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  • Alberto Marcos Onate - O Crepúsculo Do Sujeito em Nietzsche PDF

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    Sendas & Veredas " Quigé, retomando em sua plens radicaldade a cl tica nietrchiana do sue sua obra mais do que w mente propedéutico, do panorama ante que se instalow no decorter do século XX, para as- sim resgatar sua fecundidade original, peelia, Tale vex as armas empregadas por Nietsche desfucem ‘de um poder de fogo ainda insuperado, guardando ‘em seu seio tesoures mais valiosos do que ak temic tizagdes/apropriagBes ulterior The outorgatar.” tl Sendas & Veredas USCULO DO SUJEITO EM NIETZSCHE D ABRIR-SE AO FILOSOFAR SEM METAFISICA ad th € vet docaan era —a [Nos cem anos que ns se parm do momesco em que [Nicusche intertompe 2a prodgo ince, 36 mais ‘arias imagens colacaram-se sas font, as letras mais divesasuntaram-se20 seule ‘gale, Conhecido sobrerudo Por llosfir a golpes de mar. feo, dear normasedestruir lols, Nezache, rm dos pe sadores mais controverios de nosso empo, dgxou uma obra polémica que coninus no cen- 19 da discuss loss. Pundado em 1996, © GEN ~ Grupo de Estudos [Nieoscheperege oobi, ‘hb muito sclenado, de re. iro ntaiosos brass do ppensamento de Nitesche Portanto, promover 2 discus” so acerea de questes que dele fmergem. Ariando junto 20 Deparameato de Plosofia da USP, suas atvidaes organi- zam-sc em tore dos Cadarnot ‘Niele, publicados duns ve- 2s 40 ano, © dos Encontror ‘ietzche, que tém hagar em imaio¢setembro lém do ia- ‘erchmbio permanente com a+ diverse Nerihe Sores i ‘Com 9 intuito de abv vas frente para oF dor robe a flosofa de Nieusche, ‘OGEN caro pblicobrasii- roa Caegso Senda Vrs © CREPUSCULO DO SUJEITO EM NIETZSCHE OU COMO ABRIR-SE AO FILOSOFAR SEM METAFISICA, Sendas & Veredas propoe-se a atuar em erés fentesdistntas: apresentar ensaios de estutiosos brasilecos sobre a flotofia niteschiana,erazer a pi bic tradugdes comentadas de esritos de Nictascheeedita tex- tos de pensadores contemporineos seus, de sorte a recriar a at- smosiera cultural em que ele viveu Coordenadora Scarlett Marton Consetho Editorial: Erildo Sten, Gesd Borahcim, Paulo Eduardo Arantes e Rubens Rodrigues Torres Filho ‘Titulos publicados: natioe: Bxranagincas: esto sobre flofi de Nitache de Searle Marcon Nieshee adsl de moral de Vania Dutra de Azer “Teatos de Feidvich Niece: Sabre future de none ener deesine Universiade Federal do Pork BIBLIOTECA CENTRAL senses 05 g4BLE ame Pe RPh, OR. Onsen: DORCAS o : Bie aH Alberto Marcos Onate © CREPUSCULO DO SUJEITO EM NIETZSCHE OU COMO ABRIR.SE AO FILOSOFAR SEM METAPISICA LUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA BIBLIOTECA CENTR © tt € — ic ea so ‘So Paulo, 2000 Cony 0 by Dans Eb ars UI 2000 =e i: at eFC ‘Prien grc ¢edtra lee Raigars No “i! Nau eft, eta pre Ole ‘men 138 ste UIVaRSTOADE FEDERAL DO PARA] BIBLIOTECA CENTRAL| adasdy ____] discs editorial (© presente tablho constieu verso ligeiramente ‘modificada de dvserragio de Mestrado defendida junto ao departamenco deflosofis da USP (Unive. Sidade de Sto Paul}, sob a orientagio da professors Seateet Marton, a quem agradego pela compreene so camizade. Da banca examinadora paeiciparam 0s profesiores Oswaldo Giacéia unior © Franklin Leopold e Sila, de cus argiges muico se bene Feiou 9 texto ora publiado, WWERSiABE PRDERAL DO PARK BIBLIOTECA CENTRAL SUMARIO INTRODUCAO. 9 cartruLo 1 A INSTAURAGAO DO CoGITO E SUAS RUPTURAS 23 capiruto 2 EM TORNO A GENEALOGIA DO SUJEITO 37 cariruto 3 PARA ALEM DO SUJEITO METAFISICO 89 CONCLUSAO 119 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 127 ists de breviuraswtilzad A Aurora AC Oanticito BM Para alin de bem ¢ mal CL Crephcal dr idler EH Euce home GC Agia clcie HEE Hamano, demariads humana ZA Asso fou Zarate Pars os fagmentos péstumes,o algatsmo romano rfee-i 40 volume da edico alem de Call/Montinar, eo ardbicos que acle se Seguem, 20 ndmero do respective Fragment. !NIVERSIDADE FEDERAL DO PARA PrOLIOTECA CENTRAL INTRODUCAO Quando Friedrich Niewsche afrma ser “necesito ir mais longee declarar guerra, uma implacivelgucts ‘necesidade ao mist’ que, assim como a ainda mais dectntada ‘necssidade meta- fives’, sobrevive perigosamente em regiSerinsuspeiadas” (2A § 12), cle no est se limitando a poleminar fortuitamente com o f losofo da Vontade. Express-se af um empreendimento mais am= plo ¢ profundo voledo & problematizagzo conjunta do trabalho filoséfico exercide até encio, a pattr da pesgem dos prestipos. ts, nem sempre assumidos na superficie manifesta dos textos, que encaminharam o flosofa por periplos alo apenas compromete ores, mas sobreudo infecundos Enuretanc, a investidaniceachiana nfo ¢ indicriminada, pressupondo sempre uma sles previa erigorosa dos adverdriog «problemas que esto altura desta méquina de guerra a8 desper: fam o Fito beligerante do flésofo alemio or pentadorese tense vitoriosos, consoidados,contes os quss ele tenha de artegimentar todos seus esforcos questionadores. Sua prefrenca ¢ plas noges inveteradas, que, apesar ds varagbessfidas ao longo do tempo, sudquitiam o estate de moc cortene, asta repasadas como dimensbesintocivels, (olos itangives, Ineresu the, antes de ‘mais nada, sondato prdpro solo em quc foi aquitetado o eificio flossico¢, mais especialmente, examinat ot componcntes mts Fsicos empregados nos alicercer de tao ambicioa consrugio, tex ‘ar com insttumentos mais rigorosos a geau de susentago das ba ses tecobertasexternamente pelos diferentes mativessrtmdtios ‘A queso da metaisies ou, mas ditetament, da "metaply- sivche Bedirfui” capa gat privilegiado no sia sa reflexio de Niewsche. A rita §concepeio merafscs& ema predominante 0 Atnerro M. Onare dle scus escrito, perpassindo-os de mancitaindelével ora abatea do al concepeio globalmente, enquanto projeto que conduziu a tsjetdria do pensamento ocidcotal, ora problematizando expec Camente cad wins de sss nose pineipios algumasveres ado. tando a expresso abligus, dissimulada, e em outas ocasies vax Tende-se do discurso vertical, incisivo. Tanto pela abundancia © profndidade dos textos quanto pelo slcance das andliss, no pa fece descabida a colocagio do problema da metafisia entre as prin- ‘ips marche da pense nietschiano. O nivel de fecundidade dos demaix temas inscrtos no hosi= ‘onte do isi parece depende,dzeta ou indireamente do gras fe adiclidade que cle obtém no atague 3 metafisies. Soja derr~ tminando recuosexratégicos bsbordagem deses temas, sei pro- porcionando-Thes rang conserves ea tague manifesta via Ue regia em suas citcumvisinkangas, indicando ceca cumplicida de engendradora: nfo € por acaso que 0s conceit de vontade de poteneia, eterno retorno,além-dorhormem alcangam sua elabors {lo mais epurnda em concomitincia 20 estgio de maior virlén- Sir da combate nietaschiane a0 pensar merafsico. Da mesma for ina, o projeto de eranrvalorasao dos valores e 0 procedimento igenealdgco se mantém nas poximidader deste combate, 0 primo fendo nel talver ss principal etapa de instauragio © o segundo ‘olocande-e enquanto su insteumento de efervaio. ima letura arenta dos mais diferentes comencadores de Nieuasche indica que em explorar + Fundo a fligranas da tfuts- {0 que oflisofo pectende impor 4 mecca, difcimente pode- Femos deslindaro fio sondutore, ito menos, esgatar integral mente oF coxtuoros meandros de sus reflect, Eugen Fink Jean Granier, Michel Hae, por exemplo, manifetan-se claramente {quanto importincia de um ecudo minucioso dese exo temstico para a devide compreensio do flosofar nieteschiano. Qualquer Sbordagem que rertrnja 9 alcance da chave interpretatva caleada fmmtal veto eorre ice de enfentae sos impasses para dar conta 1 GEA fl de Meth, 983 91 2 Le pede Vee dam pope de Meare 1966, p29. 3 CL Nini ol mln, 1993 7. do sent que orienta aquele flosoft. Mess os intépretes que privilegiam outrar perspecivas de leieura da obra nietachiana (Fouctle, Delain, Lowith, Jaspers) tematizim com profundida deo implacivel proceso nea desencadeado visando a desmontar at mas diverts nodes e dimenses fads pelo pensar metafsico, ‘© problema da metafsiesabtere importante ale na cena incorpretativa do trabalho nictrchiana com a publicagso dos cut tore digiesics «ele dedicados por Heideggen, eunidos na densa th Nietuche. Nela encontramos @ pensador da Floresta Negra Procurande consruir seu proprio eamiako através da discussio profunda e orignal das peespectivasaberas pelos escrito do il fofe de Sil- Mars, Propondo-sea"questiona com ee através dle vember cons ele, Unica c comm questo, a mais interior da flosofiaocidenta” (Niece 1961, Tomo I, p. 30), est leitura acaba por insrever © pensamento anliado na eteira da inter fisto milena sabe o sigaifcado ilkimo da reidade, do ene. ‘Vitae por ese Sngulo, at doutcinas da vontade de poténciae do ‘temo Terorno, embors tivessem o grande mérto de instaurar © ‘rtigio derradcio do acabamento da merafiica em que se encet- fam suas powbiidades de reilizgio ou recomeg, levand assim ‘qoela interrogagio Bs iltimas comsoqéncine, do team obtido {vio na aberirs A quertio, 20 horizonee do Ser Decore da que Nietasche sjaconsiderado 0 "ultime metaiicn do acident’,en- cctrando defiitivamente @ citcuita de reflexio que It milénios ‘domina nots horizante. Contudo, fecha ociculo nfo signifies Fis excapar dele ainda menos supers-lo, apontando part novs tarfis, que Heidegger pretende aolhercexploar na efra de seu post eencial de sua ontloia fundamental “Todavia, tl consenso acerca do tlevoatibuido 8 investida ‘contra a metafsica na economia geral ds meditaco nieeschian, no fe ead em coavergénciainterpretatvn de wa genes, com teddo ¢ aleance. Em que pese hoa parte dos comentalores se po ‘nha de acorda no que tange a0 movimento genético da critica em prcendida pelo fidsofo,estruturanda suas leieuasa pate do vies oncentrado na disolugio do dualism opostve, a8 portas espe cificar de entrada, ciculaso e aida para 0 eatamento da questio ‘tém sido as mais variadas poset, acasonando asian divergén cas quanto an dtahes dst exporgdes que pretendem dare con UINIVERSIDADE FEDERAL DO PARA’ WIBLicnecacememan. (a. Geaniee uss come tocha candutora a nogio de verdade; Hei Alger e Fink, cada um + reu modo, pautam ox comenttios pelo te do Ser; Haar adota um enfoque dsperso,explorando sitarivamente diferentes perspectivas de sbordagem. Mesmo ot interpretes que detenvelvem suas andlisesseguindo outros eios de shordagem, 20 we haverem com 0 desmontenierachiano de wn fu algumas das noses balizadoras da tradigio metafisics, txplocan-no a partie do contertoentracdgico de euae lias argu- Seria esta leiturs, Ss vevesperifvia ow atbitedva, dos co mentadores sobre @ rsievincia do problema metafiico na obra hiewschiana, confizmada pelos seus textos e, mais que iso, pelo tertemunko do proprio flduofo? Pouco ante de mergulhar ao tado de inconsciénca,preoeupado com ar decurpages presente © Furas de seu tabalho, Nieasche aplcase obstinadamente em dizer com eaters quem eta ea que tha te propor: “Derrubar tolr (sinha paves para ids) ~ ies sm, jf fx parte de mew oft" (EH, Pélogo, § 2) « reprise 4 Humane, demaviade bu ‘mane, lvro no qua se manifesam os primecosgolpes do “mach Ado que covta pela rae a ‘necesdade metals da humanidade ~ separa sa bensSo ou maldigso, quem sberia dizer" (EH, Por que cserewo livros 80 bons, (HH § 6) 'Nos livros postetotesiqule que fio “monumento de uma cise, o autor assume o papel de lenhador ds Arvore metaiica, gurando cada ver mais Himina cortante te sprimorando em sesrmancjo, numa empreitada blica que slcanga a itensidade ma ‘ima no terceiro momento de sua produto intelectual, come in- dlicam as primeira piginas do. Crrpdicuo dos lel, *. Este De- fqueno eserito € uma grande declarapto de guerra: quanto & suscultgio dos dolos, desta ver no #80 (dolor do nosso tempo, tas (dolor eterner que aqui s80 tocados pelo martelo como com tnt diapatio,~ nfo hi sobtetudo Idolos mais velhos,persasvos, infldos.. Tampouco mais vais... Ito no impede que sejam os mais erie.” (op. et, Plage). E nee Smbitopolémico acer de pertingnciaeacuidade do combate nieuschiano A metafsca que se insere o presente tabblo ‘Adotande come fa de Ariadne «tnvestigug cra do paleo em ‘que sucde a btalha derisive deus puerta, pretendemos investiga 0 tra ucse a caries, 0 seotde da filosfia de Nieesche. ermanece es peste da ontestagfo manifera efrenha, subordinada aos ditames do pen- sa metalsico” Se assim no for, qual etatuta do dicirso que ela temptega? A parts de que dimensio ease ineausa? No limit, € pos sivelflosofar sem Langat mo, ainds que em grat miniemo, do ‘enfoque mecafisica? Pergunea eacais, com presengs marcant Ros Aebatesintepreativos da kms décadas, ora comandando © pro czso connitiive de cera ecu a pari de urna Frmlago cl 2edeum cxame minucioto, ora dtiginda-e dead a obliquidade dls encreinhaseparss a testa vishal da angumentagio Isto aos impe questionae qual o avo eftivo do combate niceschiano, Afial de eontas, conteao que ofilsof leno hts? Quais tragos do pensar metafitice cle considera enquanto antipodas, esforeandorse por dlatar sar incongruncine? Antes de ‘mais nada, x afiemago de wm mundo verdadeio,incondicionado, ideal, sede aruetipica ds etnias, do esprit, do