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OS PENSADORES trabalho: a obra Estudos sobre a Histe- ria, assinada pelos dois. Nesse livro, Freud ¢ Breuer afirmam que os sintomas dos enfermos histéricos sio residuos ¢ simbolos de ocorréncias traumdticas, igmund Freud nasceu em Frei- Sis: Moravia, a 6 de maio de 1856, de familia judia, A’ maior parte de sua vida passou-a em Viena, Para onde os pais se mudaram quando fle tinha trte anon de idade. Em Viena, as quais um processo peiquico intenan” Freud viveu até pouco antes de sua mente afetivo teria sido desviado da TOs rida a 23 de setembro de elaboracdo consciente normal e dirigido A239; quando se encontrava em Londres, para inervagdes sométicas nao habi. fugido do nazismo. tuais. Afirmam também que, durante a Sua formacdo tifiea foi feita na hipnose, a revivescéncia do fato passado Universidade de Viena, onde se dedicou descarrega tal afeto. “A esse procedi- A Medicina, sobretudo a fisiologia e & mento de liberagdo, Freud e' Breuer neuropatologia; neste dltimo cam, deram 0 nome de “eatarse”. estudos, fez contribuicdes si Algum tempo depois da_publicagao investigando casos infantis de © dos Estudos sobre a Histeria, cessou a aoe cahaiercerais. Apesar da qualidade colaboragéo entre os dois, porque Breuer dos trabalhos que realizou nessas reas, nao acompanhou Freud na tese de que 0 puigdee fore, Para suas futuras con- conteiido das neuroses ¢ de origem tribuigdes foi o tempo que p: sexual. Prosseguindo as investigacdes Paris, estudando com o neurologista sobre a histeria, Freud abandonou a hip- Pee eee ee(8520-1893), cujaintlutn- nose, primeiro porque eram numeroete Bertie a rr ucclega vicnenseJo- oa pacientes que Apreseataryan rene, seph Breuer (1842-1925), levou-o a tandia n new emprego, ¢, segundo, porque iteresear-se pelos aspectos pricolégicos seus resultados cram pouco saehive, das doencas nervosas. Nessa. ¢po rios. Freud constatou que a descarga de fonhecimento que se tinha das paralisias tensiio nervose ebiida pela hipnose era iseees) lunitavaso a idéia geral de um fato incontosthvel, mas, bor guece dus clas dependeriam de ligeiros trans- lado, a melhora era poueo duradoura sem resancionais de partes do cérebro, demasiado dependente da, relagio pe cuja lesdo seria responsdvel por parali- soal entre medico e paciente. Passo. sia organica correspondente. Charcot foi entéo a utilizar o métado de nesoeis Gerimeiro a reconhecer a histeria como livre, com o que, em suas proprias pal doenca distinta e a empregar um método ras. nasceu 4 psicandlise. Segundo e Puramente psicolégico, 0 hipnotismo, método, o paciente fica livre de inl Para tratar seus pacientes e para provo- que lhe vier a mente. fasendo. nso car paralisias histéricas artificialmente. _associacdes isentas de critics ¢ amt Na mesma linha de renovacao teorica dentes de toda reflexdo conscient eterapéutica, iniciada por Charcot, colo- associacdes seriam determinadas pelas caram-se muitos outros, como Liébault, forcas inconscientes da psique, c o era Bernheim, Heidenheim e Pierre Janet peuta deveria interpret-las. a fim de (1859-1947). Este Gltimo, discipulo de trazer & tona o trauma responsavel pela Charcot, discordando em parte do mes- _ perturbacao nervosa do paciente re, desenvolveu a tese de que as — Empregando o método da ascociagio ifestagdes da histeria dependem de livre, Freud solidificou cada ver mais idéias inconscientes que ele cha- _ firmemente sua idéia de que os traumos idéias fixas”. causadores das perturbacoes sao ¢. hatureza sexual; em outros _termo: tratar-se-ia de impulsos que teriam sid reprimidos mais ou menos profunds mente na infancia do paciente. Os resv tados de suas investigagdes nesse sent ic encontram-se na monografia Trés Contr buigdes para uma Teoria Sexual, publ cada em 1905. Especialmente impor tantes nesse trabalho sao as suas Freud