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man worse off than wo der revolution would sim IEMs ets Clee Brera) scoimca sistent the ability to divo: ud years old femaie Liberating Life: Woman's Revolution Vida libertadora: Revolucao das Mulheres Abdullah Ocalan 4 e. Dee sa aoe) NCH a corte oe bdullah Ocalan nasceuem 1949, Estudou Cién- cia Politica em Ankara. Lideroua luta de liber- tagdo curda como lider do PKK (Partido dos alhadores do Curdistiio) desde a sua fundagaio, em até seu sequestro e prisio no dia 15 de fevereiro de 1999. Atualmente, segue sendo considerado um importante estrategista e um dos representantes politi- os mais importantes do povo curdo. Em sua condigao de isolamento na prisfio na ilha de Imrali, Ocalan escreveu mais de dez livros que tem revolucionado a politica curda. Em muitas oca- sides inicio “cessar-fogo” unilaterais da guerrilha apresentou propostas construtivas para a solugao poli- tica 4 questo curda O recente “processo de paz” que comegou em 2003 surgiu em face de uma petigao de Ocalan ao Esta- do turco para resolver politicamente & questao curda. Desde 0 dia 5 de abril de 2015 encontra-se mantido novamente em completo isolamento na prisfo da ilha de Imrali, logo apés que os dirigentes do Estado turco decidiram iniciar uma nova guerra total contra 0 povo curdo nas montanhas do Iraque, no norte da Siria eem todo o sudeste da Turquia, sob o pretexto de intervir na guerra contra o terrorismo. Introdugao de Iniciativa Internacional: ste texto de Abdullah Ocalan foi originalmente editado como o terceiro de uma série de livretos ‘elaborados pela Iniciativa Internacional. A série € um compilado de diferentes textos escritos por Abdullah Ocalan que oferecem um resumo de suas posigdes com respeito a temas especificos. Antes de seu sequestro e encarceramento, em 1999, ja haviam si publicados varios livros que tomavam como base seus discursos sobre sexo ‘género, dentre eles, trés volumes de Nast! yasamah? (Como viver?). O titulo de um livro de suas entrevistas, Erkegi dldiirmek (Matar ao macho), converteu-se em um lema muito popular entre os curdos. Ocalan foi responsével pela criagdo de varios slogans como “um, pais no pode ser livre se as mulheres assim nio forem”, redefinindo a libertagio nacional, em primero ugar, como alibertagao das mulheres. Em seus escritos da prisio, a libertagao das mulheres é citada com frequéncia em seus discursos sobre historia, sociedade contemporanea ¢ 0 ativismo politico. Este folheto é¢ ‘uma compilagaio com partes sobre este tema na obra de Gcalan, especialmente nos mais recentes ¢ nos que ainda nao haviam sido traduzidos. Seu ponto de vista sobre o “socialismo real” e seu proprio trabalho teérico e pritico desde a década de 1970 levaram Ocalan a conclusdo de que a escravidio das mulheres foi o gérmen de todas as outras formas de escravidao. Isto, acredita, ndo se deve a que a mulher seja biologicamente diferente ao homem, mas por ter sidoa fundadora e lider do sistema matriarcal neolitico. Abullah Ocalan no é somente um tedrico, & 0 lider de um movimento que nfo luta apenas pela liberdade do povo curdo, mas, também, para encontrar respostas & pergunta de como fazer com que a vida tenha sentido, como vive-la significativamente. E por esta razdo que seus textos geram tanto impacto na vida detantas pessoas. Preocupou-se sempre pela questao da libertagao das mulheres, especialmente a partir da luta do povo curdo, Com a sua critica ao patriarcado animou e inspirou as mulheres do movimento curdo, as quais se somaram & luta contra a dominagio machista, Suas contribuigdes abriram caminhoa grandesavangos. neste campo, Durante muitos anos destacou-se iio sé a importincia de superar os papeis atribuidos as mulheres ¢ homens, mas, também, fomentou-se € apoiou-se 0 desenvolvimento de movimentos € instituigdes de mulheres para que elas pudessem questionar suas vidas, aos homens ¢ a sociedade, reconstruindo-se a si mesmas. Assim, a par da luta de libertagio curda, no Curdistio, a participagio das mulheres incrementou-se se forma atipica em todos 08 Ambitos da vida. De fato, a destacada vitalidade & dinamismo do movimento das mulheres no Curdistao quase sempre surpreendem ao observador que nio espera que isto acontesa numa regiaio do mundo extremadamente patriarcal, ae aa Assim foi como surgiu a ideia de um livreto especial sobrea questo da libertagaio das mulheres. 2 empre me interessei pela questo da liberdade __e desapareceu da historia (do processo historico). f a das mulheres. Em um prineipio, consideravaque __histéria de como © macho dominante, com todos 9s vidio das mulheres no Oriente Médio e, _ seus deuses e servos, governantes e subordinados, Sua de modo geral, era resultado do araso feudal. Apés economia, iénciaearteconseguiramo poder Aqueda nuitos anos de pritica e investigacdo revolueiondria _ ea perda das mulheres sao, por tanto, a queda ea perda: ae uci 4 concluso de que o problema é muito mais de toda a comunidade, dando espago ao surgimento de profundo. A histéria de 5000 anos de civilizagao é uma sociedade sexista. O homem machista tem tanto essencialmente a hist6ria da escravidao das mulheres. Por con interesse em estabelecer seu dominio social sobre as uinte, 6 se obterd a liberdade da mulher mulheres que transforma qualquer contato com ela em quando lutarmos contra os pilares do sistema de domi- uma amostrae um espetéiculo de dominago, nagdio imperante. ‘A magnitude da escravidao da mulher ¢ sua Uma aniilise da civilizagaio dominante mostrar. intencional ocultagao esto, por tanto, intimamente claramente como a liberdade foi progressi relacionada com o crescimento do poder hierdrquico & lastrada na escravidao. Esta “civilizagao dominant estatista dentro da sociedade. A medida que amulherse transmite desde a Suméria até Acidia, da BabilOnia a _habitua 4 escravidaio sfo estabelecidas hierarquias (no Assuar, da Pérsia atéa Grécia, Roma, Bizincio, Europa _sentido grego de tepapyia o hierarkhia, “governo do ¢finalmente aos Estados Unidos. No decorrer dahisté- maximo sacerdote”) ¢ fica assim tragado © caminho a ria desta civilizagao, a escrivao tem sido perpetuadaem —_escravidaio & outros setores da sociedade. A escravi -veis: em primeiro lugar, se estabelece a escravi- dos homens vemn depois da eseravidaio das mulhieresy fio ideol6gica (de forma curiosaas,no fim, compreen- _escraviddio de género difere em algumas qi sivel, foram inventadas deidades mitol6gicas temiv daquela que se dem face da classe ou nagio. Sua) e dominantes); depois vem o uso da forcae, finalmente, __timago € obtida por meio da repressdo especial a apropriago da economia. intensiva, combinada com mentiras que manip Este desenvolvimento da sociedade em trés _emogdes. As diferengas biologicas entre 0s €or estratos fica perfeitamente ilustrado nos zigurats, 0s _ninos e masculinos sao usadas como justificativap templos do Estado sacerdotal sumério. Nos niveissupe- riores dos zigurats é onde habita o deus que controlaa _dbvio