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a ® OPROVEDOR DE JUSTICA Despacho Q/4114/2015 (UT6) S-PdJ/2016/6410 Assunto: Novo Regulamento da Caixa de Previdéncia das Advogados e Solicitadores (CPAS). 1. Foram apresentadas varias queixas a0 Provedor de Justiga, tendo por objeto o Decteto-Lei n.” 119/2015, de 29 de junho!, diploma que aprova o novo Regulamento da Caixa de Previdéncia dos Advogados ¢ Solicitadores (CPAS). Tendo a matéria vertente motivado a exposicdo de um conjunto de questées distintas junto deste orgio do Estado, cumpre informar que as mesmas foram ponderadas conjuntamente paza efeitos da presen- te andlise, cujas conclusdes ofa se transmitem. 2. Tanto os advogados e advogados estagitirios inscritos na Ordem dos Advogados, como os associados e associndos estagidtios inscritos na Ordem dos Solicitadores ¢ dos Agentes de Execugio, pata o exercicio da respetiva atividade profissional, tém de estar obrigatoriamente inscritos na respetiva ordem profissional, estando também obrigatoria- mente integrados no regime privativo de protecio social a cargo da CPAS, nos termos legalmente previstos ¢ enquadrados pelo respetivo Regulamento” " Veja-se também a respetiva Declaracio de Retificagio n.° 36/2015 (jin Didrio da Republica, 12 série, n° 152, de 6 de agosto de 2015) 2 Vejam-se, no diteito vigente, o artigo 4.° do Estatuto da Ordem dos Advogados, aprovado pela Lei n.” 145/2015, de 9 de setembro, ¢ 0 artigo 5.° do Estatuto da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execu sfo, aprovado pela Lei n.° 154/2015, de 14 de setembro. PROVEDOR DEJUSTICA AANOSCOMOCIDADAO are OPROVEDOR DE JUSTICA Com origem no Decreto-Lei n.° 36.550, de 22 de outubro de 19473, a CPAS foi eti- ada com imbito nacional, perdurando como a caixa privativa de previdéncia dos advoga- dos ¢ solicitadores. Se davidas houvesse, ao longo do tempo, quanto 4 autonomia deste regime de se- guranca social proprio, com regras especificas, nomeadamente em relagio ao regime de seguranga social dos trabalhadores independentes, recordo que o Decreto-Lei n.° 328/93, de 25 de setembro!, consagrou expressamente a exclusio dos «advogados ¢ solicitadores que, em funcio do exercicio de actividade profissional, estejam integrados obrigatoriamen- te no Ambito pessoal da respectiva caixa de previdéncia (...)», desse mesmo regime dos trabalhadores independentes (veja-se 0 artigo 13.° do diploma citado) Este principio da autonomia dos dois regimes foi reforcado pelo Cédigo dos Regi- mes Contributivos do Sistema Previdencial de Seguranca Social’, reconhecendo-se o regi- me da CPAS como um regime obrigatério de protecio social (veja-se 0 n. 2 do artigo 64° do Cédigo mencionado). Nesse sentido, a alinea a) do n.° 1 do artigo 139.° do mesmo Cé- digo manteve a exclusdo dos advogados e solicitadores (que, em funcio do exercicio da sua atividade profissional, estejam integrados obrigatoriamente no imbito pessoal da res petiva Caixa de Previdéncia) do ambito pessoal do regime dos trabalhadores independen- tes’. 3. O ora visado Decteto-Lei n.° 119/2015, contendo 0 novo Regulamento da CPAS, vem ancorado, conforme ali foi preambularmente expresso, na necessidade de

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