demorou a decidir-se por uma profissdo, io sabendo se ‘ou d filosofia. Influe 0 iador da tear sua vida foram OS PENSADORES gonsideracées sobre 0 complexo de Edipo, no qual ele vé o nucleo dos comportamentos neuréticos. Freud, contudo. nio se limitou aos casos patolégicos ¢ ampliou o da Psicandlise a fim de explicar a atividade Priquice normal. Nesse sentido foram especialmente importantes duas outras freas a que we dedicou: os sonhos © o ‘tos falhos. Em seu livro In dor Sonhos, publicado em 1900, Freud mostrou que os sonhos compartilham da estrutura dos sintomas neuraticos, devi- do ao paralelo entre seu conteado mani- festo © seu sentido oculto, o conteido latente. Em Psicopatologia da Vida Coti- diana (1901-1904), Freud desenvolveu a tese de que 08 atos falhos tém um sentido nio arbitrario © sio conseqiéncia da perturbacdo de uma intencio consciente Por outra, que se encontra retida ¢, as vezes, é inconsciente. As teses expostas por Freud em seus iene 6 foram recebidas com estranheza © rejeigio, sobretudo por afirmar a existencia de sexwalidade has criancas ¢ por considerar esse fato como © determinante bisico do comportn- mento humano. Mas. apesar dessus re 96es negativas, a psicandlive comecou & se expandir na primeira década do secu lo XX. Em 1907, Eugen Bleuler (1857-1939) © Carl Gustay Jung (1875-1961), de Zurique, orientaram-ve Para a psicandlise, no que foram segui ; dos por outros investigadores: um ‘ano depois, real : : Jung profe ima. série de conferéneins le Clark (Worcester, Massa chusetts), com o que comecou 0 sucess da nova corrente psicolégica nos Estadon Unidos. Dois anos mai fato comprovado na Austria, Suica, n India, Canada e Austria. ‘essa época, outras obras de Freud vieram a luz: uma série de ensaios teés cos em 1915 ¢ Introducdo a Psicand: em 1916. Nos anos que se seguiram a Primeira Guerra Mundial, varias inova- Ges teéricas foram desenvolvidas por ele em Além do Principio do Prazer, O Ego ¢ 0 Id ¢ Psicologia de ¢ And- lise do Ego. Por outro lado, depois de ter 768 indo 0 fenbmenos. pate normal, Freud passou da prrcologia de, individuo & psicologia social, estudande as manifestacies artisticns, a religiaa « Os ‘mitas. Nesea linha de investigncta, suas obras mais importantes foram Totem e Tabu (1912-1913). dois ensaion sobre a guerra (1915 © 1932), O Porvie de uma Musdo (1927) ¢ Moisés © 6 ‘Monoteismo (1934-19 38) Repressao e libido 0 proprio Freud situa o nascimente da psicanhlise no momento em que substi- twiu a hipnose e 0 método catartico pelo mitodo da associacao livre. Enquanto seu colega Joseph Breuer atribuin os sin- tomas histéricos @ auséncia de comuni- cacao entre os diversos estados de cons- ciéneia, Freud notou que os produtos dow estados hipnéides que irrompem na conseiéncia dos histéricos sio, na verda- de, resultados de um proceso de defesa ou repressio. Segundo o crindor da juncoes de controle fiewmn estado bipndtico, © ai consciéncia: isso porém nao ocorre na wociagao livre. quando surge nitida legando 0 paciente falta de Essa amnésia @ interpretada por Freud como uma defesu Fesisténcia que tem por fim impedir o Feaparecimento na consciéncia de certas recordacies, particularmente as referen- tes a impuisos considerados negativos pela sociedade, tais como a crueldade 0 egoismo, mas, sobretudo, os de natureza sexual Para interp Pacientes, Freud teve que se aprofundar vez mais em seu pasado. Os fat etar o presente de seus im descobertos Ievaram-no a admi a existéncia de atividade sexual meiros anos de infiinci Freud deixou-se levar seus pacientes ¢ sobrestimou 0 seducio, como fonte das mani fantis ¢ germe de sintomas neuréticos. Posteri descobriu a importincia da reformulou sua primeira cluindo que a sexualidade senta um quadro distinto da FREUD. ‘magdo universitdria de Freud foram os estudos ica de Charcot, em Paris. O psiquiatra francés foi