ser, da ved de. Jé nos priméedios, Nictche earscerizaa 1 flosofar como plaonismo invertide”* Mar seu aque ndo pir ala prépria po: sigto deste mundo ineligivel jf seria decorrente do "preconcato| pelo qual se reconhecem os metafscos de todos os empos: a ‘renga nas aperiges de valores" (BM'S 2) ea ghnese diferencias € imiscivel dos mesmos.O fracasio nas tentativas de emprestar om sentido fandane tor eventos descontinos da mundo sensvel, 30 invés de ermorecer ox metaflsicos, agugou sa ata eos levou a forjar urn mundo inverido, ca nararena e estrutea xe coloeam como contaposiso simétria ucla inerentes ao primeira, Ea sando ima prcologia da metafhica, Niche considera que “2 0 Sefrimento que inspira esas concusbes no fundo, so vers de que tal mundo exist: 0 6do contra um mundo que fz softer se expr sme igualmente a imaginarse um tro, de aio alo: 0 rene mente dos metaisicos conta o teal €agui ctiador" (XH, 82). Mas ainda nfo ¢ no desprezo a0 teal que o penssmento me taflsico jogs sus slima eared. A extracgia devia et reser «433 condenasso da vida edo seu meio de expresio, o corpo. "Em ‘odor ox tempor ox sbios doe sbios aera o eam julzo da vids: Cgc pscame 7 (56) de en 1970-Abs 171 SIOADE FEDERAL DO PARA eee ee 4 ‘Ausearo M. Ovare la ndo vale nada." (CIO problema de Socrates, § 1), Sulbmetida ve de geragzo e ansformagdo continua das formas que ' compoem, «vida io podera serve de parimetro ao mecanismno ilentificadorepolarizante que opera na metafisics, Incapas de sien plesmentedescart-la, ignotsla, pis cla impunha sua presen na figura do cospo, x6 restava a0 metafsico desqualifcar,escamorear seus influros, O melhor caminho para isso cra denegriro campo fm que avid se instar, se rorma etna, alcanga seu ponto cul minante, langando mao se uma frmala que passow 3 funcionar ome profit de fe do fl6sofos, sua principal idiarinvaia:"E obreeido, que no venhar nos falar do corpo — essa lamentvel ‘dee fine dos senidos,slomerdo a todas a8 fas lgicas ins sindvcis,efutado, até mesmo imposiel, malgrado a impertinén- ‘a que le tem de se comportar como se fsse tal (..)" (Ch “A rato na flosofi’, $1. CGrcunscritos 30 modo antinémico,dualisico de pensar, os smetafisics 16 poder lvar «cabo tl desdém pelo corpo adorande hquante contrapartida 2 exalagio da alma, do expirito. E exe © frig de fe que exténa hae da tadigio metafiica c que serve de ‘modelo peso demaie pares positives por ela eigdos. Esta sua pripria condigio de posibiidade,s forga motriz da aus ofcina Farjadoea de ols, o fo com que tram suas tela Fundacionas, © grande manancial que iciga seus canaisesbilzadorer. A nosso {deala, bem como um certo “zotimento de syjeto”nela impli ‘do, se colocam enquanto elementos conceeaisindispensiveis a0 todo metafsico de pensanento, endo dea maneirs os seus fe bbentor mae verustor«areaigados, Para aeuina 0 corpo sem com promerero exptito, era necesiro atibuir a este um esata dife ente, depurado, empreitada que se inicia num lampejo ainda ticubesnte, mar que ampliasiapaulainae decsivamente sua rea Ae influéncia “0 pior, ais inverera « mais perigoso de todos os eos até hoje foi um erro de dogmitic: a invengfo platbnica do splrto puro edo hem em i" (BN, Petia). ‘Se com ext ivengio ainds estamos num tettério. muito Alistance daqueleinstarad pelo cog eareciano, por aquela ete ra aubstancal independent distinta que ovsou por o mando em ‘a propria balang,asemente duals est ange a propri- {cso que dla fireram as flosofiaswlteiores Se encaregad de an: rrmopucto 5 pliar gradativamente a separasio entre as dimenses implicadas, Mesmo que neste comesoo esprit ainda exsja lange descr con- sidrado umn mundo em si cuja nature te dstinguira do mundo material, mas visto apenas como uma parte mais sail dest, js anuncia uma diferenga de grau que permite aeibuir-the um cero Privildgio ontoldgico em relagso a0 corpo. Sem se preacupar em precisa o nivel aleangado pela dferenciagso inci ene alma © ‘corpo, 0 que parece importars Nictsche & denunciat a flosofia Platénica, sno como sua protagonist manifest, 20 menos en- quanto fornecedota dos sbsidios que seriam civamente reolhi- dos pela posteridade Flosiica. Quando Nietsche aponeaa inconssténci, a pucrilidade das fontes que municiaram, embasaram ss pompotsedificagies ss miticas dos fildsofox, dando como exemplo "..alguma superst ‘50 popular de um tempo imemarl (come a superstiao da alms, {que tonada superstiao do