e denominado de forma desonrosa € mente. Nos andares médios, localizam-se os quarteis __balho das mulheres”, Considera-se que a sua] generais politicos e administrativos dos sacerdotes. na esfera piblica esté proibida pela religiaole Finalmente, os andares mais baixos so ocupadospelos mente vergonhosa afastando-a progressiv. artesdos ¢ 03 trabalhadores agricolas obrigadosatraba- todas as atividades sociais importantes. Ihar em todos os tipos de tarefas. Essencialmente, este aumenta 0 poder dominante das ati modelo tem sido mantido até os dias atuais. Deste _sociais e econdmicas assumidas pelos hom modo, uma andlise do zigurat como andlise da continu- _lidade das mulheres € mais instituei idade do sistema da civilizagao dominante nos permite _ modo, a ideia de “sexo fragil” se ‘analigar o sistema-mundo capitalista atual desde suas _crenga geral, compartilhada. bases reais. A acumulagao continua de capital e poder sdo s6 uma face da moeda. A outra face é a terrivel __um sexo biologicamente diferente, ‘escravidiio, a fome, a pobrezaeacoergdo emumasoci- raga, naglio ou classe separaday a ra edade vulgar. mais oprimida. Nenhuma raga, ‘A civilizag&io central, dada a natureza do seu submetidaa uma escravidao si sistema de funcionamento, s6 é capaz de se manterpri- de casa. vando a sociedade de liberdade ¢ assegurando que esta ‘A decepgaio que se exper possa ser dirigida como um rebanho. Isto se obtém de qualquer luta, seja pela lib aumentando o capital e os instrumentos de poder, pro- vocando o crescimento da pobreza e incentivando a mentalidade de rebanho. De fato, que a questiio da liberdade seja a questo cave de todas as épocas se deve, em muito, anatureza do sistema. ‘A historia da perda da liberdade é, ao mesmo de como a mulher perdeu sua posigao Go comumente usadas, devemos analisar e dividir a acabar com rede de relagdes que foi tecida ao redor das mulheres. Nao existe outra forma de se obter uma igualdade real (com suficiente espago para a diversida- de), liberdade, democraciae ética verdadeiras. Contudo, a qualificagaio sem ambiguidades do status das mulheres no é s6 um aspecto da questo. Muito mais importante é a questio da libertagao; em mais além da importancia da sua denuncia e sua andlise. A questo mais promissora do atual caos do sistema capitalista & (por mais que seja limitada) a denuncia do status das mulheres. Durante os tltimos 25 anos do séeulo XX, 0 outras palavras, a solucao do problema v rN patriarcado nfo existiu sempre. Existem mui- tas evidéncias que demonstram que em miléni- ‘os anteriores ao crescimento da civili estatista, a posigdo das mulheres na sociedade era muito diferente. Sem dividas, era uma sociedade matriarcal: construida ao redor das mulheres. No sistema Zagros-Taurus na sociedade meso- litica e, posteriormente, na neolitica, comegaram a se desenvolver no fim do quarto periodo glacial, aproxi- madamente hd vinte mil anos. Esta sociedade deslum- brante, com suas ferramentas avangadas e seus sofisti- cados sistemas de assentamento, estava muito mais desenvolvida que a anterior sociedade de clas. Este periodo constituiu uma época deslumbrante na historia da nossa natureza social. Muitos dos avangos que ainda permanecem pertencem aquele periodo histérico: a revolugao agricola, a sedentarizacdo das sociedades ea fiandagiio de povoados, as rafzes do comércio e da fami- lia centralizada na figura da mae, assim como as tribos eas organizagoes tribais. “Muitos dos métodos, ferramentas e equipamen- tos que usamos atualmente tem origem nas invengdes e descobrimentos provavelmente feitos pelas mulheres nesta era, como a utilizagao de plantas de forma curati- ‘va, a domesticagaio de animais, o cultivo das plantas, a construgdo das casas, os prine{pios da nutrigdo infantil, a enxada, o amolador e, quem sabe, inclusive, 0 carro de boi. Para mim, 0 culto & Deusa-mie desta época simboliza a reveréncia que se tinha ao papel da mulher quanto aos grandes avangos. Nao vejo isso como uma deificago de uma fertilidade abstrata. Ao mesmo tempo, a hierarquia embasada na figura da mulher-mae éaraiz hist6rica do concepto de mie, pelo que todas as sociedades ainda respeitam e reconhecem a mae como. ‘uma autoridade, Existe esta autoridade porque a mae ¢ lugao das mulheres: a era neo! feminismo conseguiu (ainda no de forma suficiente) divulgar a verdade sobre as mulheres. Em épocas de aos, a possibilidade da mudanga de qualquer situagio 0 fenémeno aumenta em consondncia com 0 nivel exe- quivel do progresso ou ilustrago, por isso, em tais momentos, os pequenos passos em diregdo a liberdade podem converter-se em grandes saltos para frente. A liberdade das mulheres pode resultar na grande venee- dora da atual crise. Tudo o que a mao humana constru- iu, pode ser demolido por ela mesma. A escravidao das mulheres nao so uma ei natural ou um destino. O que precisamos é uma de uma teoria precisa, programas, organizagdo e os mecanismos para desenvolvé-las. © elemento principal da vida, que da a luz e mantém a vida a través da crianea (educagao), inclusive sob as mais adversas condigées. Por tanto, toda a cultura & hierarquia embasada neste reconhecimento tem que reverenciar a mulher. A verdadeira razio da longevida- de do conceito de mae ¢ 0 fato de que concretamente a mie forma a base do ser social, do humano; y nao sim- plesmente.a capacidade abstrata de parir. Durante o pericdo neolitico, se cria ao redor da mulher uma ordem social completamente comunitaria denominada “socialismo primitivo”. Esta ordem social ‘nao se assemelha 4 nenhuma das priticas que sao impostas pela ordem estatal. Contudo, existiu durante milhares de anos. Esta ordem duradoura foi a que deu forma a consciéncia social coletiva da humanidade; e nosso eterno desejo de recuperar e imortalizar esta ordem social de igualdade e liberdade que nos leva a criar a ideia de paraiso. O socialismo primitivo caracterizado igualdade ea liberdade, foi viével porque a ética an da ordem matriarcal néo permitia a propriedade, que & © principal fator do aumento da divisto social. A divie sto sexual do trabalho, outra questo relacionada coma. divisdo social, nfo estava ainda embasada na proprie- dade y nas relagdes de poder. As relagdes privadas den- tro do grupo nao ainéa haviam se desenvolvido. Os alimentos recolhidos ou cagados pertenciam a todo: todas. As criangas pertenciam ao cla. Nenhum home! ou mulher era propriedade privada de algué todas estas questdes, a comunidade, que era pequena, nao tinha uma grande capacidade de p 20, nha uma cultraideologicae materia principios i mantinham cram a solidariedade ecompartihan A diferenga da sociedade dominante, a relagdo da sociedade neolitica com a natureza se mantinha os termos da cultura ideokigica e material por meio da adogiio de principios ecologicos. A natureza se consi- derava um organismo vivo e animado, nfo como uma entidade separada, Esta consciéneia da natureza fomentava uma mentalidade que reconhecia nela uma multidao de santidades e divindades. Podemos