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Universidade Save-Massinga

Disciplina de História de Moçambique do século XlX-XX

Licenciatura em ensino de HISTÓRIA

Nome: Renalda Carlos

Referência bibliográfica: ALMEIDA, Antonio Domingues de, et all. Dicionário Breve de


Historia. Lisboa: Editorial Presença, 1996.
Tema: A instalação da administração colonial (1885-1933) em Moçambique.
Pg. Conteúdo Observações
Estabelecimento das fronteiras em Moçambique
Delimitação de fronteira Para fazer em
A delimitação das fronteiras de Moçambique foi face as
caracterizada por conflitos, arbitragens e tratados. Já no século delimitaçães,
XVIII, portugueses, holandeses e austríacos tinham lutado pela os
posse da baia de Lourenço Marques, que os portugueses portugueses
80 asseguravam ter descoberto em 1544. O conflito agudizou-se na estabeleceram
a década de 1820, quando os ingleses apos uma expedição uma aliança
140 concluíram que a baia era uma excelente porta marítima para a com Transval
colônia inglesa do Cabo. em 1869, que
Os ingleses pretendiam fixar-se neste local ignorando os direitos reconhecia
históricos de ocupação que os portugueses invocavam. Para alem aos
deste interesse, os ingleses justificavam a ocupação da Baia por portugueses
seguintes razoes: centro de recrutamento de mão-de-obra para as direitos
minas de África do Sul (reserva da mão-de-obra sul africana); os territoriais até
ingleses pretendiam controlar todas as vias de comunicação, 26º-30’’ Sul,
especialmente o rio Maputo e os ingleses pretendiam anexar a estabelecendo
republica de Transvaal, daí que, a baia de Lourenço Marques os Montes
assumia uma importância estratégica como base das operações. Libombos
A delimitação de fronteiras no centro de Moçambique foi como
outro processo mais dramático, pois, os interesses portugueses fronteira de
coincidiam com os dos ingleses. Moçambique,
O conflito subiu de tom quando o Portugal apresentou o seu com
projecto de mapa cor-de-rosa, que ligava Angola e Moçambique. Suazilândia e
Contrastando, com os planos nomeadamente de Cecil Rhodes de com a parte
criar um domínio português. Para garantir apoio do seu projecto de oriental de
mapa cor-de-rosa Portugal celebrou tratado com Alemanha em Transval. Na
1886 para colocar a Inglaterra um adversário poderoso. Com o prática, o
apoio, em troca previa-se as concessões no Sul de Angola, para acordo não
Alemanha enquanto a fronteira de Moçambique era fixada no curso teve a
do Rovuma. Toda esta diplomacia não funcionou pois, em nenhum eficácia, o
momento a Alemanha dignou-se em apoiar Portugal nas investidas que suscitou,
inglesas. Portanto, com o ultimatum inglês, o governo português em 1875, a
acabou por se submeter e não conseguiram garantir a ligação arbitragem
Angola-Mocambique. internacional
do presidente
Para o extremo norte de Moçambique, a fixação de fronteira Frances,
resultou em conflitos militares com Alemanha, que as estas alturas marechal
tinha ocupado o Tanganhica actual Tanzania. Até 1918 Alemanha MacMahon,
já tinha alargado a sua ocupação até Quionga, área que só Portugal que
viria a recuperar no fim da Ia GM. reconheceu,
formalmente,
Administração de Moçambique de 1890. a soberania
A administração colonial conheceu duas principais formas plena de
de administração: administração directa e admiração indirecta. Portugal em
O sistema de administração indirecta caracterizou-se pela Lourenço
manutenção das estruturas tradicionais nos seus papéis políticos. Marques e
Os administradores africanos, tinham alguma autonomia adjacen
administrativa, cobravam impostos. Pagavam os funcionários locais
e adquirir fundos para o desenvolvimento de obras nas regiões.
Nesta perspectiva, pode-se considerar que a população africana
estava soleta a um duplo mandado.
O sistema directo de admiração colonial a forma de
administração directa foi aquela em as potências colonizadas
estabeleciam uma máquina administrativa complemente importada
da metrópole sem dar espaço a estrutura tradicionais pré-existente.
Esta forma de administração colonial consistia na criação de
um aparelho administrativo na criação de um aparelho
administrativo e militar forte que fosse capaz de assegurar as
actividades produtivas no âmbito da exploração colonial.

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