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XN DO METODO DE ESTUDO DA MATERIA MEDICA 1. Ha, principalmente, s de estudo do medicamet 19) Da dinamica miasmatica — através das Matérias Médicas puras (Hahnemann — Allen — Hering) Matérias Médicas cl inicas (Gal lavardin, Jahr), e dos Repertorios (Barthel — Kent). (3° N {vel) 2°) Do génio do medicamento — através das matérias médi- cas clinicas que mostram os sintomas idiossincrasicos e reativos, exal- tando os pontos mais caracteristicos e ainda os sintomas gerais. (29 Nivel) 3°) Do tropismo organico — através das Matérias Médicas cl i- Nicas que apresentam as indicacées clinicas com suas modalizacGes. (1° Nivel) 2. Os trés se complementam, embora a importéncia maior se situe no primeiro que permite captar a “alma’’ do medicamento. 3. Num primeiro tempo se faz o estudo do medicamento de per si, e noutro tempo, o da matéria médica comparada, que possibi lita o diagnéstico diferencia! entre eles, privilegiando o primeiro ¢ 9 segundo niveis. 4. 3° nivel — Dindmica miasmatica Aqui, também, ha varias formas de unir o material acima cita- do, para se conduzir, em busca da compreensdo da esséncia e da dina mica do medicamento. 4.1 — Em todo homem ha as Psoras basicas ou genéricas que © caracterizam como espécie, mas que nao o individualizam como pessoa. A individualizac&o ou personificagao se dara pela maneira pe- culiar de cada um vivenciar a sua fragilidade com o mundo que o ameaca e solicita. Na sua intimidade emocional vai preponderar uma dessas pso- ras que se transformara em Psora idiossincrésica que movera a pessoa, influenciando seu entendimento das coisas e a sua interac¢do com o mundo. 4.2 — Psora genérica 1 — Da ameaca a sua integridade. — Medo da morte — (D) — Ansiedade pela satide — (H) — Medo do dano— (E) — Medo da pobreza — (P) 34 2— Da dtvida e receio quanto ao seu desempenho, sua ca- pacidade. — Insguranca — (I) — Medo de falhar — (Fl) 3— Do sentimento de abandono, de desprotecéo — Sensacdo de abandono — (F) — Sensacdo de desprotec¢ao — (HL) 4 — Do sentimento de punigao por erro — Ansiedade de consciéncia — (C) — Ansiedade de salvacao — (S) — Ilus&o de persequi¢fo — (Pr) Esses s&o os quatro grupos basicos, e outros grupos devem ser formados se o estudo do medicamento assim exigir. Assim como, ha outros sintomas pséricos que cabem num ou mais dos grupos, confor me a interpretacdo. 4,3 — Deve se buscar, iniciaimente, identificar em qual das psoras acima se posiciona a idiossincrasia do medicamento. Mas para uma melhor individualiza¢do deve se modalizar sua psora primaria. Assim, n@o basta saber que ele tem uma inseguran¢a, ou uma ansieda- de de consciéncia, primariamente, mas também como ele vivéncia tal sentimento. 4.4 — Depois, separar os sintomas mais marcantes da sua rea- tividade para, em seguida, compor a dindmica miasmatica. 4.5 — Psora — sintomas de sofrimento, precariedade, menos- valia Sicose — Sintomas de enfrentamento Syphilis — Sintomas de fuga, 5. Sinopse da dindmica miasmatica 5.1 — Psora genérica — € 0 sofrimento basico presente no ser humano, mas sem individualizd-lo. Decorre da faculdade que todos tém de ectar a ameaca do mundo, e ser sensivel a ela. Ela 6 dependen- te de uma situagdo concreta. 5.2 — Psora primdria — @ psora que individualiza o ho- mem, movendo-o na relacdo consigo e com o meio. E a psora idios- sinorasica; ou seja, O seu sofrimento é decorrente de uma ilusdo da sua fragilidade, que se apresenta independente de estimulos ambien- tais. A psora priméria pode ser representada por dois ou mais sinto- mas psdéricos. E uma vivéncia pura do sofrimento consigo mesmo. 35 sy 5.3 — Psora secundaria — é também psora idiossincrasica, po- rém se encontra num segundo plano de importéncia. Tem sua fonte na psora priméria. 5.4 — Nucleo psérico — é 0 conjunto composto da psora pri- maria @ secundaria. 