chegar uma melhor compreensio da esséncia da vida coleti- vase reconhecemos que estava embasada na metafisica da santidade e da divindade, partindo da reveréneia & figura da mulher-mie, que precisamos entender é como e por que foi Possivel acabar e substituir o sistema matriarcal na era neolitica, Desde os agrupamentos sociais mais antigos houve tenstio entre coleta de alimentos pela mulher e a caca realizada pelos homens, tendo como resultado duas evolugdes culturais distintas desenvolvidas na sociedade. ‘Na sociedade matriarcal 0 produto do exceden- te, por mais que fosse limitado, era acumulado. Foi a origem do inicio da economia, nfio como conceito mas em relagdo a sua essencial, donde encontramos as rai- zes dos diferentes tipos de economia, tais como a eco- nomia capitalista e a economia de oferta (gift eco- rnomy), Era a mulher, a alimentadora, quem controlava o excedente. Mas, 0 homem, provavelmente desenvol- vendo melhores técnicas para a caga, melhorou sua posigao social atingindo um status mais elevado e reu- niu um séquito ao seu redor. O “anciao” e o Xama que ‘antes nao faziam parte do grupo dos homens fortes uni- ram-se a ele e ajudaram na construgiio da ideologia do dominio machista. Assim, pretendiam desenvolver um movimento muito sistematico contra 4s mulheres. ‘Na sociedade matriareal na Era Neolitica ndo haviam hierarquias institucionalizadas, agora, come- cavam a ser lentamente introduzidas. A alianga do homem (cagador) com o experiente ancifo ¢ o xami foi um passo importante. O controle ideolégico que se ‘estabeleceu a partir de uma alianga masculina sobre os {jovens atraidos ao seu cfrculo fortaleceu a sua posigaio ‘na comunidade. E importante considerar a natureza do poder adquirido pelo homem. Tantoacaga como adefe- sa do cli contra os perigos exteriores estava embasado na ago de matare ferir algo ou caracteristicas militares. Este foi op dda guerra, Em uma situagdo de vida respeitara autoridadee ahierarquia, ahierarquia e 0 poder do Estado. ceito de hierarquia estava ligado ao gov dotes e a autoridade, aos ancidios sibios. gens tinha uma fungio positiva. Em natural, poderfamos inclusive consi como algo benéfico, como um prot6tipo da d cia, A mulher-mie e os ancides seguranga da comunidade e a admit is na sociedade que nio estava glo e na propriedade. A sociedade respe forma voluntaria. Mas, quando a dependéncia vol ria se transforma em autoridade e a utilidade em inte= resse préprio, surge sempre um inapropriado instru mentode forga © instrumento de forga se oculta por tris seguranga comum ¢ a produgio coletiva. Isto oniicleo de todos os sistemas de exploragao © op E a mais sinistra criagao j4 inventada. A eri propiciou todas as formas de escravidio, m religido; toda forma de aniquilagio e saqueios tegragio da sociedade neolitica, mas o fat foi a sociedade estatal sagrada dos s das das civilizagdes originarias da B e do Nilo confirmam isso. A desenyé sociedade neolitica combinada com do-seassimo Estado. A urbanizagio sign resultado foi 0 Propésito de cagar animais e defender-se contra o peri- extemo. Era esta forga organizada a cobigada pelo i familiar, estabelecida pela mulher como produto de seu trabalho emocional. O controle do cli familiar cons- tituiu a primeira organizagdo importante da violéneia, Foi usurpado neste processo a propria mulher, seus filhos e familiares, e toda a sua acumulagio cultural, material e ética. Foi a pilhagem da economia primar da economia domiciliar. A forga organizadora do proto- rdote (xama), o ancitio com experiéncia eo homem. forte se aliaram para formar o primeiro e mais longo poder hierirquico patriarcal, o governo sagrado. Pode- se observar isto em todas as sociedades que estaio em um estigio similar: até a etapa de classe, cidade e Esta- do, esta hierarquia domina a vida social e econémica. Na sociedade suméria por mais que 0 equilibrio houvesse se voltado gradualmente contra a mulher, os dois sexos eram mais ou menos iguais até o segundo milénio a.C. Os numerosos templos para as Deusas¢ 0s textos mitolégicos deste periodo indicam que entre os anos de 4000 2000 a.C. a influéncia da cultura da mulher-mae nos sumérios, que constituiam o centro da civilizagdo, estava no mesmo nivel que o homem. Até cntio, jamais havia existido uma cultura que desonrara ‘ouenvergonhasse a mulher. Desta forma, observamos o inicio de uma nova cultura que desenvolve sua superioridade sobre 0 culto da mulher-mie. O desenvolvimento desta autoridade e hierarquia antes do inicio da sociedade de classes cons- tituiu um dos pontos de inflexdo mais importantes da hist6ria, Esta cultura é qualitativamente diferente da cultura da mulher-mae. A coleta e, mais afrente, o culti- vo eram os elementos predominantes na cultura da mulher-mae. Sao atividades pacificas e que ndlo reque- rem ages de guerra. A caca, a qual os homens se dedi- cam predominantemente, esta apoiada na cultura de ‘guerra ena autoridade violent, FE compreensivel que o homem forte, que tem como papel principal a caga, cobigara a acumulagao da ordem matriarcal. Estabelecer 0 seu dominio Ihe daria muita vantagens. A organizagaio do poder que obtinha por meio da caca the dava agora a oportunidade de ¢ estabelecer a primeira hierarquia social. Este desenvolvimento constituiu a primeira utilizagaio maliciosa da inteligéncia analitica que, posteriormen- te, fez-se algo sistémico. Ademais, a transigao do culto sagrado a mie ao do culto sagrado ao pai permitiuquea saerigenia analicafossedsayadad E trole e dominio sobre os estes aumentou. O poder 4 autoridade fizeram-se cada vez mais importantes. colaboracaio entre 0 homem forte, 0 anciaio com exPe- riéncia (sibio) e 0 xamii para formar um setor privilegi= ado teve como resultado um nicleo de poder dificil de combater. Neste nicleo, a inteligéncia analitica desen- volveu uma narrativa mitolégica extraordinaria para governar as mentes e o senso comum das pessoas. NO mundo mitolégico criado para a sociedade suméria (© transmitido a través da historia por meio de algumas adaptages) exalta-se 0 homem até o ponto de deifica- lo como o criador do céu e da terra. Enquanto que a divindade e a sacralidade das mulheres so reduzidas e, ogo, eliminadas. A ideia do homem como governante © poder absoluta permeia toda a sociedade. Deste modo, por meio de uma dense rede de narrativas mitol6gicas, cada aspecto da cultura se converte na relagdo entre 0 governante e 0 governado, criador e criatura. Engana- se a sociedade para que esta interiorize o mundo mito- égico até 0 ponto em que gradualmente se converte na versio dominante e aceita. Logo transforma-se em reli gitlo, construindoo conceito de que existem diferengas radicais entre as pessoas. Por exemplo, a divisio de classes ¢refletida na historia da expulstio de Adio ¢ Eva do paraiso condenando-a a servidao. Esta lenda outor- ‘ga a0s governantes-deuses sumérios 0 poder criativo, ‘enquanto que os stiditos sto apresentados como servi- sais. A mitologia suméria conheceu a historia da criag2o a partir da costela de um Deus antropomérfico, ‘mas foi a deusa Ninhursag quem desempenhou o ato da criagao para salvar a vida do Deus masculino Enki. Com o tempo, a historia foi mudada para beneficiar a0 homem. Os elementos tepetitivos de rivalidade e cri vidade nos mitos de Enki e Ninhursag-Inanna dupla fungao de, por um lado, degradar as diminuir a importancia da sua criatividade por outro lado, simbolizar a formagao de um s no queniio é mais do que um eseravo ese to que esta concepgaio dos sacerdotes tem relag&o com os subsequentes ‘onam entre Deus-servigal. Determinar a: ¢ vital, n&o obstante, a literatur ligio na sociedade tem como resultado a preeminéncia de alguns dos deuses, também repercute na perda de algu- mas identidades e uma mudanga significativa na forma de outras. Deste modo, o poder absoluto do monarca, durante a primeira etapa da Babilénia, se reflete na acessio do Deus Marduk. Esta iltima fase da mitologia suméria indica que aleangoi-se o limiar do nascimento das religides monoteistas. Numa ordem social como esta, onde o homem era proprietirio das criangas, o pai desejava ter tantas criangas quantos fossem possiveis (especialmente do sexo masculino) assim obteria mais poder. O dominio das criangas lhe dava a chance de se apropriar da acu- mulagio da mulher-mie: o sistema da propriedade esta- va criado. Junto da propriedade coletiva do Estado sacerdotal, a propriedade privada da dinastia ficava estabelecida. A propriedade privada também precisava do estabelecimento de direitos quanto patemnidade: requeria-se que a heranga pudesse ser transferida (prin- cipalmente) aos filhos vardes. Desde o ano 2000 a.c. em diante esta cultura se estendeu muito. O status social da mulher foi radical- ‘mente alterado. A sociedade patriarcal hayia aleangado a forga para se converter num governo legendario. Enquanto que o mundo o macho era exaltado e este se transformava em herdi, tudo o que fosse feminino era rebaixado, vilipendiado, perdendo seu valor. Esta ruptura sexual foi to radical que teve ‘como resultado a mudanga na mais significativa da historia na vida social: 0 que diz respeito ao valor das mulheres na cultura do Oriente Médio. Podemos cha- mar esta mudanga de primeira grande ruptura sexual ou contrarrevolug’o. Vou chama-la de contrarrevolugao porque nio contribuiu em nada no positivo da sociedade, muito pelo extrema pobreza da vida ao estab total em um patriarcado rigido que das mulheres. Esta ruptura na civilizag Proximo é provavelmente o primeiro| a situagdo de decadéncia progressiva, ji quéncias negativas desta ruptura contir plicando a medida que avanga o tempo. E uuma sociedade dual produziu uma soci mente masculina. Produziu-se uma da. A inteligéncia emocional dam vilhas, que era humanista e que ‘com a natureza e a vida foi perdida. ‘cou a maldita inteligéncia analitica de ‘cruel que rendeu-se ao dogmatismo ¢ que separou-se da natureza, que considera a guerra como uma virtude e que desfruta do derramamento de humano, que considera legitimo o tratamento: ‘da mulher a sua escravidao. Esta inteligéncia éa\ a inteligéncia igualitéria da mulher, focada em ‘4 produgo humanitéria ea natureza viva. A mie converteu-se em uma Deusa agora senta-se em seu lar como umamt ceasta. Longe de ser igual aos Deuses, niio ouvir a sua voz ou mostrar seu rosto, envolta véus, convertendo-se num dentro do harém do homem forte. ‘A profundidade da escravidio Arabia (intensificada na tradigao Moisés) esti relacionada com este historico. Cre cig hierdrquica e autoritiria para a sua sobrevi- vvéncia. A alianga da administrago autoritria, com a autoridade sagrada do xama teve como resultado da autoridade A sociedade patriarcal precisa de uma estrutura em uma sociedade estadista, Pode haveruma tendéncia al desenvolvimento, mas assinalar que essa tendén- a seja um processo inevitivel & continuo que busca ma afirmagao completa mente errdnea, Consideraraexisténcia de classes como edades é uma ferramenta que beneficia os idedlogos classistas. Depois desta derrota, produziram-se profundos Tos na sociedade comunitiria das mulheres. O processo de transformagio em uma sociedade hierdr- quica niio foi ficil. B 2 comunitéria primitiva et mente, asociedade hierdrquica tinha que desintegrar-se ou converter Estado, Por mais que tenha jogado uum papel que foi, de certo modo, positivo ao desenvol- chegar a sua aplicagao total & um destino para todas as soci fase da transigaio da sociedade diregiio ao Estado, Final- forma de socializagio, a ento da sociedade, alianga entre os poderes masculinos proporeionou a forga que era necessairia para que o patriarcado hierdr- jico se convertesse em Estado. Em realidade, foi a sociedade hierdrquica e patriareal que subordinou ais mulheres, aos jovens e aos membros de outras etnias ¢ tudo isto foi feito antes do surgimento do Estado. A io mais importante foi saber como chegamos qui nesta subordinagdo. A autoridade para que isto fosse possivel no foi obtida por meio das leis, mas por meio de novas éticas que se embasam nas necessidades mun danas e nao em necessidades sagradas. Por mais que exista uma tendéncia ao conceito religioso do Deus abstrato ¢ tinico que reflete os valores, Pau Emre eC EUR Se ROLES ic! na transformacao da mulher em dona de cas da sociedade patriarcal, a autoridade matriareal da soe dade natural com seu olhar as Deusas resiste. Na ordem matriarcal as regras essenciais sfio as de traba- Ihar, produzir e abastezer as pessoas para poder manté= Jas vivas, Enquanto que a ética patriarea legitima acu mulagio e encurta o caminho par aa propriedade, ética da sociedade comunitéria condena a cumulagao Jentes como fonte de todo o male fomentaa sua sociedade se degra- deex distribuigao, A harmonia internana dade forma progressiva ea tensiio ct “ ‘A solugao deste conflito seria voltar aos antigos valores matriareais ou aumentar o poder patriareal den= troe fora da comunidade, Para a face patriareal s6 hi uma cleigao. Os pilares da sociedade violenta e guerrei- ra embasada na opressiio e na exploragaio ficavam estabelecidos. Por meio deste conflito chegou-se a fase do Estado, a fase de autoridade institucionalizada emba- sada na forga permanente. ‘Sem analisar o status da mulher no sistema hie- rarquico e as condigdes pelas quais foi escravizada, nem o Estado nem o sistema de classes no qual repousa podem ser entendidos de forma clara. A mulher nao perseguida quanto ao género feminino mas quanto fun- dadora da sociedade matriarcal. Sem uma andlise com= pleto da escravidao das mulheres € 0 estabelecimento das condigdes para serem superadas, nenhuma outra cescravidao pode ser analisada ou superada verdadeira- ‘mente, Sem estas anilises, no se poder evitar come- tererros fundamentais. esde o imenso salto a frente na ordem hierdr- quica, o sexismo tem sido a ideologia basica do poder. A autoridade da mulher nao se emba- sano produto excedente, pelo contrario, surge da ferti- lidade e da produtividade e fortalece a existéncia soci- al. Fortemente influenciada pela inteligéncia emocio- nal, est estreitamente ligada a existéncia comunitéria. fato de que a mulher nao ocupe um lugar visivel nas guerras de poder embasadas na expropriagio de exce- dentes, deve-se posi¢dona vida social. Ennecessério assinalar uma caracteristica tem se institucionalizado nas sociedades civilizadas, que é a tendéncia da sociedade as relagdes de poder. Assim, como foi necesséria a transformagao da mulher em dona de casa, para cria-la de novo a sociedade necessi- tava estar preparada para poder organizar a sua propria existéncia. A transformagio da mulher em dona de casa &a forma mais antiga de escravidao. O homem forte ¢ seu entorno derrotaram 4 mulher-mie e todos os aspec- tos de seu culto através de longas e profiundas lutas. A conversiio em dona de casa se institucionalizou quando. a sociedade sexista fez-se dominante. A discriminagaio de género nto é uma nogdo restrita ais relagdes de poder entre & mulher e o homem, mas que define as relagdes de poder que tem se estendido a todos os niveis sociais. E,a0 mesmo tempo, indicativa do poder estatal a alcangou sua capacidade maxima com a moderni- lade. Adiseriminagaode género teve i destrutivo na sociedade, Ean prince hae ae Portas da Sociedade a escravidiio. E, em segunde h todas as outras formas de escravidao se colocaeaeinel pritica sobre a base da escravido da dona de casa, A conversio da dona de casa no s6 tem por objetivo recriar um individuo como objeto sexual, pois nfo é 0 resultado de uma caracteristiea biolégica. A transfor magdo em dona de casa & um processo int social © aponta 4 toda a sociedade. A escravidaio, a 9 subordinagdo e a submissioa insultos, o choro, o costu- me de mentir e a falta de firmeza ¢ o exibicionismo sio todos aspectos reconhecidos da transf de casa e devem ser rechagados pela Ea fundagdo de uma sociedade degradada e a auténtica fundagao da escraviddo. E a fundago institucional sobrea qual se desempenhamas mais antigas formas de escravidio ¢ imoralidade, e todas as que derivaram dela. A sociedade civilizada reflete esta fundag&io em todas as categorias sociais, Para que o sistema func ne, a sociedade inteira deve ser submetida i transforma- «eo em dona de.casa. O poder é sindnimo de masculini dade. Desse modo, a submissaio da sociedade & trans formagdo em dona de casa é inevitivel, porque o poder no reconhece os principios da liberdade e igualdade. Se assim o fizesse, no poderia existir. O poder e 0 sexismona sociedade compartilhama mesma esséncia. Outro assunto importante que temos que menci- onar é a dependéncia e a opressio da juventude estabe- lecida pelo ancifo, a idade o deixava fraco e débil. Isto faz.com que o ancifo tenha que ganhar a cumplicidade conquistando sua mente. O patriarcado se fortalece muito por estes métodos. O poder fisico da juventude permite que possam faze qualquer coisa que desejem. Esta dependéncia da juventude se perpetua e se apro- funda continuamente. Nao é facil romper com a superi- oridade da experiéncia e da ideologia. A juventude (€ inclusive as criangas) esti dominada pelas mesmas estratégicas e titicas, propaganda ideolégica e politica, sistemas opressivos @ mulher: a adolescéncia, como feminilidade,nio é um fato fisico mas éalgo social. ‘Temos que entender bem isto: ndo é uma mera coincidéncia que primeira autoridade poderosa quese estabeleceu foi a autoridade sobre a mulher. A mulher representa o poder da sociedade orginica, natural ¢ jgualitéria que nao tem experimentado relagdes opres- sivas de explorago, O patriarcado nao poderia ter sido vitorioso se cla niio houvesse sido derrotada; ademais, no poderia haver-se realizado a transigao a institucio- nalizago do Estado. Acabar com o poder da mulher- iii teve, por tanto, um sentido estratégico. Nao é dese cestranhar que fosse um processo tio érduo. ‘Sem analisar o processo pelo qual a mulher foi derrotada nao podemos entender propriamente as caracteristicas fundamentais da consequente cultura social do macho dominante. Inclusive o conhecimento da instauragao social da masculinidade seria algo impossivel. Sem compreender como se formou social- ‘mente a masculinidade, no podemos analisara institu- igdo do Estado e, por conseguinte, nao seria possivel definir com preciso a cultura da guerra © relacionada com a categoria do Estado. questo porque é preciso exporas per usadas e macabras que se desenvolvem: de todas as posteriores divisdes de classe diferentes tipos de exploragao, crime e assas tem cometido. A subordinagaio social da n contrarrevolugdo mais abomindvel ja realiza 0 poder aleangou a sua méxima forma do Estado-nagaio. Deriva a sua forga mente do sexismo que se expande ese intensi integrago das mulheres como forga de traba como através do nacionalismo e do milit {qual se gera poder e sao construidos os sexismo ndo é um fato derivado de d que utiliza para levar adiante as suas ‘mesmo modo, quando levamos adiante a ‘cdo da mulher em dona de casa comegou o proce: {ransformar os homens em escravos; por tanto, formas de escravidiio esta entrelagadas. Em resumo, as campanhas para mulheres e para provocar em diregd0 a0 cor Asestruturas da autoridade do guerreiro’ tamente relacionadas. O Estado como uma invengo dos homens. O Estado. foi uma invengaio de homens ¢ as pilhagens foram quase que o tinico ¢do”.A influéncia social da mulher embas ‘¢do foi substituida pela influéncia embasada na guerra e na pilhagem. direto entre o cativeiro da mulher plo por meio da colonialismo, se € _EEY $e BCE Mena mot ilgnios depois do estabelecimento do patri- arcado (0 que denominamos a “primeira sande ruptura sexual”), as mulheres sofre- ram de novo um ataque qual ainda nao se recuperara, Refiro-me a intensificagao do patriareado por meio das religides monoteistas. Amentalidade dominante de rechago a socieda- natural se agravou com o sistema feudal. O pensa- mento religioso efiloséfico converteu-se no pensame: ‘0 dominante da nova sociedade. Do mesmo modo como sociedade suméria sintetizou os valores da so% edade neolitico em seu novo sistema, a sociedade fet dal sintetizou 0s valores morais das classes oprimidas do sistema antigo e os grupos étnicos que resistiam em zonas remotas entraram em suas prOprias estruturas internas. A passagem do politefsmo ao monoteismo desenvolveu um papel essencial neste proceso. As caracteristicas mitolégicas da mentalidade se renovam com conceitos religiosos ¢ filoséficos. O crescente poder do império se reflete na multidio de Deuses sem poder que evolucionaram em um Deus todo-poderoso e universal. A cultura relacionada as mulheres que desen- volveram religides monotefstas teve como resultado a grande ruptura sexual. Enquanto que a ruptura do periodo mitolégico foi uma necessidade cultural, a a do periodo monoteista foi a “lei ditada por Deus”. Tratar as mulheres como seres inferiores con- verteu-se, agora, num mandato divino. A superioridade do homem nesta nova religido fica ilustrada na relagao centre o Profeta Abrahiio e as