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CONTOS ANARQUISTAS temas & textos da prosa libertaria no Brasil (1890-1935) kan capt ANTONIO AIBOST PRADO (AUDEN FEIGRADEND BAETA LENL a wnfmartinsfontes siomuo ri INTRODUCAO rida pave (Os amanqustas fata cas nmavnstae da genenc bua Bae © poner tre, o nde cm onus de pequchas de porsonedtdases politica. . un Baie Do ponte de vista da historia cultura a lite set recuperacta de uma tur anarquistt Pe dupls perspectiva: primeiro, enquanto sistema iutonomo de militincia intelectual, responsivel ‘da classe operitia em favor dos wis, como contraponto pela mobili idesis Khertisios: e, dep ty vanguatda politica a vanguarda estétiea, que { superou em meio 2 cuforis dos anos heroicos la Semana le Ate Moderaa. Tinire as questdes que esse tipo de investiga merece destaque a de definis no que Geilo, que géneros predeminaram € sob que Condigous ela se produri, A tarefa de propor Jovi esa teratuta, por once la xl tais distingoes no & simples, dadas a amplitude do material e a relativa escassox das Fontes de porando-se ao movimento pelo trabalho de di vulgaeie doutrind -opecio, em geral andnimne, que colaborava © pedagowica: 0 escrito 08 jornais¢ revistas de classe; e o malitante po Livo do anarquismo, que conduzia a licen movimento © ecasionalmente din Por essa raza, dliversificamos nosso conatos com as Fontes primordiais, no Arquive Edgars Leuenroth, da Unicump, na Biblioveca Nacional do Rio de Jancivo, na Biblioteca Municipal © ao Arquivo Publica de Sao Paulo, passande pela ‘guns documencilistas do anarquismo no Brasil, como Fdgsrel Leuenroth © Eagar Ro: itigues, que ofereeem informagies valiesas. Un dos roteiros para esta antologia foi 9 en: sai “Sinais do vuleao extinto”, do livre Nem pa ia, nem pairdo!, de Francisce, Foor Hardin 1. hoa thor que sete copes foam ahs inompona ke jets mpvensh had, arco vk Zolt Py Dwal Ps Brome Fy Ar por oscrpa,cecuon com gn Gato cn cod oral © fro, US 24m xiv (Brasitiense, 1983), gue traz os primeios linea ments do que foi a liceratora anarquista no Bat sil, com base em documentos e textos ainda em grande parte neyligenctalos pels hisoriograti Convencional, Esse trabalho sugeriv pisias que nos Jevaram as questoes mais vivas acerca das onigens do eseritor anarquista, das principals re vistas e jomais que acoTherar 2 poesia ¢ fiegao, libertiiae, de modo conereto, as condicoes cul Iuvais em que essa literatura se desenvolve. Alem disso, quando discute as contracli¢ties de Juma pritica cultural desterrada em seu priptio espago, o referido ensain também registra a as por certo Incon- similagao das teses liber formismo pré-moderaista que permite resgatar todo um acervo de experiéacias na area da poe- do teatro, do romance € do conto. Dese invenisisio inictal sairam os desdobra mentos da pesquisa. A primeira constataca yelou nio ser o romance © enero de frente da iegao liberia, E isso se explica: v sew ritmo de raciogralia da vida burguesa,2kém de detormar cconcepeio do herbi Ceaso des romances 0 ided: fuga, 1903, de Filo Luz, © Regeneragdo, 1904, irvello de Mendonca, entre outros), acaba Uesvinculandeno, enquante personagem, das con. tradigdes ca Iura de classes, entto ostensivas mt tividade cultural das associagdes, nas festas c cs © nos atos de que winha desse celebaagdes patblicas, nas gre resistencia, Ox seit a literstur xv meio ers de cera forma mais significativa por que, como aponta Nem pdtria, nem patil, esa va marcada com o pesn biogrifico dos hersis andnisios que ente emergiam para @ Historia, Longe clo andament » figurative e esquermat 0 do romance humar ‘© aberio is teses anaee quissas (hetois redentores, moralismo purifica dor, huminisme antficial do focus amnvenus), impunha-se © registro da opressio coridiana que Uuansformava a palavea em instrumento de so brevivéneia, experimentinds x naerativa cura na ercepeao do flagrante ou ieinventanclo @ tea- lwo pedagdgico de a¢no cites’, sso nes levou a optar pelo levantamento dos testes literdrios ain 4 meaes conhecidos ¢ explosados do que 0 prdprio romance social, conto € © caso dos con tos € dos relatos beeves que incliem a erdnica, © depoimento, as fabukis, 08 didlogos deamati- zados etc 2 Quoin wr teat seca, ests ‘moj lvanlatom docanmentes textes ipetatcs Pei Ed ours, Aacolna e ina sia! C91 922), Rio de Jancnn, Laon, 19°2 lane Theeea Vagos leoonl arn sports na eile se Sa Pat, Si Paso, Dexaanentain Anica, Cea te Poss de Ae Diet leen, 198 Fanclco Fn alan, Neate pat da err ctu onarguter mod, Si Pa. Bi seta pore tora tabalhos Sono XVI Gs restos que integram ests antologls reco brem © period que vai de 1901 a 1985. Trata