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Ligia Saramago. Sobre A Arte e o Espaço de Martin Heidegger PDF
Ligia Saramago. Sobre A Arte e o Espaço de Martin Heidegger PDF
de Martin Heidegger
A proximidade da linguagem
Ao finalizar A arte e o espao, Heidegger encaminha seu argumento
para uma concluso inesperada, trazendo um novo elemento, que no
, certamente, nada novo no contexto de seu pensamento. Diz ele:
A escultura: incorporao da verdade do ser como obra
instauradora de lugares.
J uma viso cuidadosa do prprio desta arte nos permite pre-
sumir que a verdade, enquanto desvelamento do ser, no
se d apenas nem necessariamente como incorporao.
Goethe diz: No sempre necessrio que o verdadeiro
19
HEIDEGGER, Martin.
Seminrios de Zollikon, p. 42.
adquira corpo; j basta que plane como esprito e provo-
20
KR, pp. 209-10/AE, pp. que harmonia; que, como o toque dos sinos, se espraie nos
104-105, grifo meu. No ares, sorrindo em sua gravidade.20
original: Es ist nicht
immer ntig, dass das o prprio desta arte da escultura, desta arte forosamente
Wahre sich verkrpere; espacial, que pode atestar que a verdade no precisa tomar corpo:
schon genug, wenn es
geistig umherschwebt und ela pode planar como vibrao sonora no ar. no mnimo insti-
bereinstimmung bewirkt, gante que tal constatao se d precisamente aqui, na ltima linha
wenn es wie Glockenton
ernst-freundlich durch die deste ltimo escrito dedicado ao espao e s artes plsticas: a verda-
Lfte wogt. de do ser como obra espacial no se d necessariamente na forma,
mas pode acontecer pelo toque sonoro, no ressoar, no mistrio que
envolve, em ltima instncia, som e manifestao. Como o coloca 71
Maria Villela-Petit: