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Meu hlito est frio. Minha boca clama por outra.

Meu medo passa vagarosamente, e o


compromisso se estabelece. Ainda que negasse, sabia que precisava de uma prola.
Busquei no fundo do oceano encontrar minhas jias mais preciosas. Acabei encontrando
diamantes. Ao tentar lapid-los, eles viraram p em minhas mos, que s fazem destruir.

A cor vermelha agora marca registrada em minha pele morena. A solido no era o
problema, nem como lidar com ela... O tempo todo e o problema era Eu. Agora procuro
incessantemente juntar os pedaos da ultima jia preciosa que despencou por entre meus
dedos. O oceano se tornou amedrontador demais para minhas investidas. No pretendo
coletar os frutos de minhas crias. Seria mais fcil procur-las abandonadas na areia da praia.
Mas no vejo nada de nobre nisso.

Meu colar est completo. Porm minhas amarras no foram efetuadas; as prolas caram no
cho e se perderam por todo o litoral. E eu fiquei s. Me tornei s. E aprendi arduamente o
valor de uma nica pedra. Apenas uma pedra em meu bolso, que havia esquecido do colocar
como as outras, de enfeite. E esta, joguei no mar. Joguei para que outro pudesse encontr-
la; algum que a merecesse mais que este reles "pescador de iluses", nufrago na praia de
seu prprio destino... Me desculpe, mas por isso nunca chorei. Lembro-me, como se fosse a
primeira vez que fiz uma coisa certa. E as ondas ainda vo e vem, me trazendo tesouros dos
mais diversos, menos aquela pedra, que ainda espero que algum me devolva; alma

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