o iro a fornecer os elementos fundamentais para uma explica: psicolégica das neuroses de histeria. (Provocando uma paralisia histérica, mediante hipnose, Charcot demonstra suas teses em uma aula pratica.) do adulto, inclusive com alguns tracos cio € reten que © proprio adulto qualifiear: ido” de fezes. Nessa fase, a oposicio entre masculino e feminino ‘urgiu assim a nocao de “li- ainda nao se faz sentir; em seu lugar, no amplo significado de constata-se a oposiciio entre ative ¢ pas so no s raze sive, precursora da polariza sivel, nao se limitando & uniao posterior. Surgem tambén xual ou ao prazer localizado nos ér- tral ea masturbagi gaos genitais Por volta dos Para Freud come: tando fases be as, desde onasci- 0 qual d Letentine ianga até a puberdade, O pri- dos instintos parciais, em virtude da > de organizacio ¢ 0 oral, repressiio realizada pelos adultos nos ibido concentra-se na boca Agios anteriores. Nesse periodo de esse estiigio apresenta-se 8 normas sociais ja se enc apenas como processo de mamar; de- rizadas na crianga, pois, a crianca passa a visar também ao sciéneia moral ¢ dando nas prazer independente da alimentagio, em —_ cimento ao “ideal do eu”. um tipo de atividade auto-erética, no Finalmente, o desenvolvimento da li- orientada para outras pessoas: poste- bido, segundo Freud, culmina no decor- riormente, aparece ainda, nessa primeira ‘da puberdade, quando as varias fase, 0 sadismo oral, isto é, a tendéncia a zonas erogenas subordinam-se ao apare- morder ¢ devorar, mmpletando o desenvoly ‘A segunda fase de organizagao da libi duo e tornando-o adull do a sédico-anal, em que aparecem o parte dos instinto parcial do sadismo ¢ a satisfa- retida nos estiigios cao erotica ligada as funcées de exe OS PENSADORES fixagdes da libido que guardam rela darios, Os processos primario Sea neauece ene eae anne ae fluirlam & busca de descarga des sen c perversoes. Por outro lado, nem Reurdnios € para a conseqiente sat todos os instintos parciais igual- io que Freud denomina “prazer™. par mente utilizdveis para a organizagio outro lado, os. processos seeundinin, J/genitats alguns, como o» ‘huis, por levariam i dintingao entre on entree | exemplo, sito reprimidos ou sofrem com- Plexas transformacoon si Especialmente importante no curso do desenvolvimento da libido € a consteln. cao de fatores que ligam a crianca a seus pais, formando 9 que Freud denominou . , scomplexo de. Edipo”. No menino, © teoria psicanalities passou a extlbe & complexo de Edipo caracter pela inconsciente sobre quatro -pontos de sintese de suas tendéncias sexuais, tendo vista: 0 t6pico, 0 estruturall g econ, come objeto # mil ¢ com a conregients miso codinkmico, rivalidade © hostilidade em relacao ao onto de vista t6pico encontra-. Pai. Com as necessirias adaptagies, Interprelacdo dos Soulion segundo Freud, ocorre © mesmo com a di * simples. substi Por Freud. Em sua forma mais (enominada metapsicologia). se na onde Freud distingue quatro sistemas da psique: Fenina. Esta. no entanto, se desligaria inconsciente, o pré-consciente, & coveure da mae (com a qual também esta inte € & consciéncia. O inconsciente, “fando Tale aeeada), Tesponsabilizando-se pela de toda vida psiquica™, diz Freud, con, falta de pénis, que ela inveja. O com- tém tudo quanto & mantido fora davon yBlexo de Edipo, segundo Freud, &, ciéncia por bloqueios internos, entee ny |normalmente, superado na fase de latén. i isténcias ¢ a necessidade de | cia, com a formacao do superego e com 0, proveniente do superego. O pré- | Sfecubstitutivos socialmente accitiveis, consctente 6 entendido na! Interprecenso ofcrecidos pela cultura. dos Sonhos como algo anilogo ao que w James chamava, “Ranjan ide Que é 0 Eu? ncia”: € 0 dominio das tendéncing fensivas e detém o fluxo das excita- Goes. A censura situacse entreoe d temas e exprime a reagio das te