sso de ma selecio que procurou concenttar-se em alguas dos prineipais Gngtos da imprensa ope ritla pelos quis dlrculou boa pane da produ lex it snarquista de pais. Si0 a0 toxe riginalmente publicades nos periddicos que se seguem, Do Rio de Jancito: a revista Killer por Elysio cle Carvalho e Mota As- cia CoMsiste Em ser CalveZ precursors no registro das primeitas correntes do pensamenio anarguista no Beast cum artigo ali assinacks po Elysio de Carvalho, que distingue nas ctapas iniciais do movimento ume re comunisia (Neno Vasco, Benji Mota Angelo Bandoni, Manuel Meseoso € Fabio Luz), conta fndtvidualista (Elysio de Carvalho e Mot sssunqio) & uma creel tolsiotune (Curvello de Mendonga, Pereira ea Silva e Juan Corona) 0 for nal Emanefpacde (1900), ca Liga das Artes Graf cas ¢ do Proleiatiado em Gera © jornal Now Rayne (1906-1910), dedicace Thadlexes, 6 jornal © Ralnarie (1507), Orgao da As socingio de Classe dos ‘itabalhadores: Chapel ideotoxtea ees clos taba 1A fone éde Moni Mee de Stat na so recy wo wire to rary MASS, AgNO Sic de Alou 198% pp. 397. A cues © amen di Senvobida pot he Gordon, barebones Tha (nD, me, XM ros; a revista Ae Bearteada (1916-1919), ecitaes por Orlando Correia Lopes; o jomal Ltbereade (1917, de Peco Matera; & 0 Jornal Corveio da Martha 0901, que, sem ser exatamente urn jor nal lbestirio, chegou duis © 2 abrir sis ps Jins @ alguns inveleciuats be ressivos do anarnuismo, {io Paulo percomemos a produciio literi= sia e a eOnica clo coridiano do formal quinzenal 0 Carpinteiro (1905), bem como as paginas do jomnal da Federacao Operiria Paulista, A Leda Proletaria (1906-1908), do jornal © fnternacio pial (1921-1929) e do Guerra Soctae (1915-1917), cclitado por Angelo Baacloni, incluinde natursh mente ai 4 leitura de pericdicos historicamente decisivos, come A Laiterna (1901-1904, 19 1916, 1934-1945), editada por Benjani Mota e Edgard Leuentoth, @ Plebe (1917-1924, 1982 1945, 1948-1951), dirigida por Edgurd Leuentoth, (O jornal Aurora Social (1901-1902), de Recife, 2 folha de propaganda libertiria O Depertar 1904-1905), eaada em Curitiba pelos miltantes histGricos Gigi Damiant J. Buzzi, complet 1am 0 nos roteiro, eabende assinali que, come metodo de edicuo, © material foi organizado se- und 0s esitécies temaieo © cronuldgico e teve 4 sua onografia analizack em razio da necessi- dade de uniformizar 0 registro escrito de term cua geafia muitas yezes lutua mesmo periddlice, para ndo falar da varia xvi ainda maior nos quase quatee decénios que a lizam os textes selecionacos. ‘© mergulho nesse Universo ds fexo cll- tance nos confirmou, ean a fica dificil cistinguir mii tas veres onde fermina a doutrinaglo ¢ comeca a ctiotividade, € preciso levar em conta, de ou: Wo, que enquanto génecw el principio geral anarquista, segundo o qual todos ‘65 homens so sentido, fazom coletivamente a arte real, come apenas confirma © tistas em potencial ¢, nesse preendics coma produto de um grupo social tunic c idlentificado em tomno de seus ideais’ Na verdade, 0 conca anarquista @ um rekwo exemphiz, As veves reidnleo, 3s vezes dleseritivo, fay Ma, Tass, 198), epoca i emetoos rae pa ue ovscute Andie Reale, Le whew aut DCEO Ftd de Clin Keon, 173 lum grupo especifica, Desse ponto d Grande pane dos eseviiores anarguisias nao arte de escrever como um fim em si mes: © o pidprio texio nasce, circunstancialmente, da sucessio dos embates que vao preenchendo 1 pats militants dos jornais operisios: 2 dentin cis de maus-iratos nas filbrieas, a comemosagio de um evento revelucionario, 0 confioato com a repressiio, 0 registro quase expressionista da an ‘éria, a crSniea eorrosiva da cons burguesa, ac Ficatura impiedesa dos inimigos da causa, com enfase pars © burgue 0 nnltar & © pate E ainda em tomo desse padnio que se eon Figura a questao da sutoria, Os autores aqui rer nidos 340 pequenas cronistas, operétios andni ‘mos, leitores ocasionais, lideres cer movimento, joralisas e intelectuais militantes que se alter- fram cada umn em sus) Rua, alguns até resmo XX em geral dirigido ao universo socivcultucal de através da composicao coletiva do texto, ma fh guraglo esctita do projete libertirio, cuja alve maior & a vedlenglo dos deserdadas, Nesse vas to painel ideolagico, o pequeno eronista docu as aspinigdes do Trabalhados, que se eon. verte em personage central da agao iret visando a resis@neia. Os operitios andnitnos en: tram com depoimentos valiosos acerca de sua Juca eouldiana contra as insstuigdes dominantes, nem como da representagie alegonica dos temas da utopia lbertinia, As liderangas anarquistas tes emunhann a sus tajet6ria, reproduzinds expe riéncias que