mulheres: Sara e Agar. O patriarcado fica agora bem estabelecido. Forma-se a instituigéio do concubinato, aprova-se a poligamia. ‘Como mostrou claramentea relago ente o profeta Moi- sés ea sua irma Miriam, a parte da mulher na heranga cultural foi eliminada, A sociedade do Profeta Moisés era uma sociedade totalmente masculina onde as mulheres nao tinham nenhuma fungaio. Assim comega abrigacom Miriam. Durante periodo do reino hebreu que cresceu antes do primeito milénio a.c., podemos observar, com Davie Salomao, a transigao a uma cultura generalizada de conversdio em donas de casa. A mulher, sob a domi- nagdo cultural do patriarcado e do Estado religioso, nao desempenha nenhum papel piblico. A melhor mulher é a que melhor se adapta ao homem ou ao patriarca. A religidio se converte em uma ferramenta para caluniar a mulher. Em primeiro lugar, Eva é a primeira mulher pecadora que seduz. Adiio e provoca a sua expulsio do paraiso, Lilith nao se submete ao Deus de Adio (uma figura patriarcal) e ajuda ao chefe dos espiritos malig- nos (uma figura humana que se nega a servir © naio obedece a Ada). De fato, a afirmagao suméria de que a mulher foi criada a partir da costela de um homem esti, também, na Biblia, Como falou-se anteriormente, € jjustamente o contrério da narrativa original: a mulher passa de ser a criadora para ser criatura, As mulheres {quase ndo so mencicnadas como profetas nas tradi- ‘Ges religiosas. A sexualidade da mulher & contempla~ dacomo a maldade mais desprezivel sendo vilipendia- da, manchada ¢ sujada, A mulher que ainda tinha lugar de honra nas sociedades sumeérias ¢ egipeias se conver te, agora, em uma figura de desonra, pecado e seduga0. ‘Com a chegada éo periodo do profeta Jesus, apa- rece a imagem da figura de Maria Mae, Por mais que seja a mie do filho de Deus, no ha nenhum indicio de sua origem divina, Uma mde extremamente tranquila e chorona (sim o titulo de Deusa!) substituiu a imagem das Deusas-miies. A queda é continua. E bastante iréni- co que uma simples mulher seja fecundada por Deus. De fato a Trindade do Pai, Filho e do Espirito Santo representam a sintese das religides politeistas ¢ a reli- gio monoteista, Apesar de que Maria também deveria ter sido considerada uma divindade, é apresentada ‘como uma mera ferramenta do Espirito Santo. Isto indi- ca que a divindade se converteu exclusivamente em uma figura masculina, Nos periodos sumério ¢egipcio, Deusas e Deuses eram quase iguais. Inclusive durante a poca da BabilGnia a voz das deusas-mae eram ouvidas ainda comclaridadee forga. A mulher jéndo tinha nenhum papel social exce- too sera mulher da sua casa. Seu principal dever era cuidar dos filhos homens os “deuses-filho”, cujo valor havia crescido desde o periodo mitolégico. A esfera publica estava totalmente vetada. A pritica cristl e as mulheres virgens santas representaram, de fato, os refil- gios ¢ retiros da reclusao ¢ isolamento para encontrar a. salvagio dos pecados. Pelo menos esta vida santa enclaustrada oferecia uma libertagaio do sexismo e da condena. Existem razdesmateriais e espirituais para escolher a vida em claustro frente @ un ga do primeiro partido das mulheres pobres. gamia, que estava bem estabelecida no_ s adotada e santificada pelo cristianismo. ‘temum papel importante na historia da. Maomé do que no periodo do Davi e Salomiio. Nesse entio, foi legitimada a poligamia por razdes politicas ¢ a legitimado ter muitas concubinas, Por mais que nto fosse restrito ao maximo de quatro essencial no muda em nada porque a pro- priedade de harems e de concubinas é institucionalizada. Tanto na cultura crist como na mugulmana ha um estancamento em relago & superagiio da sociedade sexista. As normas do cristianismo respeito as mulhe- resea sexualidade em geral estona origem dacriseda vida monogdmica modema. Esta é a realidade que se esconde por tras da crise da cultura sexista dasociedade ocidental. Isto tampouco pode ser resolvido mediantea pritica do celibato, que é exigido aos padres e as frei- ras. A solucao islimica de dar prioridade a satisfagiio sexual masculina com muitas mulheres, esposas ou concubinas fracassou. Em esséneia um harem nada mais é do que um bordel privado de uso exclusive do individuo privilegiado. As praticas sociais sexistas do harem e da poligamia desempenham um papel impor- tante no fato de que a sociedade do Oriente Médio no isl o casami mulheres, a . Familia, dinastia e Estado: arcal e do Estado. Este assunto merece uma analise mais extensa, s pilares da ideologia dindstica sto a familia patriarcal, a paternidade e o fato de ter muitos filhos homens. Isto nos remete a compreensio do poder poli- tico no sistema patriareal. Enquanto que o sacerdote estabelecia seu poder por meio da — assim chamada — capacidade de dar e interpretar significado, 0 homem forte estabelecia sua lideranga por meio do uso do poder politico. O poder politico pode entender-se como, ‘0 uso da forga quando no se obtém a lideranga. Por ‘outra parte, 0 poder do sacerdote se assenta na “ira de Deus” quando nao se cumprem seus mandatos; e um poder espiritual e tem, por tanto, um poder estimulador, Enquanto que a verdadeira fonte de poder politico & dado pelo séquito de militantes do homem forte. ‘A dinastia como ideologia e na pratica se desen- volve virando este sistema. Na ordem patriarcal, 0 governo patriarcal obteve como resultado a alianga entre 0 “ancitio com experiéncia” e o “homem forte”, ‘com seu séquito militar eo xama que, como lider sagra- do, foi oantecessor do sacerdote. O sistema dindstico deveria ser er um todo sagrado, onde a id e encionei a profunda relagao existente entre as relagdes de poder dentro da familia patri- encontra-se por tris da sociedade ocidental. que a represstio da sexualidade pelo cristiani fato que levou a modernidade, o apoio satisf al excessiva é um fator que levou o Isl a um estado pior do que o da antiga sociedade deserto, ¢ a ser superada pela sociedade dental O efeito do sexismo no desenvolvimento} edade é muito maior do que acreditamos.. lisamos a crescente fenda que existe vimento social oriental e ocidental, deverfamos focar no papel do sexismo. A percepeao do sexi Isla produziu resultados muito mais negativos que da civilizagio ocidental em relagao a profuunda eseravi ‘dio damulhereadominagao masculina. ‘A servidaio da sociedade nfo é s6 um fer de classes. Existe uma ordem na submissdo que esta’ profundamente escondida no proprio sistema de esera- vidio, Suavizar esta realidade contribui para reforgar sistema, O paradigma fundamental da sociedade é um sistema de servidio que nflo tem comego nem fim. familiaradministrativo, negando assim: Desenvolveu-se desde dentro do sistema estabeleceu como a classe alta domicleo fan nistrativo, negando o sistema tribal. Tem quia muito estrita. E uma classe protétipo do poder e do Estado. a criagio do poder do Estado, dinastia foi a primeira instituigao proprio cli e tribos enquanto que 0 tribais se acostumayam com a prego disto seria a existencia