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A despersonalizao
do sujeito na sociedade
moderna:
a esttica
expressionista de
E a, subitamente eles no so
mais apenas X, Y e Z, mas terrveis
marionetes movidas com a fora
da fatalidade predestinada
(Toller, 1983, p. 28).
Ernst Toller
e Elmer Rice
WIVIANE RIBEIRO
DO CARMO
bacharel em Letras
pela Universidade
de So Paulo.
de mscaras que encobrem o verdadeiro
lugar do real (Chau, 1976).
A impossibilidade de retratao objetiva
da realidade tratada tambm por Lukcs
(2000) em A Teoria do Romance, obra
escrita na Alemanha, durante a ecloso da
Primeira Guerra Mundial, cujo tema cen-
tral a fragmentao do ser na sociedade
moderna. Nessa obra, o autor explica que
a totalidade imanente do sentido da vida
foi irremediavelmente rompida nos tem-
INTRODUO pos modernos. Se o heri da epopeia no
buscava nada, simplesmente agia, o heri
ste texto comenta a despersonalizao do do romance caminha solitrio pelo mundo,
sujeito no mundo moderno, tal como con- em busca de algo.
figurada na esttica expressionista adotada A inteno de configurao, entretanto,
por Ernst Toller em As Massas e o Homem permanece a mesma, ou seja, tanto Homero
(1919) e por Elmer Rice em A Mquina de quanto qualquer romancista pensam a obra
Somar (1923). como um todo pleno de sentido. A diferena
Ambas as peas refletem no apenas em que os dados histricos e filosficos com
seu contedo, mas tambm em sua estrutura, os quais o narrador do romance se depara
o caos urbano do entreguerras. A perda da so outros. Aqui, a vida j no mais um
viso onisciente, substituda pela retratao contnuo pleno de sentido, pois a integridade
ntima e subjetiva do indivduo, a atenuao que havia entre o homem e seu mundo foi
da motivao causal, alm da subjetivao destruda. Entre o verdadeiro significado da
das noes de tempo e espao, so alguns dos vida e a vida em si instalou-se um abismo, de
sintomas das mudanas sociais na produo
artstica a partir desse perodo. Reproduo
BIBLIOGRAFIA