sujeito edo eu ainda hoje causa di nos)" (BM, Precio), ele esti se referindo & continuidade polarizadora que se manifesto no epi pureplatdnico, se con- solidou no cygte caresiano, se enfeaquecet no expen Kantian, mas se mancém, ainda que disimulads, na rtaguatda de fosofig posteriores, Embora as designaries empregadst pelo flsofo ale: iio para critica o estigio embriondio « @ momenta de plena si ‘ematizagi do po intligivel dere bindimia Sx vac se inteream- biem, indicando a proximidade que os une na parilha dos mesos pressupostos fandantes, pode-s considera a express “entimen- to de ‘sues "Subjla”~ Gefbl) como a mais conveniente 20 primeira caso Nictasche considera que és erenga na oposig slmlcorpo {que estd marae do modo metafsico de pensar, comandand seus dexdobramentos ao longo dos milénios de tllexso lofi, ete- Serva uma influneia apenas conseqiente xo parantinémico mu 5 Com eat de cos dae Nite pre compaty, sis ye spat de ou oraone pepertadon a sags de Hegel on Pe Urb brs fii “0 bcs Glo moo ge ne ss sind io vn ate 3 meme come om eos cps. em vi ‘eft, ma als sap camo ext 98. 6 Ausenro M. Oxare Alo verdadciro/mundo apaente, Mas ot pélos formadores daquela| ‘uperstisio mais reeuada desfrutaram, ainda em sua instaurasio, Ade estos muito disparex: ao corpo arbuin-se uma Functo su bbordinada © mesmo obstaiva 4 plena sats das exgéncias de ientidade, unidade; a0 contri ao expeitereservou-se cera pre= ponderinciaIogiea © ontoldgics, projetando-o enquanto norma onstitutiva sobre toda manifesta de vise, para assim friar Ss demais nogder metafscas, Desvela-safinal a fonce propiiadors Ga cadeia gerativa de postuladorIigico-metallsicos: “O conceto “reaidade’ ser, €tomado de nosso sentimento de‘sujit’~ sur jit nterpretado 4 parts de ads» de tal modo que o eu vale ens quanto seta, enguanto eausa de todo fazer, enquanto agente” (xt, 9 08). ( perfil aracterizador da metafisca que importa a Nitrsche tuaner3ronae problematiat concerned nore de identidade,uni- dade e, no limite, de fundsmento, agos que cle considera predo- tminantes no engendramento dos ritemashloséficos, embora nem Sempre assumidose ematzados no curso dos tats, determinan- dot vees sua influgnca, sua condusfo, desde» penumbra. O es forgo desmedido pats tornar © dlplo, 0 diverse, o compleso, permeiveis aos ditames idencficadores da cicia eda verdad, 60 felo do merafiico, A solugio para deincumbie-se dessa cael foi Sempre o apeo a um incondicionado(ideia de Bem, Primeico Mo- tor, Uno primordial, Deus eriador, Res coptam, Eu tanscenden- tal, Espirito Absoluto,..)- O eardter de transcendéncia ou iimanéneia, bem como ogra interne de consisténcae enraizamen to dese cferencinsfandantes nko os diferencia signifcativamente ho dmbito da abordagem nietschiana, pois, no limite, o que Ihe itcressa clocat em xeque € extatuto do projeto fundamentante fm eu conjunto,cujas mod ulagbe se apresentariam de forma mais Suda cdeclarad no sea do empecendimento eartesiano, mormen- ‘tema porgio metafsica do cgi. "ho estabelecero contrate decisiv entre interior eextrion, clevandoo ew pensantecondigio de rt de vodaverdadeacer- fe da cost ransformando o oem subjectum por exceléncia em Fandamento que subjan a toda tepresenearzo das coisas, 2 filosfia de Descartes se oloea enquanto umn dos alvos privilegiados das Snvestdasnictschinnas contra © mode metfisic de pensamento, rernovugto ” ‘como um de seus contrapontos mais insigantes no eratamento da ‘questo atinente 8 metafisea. Para Nietiche, quando 0 Msofo francés dstingueplenamente alma dos componentes corporis, « auibui a ela os graur miximos de simplicdae, unidade © dent dade, ele esti se valendo de prssupostos ewja atuagso pode st vi lumbrada jéno itinerico iaataurador do eeprito puto platnice, Mas é'a partir do cabalho carteriano que cals pressuposigies condutoras do filorofr se mostram com menos camadaedisimu- laedrias ewe arsumem enguantoseferencias, balizas merodologicas indspensiveis a coda tefleso que aspire nfo 56 certea, mas 80- bretudo 8 verdade. Ao apresenear em pleno campo de batlha suas pedpris armas concetuts, a0 explicit sus esteatgins metodo Iigiear de conseituigio, ao manifesta 1em rodeios su projto fandant, a filosofia da cares da dstingio expi-se exemplar ‘mente a impacto indelével do mario nitschiano, solapaor ds sais slid edifcaies TEmbora Descates houvesse posto a diva na base de sou flosofi, ele no teria sabido