o-princi- pré-conscientes as pulses incon inalmente, a. cor quelrecebo'o case Pasar. Em. ainteser cae ponto de vista topic neurofisiologicos oria passa por dois exthgios ou tech tt imcial, podem-se digtinguir trév classes tando-so A censura de orele, Ae ieuieh de neurénios: neuronios g, agentes da fase, o ato meinen eee Pereepeio que permitem a passagem dos mas'ao sar sabato gin impulsos excitatrios:meuroniosyragen: ser repritida tes da memoria, permanentemente afer, dos pelo que passe por eles: ey finek. mente, os neurbnios , necessirios para que as memérins retidas, ou us percep: sande paras fone Shes impressas, sc torncm constientes, "0 pau ide ciate eae an tal foi anpome Nesse sistema de neurénios, o estimulo por Freud noon 10 O Ego e 0 Id(1923), Bilston nto. dest, reuita em um Dade encontram indigadon trén sites aco de excieagio que pode corser livre- mast & ith o age © 'o sipiege REE mente ou ser inibi 3 pela organizacio de entendido come a Parte mate antiga da Oruronion, que Freud denoinou ego". monte, come um Pdsrbeiar dat Bae © fluxo nio inihido constituirin of pro: Instintivas inteirartghen ae forsee sei iue maric® © 0 fluxo inibido © Dominado pelas paixdes © marian pelo. redirigido formaria os processos secun- _impulso Freud, 0 id niio Para Freud, a estrutura da psique for- ma-se durante 0 curso do desenvol: mento infantil; nessa estratura, pal__papel consciente deixa de acordo como © ato psiquico ‘a poderia sendo obrigado a perm: necer no inconsciente, ou entio poderia passar pelo crivo da censura, tornando- Se capaz de consciéncia, ou seja, pas- 770 OS PENSADORES 4 psicanélise comecou a ganhar amplitude internacional nos fins da primeira década do século XX. Foto da colecdo de Ernst Freud mosira alguns dos seguidores de Freud. reunidos em 1909, em Worcester, Massachusetts: 4. A. Brill, Ernst Jones, Sandor Ferenczi (esquerda para direita, em pé), Freud, Stanley Hall e Carl Gustav Jung (esquerda para direita, sentados.) © por seus graus de cons: passou a entender o pi = neiro como representante dos aspectos jante compromissos. O ego correspon-_ restritivos da psique e 0 segundo como deria aproximadamente ao sistema pré- ‘dao ncia. Em sew consciente-consciente do ponto de vista as ego seria cor apresenta conflitos; nele se encontra juntas as contradicées ¢ as antiteses, ue, freqiientemente, se adaptam me- topico ¢ se formaria a partir do sistema perceptivo. Para Freud, o ego organiza a defesa, assegura a adaptacao a realida- de, regula os conflitos, opera a censura e representa a raziio, a sabedoria, a moti- idade, « percepgao, a meméria; exer cendo essas fungdes, ele nao $6 pod trar em conflito com as outras partes do aparelho mental, como suas proprias fungées podem entrar em conflito entre si. Sua carga de energia_derivaria_da energia psiquica sublimada. O conceito de “superego” foi inicialmente restrin. gido por Freud ao significado de cons ntido de culpa. & consciéncia consciente. Posterior- nte, ao invés de distinguir o superego jostas pelos pai ambém, projecdo das proprias agres- ceria da identificacao ¢ interiorizacdo, inicialmente, dos pais ¢, depois, de edu cadores ¢ demais modelos ideai ‘0 ponto de vista econdmico diz da vida psi Segui |, 0 desprazer corre! um aumento de energia da vida ca, eo prazer, a ume. diminuil outro lado, o aparelho psiquico dencia n manter quantidade de no mais baixo nivel possivel, menos no mais constante possi alguns contudo, certas atuariam em sentido contrério, nos momentos em por exemplo, Na segunda década do século XX, a escola psicanalitica comecou a se bifurcar em orientacées divergentes com a separacao de Adler e Jung: outros tedricos importantes, no entanto, continuaram no mesmo caminho do mestre. Foto de 1922 mostra Otto Rank, Karl Abraham, Max Eitingen, Ernst Jones, em pé, e Freud, Ferenczi e Hans Sachs, sentados. (Mark Peterson, Londres.) stinto