conheceram no mewimento oper rio, descrevendo prisoes, perseguigoes e elioques ‘com a repressio, a0 mesmo temnpy que deineiam as metas priorivinias da moral anarquista. Os in relectuas militantes aparecem eserevencio de fn. gules diferentes, ora assumindo a instructo do traballiaclor através de pequenas paribolas, de rraduedes de historias exemplares, de seferéncias ho pensamento e a vida dos yrandes inspirado- res do idedcio anarguisa, ora criando a partir das inatrizes tesrieas do movimento. A questao da linguagem serviu de pretexto part as miaiores resteigdes que « iradiglo da cr Linus. © problema aqui e mais complexo, x1 que nna Entopa as relages entre a vanguard estéti- cee a vanguarda polities foram historicamente mais fecundlas, Para ficar apenas com dois exem= Nal ples tembramos em prineito gar as afinidades ‘ae ent Geno momento André tifeton assinalon entre o somealisn ¢ os anarguk # necessidade de uma pr ‘ fubar a estrucura da orden lgiea ¢ mol com que 0 Estado burgués desencor. af A {quer forma cle resistencia homean”. i, 20 ressaliar nitien comuim pata der- toda ¢ qual aa explorcto do Perv sexu, 0 Prope arn arte inspitada em tem, ‘ver No Bras, eost fo da bertitios e desenvolvie 1 Franca © na Fspanhia 2 € na Espanta : se Tomar 0 estilo wetiriew clos somances dle tese anaitiuists (em geral on, sritos por intelectuais ineorporadios ae noch ‘ento} coma uma cartetctistica extensive» texia & lteratura de cunho libentino, O erro maton ta, Yez, € considersr essa marca como uns ven é como um sina de pusacismo a party, sobretucto, do confionte con: © projeto estetico dos mnadernistas ca Semana (31 jan 1952) 49 Ammo Nera eespeho. ily tina XIE, Aui, Tena inde Francie to Hantman ee holes raeses Sn wen 2 pond: ce porte de tatt coms nate a lade © apoio polka rhe crn tpetnonts 2 Get, Veo Sx quando mais correto seria contrapd-a & lteratu- ra parnasians,, contta euja temitics os anarquis tus se insurginim, Acuss-se em geral a literatura anargisia de combinar a insubordinagio politica Ccomt 0 jaegao parnasiino, esquecendo-se de que nessa contcadigfio que esti a questi cultural a ser pensadia; 0 proceso de contaminagio verso parnasiano pelus rotives liber ponsiveis pela recuss ideclogica da atitude: aca- «mica comprometida com as elites intelectuas Antes de mais nad, & preciso assinalar que tum esctitor profissio: 1 esericor lbertivio ne ral e qne, da sua perspectiva, a obra € produto muito mais cla exparignesa culetiva do que pro- priamente 0 resultado de uma elaboragzo estéti- ca, No caso de sen trabalho, 0 que importa nto 60 texto, e sim 4 decisio miliante que reper te no pesto de escrever, o que leva a concluir que, para o anarqpista, © impulso eriador vale prGpria abr, Por outro Taco, enn cia que dedicava a6 mais do que face da extrema imp papel da cultura, da diseiptina motal e do com: 9. Tatar sobre @ kcatro do pov0, 0 milunte Cretinno ke cama aon em Nor Riel Se fein 1 19 [pO Se oars te tipes nena, scree, sala Se ‘Sia pe descever. is sim pa pear Deseavelver nt Ter ccrera iia oxi wai de fbr, de gt Unde: pulebancne fever om ass eis co med aa sx fécil compreenler o ara ele a dignidade da sua pre a 1 @niase nos juizos, nas consta tases ena dentine, inluindo a o fervor exibicionisia com ue exaltava a not ‘Gu signifieava pria mensa, : ne cma dolor ea esta tk nica policial® “ weaning clay i mados, € também uma maneira de ocupato x0 das classes domninantes e por dentro um novo moat it forcarsa se abvie dle contivencin« Lua sempre com forma cle consi as tan formagdes da ordem bury vem purges. Valea peng lem brat que o escror anarguista harmonize a coer {uOplea ha witéria de sets ideais com x eomec so douteinitia ds derrocada izeversicel tes des 2peclunds 4 sate cas npheasts cc, Ly Lia cb vi defor cn ur ‘hae ose ve: Atta nd Rade Cspobres a crn ssi Rees Baila rations as ne ow eo dh cw td ns mn E..ildnbawm ecasen ms seo ax valores burgueses, Ure exemplo expressive ¢ 0 aitigo de Elysio de Carvalho, entao em plena nu Titincta, manifestando a mais fraaca f evolucio= hista em que a burguesia jf nautiagava de medo iquikiva-se por si mesma, “como um doido Furioso que, jis risadas cispidas, se apunhala nas trevas de tm manicontjo”, Sut conclustio: "mack wha obsticulo hha a opor as lets do prowresso, que @ evolugao mio venga; nto ha forgas que fnpegam 0 advento da revolugao"™™ A melhor demonsteagao da avessio des anar= quistas pela estética parnasiana estt numa serie de artigos sobre a naneza ea fungao da arte B- ia, que apareceram no jornal Reworagiie CY), pela altura de 1921-1922. Dois anos a ‘Octavio Brandao atacara pelas paginas de A Ale be (St) a indifesenga