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Prensa

ano 3 - número 13
Março de 2003
Distribuição gratuita

Informativo da Delegacia de Foz do Iguaçu e Região do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná
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A radicalização política
A relação entre o Legislativo e Mas a fria matemática não predominou os dois anos restantes de seu mandato.
na eleição para a Mesa Diretora. A ânsia de Persistente, ou como dizem um “osso
o Executivo de Foz do Iguaçu
um grupo de vereadores em não deixar duro de roer”, Rabelo voltou à cena com
dúvidas quanto à sua subserviência fez que a eleição de Harry Daijó (PPB) para pre-
Aluízio Palmar
onze votos dados à chapa apoiada pelo pre- feito. Assim que assumiu a chefia de gabi-
A temperatura política de Foz do feito fossem anulados. Com a trapalhada nete, ele trabalhou para alijar da política o
Iguaçu nunca esteve tão alta como neste dos votos marcados, Adilson Rabelo (PSB) ex-prefeito. Com apoio dos atuais verea-
verão. Aliás, ela começou a se elevar nos e seu grupo ganharam de bandeja a presi- dores governistas, Rabelo conseguiu que
dias que antecederam a estação, com o tu- dência da Câmara. a Câmara não aprovasse as contas de
multo na eleição da Mesa Diretora da Câ- Dobrandino referentes ao exercício finan-
mara. O caso das cédulas marcadas ini- Osso duro de roer ceiro de 1995 (posteriormente a Justiça
ciou uma crise sem precedentes nas rela- Conhecido pelo seu estilo trator de fa- declarou a inelegibilidade do ex-prefeito).
ções entre Executivo e Legislativo. zer política, Rabelo iniciou sua militância Com a sua eleição para vereador em
Dificilmente alguém arriscaria dizer no PMDB nos anos 80. Em 92 se elegeu 2000, a expectativa era de que Rabelo con-
que a bancada governista iria perder a elei- vereador e em 94 rompeu com o seu padri- tinuasse sua cruzada contra o grupo lide-
ção. Afinal, os vereadores que apóiam o nho político e então prefeito, Dobrandino rado por Dobrandino. Nada disso, o lobo
prefeito Sâmis da Silva (PMDB) represen- da Silva (PMDB). Nas eleições de 95, virou um cordeiro. Na Câmara passou a
tam em torno de dois terços dos 21 mem- Dobrandino lançou Sâmis para deputado dar, como quase todos os seus pares, apoio
bros da Casa de Leis, sem contar aqueles estadual e Rabelo fez o contraponto lan- geral e irrestrito ao prefeito Sâmis. Em
que aparentam ser de oposição, mas çando-se candidato e fazendo oposição ao troca desse apoio recebeu benefícios,
gravitam em torno das prebendas e ou- candidato oficial. Sâmis foi eleito e Rabelo como a nomeação de alguns de seus pro-
tras vantagens oferecidas pelo Executivo. derrotado voltou à Câmara para cumprir tegidos em cargos comissionados.

Conflito de interesses
ves (PSB) e Rozily de Freitas (PPB). Numa grado presidente da Câmara de Vereado-
última tentativa de driblar as dificuldades, res. Para tanto teve a seu favor o pulso
Rabelo juntou descontentes, “viúvas” e forte do presidente Dilto Vitorassi e do
desprestigiados. secretário Nilton De Nadai, que se ape-
O namoro findou alguns dias antes da O confronto veio na noite do dia 12 de garam ao Regimento Interno, invalidaram
eleição para a Mesa Diretora. Disposto a dezembro, com a tropa de choque do pre- as cédulas marcadas e proclamaram a vi-
não ser mais um na Câmara, Rabelo che- feito orientada a aniquilar politicamente os tória da chapa dos “independentes”.
gou a imaginar que teria o apoio de Sâmis rebeldes. Antes e durante a votação os ve- A resposta do prefeito não tardou. A
para assumir a presidência e depois tentar readores situacionistas foram marcados de publicação dos decretos de demissão dos
vôos maiores. Caiu na real quando o pre- perto pelos hierarcas do PMDB. A traição apadrinhados pelos vereadores rebeldes no
feito escolheu Hermógenes de Oliveira de 98 aconselhava a não acreditar cegamente Órgão Oficial, em 14 de dezembro, foi um
(PMDB) para presidir o Executivo. nas juras de lealdade daquele grupo, cuja sinal de que o prefeito não estava a fim de
A chapa composta no sobrado da Pra- parte dos integrantes fez parte no passado fazer concessões à nova Mesa Diretora.
ça Getúlio Vargas saiu completa, fechada da conspiração contra Dobrandino. Havia começado a temporada de
e excluiu, além de Rabelo, Ney Patrício Contudo, quando a derrota de Rabelo e radicalização nas relações políticas em Foz
(sem partido), Edson Mezomo (PPS), seus pares era iminente, 11 cédulas e tudo indicava que dali pra frente seria
Nilton de Nadai (PSDB), Cleusa das Ne- marcadas são anuladas e Rabelo foi consa- olho por olho, dente por dente.