de conservacio forca a tole- fa de certos desprazeres para conse- ‘rum prazer adiado; ou entao quando de conflitos por ocasiao da cyolugao do ego rumo a formas de orga: nizacao mais elevadas e coerentes. Em outros casos, um evento desagradavel pode ser reproduzido, entrando em apa- Tente contradigao com o principio do prazer, como € 0 caso dos sonhos que repetem situa ticas, ou de brincadeiras repetidas de criancas, que colocam, de formas variadas ¢ uma situacao desagradavel por e da anteriormente de forma pussiva, gar. dom g ha tolerancit melhor : Tendo feito essas constatagées, Freud concluiu que a vida tende ao meiro que ela abandonou, ¢ ao qual p cura voltar através da evolucdo, Em ou tros. termos, todo desenvolvimento humano decorreria de dois tipos de ins- ‘os que Freud, inicialmente, identi- quer ficou como instintos do eu ¢ instintos sexuais. Os primeiros levariam a conser- yacao do individuo; os segundos seriam instintos de conservacdo da espécie. os quais, subseqiientemente, Freud conside rou como instintos de vida. Os instintos d s tarde a volta ao estado inan stem a influéncia de fatores externos ¢ entram em conilito ntos do eu. Mais tarde. nelusdio de que todos do os do eu, sao libi- a libido é 0 instintos. nosos (concentrada no e ada “nareisia”) e que sexuais incluem um componente sédico, destrutivo, isolado do eu pela libido nar~ cisica e colocado a servico da funcéo sexual. Por essas razdes, passou a dis tinguir dois tipos de intintos: os sexuai ou de vida (Eros) © os de morte (Tana- Os primeiros garantiriam a conser- vacao da vida, ¢ os segundos tenderiam & Conservaciio e volta aos estados anterio- res; no comportamento sexual, os instin- 773 OS PENSADORES tos de morte assumiriam a forma do sadiomno. Finalmente, o poato de vista dintsnjeg faa estrutura da polque, sejtundo Froud 6 representado pela variedade de forcas montais e pelos conflitoe 6 compromissos a que chegam, incluindo, conseqdente tmette, an cxipéncias @ defoean do ome contra elas, s et eet deve teger o ego nde ee da arieiedade inter Sm, osine adegub-ic & reulidnde extores. Para ievo, podem dies a tatictagse dos inetintos e'até evith-ln por completo, « fim de prevenir fracatehe e frustagoes, Mas a encrgis asain init podendo ser reinvestida sob formas dife Frentes, através de transferéncia, eee macao, »jecAo ou compromisso. nao-solugao de ‘conflitos dos. instintos seria responsavel pelas neuroses. A linguagem do inconsciente @ qual for © ponto de vista esco- Indo para estudar a psique (s6pico, estrutural, econdmico ou dinimico). a teoria psicanalitica salienta 0 papel fundamental exercido pelo inconsclerte, considerado por ela como o nucleo de toda a vida psiquiea. Para penetrar no inconsciente, Freud, além do método de associacdo livre, valeu-se de duas outras vias de acesso: os atos falhos © os sonhos. ‘ = Os atos falhos, segundo Freud, sito produzidos de mancira a permitir a expressao de uma tendéncia inconsciente reprimida. Assim, quando se comete um erro de linguagem, por exemplo, a pala- ee ees idéia ou sentimento inconseiente que forca sua manifestacao. Em alguns casos, o ato falho seria simples ¢ a ten- déncia inconseiente se manifestaria sem entrar em conflito com outra; & 0 que Freud chama “ato sintomatico”. Em ou- tros casos, o conflito entre duas tendén- cias afetivas resultaria em um compro- misso, sendo incompleta a repressio, que apenas perturba o ato consciente; 6.0 que ocorreria em erros de leitura, de audicao, de escrita, ou entao quando uma pessoa tropeca ou escorrega, Existe ainda, segundo Freud, um terceiro tape de ato falho, no qual uma certa tendéneia é completamente inibida e a repressao € 774 total, como acontece nos fendmenos de "dina relagho aos sonhos, Freud chegou ‘de que se trata de material At ies “coneticiindong at woonsciente. Paty ‘psicandlise, on sontios