Que relevo elevado que me faz ser notrio Nesse mundo ilusrio onde limite desdm A estrela que brilha no de Belm Essa luz que reflete uma onda ilusria Um dia brilhou, mas de h muito aqum Noutro mundo geogrfico da minha memria
Esses rios, esses mares, de palavra inundados
Essas ruas, esses becos da minha cidade Essas pedras de lastro de h muito forjados
Uma curva na estrada que me leva de volta
Aos primrdios da vida na flor da idade Com esse muro de Homens que faz a escolta
Continente estrangeiro que j desconheo
Sua lngua, seu nome ou sua deidade Uma terra fecunda, sem valor e sem preo Caverna profunda de insana vontade
A minha vida tem sido um discurso aprendido
Na selvageria de minha compreenso ignota Abrindo caminho pra essa coisa que brota De bem antes do que em mim fendido
Nacos parcos de um manjar to querido
Que aos pedaos me fez tomar nota Eterno retorno tornou-se uma rota Pra de novo em partes ser consumido
A parte que coisa em mim imagem
Agora a ciberntica fez dela real Aquilo que um dia foi apenas miragem
Essa fora motriz, essa coisa, esse agalma
Esse engodo indizvel, como gozo ideal Essa pulso mortfera que nunca se acalma O Poema do Caipira
verdade matemtica, Que ningum podi neg, Que essa histria de gramtica, S serve pra atrapai!
Inda vem lngua estrangera,
Ajud a compric! Mei nis cab cum isso, Pra todos pod fal!
Na Ingratera ouv diz,
Que um p de sapato xu, Desde logo j se v, Dois p de sapato xuxu!
Xuxu pra nis legume,
verdade e no boato! O ingrs que l se arrume, Mas nis num come sapato!
N Itlia ouv diz,
Eu no sei por que razo, Que manteiga l burro, Se passa burro no po!
Desse jeito pra mim chega!
Sarve o povo do serto! Onde manteiga manteiga, Nis num come burro no!
Na Argentina aprendi, Que l saco palet! Se o gringo toma chuva, Tem que p o saco no sr!
E se acaso o dito encie,
A mui diz o pi: Teu saco muito pequeno, V se arranja otro mai!
Na Amrica corpo bdi,
Veja que bdi vai d! Conheci uma americana, Doida pro bdi entreg!
Fiquei meio atrapaiado,
E disse pra me escap: ia moa eu no sou cabra, Vai chegano pra l!
No Chile cueca dana,
Pra se dan e bail! L se dana e baila cueca, At a noite acab!
Mas se um dia um chileno,
Vi pro Basil dan, Tente mostr a cueca, Pra v onde vai par!
Uma gravata esquisita,
Um certo francs me deu! Perguntei onde se bota, Me danei com a resposta!
Isso coisa eu que no fao,
Acho que num entendeu! Seu francs mal-educado, Mete a gravata no seu