Sindicato tem Reflexos do A gênese da


eleições em abril fim do diploma escravidão
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2 Prensa opinião
Continuação capa

mídia
Alexandre Palmar A queda-de-braço
Mudanças
A mídia comemorou a Oprimeiro golpe foi disparado por Rabelo ao pedir providências con-
tra o Executivo Municipal por conta de repasse a menor dos valo-
inauguração do “ligeirinho” e
do terminal de transporte res devidos ao Legislativo. De acordo com Rabelo, a programação
urbano. Duas semanas de financeira do Legislativo para 2003 prevê repasses mensais de R$
funcionamento do complexo 768.416,66 e o Executivo creditou na conta da Câmara R$ 450
foram suficientes para os mil. Conforme ele, a medida configura crime de responsabilidade,
jornais mudarem de opinião e passível de pena.
encontrarem defeitos na O segundo golpe sofrido por Sâmis foi, mais uma vez, resultado de
estrutura. Fogos precipitados trapalhada cometida por sua bancada no domingo, 23 de fevereiro,
ou prova de amadurecimento? durante a eleição dos membros das comissões permanentes da Câ-
mara Municipal. Para júbilo de Rabelo a vitória governista, que era
Alvo favas contadas, foi transformada em nova derrota do Executivo.
O jornal A Gazeta do Iguaçu Para demonstrar seu repúdio com a condução do pleito para a compo-
responsabilizou diretamente o sição das comissões, os situacionistas abandonaram o plenário. Va-
ex-governador Jaime Lerner lendo-se do Regimento Interno, que dá prerrogativa ao presidente
(PFL) pelos erros no projeto. O para preencher as comissões em casos excepcionais, Adilson Rabelo
parceiro dele na empreitada fez o preenchimento e mandou constar em ata que os membros fo-
recebeu tratamento ram escolhidos de acordo com a representação de cada partido.
diferenciado. No dia da
Os próximos embates se dariam nas comissões, e um dos casos a serem
inauguração, aliás, a cidade
examinados e julgados seria o parecer prévio do Tribunal de Contas
contava com 17 estações-tubos
do Estado que recomenda a aprovação das contas do ex-prefeito
e não 21 unidades como foi
noticiada pela imprensa. Dobrandino referente ao exercício de 1996. Novamente, para azar
do atual deputado, suas contas caíram no colo de Adilson Rabelo.
Fogo cerrado
Veículos atacaram o vereador
Dilto Vitorassi (PT) em
Afronta à cidade O imponderável
fevereiro. Tudo por conta das Foi nesse clima que na manhã de 24 de Nem a comoção causada pelo atentado e
declarações do petista a fevereiro Rabelo participou de uma audiência a gravidade do estado de saúde do presidente
respeito do atentado contra pública promovida pela prefeitura. Ali, a res- da Câmara esmoreceram a bancada governis-
Rabelo. Os meios acabaram posta de seus desafetos veio ao não chamá-lo ta. Seus 12 membros autoconvocaram uma
antecipando o debate sobre as - como é de praxe serem chamados os presi- nova eleição dos membros das Comissões Per-
próximas eleições e dentes do Legislativo - para compor a mesa manentes. No dia 28, onze minutos depois de
polarizaram, por enquanto, a que dirigiria os trabalhos. Sem demonstrar-se abrir o encontro, o presidente em exercício,
disputa de 2003. Ponto para o abalado pela ofensa, Rabelo pediu licença para Ney Patrício (sem partido), encerrou os traba-
ex-presidente do Legislativo. se ausentar e informou que iria participar de lhos sob a justificativa que a ordem do dia já
outro evento naquele mesmo momento. havia sido cumprida. Mais uma vez, os verea-
Violência Minutos depois de deixar o hotel, o dores “independentes” levaram a melhor na
Basta dar uma olhada nos caroneiro de um motoqueiro o atingiu com queda-de-braço.
boletins de ocorrência da PM dois tiros na cabeça, em pleno centro, num O prefeito Sâmis da Silva sabe que a falta
para perceber que os dias de dia em que o governador Roberto Requião de domínio da Mesa Diretora e das Comis-
folia não foram tão “Paz e
participava de vários atos na cidade e, como é sões Permanentes poderá ocasionar problemas
Amor” como a mídia sugeriu.
de uso e costume, o policiamento era intenso. para sua gestão. Se ele dominar seu tempera-
Durante a festa, houve
Enquanto o vereador era submetido a uma mento forte e seguir os conselhos de seu pai,
homicídios, estupros, além de
inúmeros assaltos. delicada cirurgia, o governador e o prefeito tentará cooptar para sua hoste alguns verea-
saíram à frente das investigações, que apenas dores rebeldes, ao mesmo tempo em que con-
Debate se iniciavam, para descartar motivação políti- tinuará tentando anular via judicial os dois im-
O texto de abertura desta ca para o crime. A insensatez foi tão grande portantes episódios da Câmara. O único
edição será objeto de debate que o prefeito fez questão de desacreditá-lo imponderável que poderá atravancar seus pla-
na terça- feira, 18 de março, às recordando atos ilícitos cometidos no passa- nos é a sobrevivência de Rabelo e o seu retor-
20 horas, na Casa do Teatro. do por um dos irmãos da vítima. no, mesmo com um olho vazado.