do “intelectual indligena” e das rodinhas de poets que se fosnavam &s por tas dos cafes, “onde se habsvam, entevades, em dliscussiees interminaveis sobre as futlicades da Forma, sobre as torturis do Metro, enguanto fi cembaixo, nit cansads Europa, a8 revolugoes &- bentavam furiosas [1 "Va gonte dizer-ves bert coneliia —: enquuarto sont cde luar, burilando frases preciosas, sonor0s pe~ rods; engitinte cantais sofrimentos inventados, mes inexistentes, dores imagincrias, enguantey TH Bas de Cava, “A derocad’, New un, Ls aA vivels no mundo vazio das ihisces, aa vos ick ‘© burgués ganancioso € boval, aliado ao Pstado. comupro © conuptor, temendlo que conhecais a Verde, vos engana de um maneira grosseira © compe sobre © verdadeitn sentido da Revol ‘Glo Maxitmalista."P Seis meses depois, vokuria & carga contra 2 literanusa oficial através do jorral Spartacus, que Jose Oiticica ditigia no Rio, pra dizer que mio conhecia “sujeites mais venais do dem, cas’, porque, segundo ele, “hes fakava espirto de independencia, de revolta e de liberdade™ A essa licerasura 0 grupo do josnal Kenora sao chamou de arie-arteriasclerose, “ontem co que os literatos, principalmenie se si0 Cubina da aristocracia, hoje barreg’ de eapital conto forma de abrir caminho as teses da arte Ii hertiria, voliad para o coticiana dos eprimides © de todos os homens “gerados pela desigtt- ade social vigemte e nivelados part a vida pe geracio atual", Isso explica o cusiter teleolég co do conto anarquista c sua preacupagia em Coutrinar para nao fugir “& tendéncia evahutiva do nosso século, que esti na confrateraizacio universal". Para compreendé 14, Nee “he sil, Henouaga, (5) ae 192. XXVI flo em sua intencionalidade ais ampla, segundo a qual o espirite popular se constitu rum foco inesgotivel de criatividade, sempre pronto a produzir ¢ valorizar uma ob ‘quando esta se revela soclaliiente empenhada 2 de arte F hom assinalar que para os anarquistas as ‘obras mais expressivas sao aquelas que ago tem autor conhecido, ou mellion aquelas cujo autor se ‘cham espirito popular ou alcoa coletiva. A esse propésit, cabe lembrar a preecupacio dos mili tantes co Jornal Renovergdo emi divulgar 20s ra balhadores, em 1922, a ideia de que a arte libe titia contemplava a existéncia simultinea de duas moddlicacles de artista: © artsta-povo e 0 artist indlvidvo, que se alkernavacn numa pplemeniar de inf possivel a exisen antes deles gt extstia um povo-antsts, Dat fungi0 pecdagiigica des tue © presence e 0 passacio da humanidade, ati- cculando lata ¢ liberdade rurno a perfta armonia pars a qual us anarqulstas acredavaum estarean to dos ex homens destinacks'* nt Peciproca. Ou sets s6 ert le individuos artistas porque Ente a resisneia ¢ a liberdade, 0 percurso. do conto anarquista no Bra vendo uina rendénck relist inspitada em Targa il acaha desenvol scala nas teses humanititias cle Proudhon 76 ra eat ign “Aa #2 pone ce Ret otra, visionaria, tomada aos idents de Krapot= kin. Vera Starkoft. quando teflete soie « es cx de Tehernichevski, em artigo publica Spartacus, ea) 1919, aghutina og tes a fuodamentas.ta phataloums objcivista-ca-eha- sada arte em situagho moda HRA deessivehe todos, Explicar con reamente as causis efetivus de suits coninad ar aa honem os elementos neve rion A sua coexisiéncia pastiva com cxirmudanga™ [a Maa Ta Simindose cprocluzit a realidade de éesle prop “orden erela de Mona, apr vvertente estetica mais visionairia, nunca através das piginas de O Internacional (SP) as tarefas da “certs rebelde”, desver dando para o esctitor militante a metafira clo te voluciondrio como homem impossivel, entre 0 Visto em sua expecificichide de género,0 que caracteriza o conto anarquista € apresentar, come mostrou Lily Litvak em sux magnit conte libertirio espanivol, uma tematica determi frac, wun duragto narrative musto es expesicio ideotégica como base. undo els, “de uma pequema pecs descttiva, de iicleo nantative muito reduzi, 0 bastante ap 1 Nera Stanko “A esca 4,130) 1 den, BIS 1S. Mara Lacerda de Mout, “A Isat veel, ‘oa para localizar o leitor mum cendrie que the permita apreciar a injustica social’. Nos textos reunidos nesta untologa So co: fs Hlagrantes que poem em conlronto na nia, no trabalho, na Fabrica, © pobre e 0 rico, © faminto ¢ 0 policial, operitia & 0 patrio, o bur. gues © 0 mendiga, A caraeterizagio exterior da petsonagem ¢ minima, seu desenvolvimento psi coldgieo, quase nenhum, ¢ relao entre a aeao ca. Lim pobre maltrapilho & preso por Furto fa mélico, © 0 soldaclo que a detérm, simbolo do ar nico € mediada pels motivache idealogi- Diltig, & 0 mouivo que deseneadela 0 slarme, na tentativa