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QUÊNIA:

O Quênia, atualmente, faz fronteira com cinco países, são eles: Uganda, Tanzânia,
Somália, Sudão do Sul e Etiópia. A origem do nome “Quênia”, deriva da segunda maior
montanha do continente africano, o Monte Kenya. Por sua localização estratégica, a
região costeira do Quênia era utilizada para a venda e troca de mercadorias, além de ser
um bom abatedouro.

Por ter esse ponto estratégico, era disputado por dois impérios, o Império britânico e o
Império alemão, a parte que hoje corresponde ao Quênia e Uganda, no entanto, essa
disputa foi resolvida com um Tratado de paz entre esses dois impérios. Ficou acordado
assim:

“Os dois Impérios interessados na região resolveram


pacificamente a questão de seus benefícios ao recortar a
região entre o que hoje é a Tanzânia e, ao norte, Quênia e
Uganda. Da importante cidade portuária de Mombaça, na
costa do Oceano Índico, até o interior do continente, entre os
povos do reino de Burundi e Bunyoro no lago Vitória e, do
retilíneo traçado entre a área de influência alemã e britânica
ao sul, até a fronteira norte com o resistente Reino da Etiópia,
proclamou-se o protetorado da British East Africa (BEA –
África Oriental Britânica) em 1895.” (OLIVEIRA, 2015, p.
11).

No final do século XIX, teve início dos Britânicos no território queniano, quando se
estabeleceu o BEA, está associação foi fundada por um inglês, resultado de um acordo
com o Sultão de Zanzibar. Essa companhia era responsável por administrar o novo
território conquistado, o Quênia, e que já atuava na região desde antes da invasão.

Dominação:

A dominação britânica, de início, se deu através da imposição do cristianismo com


população do Quênia, eles usaram a justificativa de “salvação”, para impor seu domínio.
Além disso, o comércio europeu, também afetou os comerciantes locais, que não
resistiram e sucumbiram à dominação.

A estratégia britânica foi negociar e estabelecer alianças com os líderes locais. Essa
aliança era pautada em troca de benefícios entre os colonos e nativos, com o intuito de
facilitar a invasão inglesa. Os britânicos designaram uma função aos líderes locais que
estavam aliados a Coroa. Eles tinham o papel de cobrar impostos e punir aqueles que
não seguissem as regras inglesas.

Além disso, uma das principais estratégias utilizadas pelos britânicos era a de provocar
conflitos entre os povos locais, que eram conta a dominação inglesa, com investimentos
militares. O objetivo era extinguir o poder local para que sucumbiram à dominação.
Como muitos povos locais sobreviviam da agricultura e do pastoreio, a Coroa, quando
se estabeleceu tomou as terras dessa população e passou a ser seu domínio, leis foram
criadas para que a posse de terras fossem dos colonos, além disso, uma série de
impostos abusivos foram cobrados, caso não pudessem pagar os impostos, eram
obrigados ao trabalho força do/escravo. Assim, em 1913, os colonos tiveram o
monopólio das terras, seu objetivo com esse impostos, era obter Mão de obra barata
para assegurar o desenvolvimento britânico.

Referência:

GAMA, Allana Santana. CAMIMHOS DA INDEPENDÊNCIA: a luta queniana contra


as garras do colonialismo inglês. Revista de História -UFBA. In: Anais da Jornada de
História da UFBA, 2022, Salvador. Salvador: UFBA, 2022, p. 1-12.

OLIVEIRA, Bruno Ribeiro. INSURGÊNCIA MAU-MAU: Resistência arma da no


Quênia, 1952-1960. Porto Alegre, 2015. Monografia (Graduação em História).
Departamento de História, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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