Prensa ESPAÇO ABERTO


Jornal da Delegacia de Foz do Iguaçu e Região do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná.
Redação, diagramação e edição: Alexandre Palmar (Jornalista responsável MTB 3717) e Redação e revisão: Douglas Furiatti Caro leitor, estamos abertos a opiniões.
Impressão: Gráfica Sontag - Textos assinados não refletem necessariamente a opinião do veículo. Textos, artigos, notas, comentários enviar para
Telefone: 9967-5060 - Av. Paraná, 1610 – Bloco 6 – Ap. 801 – 85863-720 – Foz do Iguaçu - PR o endereço eletrônico sindijorfoz@foznet.com.br
ação sindical Prensa 3

Sindicato realiza
eleição em abril
Jornalistas definem nova diretoria para os próximos três anos

Douglas Furiatti A outra alteração é no Conselho de


Ética, que será definido após posse da nova

Urnas O Sindicato dos Jornalistas Profissionais


do Paraná realiza nos dias 29 e 30 de
abril, das 9 às 20 horas, a eleição para defi-
diretoria. Os nomes dos seis integrantes
(três titulares e três suplentes) sairão de
uma assembléia geral.
Haverá urnas fixas na sede do sindi-
cato e em locais definidos pela Comis- nir sua próxima diretoria. A disputa segui- O edital de convocação das eleições foi
são Eleitoral e também urnas rá os parâmetros do novo estatuto sindi- publicado no jornal O Estado do Paraná,
itinerantes. O quórum terá de ser su- cal, aprovado em assembléia geral de 28 de fevereiro. Ele estipula como pra-
perior a 50% dos associados aptos a acontecida em Curitiba dia 13 de fevereiro. zo final para inscrição de chapas à Direto-
votar. Se o percentual não for atingin- Em relação às eleições passadas, há duas ria Administrativa e de nomes para o Con-
do, haverá nova eleição nos dias 6 e 7 importantes mudanças. Para o Conselho Fis- selho Fiscal o dia 31 de março. Essa data e
de maio, exigindo-se o quórum de mais cal, as candidaturas serão individuais, ou seja, os dias de votação foram estabelecidos pela
de 40% dos votantes. Se o índice não não estarão atreladas diretamente às chapas Comissão Eleitoral.
for alcançado, a terceira votação será que concorrem à Diretoria Administrativa, O registro dos interessados na disputa
em 13 e 14 de maio, com mais de 25% e qualquer profissional em condições regu- pode ser efetuado de segunda a sexta, das
dos votantes. lamentadas pelo estatuto pode disputar. 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas, na sede
Em caso de empate, valerá a data Esse conselho é formado por três titu- do Sindijor, à Rua José Loureiro, 211, no
do segundo pleito para o desempate, lares e três suplentes, com objetivo de fis- centro de Curitiba. Também será possível
do mesmo modo que havendo empate calizar a gestão financeira e patrimonial do fazer a inscrição nas delegacias regionais.
em 6 e 7 de maio, será realizada elei- sindicato, e elaborar parecer sobre o balan- As informações e materiais podem ser so-
ção em 13 e 14 de maio. Nesses casos, ço financeiro anual, submetendo-o a voto licitados aos membros dessas subseções,
os locais e horários serão os mesmos em assembléia convocada para esse fim. entre elas Foz do Iguaçu.
definidos para a votação de 29 e 30 de ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