de recuperar a dignidade do oprimdo. (© lacirao gue tra 0 sono ao buxgués endinhe ro 6o prevesth para que © nartader paroxlie 0 grande Furte ¢ a pihagem organizada a que se reciza existéncla sob 0 Estado capitalists. O act dence que tira a vida do pattio € 0 sinal que te- yela ao openirio a certeza de que, sem aquele, 0 Iuero € de todes, e¢ a produgao, mals numerosa A sedugito dk. secela pelo patcio imoral & 0 filo inesgotivel para cclebrizar a desumanidade ct ‘minosa das classes dominantes, Interessante que alyuns contistas, come Sa cha Vokint, de © /nternactonal, por exemplo, costumavam arrematar a brevidade do relato ‘com uma oral da hisiGals, de forte sentido ético TD. ly Lina, stad preliminer op. poz xox Spine core Felipe i etc eh. as tende para © cinismo, grifin > vet tos 208 magnate wubam alo COs gate) Na polarizagao entre © pebre ¢ 0 rieo preva loce, eontuclo, 4 redugao arquetipiea de que fala Lily Litvak: o desetdado 6 sempre vitima inelefe Sie iremediivel, a menina sedueida é sempre a donzela inovente cujos ato serio desculpados, Em contrapartid, 0 seb, © burgnés e 0 pair senlo sempre inipiediosos, destumanos ¢ etemos usurpadiores dos direitos do préxime. Num pki nO mais amplo, sie slinbolos di oposigae mani. queisia entre dois mundos, o da burguesia ¢ 6 Go pover Ou como expliea Litvak: 0 putrio que sedvz a operiia violent, no limite. © proprio Povo, cua debitidacte e cua pureza ve 4 pureza vem sugeri= as no carder Indefeso que marca a mul fas 9 rnulher Ne presente antl, 0 conjumo don texos sclecionaclos onganiza-se a partir de certos temas have que foram agrupados da segninte maneits 20a, ps sox fa utopia Uberti egagio de Estado e da ordiem burgess; moral anarquists smiséria urbana} cotidiano operitio, (Os episédlios que femevem 3s projegdes dat itopia inbertiri So os que se deseavolvem @ panirela metifora da sociedade ideal, concebida pelos anarquistas como © camino part x coe xistencia harmdnica des homens numa comuni= dde livre e voleada para a reatizagao de todos com base na igualdacle € na ajuda mutua, Na consinigae dessa nova orilent, os tciyos predo: minaintes Sesto 4 integracio comunitaria, @ ine xisténci de govemno, a liberdade e a observitn- ‘ia aos prinefptos dit qauurez como pressuipostos do bemestar coletivo Os textos que ilustam © tema nos mostra 4 projecao da liberdade oma na duragao do tem: po mitico CA cidade das almas adormecicas’ ‘Os prrasitas"), or no «iesenho alegdrica da re helio CFogo!), ora no fhuxo dat contissae litiea Omens”), Comum a todos, a afiemagio vito- rosa dos ideais libertirios: ao incéndio que con- some a fabriea, © sarsador celebra 0 fim da ‘opressio, pensande no Horizonte Turninoso do porvir, que as chamas simbolicamente anuncian: rho acideste que tira a vida do patedo, 08 opert rios desvencilham-se da expropriagio e conde ‘em por si mesmos 2 usta distibuicto dos frutos do seu tribalhoy na altanga de tod as oprimcdos onrra © capital, a justia acaba prevalecendo ¢ pe afinal com foxes os alsticulos que se The opéen, instaurando a verdade © a rizio, Per meando a sua trajetSeis, unt forte timbre hue nitério cecobre a metilors amas sem fron 8, cuja patria is “Val até 0 eoracia imenso de todo © genet bumano”, na expressio de Maria Lax cetds de Mowra Paralela ao tema ca sociedade anarquica, desdobra-se « marrativa mais conereta e pencual dos episédios que sugerem a megayiia da E> ado © det ordem burguesa, Por ela passa 0 at sgumento revolucionaria do conte assinado por Felipe Gil, em 1904, no jornal 0 Despertar (PR, 0 Quial a personificagio da Plebe, do Clero e do. Estarlo simboliza os movimentos ta futa de elas ses afinal reprionida mediante a uniio ca Taveja Com 0 Estado, parodia no texto pelos trejeitos de um deseonhecica ireeverente que fala pelo ovo (*Comédi cam um ato"), Na mesma linha Segue a fi¢io doutringsia com que o narrades José Oitieten procura advenir 0 velho cacheiro qe encomira na rua sobre a inutilidace do apa Sito huroerstice do Estado Clmpossivel”), ¢ tam én as mazelas da orem capitalista que o ero nista Lanceta utilizou para compor a sétira do Brasil leyal © selvagem dos tempos da Primera Republica (Na Cretinolindis”) xxx Ante a submaissno ao Estado burgués, os ras formas de anaiquistas respondiam com outras I 1 prinespies na fiseiplina, que iam do sespeto a Jorais a reticato ca condutt moral, de que jamais ahtiram mao como reget Isisien para a cone véneia humana, Isso explica © seu combate sem 1a tanto aos simibolos ofielals de gomemtoet- civica (@ pila, a bandeita, as instiuigdes Cle,) quiinter acs prtiptios valores que eles re nresentavam, Dos peguenas lag yem na fa a rebeldla