dolorsa, empobrecid, ae derrotada da mulher sob um estado de guc 1 de baixa intensidade permanente. O monopoliomas- culino que tem sido mantido sobre a vida e sobre o undo das mulheres ao longo da histéria nfo é diferen- rentes de monopolios que so mantidas na sociedade, Ainda mais importante & 0 monopolio de ntigo. Poderiamos tirar conslusdes mais istas se avaliassemos a existencia da mulher como fi no colonial mais antigo. Seria inclusive s preciso denominar 4s mulheres como 0 povo colonzado mais antifo que nunca se converteuem uma agai. A familia, neste conceito social, desenvolveu-se como um pequeno Estado do homem. A familia como stituigdo tem se aperfeigoado através da historia da civilizagdo, uniemente pelo esforgo que propocioa ao aparelho de poder e do Estado. Em primeiro lugar, a familia se converte no suporte basico da sociedade esta- tal dando poder a familia representada pela figura do vartio. Em segundo lugar, o trabalho constante y nio assaliaado da mulher fica assegurado. Em terceiro lugar, ela criaas criands para manter as necessidades da populagao. Em quarto lugar, ela expande’a escravidao e a imoraddidade a toda a sociedae como um modelo a seguir. A familia, constutuida deste modo é a institui- cdo onde a ideologia dindstica se transforma em um modelo funcional. O principal problema para a liberdade no contex- to social é 0 matriménio e a familia. Quando uma mulher se casa ela é, de fato, escravizada, Nao ¢ possi- vel imaginar uma outra instituiogaio que escravize tanto como 0 matrimonio. As escradid6es profundas se esta~ belecem por meio da institugao do matrimonio, escra- viddes que tem se entricheirado dentro do modelo de familia, Esta nao é uma referéncia geral sobre compar- tilhar a vida ou ter relagdes amorosas que possam ter sentido desde a percepgao da liberdade e igualdade. O que se discute aqui é esse modelo de casamento tradici- onal e 0 modelo de familia. A propriedade absoluta da mulher significa a sua exclusio de todos os cenérios politicos, intelectuais, sociais e conomicos; isto nao pode ser reestabelecido facilmente. Por tanto, faz-se necssaria uma revisio radical do modelo de familia, do matrimonio e 0 desenvolvimenot de linhas de atuagao orientadas a demoeracia, liberdae ea igualdade de géne- 10. Os matrimonios o as relagdes que partem das neces- sidades individuais o sexuais ¢ os conceitos de familia tradicional, podem dar lugar a alguns desvios perigo- sos em diregdo a uma vida livre. Nao precisamos destas associagdes, o que precisamos é atingir a igualdade de género ¢ a democracia por meio da sociedade ¢ com 0 desejo de desenvolver-se por meio da analise da menta- lidade ¢ do entono polpitico que produziu assoscia- 6es tao destrutivas. Acultura dindstica e da familia que seguem tendo tanto poderna sociedad ata do Oren Proxim so poder mais uma das principais fontes dos problemas que deram lugar a uma populagao, um poder ¢ umas ambigdes excessivas em querer participar do poder Estado. A degradagao das mulheres, a desigualdade, as criangas sem acesso & educagdo, as dispitas familiares e os pro- blemas de honra estiio todos relacionados com a fami- lia. E como se um pequeno modelo dos problemas ins- trinsecos do poder ¢ do Esatado estivesse estebelecido dentro da familia, Por isso, ¢ fundametal analizar a farni- lia para poder analisar o poder, o Estado, a classe € @ sociedade, O Estado e os centros de poder, outorgaram a0 homem-pai uma copia da sua propria autoridade e fize- ram com que ele desempenhasse esse papel. Deste modo, a familia se converteu na ferramenta mais importante para legitimar os monopélios. Converteu- se na fonte de escravos, servos, obreiros, soldados e produtores de todo tipo de servigos necessarios para os cfrculos capitalistas dominantes. Por isso pediram the deram tanta importéncia & familia, por isso santifica- ram-na. A familia se converteu no porto seguro do sis- tema e por tanto sera incvitavelmente perpetuada. ‘A critica a familia é fundamental. Os restos do passado patriarcal e das sociedades estatais e os mode- los da civilizac&o ocidental modema nfo criaram uma sintese seniio um ponto morto, uma paralisia no Oriente Médio. A viela sem saida criado pela familia ¢, inclusi- vve, o mais circinal que o do Estado. Se a familia segue mantendo a sua forca frente aos demais lagos sociais que estiio desaparecendo mais rapidamente, é porque € 0 tinico refuugio social disponivel. Nao devemos deixar de contar coma familia, Se analisarmos com profundi- dade, a familia pode converter-se no principal apoio da sociedade democritica. Nao sé a mulher, mas toda a famflia deve ser analisada como o principal suporte do poder; se nao, deixaremos o elemento pratico e o ideal da civilizagio demoeritica sem seu elemento mais portante. ‘A familia nao & uma instituigo social que deva ser destruida, mas deve ser transformada. A pretensao da propriedade sobre a mulher e as criangas deve ser abandonada. O capital (em todas as suas formas) e as_ relagdes de poder nao devem ter espaco nas relagdes a dois. A criagao das criangas como motivagao . tera instituigdo familiar deve ser eliminada. A ori 60 ideal da associagio entre homens ordem. O companheirismo natural é 0 que a relagao a dois oficial. O casal ande parte da sua forga e respeito no 0 recuperi-la, nfo serdopossiveisunides familiares significativas. Nao pode haver respeito por uma té agora, fiz uma descrig&io sobre algumas caracteristicas gerais da sociedade sexista, -me concluir esta andlise comalgumas ervagdes sobre as condigdes especificas das mulhe- res curda: ‘A transigtio da civilizagdo suméria a hitita levou ‘a0 proto-curdos a fortalecerem sua existéncia tribal. J6 que a criagdo de um Estado prematuro levaria a sua exterminagao, optaram por um estilo de vida semin6- ‘made ou de semiguerrilha. Ao aumentar o numero de Estados estabelecidos ao seu redor, sentiram a necessi- dade crescente de fortalecer suas estruturas tribais. O tribalismo curdo se pareceria ao estilo de vida de um grupo de guerrilha, Se observamos de forma mais cui- dadosa a familia dentro da organizagdo tribal, vemos a preponderiincia do matriarcado ¢ da liberdade. As mulheres eram muito influentes e livres. A atitude em alerta, a forga e 0 valor das atuais mulheres curdas pro- ‘vem desta antiga tradigdo hist6rica. Por outro lado, um. aspecto negativo da vida tribal é que as oportunidades se fazer uma transigao a uma vida mais desenvolvida ficam restritas. ‘Nai ¢ casualidade que entre os povos do Oriente ‘Médio, os curdos sejam os que tem o sentido Ce dade mais desenvolvido. Podemos observar i seu desenvolvimento historico. A auséncia prologada das classes governantes € ann dade para no gerar nenhum valor posi familia que tenha como base: trugdo dacivilizagaode1 liaévital. ‘fenémeno dos chamados crimes simbélica dequilo que acontece geral. Estio fazendo com que as mulhe destruigio da honra da sociedade perda da masculinidade se paga com inigdo re ista do capitalismo nao deve- ia apresenté-lo