abril, podendo haver alteração de iti- INSCRIÇÕES PARA CHAPAS DA DIRETORIA


nerário da urna volante caso seja pre- EXECUTIVA E SUBSEÇÕES REGIONAIS
ciso ou definido pela Comissão Eleito-
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TERMINAM EM
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31
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DE MARÇO
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ral.
Documentação
Os documentos necessários são: a)
Ficha de qualificação de cada candidato, Disputa no interior
em duas vias, assinadas por ele mesmo,
indicando o cargo ao qual se candidata, Votação para diretoria e delegacias serão simultâneas
à disposição no sítio
www.sindijorpr.org.br; b) Cópia da cartei- A eleição será feita com base no novo para a Cidadania, Fiscalização, Imagem,
ra de trabalho em que conste a qualifica- estatuto, que traz mudanças nas delegaci- Saúde e Previdência, Cultura e Formação.
ção civil e o registro profissional. as. Ele as extingue e cria as subseções. Os Os diretores, quando houver, regionais de-
A inscrição de chapas à Diretoria delegados são substituídos por vice-regio- verão ser inscritos e eleitos na mesma cha-
Administrativa pode ser feita por qual-
nais, que fazem parte da diretoria e gozam pa em que o vice-regional. Essa possibili-
quer dos integrantes, que fornecerá toda
de estabilidade sindical – ao contrário do dade na composição de chapa vai permi-
a documentação exigida. O registro da
delegado. Como faz parte da diretoria, o tir, por exemplo, que concorra uma cha-
candidatura para o Conselho Fiscal deve-
rá ser feito pelo próprio candidato.
vice deve ir a Curitiba pelo menos uma vez pa com oito candidatos contra outra com
Poderão disputar os cargos os sindi- por ano para participar da reunião ordiná- apenas o vice-regional.
calizados que estejam em dia com as ria do sistema diretivo, apresentar e apro- A eleição para a subseção acontecerá
contribuições e que na data do pleito var relatório de atividades e planejamento simultaneamente ao pleito da Diretoria
tiverem pelo menos seis meses de anual e discutir e aprovar o relatório e o Administrativa, mas de forma indepen-
filiação. Terão direito a voto os sindicali- planejamento anual das outras pastas. dente. Não há mais a eleição da diretoria
zados até 29 de janeiro de 2003 e que As subseções poderão ter, facultativa- seguida da eleição para a delegacia. Na
até 14 de abril de 2003 estiverem em dia mente, mais sete cargos, que são os direto- mesma cédula, será votada a diretoria es-
com o pagamento da mensalidade. res regionais de Defesa Corporativa, Ação tadual e a subseção sindical.
4 Prensa ação sindical

notas Efeitos da sentença


Boletim eletrônico Impedido pela Justiça Federal de fiscalizar exercício ilegal da profissão,
A Fenaj lançou no dia 10 de mar- sindicato está denunciando empresas que derespeitam o piso salarial
ço a segunda edição do boletim ele-
trônico da Campanha em Defesa da
Regulamentação da Profissão de Jor- Alexandre Palmar
nalista. Ele revela que o 7 de abril,
data na qual se comemora o “Dia do
O sdiploma
efeitos práticos da sentença contra a obrigatoriedade do
para o exercício do jornalismo começam a aparecer
Jornalista”, irá também marcar o nas redações de Foz do Iguaçu. Amparados na decisão da
“Dia Nacional de Luta em Defesa da juíza Carla Rister, da 16ª Vara Cível da Justiça Federal de São
Regulamentação da Profissão de Jor-
Paulo, empresários estão demitindo profissionais e abrindo
nalista”.
espaço para irregulares.
Veículos de comunicação que respeitaram a regulamen-
Termo precário
Os registros concedidos pelas De- tação nos últimos anos, curiosamente, demitiram jornalistas
legacias Regionais do Trabalho –alguns sob a justificativa de crise financeira– e abriram a
(DRTs), amparados sob sentença em redação para estagiários (prática proibida por lei) ou irregu-
primeira instância da Justiça Federal lares. Isso num pequeno intervalo de tempo.
de São Paulo, continuam sendo con- Vale lembrar que a sentença de Carla Rister abre a possi-
siderados precários. A manutenção bilidade de pessoas tirarem o registro precário na Delegacia
do uso do termo foi determinado Regional do Trabalho (DRT) sem a necessidade de forma-
pelo ministro do Trabalho, Jacques ção superior, mas não isenta quem exerce função de jorna-
Wagner, que atendeu a uma solici- lista de ter habilitação perante o órgão responsável.
tação da Federação Nacional dos Jor- As conseqüências dessas manobras, seja nos espaços edi-
nalistas (Fenaj) e diretores de sindi- toriais, seja no aspecto trabalhista, começam a aparecer com
catos em 30 de janeiro. Veículos de mais freqüência. Além de desempregar regulamentados, os
Para o ministro, por tratar-se de comunicação que jornais iniciam o “terrorismo” de estipular quanto o novo
uma decisão em primeira instância e respeitaram a contrato vai receber pelo trabalho, sempre abaixo do piso
contra a qual já existe recurso, os re- regulamentação nos salarial da categoria no Paraná, que é de R$ 1.299,23.
gistros continuarão sendo emitidos últimos anos,
Impedido pela Justiça Federal de fiscalizar exercício ile-
a título de precário. curiosamente,
demitiram gal da profissão, o sindicato está denunciando empresas que
jornalistas –alguns derespeitam o piso salarial estipulado na Convenção Coleti-
Mais ações
sob a justificativa va de Trabalho, assinada entre os sindicatos dos jornalistas
Os jornalistas aproveitaram o en- de crise financeira– paranaenses e os sindicatos das empresas de jornais, revistas,
contro para acompanhar a elabora- e abriram a redação
ção do recurso contra a sentença de televisões e rádios do Estado. A CCT, com validade de 1º de
para estagiários ou
primeira instância junto ao Tribunal irregulares.
outubro de 2002 a 30 de setembro de 2003, tem peso de lei.
Regional Federal da 3a Região, em A fiscalização levará em conta ainda a cláusula 38 da CCT,
São Paulo, e para pedir agilidade no que proíbe a contratação de jornalistas sem o registro profis-
envio do anteprojeto de lei do Con- sional estabelecido pelo Decreto 83.284 de 1979, que deter-
selho Federal de Jornalismo ao Con- mina a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jor-
gresso Nacional. nalismo. Portanto, estará irregular e passível de multa a em-
presa que empregar pessoa com registro precário.
Camisetas
Começou a entrega das camise-
tas da campanha em defesa do di-
ploma para os jornalistas que pagam
Pesquisa sindicato
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná está realizando
o sindicato com débito em conta ou
desconto em folha. É preciso estar
filiado há seis meses, no mínimo; a
carteira de jornalista não pode estar
vencida. A entrega dos adesivos da
?? uma pesquisa para avaliar o grau de satisfação de seus afiliados e usuários
em relação aos seus serviços.
O questionário já foi enviado por e-mail a todos os sindicalizados. A
consulta deve ser respondida até 20 de março, quando começa a
tabulação. O resultado será utilizado na monografia de conclusão de
campanha continua.

