturas a ser determinada, seja representativa da amosira na sua totalidade. 4.11.4.3.6 A média das temperaturas medidas nesses pontos deve ser considerada como sendo a temperatura média da face ndo exposta. Toda vez que na direcdo normal ao fluxo de calor a amostra no for uniforme ou © material no for hhomogéneo, como por exemplo alvenaria de blocos vazades, pontos adicionais de medigao devem ser prevists. 4.14.1.3.7 Durante 0 ensaio devem ser medidas temperaturas nas juntas e em outros pontos que se suponham mais {quentes que os anteriormente indicados; essas temperaturas no devem ser computadas no céiculo da temperatura média, ‘mas consideradas na determinacdo da temperatura maxima, 4.11.1.3.8 Quando um pllar ou uma viga forma o contomo de uma abertura na parede, o ensalo deve ser realizado de ‘acordo com 4.11.3 ou 4.11.4. Se uma porta forincluida na amostra deve ser aplicada a NBR 6479. 4.11.1.4 Determinacdo da resisténcia ao fogo (0 julgamento do comportamento de parede estrutural 6 feito de acordo com os requisitos de 4.10 @ com o resultado do tensaio, conforme Capitulo 5, NBR 5628:2001 5 441.2 Lajes 441.24 Caracteristicas da amostra 4.41.2.1.1 Quando for admitida a contibuicdo, de um acabamento de forro ou de forro suspenso, para a resisténcia 20 fogo de uma iaje de piso ou de cobertura, a amostra deve incorporar esse acabamento ou esse forro. Se este for suspenso, deve ser instalado nas condicSes previstas para 0 uso, incluindo seu sistema de suporte e fixagdo. Se na prética 0 foro incorporar lumingrias ou insufladores de ar, esta condigao deve ser reproduzida na amostra. 4.11.2.1.2 Quando no for possivel enssiar, em tamanho natural, uma amostra de laje apoiada apenas em duas bordas ‘opostas, a parte exposta 20 fogo ndo deve ter menos que 2,5 m de largura por 4 m na direco do vo. 4.11.2.1.3 No caso de lajes armadas nas duas direcbes, deve ser feito um estudo especial para afixagSo das dimensies da amosta, 441.22 Vinculos ‘As condigdes de apoio e de vinculos devem satisfazer &s exigéncias de 4.3.2, mas, quando no puderem ser defnidas, 3 ‘mostra deve ser ensaiada simplesmnete apoiada. 4.11.2.3 Condigées do ensaio ‘441.2.3.1 A amostra deve ser exposta ao calor na sua face inferior. 4.11.2.3.2 As temperaturas do fomo $0 medidas por meio de termopares disiibuldos de forma que nao resulte menos que lum termopar em cada 1,5 mde area exposta. 4.11.2.3.3 A temperatura da face no exposta da amostra deve ser medida em no menos que cinco pontos, um dos quais. localizado aproximadamente no centro da superficie e os demais no centro de cada uma das éreas resultantes da divisS0 dda superficie em parte iguais, de modo que a média das temperaturas a ser detorminada, seja representativa da amostra na sua totalidade. 4.411.234 A média das temperaturas medidas nesses pontos deve ser considerada como sendo a temperatura média da face ndo exposta. 4.11.2.3.5 Toda vez que na dirego normal ao fluxo de calor 8 amostra ndo for uniforme ou o material no for hamogéneo, ‘como por exemplo laje mista ou nervurada, devem ser previstos pontos adicionais de medics. 4.11.23.6 As temperaturas também devem ser medidas em qualsquer pontos que parecam mais quentes que os anteriormente indicados em qualquer momento durante 0 ensaio; essas temperaturas no devem ser computadas no Célculo da temperatura média mas devem ser tomadas em consideraco na verificago da temperatura maxima, 4.41.2.3.7 Deve sor medida a flecha méxima da amosira em relacio ao plano dos apolos. 4.11.24 Determinagéo da resisténcia 20 fogo 4.11.2.4.1 0 julgamento do comportamento da laje & feito de acordo com os requisitos de 4.10 e com o resultado do ensaio cconforme Capitulo 5. ‘4.41.2.4.2 Quando a flecha atinge 1/30 do vo livre, considera-se atingindo o limite timo por deformagdo excessiva. ‘4.11.2.5 Relatério do ensaio [No caso em que a amostra inclua um forro suspenso, no relatério do ensalo, na forma descrita em 6.2, deve constar as informages prescrtas em 6.1. 4.41.3 Pilares 4.41.3.4 Caracterizacio da amostra 4.11.3.1.1 Quando um pilar nas condiges de uso tiver faces no expostas 0 fogo, 8s correspondentes faces da amostra

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