como uma constante criada e caracterizada pelo pensamento ea ago centra- em essencial, das agdes dos individu- Tupos oportunistas que estabeleceram suas aber se fendas existentes na sociedade como potencial le excedentes; estas ages tornaram-se siste- ticas jé que abocanhavam inessantemente oexce- soci Estes grupos ¢ individuos nunca representaram mais do que 1% ou 2% da sociedade, Sua forga reside cu oportunismo e em sua destreza para organizar- se. Sua vit6ria nao s6 se deve A sua habilidade organi a, mas, também, ao controle que exercem sobre os bens necessirios e sobre a flutuagao dos pregos no pon io entre a oferta e a demanda. Seas ‘orgas sociais oficiais nao o suprimem e, em vez disso, se aproveitam de seus beneficios dando-lhes em troca poio continuo, entdo, estes grupos que existem as mar- ns de todas as sociedades, podem legitimar-se como 0s novos senhores da sociedade. Ao longo ada historia da civilizagao e, especialmente, na sociedades do Ori- ente Préximo, estes grupos marginais de usureiros sempre existiram. Mas, devido ao édio que asociedade sentia por eles, nunca tiveram suficiente forga para emergir dos bueiros onde residiam, Nem sequer os administradores mais despéticos tiveram o valor para legitimar estes grupos. Nao sé eram censurados como, também, considerados como mais perigoso poder de corrupgao. Sua ética era considerada como a raiz de todo o mal. De fato, a imensa onda de guertas, saquei- 08, massacres ¢ exploragdo que tem se originado desde a Europa ocidental durante os tltimos 400 anos so, em grande parte, resultado da hegemonia do sistema capitalista. (Mas, depois, o ultimo maior contra-ataque se deu na Europa ocidental, pelo que pode-se conside- raruma perda total para toda a humanidade). O capitalismo ¢ 0 Estado-nagao representam a0 macho dominante em uma forma mais institucional zada. A sociedade capitalista a continuagdo ea culmi- nagio de todas as antigas sociedades exploradoras. E uma guerra continua contra a sociedade e contra a mulher. Para dizer de forma mais objetiva, o capitalis ‘mo eo Estado-nagao so 0 monopélio do macho tirano cexplorador. ‘Acabar com este monopélio ser, quem sabe, mais dificil que desintegrar um atomo. Um dos objeti- vos principais da hegemonia ideol6gica do capitalis- ‘mo modemno ¢ apagar todo rastro dos fatos historicos € sociais relacionados com sua concepgao ea sua essén- cia, Isto se deve a que a forma econdmica e social do capitalismo ndio é uma necessidade social e hist6rica, ¢ ‘uma construc social, forjada por meio de um com- plexo proceso. O nacionalismo é a nova religidio filosofia (assimilando-as) e sua nova divindade é 0 Estado-nagao. O objetivo final de sua guerra ideologi- ca é garantit 0 monopélio sobre 0 pensamento. Suas Principais armas so a religiosidade, a discriminagao > de intersec de género e a cigncia como religido positivista. Sem hegemonia ideolégica, s6 com repressio politica & militar, a manutengaio da moderidade ser impossi- vel. Enquanto que 0 capitalismo utiliza a religiosidade para controlar 0 conhecimento da sociedade, faz uso do nacionalismo para controlar as classes e a cidada- nia, um fenémeno que tem aumentado com o capital mo. O objetivo da discriminagio de género é negar as mulheres qualquer esseranga de mudanga. A forma mais eficiente de funcionamento da ideologia sexista é prender 0 macho nas relagdes de poder ¢ anular & mulher por meio de continuas violagdes. Através do cientificismo positivista, 0 capitalismo neutraliza 0 mundo académico ea juventude. Os convence de que a nica escolha é integrar-se no sistema e, em troca de certas concessdes, seasseguraessa integragdo. Tgual que todos os sistemas sociais repressivos ¢ exploradores, o capitalismo nao poderia desenvol- ver-se sem estabelecer um Estado. Enquanto que 0 dogmatismo do sistema feudal tinha um caréter religi- 050, o da sociedade areaica escravista tinha um cardter mitolégico. Deus se encarnava no rei ena dinastia, mas atualmente, Deus é representado como um poder invi- sivel nanobreexisténcia do Estado. Quando 0 capitalismo viu a oportunidade de converter-se em um sis'ema, comegou a eliminar todas as soviedades embasadas na cultura da mulher-mae, Durante a primeira modernidade, a forga da sociedade feminina que batalhava por subsistir, foi queimada na fogueira do cagador de bruxas, Estas mortes foram ferramentas muito titeis para estabelecer sua hegemo- niasobrea mulher e suatotal escravizagao. Atualmente, a mulher esti & servigo do sistema em. parte pela extensa queima de mulheres na Europa sob total servidio ao homem, Depois de eliminaras mulheres o sistema demo- liu, da pior forma possivel, a sociedade agraria, comu- nidades locais, vilarejos e aldeias. Enquanto existisse uma sociedade demoeratica e comunitaria o capitalis- mo nao podia obter o maximo poder e ganancias. Por tanto, este tipo de sociabilidade foi aniquilado sem piedade. Deste modo, a manutengiio do cativeiro da escrava mais antiga, a mulher, converte-se no modelo. para as outras vidas escravizadas: a dos filhos e a dos homens, poder politico © militar desempenha um papel muito importante na manutengao da hegemoni do sistema capitalista. Mas, é fundamental possuir e, consequentemente, paralisar a sociedade por meio da indistria cultural, a mentalidade das comunidades sob influéncia do sistema debilitou-se ¢ seus membros acreditaram. Muitos filésofos proclamam que a socie- dade converteu-se em uma sociedade do parecida a um zooldgico. O sexo, esportes, 5 ‘plist da calla, cantina on eect ate ama inteligéncia emocional eanalitica de sante por meio das propagandas. Como tanto a inteligéncia emocional como a. sams amen dstncionas,tomandoa conguista entalidade da sociedade complet Oo A ed oaeap cee ae voluntéria da sociedade deste cativeiro, mediante as industrias do sexo e da cultura combinadas e, ademais, perceber isto como 0 desperdicio de liberdade! E a base e a ferra- menta da legitimay mais forte que tem os governan- s. O capitalismo s6 pode chegar & fase imperial eom ajuda da indlistra cultural. Por conseguint, a batalha contra a hegemonia cultural requer a luta mais dificil de todas, a luta mental. Até que desenvolvamos ¢ orga- nizemos 0s contetidos ée forma a eontra-ataque contra 2 ye economia converteu-se em um assunto que, Supde-se que as pessoas comuns nig ~_aentendem. Complicou-se intencionalmente pera emascarar a realidade. E a terceira forca, atras da cologia e da violéneia, por meio das quais mulheres e, mais tarde, a sociedade inteira fo forgada a aceitar sua dependéncia. literalmente significa “admin originalmente do dominio das mu outras segdes fundamentais da soi mais adiante. a guerra cultural levada adi de invasdes, assimilagao e ind luta por liberdade, igualdade e d bilidade de triunfar, A modernidade capi sado na negacao do amor, individualismo d 10 em todos 0s cam, a substituig&o de Deus pel sto da mulher em um nenhum Pagamento—ou; tampouco, lugar materi

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