?
curso da estudante Margarete Petersohn, do curso de Gestão da
Abaixo-Assinado Informação da UFPR.
As perguntas são sobre como o sindicalizado costuma obter do

?
Outra iniciativa dentro da
campanha é o abaixo-assinado em sindicato, em tempo hábil, as informações necessárias para o exercício
busca de apoio à exigência do ensino das atividades profissionais; eventual dificuldade na solicitação de
superior específico para a profissão. serviços ao sindicato; e os meios utilizados para buscar informações
Em Foz, a lista está com a delegacia. na entidade.
ação sindical Prensa 5

Estágio é fiscalizado notas


Delegacia notificará O jornal Brasil de Fato será lança-
veículos que empregam do, em abril, em Foz do Iguacu numa
iniciativa da delegacia. O evento con-
estudantes de jornalismo tará com a presença do cientista po-
lítico César Benjamin, integrante do
Alexandre Palmar conselho editorial do semanário, co-
laborador da revista Caros Amigos e
A Delegacia de Foz do Iguaçu e Re- membro da coordenação nacional do
gião do Sindicato dos Jornalistas Profissi- Movimento Consulta Popular.
onais do Paraná está notificando as empre- Ozires/Revista Imprensa

sas de comunicação e órgãos públicos da Objetivo editorial


cidade que estiverem contratando estudan- “Brasil de Fato é o resultado de
tes de comunicação como estagiários. As empresas dispensam seus repórteres aspirações de milhares de lutadores
Atualmente, vários acadêmicos, de di- para não pagar horas extras e ao mesmo tem- de movimentos populares, intelectu-
ferentes períodos, estão trabalhando ilegal- po contratam a mão-de-obra barata. Fica ais de esquerda, sindicatos, jornalis-
mente em jornais, assessorias, emissoras de claro o desrespeito à classe (hoje nove pro- tas e artistas que se uniram para for-
rádios e televisão a cabo. A prática estu- fissionais estão desempregados na cidade). mar uma ampla rede nacional e in-
dantil fere o Decreto 83.284, que regula- Pior, essa prática está invertendo a ló- ternacional de colaboradores.” Pala-
mentou o exercício da profissão. gica do aprendizado em jornalismo: pri- vras de apresenta-ção da edição nú-
Segundo o artigo 19, “constitui fraude meiro é preciso buscar a formação teóri- mero zero.
a prestação de serviços profissionais gra- ca, depois a prática. A realidade revela aca-
tuitos, ou com pagamentos simbólicos, sob dêmicos do primeiro período – com base “O jornalismo é
pretexto de estágio, bolsa de teórica quase inexistente – já trabalhando um humanismo”
complementação, convênio ou qualquer em redações. É o nome do livro de Victor
outra modalidade, em desrespeito à legis- Emanoel Folquening, jornalista e
lação trabalhista e a este regulamento”. PROPOSTA mestre em Ciências Sociais Aplicadas
Além da afronta à legislação, outro gra- Diante desse problema, a delegacia res- pela Universidade Estadual de Ponta
ve problema identificado foi a falta de gatou a proposta do Instituto Paranaense Grossa (UEPG). A obra será lançada
acompanhamento de profissionais no tra- de Estudos em Jornalismo (IPEJ) para re- em Foz do Iguaçu em abril, numa ini-
balho dos estagiários. O que era para ser gulamentação do estágio. O documento é ciativa da delegacia.
um período de aprendizado fora da sala de fruto de discussões da Federação Nacio- O trabalho é um documento so-
aula acaba constituindo-se – na maioria dos nal dos Jornalistas (Fenaj), Executiva Na- bre representações sociais, uma aná-
casos – no repasse de vícios das redações. cional dos Estudantes de Comunicação So- lise crítica da formação de
A ilegalidade tem outros reflexos. Os cial (Enecos) e sindicatos. comunicadores pelas universidades
estudantes recebem remuneração inferi- Entre os critérios para o estágio está a brasileiras. Folquening é professor do
or a meio piso salarial, trabalham muitas necessidade do estudante ter concluído o Centro Universitário Positivo
vezes numa jornada superior às cinco ho- terceiro ano ou sexto período. Por causa (UnicenP).
ras da categoria e assinam matérias como dessa barreira, será promovida outra assem-
free lancer, sem dizer que, dessa forma, as bléia para discutir o assunto. Agendas Fenaj
empresas ficam isentas de pagar encar- O Sindijor está vendendo as agen-
gos trabalhistas. das da Fenaj pelos seguintes preços:
agenda grande: R$ 10,00 (filiado em
dia) e R$ 15,00 (demais); agenda pe-
E X I JA SEUS DIREITOS! quena: R$ 5,00 (filiado em dia) e
R$ 8,00 (demais).