levt-iasbom termo, Avi, radicaliat dvds cartesian, i¢além do horizonte deixado pelo sng, do ‘qual eambéen Kane no teria se desvencihad, sera efetuar enfin 2 erties perenpéris da metafsca, pit "Se hi apenas umm ser 0 Eu’, se todos os outos eres’ (Seiden) 0 fir ua imagem, 5 afinal a ctenga no Eu coincide com 2 crengana lic, ito & na verade metafiiea das categoria da ratio: se, de outa parte, @ réprio eu se revela como vindoser (Werdende) entin .” (XI 735). Reconhecer naguilo que se camo espiio, alma, mente ou sujeeo apenas um proceso de rornarse de vitae significa ‘quertionarradicalmente or rferenciis possibilcadores da tradigio metafiia. A derrocada do eu enquante Sein, Subitan, seria acon panhada pela rina da nocio de mundo verdadero, de seende Wee Esta € para Nietache a suprema Katatvopb, «explora & and seur meandros, aleancecimplicagBs mosta-s como requ sivoindspensivel para podermos compreendero sentido de sa fi losofia. A reviravota’ da nogio de suelo roquer um cabalho pa 7” Chanda prc de Robin Rodsge Tae Fae Ne, Ol Seopa p52, mts Auatxro M. Oxare cientee metculoso de euminagio voltado ao repase critica dos ci~ tminhoseilhados para estabelee-a, a penetra audaciosa em sus nas tecbnditos dominios e 3 explorso dos limites inserts em seus telerencas constitutvos, Numa atividade subrerrinealenta tas vigoros, « flisofo alemio vai instalando explosives mas 1 ‘hadras do slo subjetivo, ubmetendo-oa um movimento exc piano, de avto-aniquilagi, Coneudo, para que a explosio alsnce Droporyées raicas free aecessri enlgat os caruchos da di- amite desteuidora com o extopim feito de material geneali Cov atuando ness dae Fentes que Nietsche pretende desenc dears eatstofe do sujeio,entendida como ponto alto de inflexdo ilo pensamento metafsca tradicional e abertura pars novos hor soaker filosficos mie eeabeleida ete 08 Sem descurar dos dae comentadors no que tange 3 inportincia da periodiafio como importante eramenta mesodalgica na abordagem da ilosfa tiuchiana, alinhame-os nese bal dvi cm ses reposts or Karl Lawih®¢retomada por Scarlett Maton, que Troe prt outas uit segmentadoras. Acompanomot indo‘ porora de Morton quanto ix rancagens advindas da petiodzagio, piss adequadamenteempregada, ela "os aula I ponar as inne aque filisafo se aca cxpsto no diver cor momentos desu inet 4 tecupers a tapas do proceso {ic ciboragto de suas dn” (Nitsle Da frases es toe humana, 1990, p27) ‘Oui foco de livergénca conceine &relevinca abu os fragments péstumos, Ar psigesvariam pandement, nds ‘Trasuemeada por Deleuze, que fr sar rnras a seu emprego So bio lon sem adevidaconeboraeo no Sio dos textos ‘ladon, quel defend or Heeger de que less encon © CE Niaiche:Phibopie de Liternel Resor de Meme, 991, 9 38 5 © princi pind compen ran de 7 21576, o segundo mide Teh etd eae de T9821 THN el Mae ue me 10 OF Dionne pec 188, 6 rwrnepucso 9 17» enc da lon nicrchian Mas ambor sora + isms Kimi: relia seu tenes capita sobre Niche tam psu sds opt me tio qu con temple itd er fagmente pane epee sce nologis egal de sn brat, stand at fo si ce a dsconbcee coon fagucnos que podran forest tor tse sbi samen de quae polis mas abe Pode «ner de deminer orem over Tali ua gnc npn oud neces steps ‘dos tecidos argumencativos que procuravam legitimat. * oso interne ea sro eto ped pis ee que 2 guest do sues ons predeminana,deande Se temateagos mai amps ¢ pds, my nl desarmos das conti engenddas ses ance Sob peas dn taro ac proces crncerece wo pena taco, Ime mei aio sre de prima come fapmenton Srp: gue de even as tena agua arse ¢ eum tale Se nar supa psclentey moment nul lotetme, Sls» pergant acres da ojeoiade no ed complenmente seven tb ose rumento decane te absdagen de pron cnet vie como de maori portncaealance Bem tom eterepo de Asin alow Zee ‘eq a probleme bu wea no plas Prin da media scouctny, prs audi a, ‘cent gadis qe plongs st kor eon see profane clone sim esete temic mas amp Tor fin, cake rao imperncsleanpda peo emat de perso dames dfn lo ‘sta nor dc comempordee, Tl petra em sprain pla lngingior sncteHleT matads por orton dior de arte c gaur dvs de rade Acotnputat Necacheem ct qcrtonamente Jo pest mea sien pede aalar-on, so misino,acompreende cho o me 17 CE Mat, 196, Tome fp 82 378 12 Tues empresas ms cement (1967-197), pot Giga Cll © 2» Auserro M. Osare andros€ motivages dos projets ulveriores que paritham da mes: tna preacupasao temic. Em expecal no caso de Heidegger, mar ‘ado mais intensamente pelo inflxo da ware nictschiana, em (que fim da flwofasignificariaacabamento da mecafisi pela xploragio exaustiva de suas posibiidades no imbito da técnica, fm eu az estara a tansformagdo do homem em subjerom por teeléncia, Cumpride o circuit do flosofr, estar aberto 9 ca tninho para a "area do pensaments” ‘Mat nosto inten no ae dete af talver, 20 final do rj ‘0, possamos ilumbrar que ofilsofo-dinamit foi, antes de mais nada, filofo do crepdscalo: “A grandera do homem esti em et ‘uma ponte e io um fim: o que pode sr amado no homem é que ‘de um trnsco eum ocao, Amo aqueles que s saber iver como ‘os que se fandem no ocaso, pois so os que aravessam” (ZA, re- fio $4). Quigd,somando em ra plena radicalidade a etica sietzchiana do sujet, possamos entever em sua obra mais do que {um marco precursor, meramente propedéutico, do panorama ant: Inetafiico que se insalou no decorrer do século XX, para asim {esgatar sua fecundiade original, peculiae. Taveras armas empre fdas por Nictsche desfrutem de um poder de fogo ainda Insuperado, uardando em seu seo tes0ur0s mat valosos do que as tematizagbes/4propriagbesulteriozes Ihe outorgnram. Tiatando de questesafins, ofiufo jéalertava para esa flea de acuidade “Talve! Mas quem tem vontade dese afligir com to perigosos l= ez Paraiso 66 preczo esperar pla chegada de uma nova expe te de filiafos, que tenham algem outto gosto © propensi, ‘eso a0 dos que houve até agers ~ flsofos do pergoso salbez cm todos os sents." (BM § 2}. O livre compie-se de ees capitulos. No capitulo I (A ine seuragte do soit eras ruprarad)experamos examinat contest Gio de Niewsthe a0 cei cartesiano contoante quao nives de Droblematizagio, que colo em neque 0 estat Fundante no fpenas do ex jf contruldo, mas também das erapas e elementos propicadores de ua insttugho, No capital Tl (Em torn gene lagi do sujet) empenharse-aos em mostrar como essa investi contra a nogio de aujeito requer + mobilizagio do procedimento fenealgica e que conseqaénciasresultam desea opetatividade. No ‘limo capitulo. Pare além do syeito mezafiice) recuperando a reaoueso a concepeio do filésofo acerea do corpo enquanto instincis proteforme da luta ence mulkiplasvontades de pornci, contare= ‘mos analisr a que ponto ela consegue desvenclhar-te das presse- postos metafisios insertor na nogto de sujet IVERSIOADIE FEDERAL DO PARA RIBLIOTECA CENTRAL CAPITULO 1 A INSTAURAGAO DO COGITO E SUAS RUPTURAS |A analise « critica do proceso desencadeada por Descartes para constitu a rer agtan €um dor pontos nodais a ruminacfo Flondfica de Niewsche, Em seu entender, o projeto cartesiano de reconstruir dede seus liereer 0 eificio da cnc, adotando por regia 1 auto-inspegia do eu reluso em si mesmo, implica numa Ee deafrmagdestemerdras, cuja Fundamentasio € difiel,cl- vex impossivel” (HAY 16) etm por principal comseqéncia«ado- {He do pensamenta como criteria de ralidade, conferindo a0 ou Jeito os graus miximos de identidade, unidade, permantacta © ‘mplicidade, Ao iavés de se compreendero estado consciente en {quancoinstsumentoe sngularidade da vida humana, tranfo seo na suprema medida de reconhecimento daquil que & re tlesembocando na defeaincsiva de que #6 que pode ser pens tdo com clarera editing desfuts da efetividade exstncial ple faa or meio de sofisticada e profs argamassaconceitual, 0 Fi Solo francs tera atado de manera ineluevelexsténcia Iigi © ‘ries teh num movimento aigumentaivo oventado por ui Simensio sustenadoracujasartimanhas persuséeas Nieasche no eeansa em denuncat: "Que 0 pensamenco seja uma media do fetivo que aquilo que sie pode sor pensado, nfo é~ & um gros tciro non plas ua de wma bem avencirada confianga moral (aum fssencial prinepio-de-verdade no fundamento das coisas), em si fama afmagio dlirnte que nossa experiencia concradiz 2 cada LUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA BIBLIOTECA CENTRAL. 