resul- afrouxamento da censura do jurante 0 sono, 0 que permite que. inconsciente se manifeste. Essa thanifestacao, contudo, nao é totalmente livre porque a censura nao desaparece de todo.Me eal forma que 0 sonho apresenta inameras deformagses que constituem im compromisso entre a emergéncia de jnconseiente ea censura. No sonho, mos- tra Freud, a censura esconde passagens mais chocantes com vazios ou interrup- oes, omite nomes, torna confusas certas passagens, faz alusdes mal definidas, falienta pormenores sem importéncia, Tudo isso é entendido por Freud como resultado de cinco procedimentos: a condensacdo, o deslocamento, a dramati zacdo, a simbolisacdo e a elaboracao secundaria. A condensacao consiste em. fundir numa sé imagem dois ou mais ele- mentos que possuem algo em comum, do que resulta uma espécie de traducao abreviada. Mediante o deslocamento, uma tendéncia ou objeto substitui outro préximo, por ser mais inofensivo. A dramatizacao é a representacao plastica de idéias abstratas, apresentando-se estas sob a forma concreta de uma acéo ou situagao. A simbol é de reza essencialmente sexual; nela, certas imagens do sonho manifesto significam outras, ocultas. Finalmente, através da elaboracao secundaria, o sonhador colo- ca certa ordem logica nas imagens, for mando uma “estéria” mais ou menos coerente Serindor Transferéncia e sublima: Além das teorias sobre o de: mento da libido, sobre a est funcionamento da psique e sol de acesso ao inconsciente, muit idéias foram desenvolvid: constituindo um amplo conj forma, ac mesmo tempo, uma. tratamento das neuroses ¢ ul geral do homem. Do ponto de Psicanélise como terapia, de sisted lis te Ns a uct canine FREUD A vida pessoal de Freud foi sempre muito tranqiiila e sua familia constitui um exemplo comum Sapa des clive mbcia et pdia ce gaa ipo coe XIX. Em 1886, Freud casou-se com Martha Bernays e dela jamais se separou; 0 casal teve seis filhos, dos quais, Ana Freud, a mais nova, tornou-se conhecida por seus estudos sobre andlise de criancas. (Freud e um dos netos.) particularmente 0 c cia. No decorrer do tratamento psi , segundo Freud, o paciente passa a dedicar sentimentos extrema- mente afetivos ao analista, tendendo a aceitar suas recomendac ¢6es, 0 que conduz a uma rela¢: cedora da terapia. Surgem também re: odes negativas de rejeicao e contestacao €, mesmo em uma transferéncia positi a carga de afeto po de algum tempo, deixando o pe colaborar. Freud explica esses fatos a ja de um estado latente partir da existé ho paciente: este estaria transferindo para a pessoa do médico os sentimentos que experimentou em relacéo a outras Pessoas de seu meio ambiente, especial ° os pais. Enquanto essa transfe a, Freud recomenda seu aproveitamento, a fim de melhor condu- zir © tratamento. Esse procedimento do médico apresenta, contudo, um inconve- niente, porquanto leva a uma nova neu- rose, denominada por Freud “neurose de transf ”. Nao obstante esse aspec- to negative, rose de transferéacia € mais facil de ser curada, porque surge e se dese ShonaPseee Mae aia neurose de transferéncia seria tante com a cura da neurose originaria. Outra idéia particularmente impor- tance desenvolvida por Freud referevce & sexualidade feminina. Para o criador da psicanalise, o desenvolviemtno sexual da menina caracteriza-se pela inveja do penis e pela relacdo clitris-vagina. O clitéris desempenharia 0 papel de sendo a sede de uma excitabi OS PENSADORES are Orpio dispensn ordt om on dente Una ter y tro da sociais, Em & guerra, publi ¢ J diseutiu a hipocrisia da dade contemporanea, 0 empobr » da vida moderna, 6 emprego da coergs jal © a natureza dos impulsos agressivos. E s outros trabalhos (Fotem e Tabu. © Mal-Estar da Cultures © Porvir de uma Husdo), analisou 0 pro- blema da agressividade, das restricoes socinis ¢ varias outras questoes referen- tes & rea