Denuncie o descumprimento da Sindicalização


Convenção Coletiva de Trabalho, que A delegacia reforçou a campanha
entre seus 51 artigos determina piso salari- de sindicalização e renovação das
al de R$ 1.299,23, horas extras remunera- carteiras de identidade sindicais. O
trabalho é importante para assegu-
das com 100% de acréscimo, banco de
rar os direitos e benefícios aos asso-
horas somente com aval do sindicato,
ciados. Vale lembrar que os docu-
anuênio de 1% e cursos de formação.
mentos devem estar atualizados
Cópias da CCT podem ser retiradas na para participação no pleito da enti-
delegacia ou no sítio www.sindijorpr.org.br dade, dias 29 e 30 de abril.
6 Prensa formação

O fotojornalismo e a qualidade de formação


Delegacia reúne publicações de interesse da categoria e colhe indicações para compra de livros

Quando se trata de informação textual, no fotojornalismo não é um problema que O fotojornalismo nasceu para registrar
a opinião é unânime: o jornalista deve nasceu com a fotografia digital e sua os grandes acontecimentos da história
pautar-se pela verdade dos acontecimentos manifestação na imprensa se dá desde humana, nasceu para ver o mundo como
na tentativa de levar ao leitor uma séculos anteriores. ele é, nasceu para levar a lugares distantes
informação isenta, imparcial e fiel de um Em 1863, o fotógrafo norte-americano povos e culturas exóticas, nasceu para
determinado fato. Para que não pairem Alexander Gardner foi protagonista de um denunciar, nasceu para servir como um
dúvidas, ainda: o que aconteceria se um dos primeiros casos de encenação ficcional registro histórico, por mais banal que seja
jornalista inventasse uma informação na no campo do fotojornalismo, durante a esse registro. Nas palavras de Henry Luce,
hora de escrever sua matéria? Tal atitude cobertura da Guerra Civil Americana, o fundador da Revista Life (referência básica
seria repudiada pelos órgãos de defesa da primeiro evento a ser coberto a exaustão quando o assunto é fotojornalismo) em
qualidade de informação jornalística? Em pelos fotojornalistas. Na famosa fotografia 1936: “...para ver a vida; para ver o mundo,
outras palavras, é aceitável um jornalista “A Casa de um Atirador Rebelde”, ser testemunha dos grandes
enganar seu leitor com uma informação Gardner teria utilizado o corpo de soldado acontecimentos, observar os rostos dos
inverídica? A resposta, óbvia, é não. sulista para conseguir uma das imagens mais pobres e os gestos dos orgulhosos;
O problema da qualidade da mais marcantes do conflito. A suspeita caiu ver estranhas coisas – máquinas, exércitos,
informação não é exclusivo de repórteres sobre Gardner porque ele teria utilizado o multidões, sombras na selva e na lua...”,
e editores de texto. Há muito tempo os mesmo corpo na foto “A Última Casa de “...para ver e ter prazer em ver; para ver e
profissionais da imagem, particularmente um Atirador Especial”. espantar-se; para ver e ser instruído.”
os fotojornalistas, convivem com o No século XX, mais uma caso de Fabrício Azambuja é jornalista
fantasma da manipulação da informação. construção imagética entrou para a história profissional formado pela Universidade
Desde os primórdios da atividade do fotojornalismo. Durante a cobertura da Estadual de Londrina e atua no
fotojornalística, por volta de 1842 (neste II Guerra Mundial, o fotógrafo Joe fotojornalismo há 4 anos. Atualmente, dá
ano, tem-se o registro de uma das Rosenthal fotografou fuzileiros navais aulas para alunos do curso de jornalismo
primeiras fotografias de acontecimentos, americanos erguendo a bandeira dos EUA da União Dinâmica de Faculdades
uma imagem das consequências de um após a batalha contra o exército japonês Cataratas. É Diretor de Imagem da
incêndio ocorrido em Hamburgo, na ilha de Iwo Jima, o que resultou numa Delegacia de Foz do Sindicato dos
publicada na pioneira The Illustrated London das mais célebres imagens daquele século, Jornalistas Profissionais do Paraná. Home-
News), existem relatos de casos de chegando Rosenthal a ganhar o prêmio Page: www.retratosdafronteira.com - E-
fotografias forjadas ou no ato fotográfico Pulitzer de Fotografia, em 1945, a maior mail: retratos@retratosdafronteira.com
ou manipuladas em laboratório. premiação do jornalismo norte-americano.
A questão é polêmica e, embora muitos Anos depois, fotógrafos que também
profissionais da área discriminem este tipo registraram a cena denunciaram que o
de conduta, casos de manipulação no fotógrafo não estava no local no momento
fotojornalismo são mais comuns do que em que os fuzileiros fincavam a bandeira.
se imagina. Recentemente, o fotógrafo A verdade veio à tona: Rosenthal chegou
Brian Walski, do Los Angeles Times, que atrasado ao local e pediu para os fuzileiros
cobria a invasão anglo-americana ao repetirem a cena para que ele a
Iraque, foi demitido após seus editores fotografasse.
constatarem que o fotógrafo alterou o Diante de tantos casos de manipulação
conteúdo de uma imagem através de um imagética, cabe a pergunta: até que ponto
programa de computador. Brian Walski é aceitável alterar o conteúdo de uma
ganhou as páginas de todo o mundo, pela fotografia, seja através de programas de
bela imagem que construiu e por sua edição digital ou através de construções da
conduta anti-ética. realidade? Penso que alterar o conteúdo
Pode-se dizer que o problema da de uma fotografia de imprensa é
construção imagética no fotojornalismo inaceitável, em qualquer um dos casos.
ganhou destaque na mídia devido ao Ética é a palavra que deve prevalecer no
crescente uso de tecnologias digitais cada dicionário não só dos fotojornalistas, mas
vez mais modernas, cujos recursos e também de editores e todos que trabalham
facilidades de manipulação seduzem os com fotojornalismo, pois poucos são os
repórteres-fotográficos em busca de recursos para coibir tal prática na imprensa.
prestígio e sucesso. Todavia, a manipulação Se o profissional tiver a intenção de
manipular, ele o fará.
redações Prensa 7