contra Os 8 Fieas, 2°) a dramatira ais do poder dominante CPlacas fotogrs cao eb inutilidade do governo CO desertor’), 0 plano discursive desses relatos tende para 0 ne enue jos da corte punflenisio que enumera os malefic uldade redler instinuida, denuineiande @ desig social, ¢ aberturs das riquezas nacionals ao mente dat divida ex pital estrangeira, 9 agravament femna sen 0 consentimente do povo (*Nlaludul; ces") a vieléne organizada com que os grupos dirigentes eliminavam os seus opesiiorss CA nossa expulsio”) Outros relatos, de figuragao mais abstrata & andamento pedagsgico, exercitam © itor unl ante na moral anaraeisie. Enteam aqui peqe nas histérias exemplares, mecltagoes sobre 0 ig. hifieado da natureza humana, apdlogos « fabulss repleios de receitas dovttindias envolvenclo as pectos furrdamentais do purtanismo libertstio. Arse localiza, por exemplo, a desmistificagte do 220m Uinheito € da cobi¢a material come coisas in. compativeis com a fungao soliditia do ser hi nano CUm conto extmordinatio"), Ainda nesse plano esto os epissdios que péem em cena 0 Peril da idkeologit da consolagao, que tanslor ma os miseriveis em motivo pura u FaUce pie dos: CA esmola’, “Lim conte que parece nartativas que or pro cuiram conscientizar os homens de suas falhas morals e de sua forga lihertiria (*A lige do abu tre", “Os dois burcos"), ora se voltam para a ce= lebragto estetica dla energia revolucioniria que io se rende a Logica da razio deminante (-O espantalho dla loucura")2 Como contraponto dessa prolissao de Fé a0 idesis libertirios, retinem-se as marrativas que verdad"), bem como 4 2 Now cemas do atailarome do aeckscaom, Sols pines Stra dt mor anasto fatisas slo vite eabondo aeanlar que sein eles Fukas sas jubliagdes jue avatar depos elev. som © caso, ae ae db jena avo Ze (303 oon nt setae la ‘oe e hana maquina qu a pte waste areanen e-em sina fal Canes Linen, “Oy heuens ee diate Rede Jie (1 13 lao pelos di case opera, ee tam transfor em alata (Mae Mogase 8 Hue, (CD. 2 an. 1906) 4 vain -unda abr oe os le tematic aie, que wee tenets stent (Sphing. “0 Gis nese comes Rd NXQIV Tntos anaristas parka a modernidade Jo Re Sob 0 desvaism ba Bette, rn tempe grifcas, 1), Longe do quar Fautano que = tlesteracds sem hist, tres desfigurados jowaddos ni cade ou nes necrotérios ("Na mor gue, ov contracenando come pano de fuodo di opuléneia ostensiva dos abastados Na rua”, ‘Os gatunos er Hg, Fee Sue tbs, Zeta Dyse « Go oe (devo co cow enone da mec reper ES ay au pels fuss Irina provaada ao Beek possand a p {8 de eattoes come akiGo Azevedo, Lin Bareo © Joi iets Sines proceso de spoiac dy rato, vo ted pre let, pda erties anaegusta esol, i ins ce xeviay en Ly Lae, nc dca tBaretons, AN toni gn St A ewe prepontos ale kate reat © mundo dos miserivels segue patalele ao mundo clos wabathadores andnimos. Os episo dios que represencam 0 cot 7 diane operdiro po. dem subdividiese em: 1) telatos de pe gens, 2) depoimentos scenes d 3) ccmis cle desfecho revolucionsrio em que o inionigo € destrutdo sea pela forca coletive clos ‘wabalhaclores, seja pela desgzaca que ihe aclvém, como punigto através do peso inevitavel do destino, trablho nas fhscas em qe nage hee pos {polis ds opis wolemtas qe ans Ociosidate dos parasites (Fun ciond Hios piblicos, militares, politicos), que em geral 8€ convertem em porta-vozes ca lilesofta clo te balhio honrado ¢ da legitimagao de seu nhecimento social, P. Industria! (2 adutavion") xeon, shat Bath La prctiqe de nsec Dee Seu 19%0, eur “ tal do secaly XIK. Ws chee em oo sv Xpress cas wines ves pices a hao dessavonsnento da ano neces Dossnabin raga Mt ee Pi XOX retrita, por exemplo, 0 hajuladar como “o judas do operariado [..1 de quem nossos filhos malci« ra a lembranea’. E Felipe Gil CA fabica’) con: tu a histone da jovern Umbelina, a zecela que se ilude pele patrio e, depois de seduaid, acaba repuidiada © posta na mua, No segundo caso, esto os contos em que punicips © verdaceiro cabalhador anarquisia, dlisposto a resist, a pantcipar da Iuta ope No fcr através de wn eompromisso com 0 ided ta, Assim € que Everard Dias CAs reivindica- oes da eanalha’) procura sacudir @ anime dos uuballadores, em tom discursive e professoral ene para 0 avileamento erescerte dle qe cram vitimas nis miios clo capital: “O teu destino hi de ser 0 aniguilamento completo [1 re besta de cary, a alimaria A noke, em chamando la nora, a gilar, gitar de manba passo tartio © igual até nao poder mais." Entra sambém aio relato dg chapeleira andnime (Cnt sonho") que, voltatle para 6 coticiano fabs), vis lumbra a redengio da classe opersiia® 23. Valea puna embrr que wits alent sam