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Ao longo dos anos 1940 e 1950, Bauman foi um entusiasmado militante do Partido
Operrio Unificado Polaco, o partido comunista da Polnia. Segundo o Instituto da
Memria Nacional da Polnia, entre 1945 e 1953 Bauman era oficial do Corpo de
Segurana Interna (em polons, Korpus Bezpieczestwa Wewntrznego, KBW), uma
unidade militar especial formada na Polnia, sob o governo stalinista, para combater os
ucranianos nacionalistas insurgentes e os remanescentes do Armia Krajowa, a principal
organizao da resistncia da Polnia ocupao do pas, durante a Segunda Guerra.[4]
Mais tarde, entre 1945 e 1948, Bauman trabalhou para a inteligncia militar, embora a
natureza e a extenso de suas atividades sejam desconhecidas, assim como as
circunstncias sob as quais que ele abandonou tais atividades.[4]
Durante uma entrevista ao jornal The Guardian, Bauman confirmou ter sido um
devotado comunista - durante e depois da Segunda Guerra - e nunca ter feito segredo
disso. Admitiu que ingressar no servio de inteligncia militar aos 19 anos tenha sido
um erro, apesar de s ter realizado tediosas atividades burocrticas e jamais ter dado
informaes sobre algum.[5]
Pensamento
De acordo com Bauman, nos tempos atuais, as relaes entre os indivduos nas
sociedades tendem a ser menos frequentes e menos duradouras. Uma de suas frases
poderia ser traduzida, na lngua portuguesa, por "as relaes escorrem pelo vo dos
dedos". Segundo o seu conceito de "relaes lquidas", formulado, por exemplo, em
Amor Lquido, as relaes amorosas deixam de ter aspecto de unio e passam a ser mero
acmulo de experincias,[7] e a insegurana seria parte estrutural da constituio do
sujeito ps-moderno, conforme escreve em Medo Lquido.[8] Bauman frequentemente
descrito como um pessimista, na sua crtica ps-modernidade. De fato, enquanto os
cientistas, poetas e artistas da mainstream empenham-se na exaltao das virtudes do
capitalismo, ele se insere na contracorrente, procurando expor a face desumana do
capital.[3]