A gênese da escravidão
N ohouve
primeiro dia, quer era de pagamento,
atraso de salário. Quem reclamou
No quarto dia, o Dono ficou muito
contente porque os índices de
“O Dono foi demitido. Quem reclamou da demis- lucratividade haviam melhorado após as
informou a são do reclamante foi demitido e proces- recentes medidas. E resolveu dar uma
todos que sado por injúria. Quem reclamou da de- festa em agradecimento aos funcionári-
missão do reclamante que reclamou da os, no próximo domingo. Ao mesmo tem-
estava
demissão do reclamante foi demitido por po, anunciou um corte de 50% nos salá-
suspensa a justa causa, processado por injúria e rios, em vista das dificuldades da empre-
concessão obrigado a cumprir aviso prévio. sa e do quadro instável da economia.
de férias na No segundo dia, o Dono disse aos No quinto dia, o Dono informou a
empresa. Na funcionários que a empresa estava pas- todos que estava suspensa a concessão
opinião do sando por uma série de ajustes. Logo, de férias na empresa. Na opinião do
Dono, férias os funcionários teriam de fazer o mes- Dono, férias são uma típica invenção de
mo. A primeira providência seria cor- vagabundos. “Para que 30 dias de des-
são uma
tar o vale-refeição. É bem verdade que canso, se os domingos já existem para
típica o benefício já havia sido cortado muito isso?”. Ah, e a festa foi cancelada.
invenção de tempo antes – mas a vida é assim, cheia No sexto dia, o Dono reuniu os funci-
vagabundos.” de imprevistos. Funcionário que não onários e anunciou que, a partir daque-
ajusta o orçamento doméstico (para pa- le momento, eles pagariam uma taxa
gar o próprio almoço) é funcionário in- para trabalhar. Afinal de contas, a em- Paulo Briguet,
competente. E quem não tem competên- presa já tivera muitas despesas com eles 32, é jornalista em
cia não se estabelece. –água, luz, telefone, cafezinho, faltas—, Londrina
No terceiro dia – salário continua- e era chegada a hora da retribuição. * Esta crônica
va atrasado —, o Dono resolveu dis- No sétimo dia, ninguém descansou. foi veiculada pela
pensar os melhores e mais experientes Estavam todos de plantão. Rádio Universidade
funcionários da empresa, porque eles FM (Londrina)
tinham o péssimo hábito de ganhar um P.S.: o texto que você acabou de ler é e publicada no
pouco a mais que os outros. Nem é pre- uma ficção. Qualquer semelhança com Jornal da Casa
ciso dizer: quem reclamou foi demiti- a história de empresas vivas ou mortas (Sindicato de
do também. seria uma triste coincidência. Londrina)