cor las permanenes nos fer, caso por exer ce “Gok sos sbehie oe Santos nv Lai etary ce Mona m0 pa) Ochoapette (ISIS ADT. yn Hee oxen nas pon Anco Mito no areal Ata Seca, Pema regando para o parileo, mites foram cs cis whine 2 pc rite do bah opera om destn pr Porcine a Tecoma e por vere ct No tereeito caso, um hom exemplo & 6 episs- diode "WitGria da fome", de Pausiipo da Fonseca ccujo parler de evocacao do sentido unifiendor dk reve pode ser compraclo ao conto «inérimo m final cha fiberiagao ek classe trabalhadiors se condensa nmi destrigao ale e6rica tk Fogo!”, em que a inva ica, Na narrativa de Pausilipo, nem a ferocidade da repressio nem a influéneia bur critica dos patroes consegnem deter 4 unite dos joperivies em tomo de seus diteitos © da esperan- cade ebegar um dia & emaneipagao detintiva, Do ponto de vista de sua esirucira, todos es ses relatos atualizam modelos nacitivos reclun: ntes a partir de marcas @ gests tipicos cas pe s, que, em eral, se moyem linearmente ‘20 Jongo da trama. © cecursa 40s esterectipos como forma de identiiear 6 inimigas der povo condi © conto & um reducao ¢atica da soci de, em que se esquematizarn as wansformacces projetadas contra o universe da orden bunguesa2 Sem akteragoes de percurso dleanraticn (ac reeio do aigumiento impoc Canalo, "0 bangs dos chassis’ (Gene Sia SS Iago. Tb17:J Romer "As operas (Non Ban: LA) 19 set. 19061 © Manel Tal, "0 ple itimigor Centres 1 na, ca, por exemple Pal Lalgic, ala € per pie pro’ (O Patan 11%. 14. 180 XXXVITL transparéneia da tums vai a reboque ds atmos Feta emetiva que impregna o conto, sempre vo tado para a persuasio do Teitor na elev: aI dos principios que defende, Nesse sentido, todos os sinais retGrices ganham importancia: 3 sxclamago, a apostrofe, a ilusttacto icdniea ete Como lembrt Lily Litvak, diante de uma enunciagaa ess natsre7a, eliminam-se a ambi guidade ¢ a complexidade des motives, 0 que repercure, do ponto de vista estrutucal, a cil cio de tempo © do espace necessarins para 0 rratamento da psicologia das personagens & da. smotivagto dos comportarientos com que Se ate sentam na fabula, Dai que sua caracterizacao seja sempre exterior © sumariz, ¢ assim mesmo dependente de um emunciado de orem moval, 0.1 de un ‘simbolismo do retrato como dest: sie fisiea da alma Na vertkide, a entrads pura clonal esti chets de armadihas: vores da mitolo gia que advertem os poderoses, animais que dio ‘exemplos gos oprimidas na melhor tadicao de Arstiiga © Mangal CDs dois burras”, “A licao do abutre"), entidades e personificacces alegéricas ‘que punent os injusios e levam multidoes 3 26 Dele, No phine genil da fabulagko, est4 presen- te 9 procedimenta enfities que procurt dar dig nickle a0 dliseutso dos deserddios, querenclo 3 Wd ad 30008 fuer © eke fazer motar que eles tambésn sabem dispor com vabilidacle da linguagem lteriria, buscando con Veré-fa em instrument da propia cmancipacia tuquistas que 6 letor tem Assim, 05 eontns agora diante de si fizem contraponter aos ino. es esteticos da grande literatura, A rigor, sua de= finiedo lterdria na categoria do eomte tomase probiemsuiea, jf que aqui assumem Formas va Hadlas € instiveis, aproximando-se as vezes da crOnica, as yezes clo dliseurso politico, embora Permanccendo numa frontesna hibrila eapas de distingui-los enquano natrativas de cura diate, D clo modo, essa constiul uma amostra re presentativa da literamart ananquista efetivamente eserta no Brasil. Recuperancio-a para wma leit Fa contemporinea, havers possibilidade, ao mic ‘hos, cle se defrontar com uma proxicy cult expressiva ¢, em grande parte, ainda deseonhe- cds, Resatt-la de seu esquecimente istéeico talver se revele, entia, um exereicie proveitoxe para alom de todo deleite: & quando tt ‘qui inewes € perdidos no passicla, readquizem Vida © sentido, no s6 em si mesmos, mas flunt anco igualmente s rekigdes com) materia j consagrados pela histGra litersvia Anionio Arnon Prada Francisco Foot Hardinan x Referéneias bibliografieas ANDERSON, Benedict, neler Thre Bag: Anarcbton and Aniicotontal Imagination. Londres, Verso, HAETA, Claudia Feierabend, Anargutsmo en vero v Prose literatura e propaganda ma prensa i Iertirit em Sto Pando. Diseraethe mented Campinas, Instituto de Estudos cla Linguager, Unicamp, 199. 