4 ‘Acseeva:M. Ont momento..”,¢ conelui de forma contundenteindicando que su ruminago segue outros ciminhor: "Nada pode sr pensado, just mente na medida em que €..” (XII, 2 (93). E nesse universo| temético que arelagdo Niewsche/Descatesaleanga maior inensi dade erende melhores ruts lséficos, Hae qe pes w sbordogem de tSpics intrentes wo tases caresiano manifestar-se, ainda que disprsament,jé nos prime to extor de Niewache, para tornar-se mais numeroms e profunda zo dime periodo dein ativdade losis, devese resale que ‘Mi hi indicativoscontundentes de que filo rvese wm com ‘ato diteto com as obras do pensidor rans” Esta assimilasio por via indir, apesar de influencae na incorrego ou incompleride de alguns argumentossietschianos que debatem deulhes da t= ‘rururaincena da filosofin cartesina, parecem no comprometer © conjunto de sua investigago. Pata alm destes desviosintrpre= ‘atvos ns mindcia,predornina uma fecunda problematizagio das peinclpai questiesLrantndar pea obra cxresiana, ( proprio Nictrche constata o stor rzcos envolvides ma compreensio dos tabalhs de outros pensadores, mat parece no fe incluir nesta resalva: “Em quate todos a fdsofos a wtiliagso de um antecewor e = Tuta contr ele carecem de rigot¢ ao inj tas Hes ado apoenderam a ere inerpetascoretamet,sabert- mundo « dificuldade de compremnder realmente @ que um utr ise ndo aplicando sua atengio. E asim que Schopenhauer fer tua idéia completamente filsa de Kant ede Patio” (VIL 23 (22) “Tria Nietsche suplantado, nar rfleades que dedica ao coi, 08 Bucs de Dem cso Lape Mav Gat, ‘plcragte gue dsembur, por im reo de sent se ise ‘Eller nota tune niet bare cone ene expe Senne men sr penn” le laoadine de Doce 138; p30 ‘epundo, un sain ur Ds cmser esse independ ‘Shred corps cme sic nia deen ues ead cr ‘rns ple loot aul de meu eu pel ames er ame val.) "Zo conc em 9 err eee poke ser ign par vince pra 1 morse er (Sco oe Fr ds bane ‘ds 1953p a3 Tmo genic 5p 390) 36 Aunerro M. One superficilizadse pela linguagem, que se obstina em esquematini- las segundo pélos homogencor! homem/Deus, homem/mundo, Ihomemhomem: "O homer iaventor de signos & 20 mesmo tem- pow homem cida ver mais agudamente consciente de si mesmo; omente como anita socal hmem aprende acomar conscitn- Gade si cle fie ainda, cle fa eada vez mais! (GC 354). © proceso constiutivo do ragito subordina-se 3s mesmas regiasformativas que deram oxigen te demaisunidades ings fase petmuancce enredado nor grils da gramitia, da “meta para powo™ por nio suporear horizons cujusfronteirs se presenta indevassives, 6 rerta a0 homem resignatse ao reino| dos conccitose palavrar que, a6 ecottatem arbitrariamente um tgrupe oxcilance de eventos, abr eamiaho para a crenga s6ria Ins confortadors de que nos encontramo dante de unidades com- pacts, claramentedisernives. A postlaci cartesiana deus re forma do espirito sobre si e+ defers dealgum tipo de individuasto hhumana sé se torna posse a paréir de um efinamento argumen- tativo dos meandror da estrrura simplifeadora da linguagem, tmantendo-se porém subordinada a seu dames eperspectivas te Alucrat, Com a deninca ds multplicidade rlaionaldifusa que ‘std na base daquila que se chama conscéncia edo desvionivelador tmpreendi pelo mecanisne gramatcal para supert-la, Nitsche pictende atcar 2 propria nogio de individualidade enquanto Alinta de um campo nificant, no importando se sua an plitude de abrangéncia¢espectfica ou gentia. TEncarande a consciéncia como tm érgio do corpo huma- ‘no, Nietsche compara sua fungi Squela exerci peo estomago, iesindo apenas 0 Gp de “alimentos” a sere digerids,Insrin- dora no comtento orginico isola, ele acaba por detectar sua presence ener até entio insspeitadas eafirma que 'a mais Pequena erltura oxginica deve dispor de consciéneia” (XI, 25 (G01) Ej mo nivel slur que se maniferta a atvidadeconscien tes havendo no homem tants “consciéncias”quaneaseflulas em ‘21 compo, pois, no limite © organism inteio pens ent, qt. | Fangio do cktebroe do sistema nervoso fesume-se a tansmitir€ centalizr este prodigote proceso, A remissfo da consciéncia 20 {esrtria corporal acarrea uma radical mudanga em seu sensido f "estar consent” dsia de sero retorna refleiva sobre si ou © ae -Arwstauagho 90 caarro suas RUPTURAE ” scompanham w onsen do que nce em sl pdpio pass tifleara stag de uma penpectia egos que lverce conse ‘loc Intent ds pores presto tas nis pa ‘els orgnicas“O ongnic!®é um aranj a fvor do gual ta consctnca pode se deel, por que ee em acetdade dot mesos presupostos parse canserat” OX, 25 (396) ‘0 proceso de conientnagio equiva a um combate pee ne ener diferentes perspectivas que pctendem, num primero tmomento, subi loge sper ect expundivse. A consi Gia, asim entendida,€otatramenta gue pei cada forma {lo temporsa de dominio exerer ua perspec de pote dh. fate dor denis conto ranirios de soberana, deca cfikla

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