Crise de bom senso


A crise financeira na Folha de Lon- para o depósito da segunda metade do salário de dezembro.
drina é pública, mas alguns episódios da O RH falou da crise –há dois anos, o jornal paga o salário
relação empresa e funcionários parecem com atraso e não o reajuste– e afirmou que no dia 20 daquele
surreais. Dia 19 de fevereiro, um jornalista do mês seria pago o salário de quem trabalhou em janeiro, e ele,
veículo, que tem como diretor-superindentente jornalista, como “descansou” em janeiro, não iria receber nada.
o ex-senador e ex-banqueiro José Andrade Ousado, o funcionário do RH disse que o repórter devia algo em
Vieira, questinou no Recursos Humanos a pre- torno de R$ 1,20 em virtude do saldo banco de horas.
visão de pagamento do salário de janeiro, mês Paciente, o jornalista pensou, educamente, em pagar o débito
em que tirou férias. Aproveitou para lembrar na esperança de ajudar a empresa a reativar o cafezinho na reda-
ao RH que elas deveriam ser depositadas ção, cortado há pouco tempo. Ciente do pouco efeito prático que
antes dele gozar do benefício, garantido a medida iria ter, deixou a contraproposta de lado e riu da piada
na CLT. Questinou, ainda, a previsão de mau gosto (Alexandre Palmar).

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8 Prensa cultura

Outros olhares Filo em Foz


A Casa do Teatro vai trazer peças
do Festival Internacional de Londrina
A oficina “Outros Olhares” terá sua (Filo) para Foz do Iguaçu, conforme o
segunda edição no dia 23 de março. Seu jornal Prata da Casa, lançado com
objetivo é despertar entre os participan- apoio da delegacia. Os organizadores

Escher, litografia, 1957


tes a sensabilidade com que se lê a lin- estão acertando a data e o local do
guagem visual, principalmente a fotográ- evento. Em fevereiro, a Casa firmou
fica. Para descondicionar os olhos, é pre- parceria com o sindicato na
ciso saber ver sem a contaminação dos participação do ato contra a guerra
modelos existentes, buscando dentro de imperialista dos EUA (foto). O evento,
si um significado que lhe toque mais, ain- realizado na Praça das Nações,
da que para isso a emoção sobreponha as reforçou o repúdio à insanidade do
referências mais racionais. O olho dorme até que presidente George Bush.
Por isso, busca-se com esse trabalho o espírito o acorde
proporcionar aos indivíduos um encon-
com uma pergunta
tro com sua própria pessoa e a possibili- provérbio árabe
dade de se perceber um ser único, crítico
de seu universo pessoal e social. onal com mais de 17 anos de trabalho em
Composta de exercícios e dinâmicas, veículos de comunicação do Paraná
ela se desenha a partir de atividades que A oficina será realizada na Casa do Te-
priorizam as sensações, utilizando os ou- atro, das 9 às 18 horas. As vagas são limi-
tros sentidos, além da visão. Assim, apren- tadas. Mais informações nos telefones

Foto: Aúrea Cunha


de-se que a fotografia pode ter cheiro, 523-5105 e 9977-4490. O projeto é uma
textura, som e temperatura. realização da Casa do Teatro, Movimento
“Outros Olhares” é coordenada pela Cuca Legal de Cultura Popular, com apoio
repórter fotográfica Áurea Cunha, profissi da Travessa dos Editores (Divulgação).

A poesia mínima de Luz


Desafiar dois conceitos da poe- Poeta e ativista cultural, Carlos Luz é O lançamento no município ocorreu
sia, a rima e a métrica. Esse é o de- natural de Marília (SP) e está radicado há em fevereiro e contou com apoio da de-
safio assumido pelo poeta Carlos 17 anos em Foz. Aos 41 anos lança o seu legacia, Casa do Teatro, Movimento Cuca
Luz em seu livro “Poesia mínima”. primeiro livro, editado pela curitibana Tra- Legal, entre outras entidades e institui-
Ele desafia o estilo ao trabalhar a vessa dos Editores. Além da obra, o poeta ções. O sindicato está subsidiando o livro
métrica do poema mínimo sem le- trabalha o “Mínimas Poéticas”, um proje- para seus associados. Basta procurar os
var em conta os sons fonéticos, as to de debates, mostra e oficinas sobre po- delegados para conseguir um desconto na
sílabas poéticas, mas sim as letras e esia nas escolas e faculdades da região. compra do título (Alexandre Palmar).
os caracteres.
A técnica foi usada nos 131 po-
a p r o c u r a d e u m 3 8
emas, todos com dois versos. Eles t o d o s s ã o i g u a i s !
n ã o p a s s o u d o s 1 8
estão divididos em mínimas críticas, ( m a s u n s s ã o m a i s )
líricas, práticas, eróticas e etílicas.
n e m s e m p r e o n e x o
“Poeta é justamente o homem que e s t á n o c o m p l e x o
cria as regras poéticas”, afirma Luz,
reproduzindo um pensamento do n e m a b a r a t a p e g a a v i d a p e l o r a b o
poeta russo Wladimir Maiakóvsky. a t u d o a c a t a l e v a t e u s o n h o a c a b o

Centro Educacional Carrossel


Educação infantil
e ensino fundamental

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E-mail: livros@livrariakunda.com.br - Foz do Iguaçu - PR Fone: (45) 572-2624 - Foz do Iguaçu - PR

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