politica. Instrumento impreseindivel Todas essas idéias, assim como os principios da psicandlise, sofreram mo- difieagses no decorrer dos tempos ¢ foram assunto de muita polémica entre seus proprios seguidores. Alfred Adler (1870-1937), que foi um dos maiores discipulos de Freud, separou-se do mes- tre, por achar que este reduzia todo o comportamento exclusivamente ao fator sexual. Embora considerasse a libido como algo extremamente importante, Adler achava que a vida dos individuos & determinada por duas forcas opostas: de uum lado, g-descio de sar auperion; de outro. os sentimentos de inferioridade radicados na inferioridade fisica que a crianga_experimenta diante_do_adulto. Carl Gustav Jung (18° 61), outra grande expressao do movimento psica- nalitico, também separou-se de Freud por nao concordar com a demasiada Importincia que o criador da psicanalise teria atribuido a libido. Page Jung, o tema fundamental da investigagao psico logica deve ser o psiquico, dade. eduzi-lo a0 or; a spectos, como a libido. De suas investigagoes nesse sentido, salienta-se 0 conceito de “inconsciente coletivo™, que 776 consciente de toda a. human (rie eg parte da psique que finca suas 1 ee ab. Gutree que sesame furan de Freud por divergencing he a foram Wilhelm Steke 1940), one fore Ne a (1804-1939), 1924, Por outro Tado, dentro de uma ue se poderia chamar ortodoxa, oe ep leavelemecetar-s aka nace Saee o ee Aria Beene (atleast ‘a publicacao de Tratamento Psicanalitico de Criangas, em 1937, nigeria. modificusSes at mepontion are jortantes da terapia de criancas, ¢ tam- Bim chegou a contribuigdes relevantes para a psicologia do Ego. a partir do Gesenvolvimento do complexo de Edipo. Melanie Klein, por outro lado, sustentou a necessidade de adequacio dos princi ios fundamentais ao tratamento das Griangas; entre outras adaptacdes nesse sentido, Melanie Klein procurou obter subsidios para a andlise nas brincadeiras jogos de seus pacientes infantis. No es tudo dos antecedentes do complexo de Edipo, Melanie Klein chegou a resi dos bastante controvertidos. Muitas outras contribuigoes fort tas no sentido de enriquecer ¢ amp! campo da psicandlise, que passou a constituir um instrumento obrij tratamento da criminalidade e da d qiéncia sao campos em que a psi tornou-se indispensdvel. Na apli nao-clinica, deve ser salientado que a psicandlise exerceu, inl @ sociologia e antropologil Margaret Mead (1901- heim, Abraham Kardim nowski (1884-1942), tacaram-se nesses lado, as aplicacées da tica ‘artistica e lit mente amplas e fecun Freud sobre Leoni (1442-1519) esol (1821-1881) marcaram ria da critica e foram meros trabalhos de Si Emest Jones, Charles B FREUD Iniciada como simples terapia das perturbacées nervosas, a psicandlise em pouco tempo transformou-se num dos mais completos modelos de investigacdo da natureza humana. Os conceitos formulados por Freud adquiriram tal ensplicnde quem paste ieee eee std presente. (Ben Shahn: “Freud”; colegao particular, Nova York.) 117 d O8 PENSADORES: CRONOLOGIA 1856 — Bm Freiberg, Mo. 1903 — Publica Tres Con 1914 pik se de dun, révia, nasce Sigmund Freud. —_tribuigdes a uma Teoria Se 1920 m Berlin, fun dada a ira polietinie, a ee a airt 0: sing pannel 188s Estuda com Char- orientam-se para a psicana = 1924 Freud rompe com cot, em Paris m Salzburg, realiza-se Otto Rank. 1886 — Passa a trabathar imeiro Congresso Inter 1927 — Publica O Poryiy neuropatologia, Casa-se nacional de Psicandlise. de uma Husa, com Motesenee a 1 908 Freud e Jung pro- 1930 Recebe o Prémio 1895 — Juniamente com —_ferem um ciclo de conferén- Goethe. Brewer, publica Estudos so- — “cias na Clark University, em 1938 — Mudase para bre a Histeria, Worcester, Massachusetts. Londres. 1900 Publica A Inter. 19 Freud rompe com 1939 Morre em Lon Pretagao dos Sonhos. Adler. dres. 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