5.5 — Psora reativa ou projetiva — é a expressdo da psora pri- maria e secundéria no meio. Manifesta-se através das coisas animadas e inanimadas que envolvem a pessoa. 5.6 — Psora latente ou adormecida — é a psora subliminar que nao se manifesta como sofrimento, no momento. 5.7 — Psora desenvolvida — 6 a psora que se manifesta como sofrimento, no momento. 5.8 — Sicose — Reacdo de defesa estruturada, com base na intencdo de enfrentamento-e superacdo do sofrimento psdrico. 5.9 — Syphilis — Reac&o de defesa estruturada, com base na inten¢do de fuga do sofrimento psorico. 6. — Sistematica para composi¢do da dindmica miasmatica 6.1 — Ler a patogenesia (MMPura) para separar os sintomas psoricos e os sintomas reativos. Quando possfvel classifica-los em sicoticos e sifilfticos. Ressaltar os sintomas caracteristicos, que séo Os raros, estranhos e peculiares. 6.2— Ler o repertorio com a mesma finalidade da leitura da patogenesia. 6.3 —Selecionar dentre os sintomas psdricos os principais, modalizando-os, a fim de constituir 0 nucleo psérico. 6.4 — Com os sintomas e rubricas separados da patogenesia e do Repertério compor a dindmica miasmatica, ou seja, equacionar Oo entendimento da interelacdo dos principais sintomas que constituem os pilares bdsicos. Relacionar a psora, sicose .e shyphilis na tematica basica do medicamento. 6.5 — Os sintomas e rubricas poderdo ser divididos de diversas formas. Aqui ha uma sugest3o de grupos reativos. — Da afetividade — Da agressividade — Da sexualidade — Da religiosidade — Da ocupacao (trabalho-responsabili dade) — Da sensibilidade (pode ser considerado um grupo psdrico). 36 : 6.6 — Grupos do Repertério — mais importantes para se reti- rar sintomas psdricos. — Anxiety — Ailments from — Confusion of mind Delirium — Delusions — Fear — Insanity — Sensitive 7. 2° nivel — Génio do medicamento 7.1 — O génio do medicamento é constituido pelos sintomas mentais caracter(sticos, ressaltados pela Matéria Médica clinica, so- Mados aos sintomas gerais que modalizam bem as agravacdes e me- lhoras. Os homeopatas que escreveram estas Matérias Médicas con- substanciaram tais sintomas pela sua pratica, que confirmou a impor- tancia desses marcos mentais e gerais na estrutura do medicamento. Nos casos curados esses sintomas ocupavam destaque na cons- tituicdo do enfermo. 7.2 — Quando se, faz um estudo dos sintomas mentais da pa- togenesia se entende porque os autores destacaram esses sintomas nas Matérias Médicas cl inicas, e os observaram nos pacientes. 8. 19 nivel — Organotropismo 8.1 — A homeopatia organotrépica funciona porque a Lei dos semelhantes € também aplicavel a este n{vel — 0 somatico. Mas para que se possa fazer homeopatia organicista é preciso que se obedeca ao critério justo da modalizag&o. E quando esta é bem feita, ou seja, sio tomadas as modalizacdes genuinas, o estudo do paciente e do medicamento no nivel fisico vem complementar, e muitas vezes auxiliar, 0 encontro do Simillinum, porque as caracte- risticas essenciais do medicamento se expressam nos dois niveis 0 psiquico eo fisico. 8.2—A substancia na experimentacdo pode apresentar mais frequentemente determinadas doencas, porém a ‘marca registrada’’ do medicamento vai ser conhecida através das suas modalidades ver- dadeiras, que por sua vez, sero detectadas pela presenca quase cons- tante, acompanhando os diversos quadros clinicos da patogenesia. 37 \ 8.3-— So justamente essas modalidades, que emergem da computa¢ao dos sintomas, da patogenesia, que v4o constituir os sin- tomas gerais do medicamento. Esta é a outra forma de se conhecer os sintomas gerais. Sintomas Sintomas Sintomas mentais gerais fisicos 8.4 — E também 0 emprego, na clfnica, dos sintomas gerais que vai permitir a utilizagSo criteriosa da ““Homeopatia de 19 nivel’’, (Organotrépica) que pode servir como um recurso técnico para o encontro do Simillinum. Jutho/1985 — L. C. BERNAL Luiz Carlos Bernal 38

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