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VIVA 0 POYQ_DA GUINE E CABO VERDE "Q coloniatismo é uma Anguessuga Fotha anticotoniat aet com duas ventoeas; una chupa» sangue do proletariado da metrépole « qa outra 0 4) proletariado das colénias, Se que remos matar esse monstro, & présiso ne cortar-lhe as duas ventosas. Se s§ uma edig&o: : = ‘ . x e é cortada, a outra continuard a chipar VO2 3, 9 gangue do proletariado, o animal eon | PeVvOo ; tinua a viver e a ventosa cortada aca- fo ee ba por reaparecer." 1$00 Ho Chi Minh HONRA: AOS MARTIRES DE PIDJIGUITI! Em-3 de Agosto de 1959, deu-se o massacre de Pijiguiti. sta data tornou-ee mais um marco na histéria da Guiné, pe las consequéncias que trouxe a0 desenvolver da luta nacio- nals Desde hd tempos que os trabaihadores do porto de Bis- gau faziam reivindicag3es econdédmicas - aumento de saldrios e greve dos estivadores. As autoridades comportam-se como agentes executivos da exploragdo das riquezas materiais e humanas da Guiné: no, dia 3, a tropa atira sobre os grevis- tas, os manifestantes e a populagfiot em 20 minutos, ‘52 mor tos e centenas de feridos, segundo estatisticas oficiais. Entre a populagio urbana, @ choque e a sutpresa foram eonsiderdveis. Os camponeses foram rapidamente informados, pela chegada dos recugiados; a indignagZo popular nos cam= pos foi reprimida por rusgas militares e policiais frequen tes. Simultaneamente, a administragao colonial conseguiu criar, pelo aumento da exportagdo do arroz, & custa duma grande parte da populagio guineense, uma nova arma de opreg sao - a fome. as A violéncia da repressSo0 colonial a verificar a inutilidade da via legali sta lava os patriotas ta que tinham até eatSo seguido. A accdo polftica face ao colonialismo portu~ gués tera que contar com a organizagdo dz defesa das massas. Em conselho extraordindrio em 19 de Setembro de 1959, reuni do clandestinamente em Bissau, 9 PAIGC decide-se oficialmen té pela preparagdo da luta armada. 2 A LUTA POPULAR Diz-nos Amflear Cabral: "Era um momento crucial da hi sté 5, ria da nossa luta. 0 massacre de Pidjiguiti tinha ‘sido uma doloro sa ligfo para o nosso povo. Apren INVENCIVELE demos que, contra‘os colonialis- tas portugueses, nfo era questao de escolher entre a luta pacifi- cae a luta armada. Zles tinham armas e estavam decididos a li- quidar-nos. Decidimos entdo suspender todas as acetes reivindicativas nas cidades e prepararmo-nos pa kaa luta armada." apelo do PAIGC aos portugueses Os nossos povos fazem a distinggo-entre © governo colonial fascista e o povo de Portugal: nao lutamos contra © povo portugués. Contido, a situagfo Odjectiva de largas Camadas do povo portugués, oprimidas e €Xploradas pelas Classes dirigentes do seu pafs, deve fazer-leg compreen= der as grandes vantagens que para eles de: ivar¥o da vitéria dos povos africancs sobre o colonialismo portugtés, Aos ambientes cultos je Portugal, especialmente aos democratas progressistas, incumbe a tarefa de ajudar o Povo portugués a destruir os vest{giog virulentos da ideo- logia esclavagista e colonialista, os quais determinam du- ma maneira geral o sey comportamento negativo perante as justas lutas dog povos africanos. Por isso mesmo, Os meios intelectuais deveriam tanbdm vencer a sua mentalidade impe 3 rial, feita de preconeeitos e dGesdém sem fundamento pelo valor e capacidades reais dos povos africanos, Os democra tas: portugueses serao efectivamente incapazes de compreen der as justas reivindicagdes dos nossos povos enquanto nko estiverem convencidos de que a tese da "{maturidade para a autodeterminagfo" 6 falsa, enquanto nfio se conven- cerem de que a opressio nunca foi nem serd escola de vir- tudes e aptiddes. E preciso reafirmar claramente que, embora sendo” con tra toda a espécie de fascismo, os nossos povos nao lutam especificamente contra o fascismo ‘portuguéss nés lutamos contra o colonialismo portugués. Nés sabemos, e eu faio como técnico, que Portugal tem condigSes para oferecer uma vida digna a todos os seus filhos. Esta 6 que é a pdtria que os portugueses tém de de fender e engrandecer com os seus esforgos e sacrificios, e nela amanha, de certeza, colaborarfo connosco na Guiné e em Cabo Verde, para juntos darmos as mios fraternalmente, baseados na histéria, baseados na amizade, baseados em ty @o quanto nos une. A missio de acabar com as guerras culoniais confiamos aés que a levard a cabo o povo portugués, através dos seus operdrios e camponeses, da sua juventude, dos seus intele- etuais progressistas ou anticolonialistas, de todos aqueles que respeitam e amam de facto Portugal e sabem que lutar contra a guerra colonial é salvar Fortugal do sofrimento, da ruina e do perigo que essa guerra cria para a sua prdé- pria independénciay 4

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