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Ln dee Tree Page Amara aid he Sines mene mang 4 whe emgantauhs por Avda V ings fnce temeiea c hdiogrico bs posi I i dene Pane Revs Ppt str de 7954-1998), Bognos hires, Aedenua Argent ciar este novo sécule, com a instituefonalizaeno cresconte Je movimentos sociais coma o sindl- cealisino, ¢ a dilulcao cada vez maior de antigas vanguardas polticas, coopradas pelo Estado, 1¢ novourse a busca das novas yergdes pela prd- ticus © pautas das lutas libertarias Dasdos public com now configura ‘40, estes Contos cenarquistas: temas € textos da rasa lihertavia no Brasil, 1890-1935 vem ten tat cesponcler «essa demanda, que se verifica na universidade ¢ na sociedade, Para organizar © presente volute, aos ides lizadores da edigao original, Amoni ¢ Foor, as sociouse a pequisadont Bacta Leal mesire em teoria lterstia © dourora em historia social pela Ur amp, que levantou, em sia dis seitigiio © em sua tese, documentos pertinentes a0 escopo deste traball, Resnivew-se, com isso, alargar a colegio doa materiais a serem incorpo” rados pari « atual edigao. As 27 narrativas anc riotes acrescentam-se ayori outcts 13, toualizan cdo um novo conjunio de 41) cointos. Vitios dles disnibuitamse pelas segoes tematicas proexis. tentes: Projegdies da Usopia Libertiria; Negaglo do Estado ¢ cla Ordem Burguesi; Moral A quisia; Miséria Urbana: Cotidiano Opetario. Mas. 4 énfase no aspecto da propaganda anaryuista, indissoctavel de sua eoneepcio da milidineia po Itieo-cultural, levou-nos a abrir wim nove t6pico referente ao tetra da Formagio Militante, que Lot acolheu quatro dos novos textos. Sua inchisio produziu nova Inz sobre © conjunto, na tlh complexa que liga, no pensamento lidertirio, as temporalidades contruditérias do publicismo, da revolts e da wtopi Para akim da ampliagio dos rekitos — e squi esse espaco do idedio anarquista, como jf se hnorou na primeisa edigi0, a nogda do conto deve ser alargacls para fora dos limites do géne- ro, come para abarcar, alem da narrativa cunts de ficgao urbana, @ erdniea, 0 diflogo exemplar 2 fibula, « cena dramétiea, 0 panfleto doutrind Flo, a alegoria ucépica -, outra inovagao impor tante diz respeito 20 periodo histGrieo consie- ado, Retrocedeu-se ao inicin da década de 1890, (que marca eletivamente as primeinis atuagoes do movimento anarquista € anarcossindicalista no Basil, Com isso, o zal de autores e de periddlicos Uuatados também se ampliou. Na lina do que afirmou Franee Moretti a propasito da: historia do ice moderne, podemos dizer, rdicalizan do 0 argumenta do autor, que, no caso desses contos fevatas, ngo se trata de constatar © fend- meno do desaparecimento Us grande matoia de suas fontes © supories no processo do chacnado abatecours dla Trerama”, Pois toda e880 pro- ucio, pripria de um universo sociocultural ma 2 eb Fancy Mone, “The Stugitehouse of Lezere i Madina Fema Quateny, pevers 2000 Binalizado e exeluidn politicamente, ji foi de ink clo condenaca a0 matadouro da hisGria. literasia, Dado que sua presenga, por si s6, produz questoes incOmodas as peviodinagties rotineinas da modemidade literaria no Brasil, decidimos, esta ediglo, problematizaro recone geogtifico, inelvindo algumas narrativas eseritas origina! mente em italiane ¢ espanol © aqui traduzidas Em anexo, © leitor interessado poderd coteja-las com os lextos originals, Essa divers indica era propria dla época, tant met ‘persia quanto nos cireulos milanies ¢ bairtos Ay ido Fabris, em que se cuncentrava elevado contin gente de teabalhadores.imigra Nesse ambiente, pois, o internacional fra mer palavet cle ordem, mus experiencia co- tidiana na fala e na eserita, Ao Lidkir com esses materials, portanto, obrigamo-nos a ulteapassar ‘© conceito mals restritive de frontelras nacionais e linguisticas cla hiscGria liters Por conta dessas mudancas significative att liaurani-se a cronologia, a bibliografia (sem pie- tender una lista exausiiva) ea nora “Sobre os autores conheciddes’. Virios dus escrkores perma necerum, € claro, seb 0 anonimate de pseuelni= ‘mos ou de biognafias inacessiveis, Conscrvames 0 cestelo introdutério sncetor, porque ole pode eon tinuar servinco cone referénca critica Gui Interagindo intertextualmente com os sae ros e Forums liter seu tempo, esas nar Lea utivas ressurgem como desafio & memoria cu tual ¢ & historia soeial. Av lado do forte teatro perdrio, do romance movil de ambiéncia pro- lcsirin om de fundio rural tolstniano © da poest jocial, 03 contos anarguistas so talves a mod inlade de incervengio da miliGincia libertaria wis conforme 20 ritmo da imprensa © as Ut senelas da ago colesiva ‘A revolugao das consciéneias no pod peri. Akém dos discussos e palestras nos weet ings, enere a doutrina e a pritica, havia essa con. fianca atpfea no poder da eserita eda leiura, 8 seleta de textos, que aqui retornam ao convisio dlos leitores, testemunha exatamente isso. E seus temas © questes continuam, depois de tanto tempo, em plena crise da economia-mundo, & revel inguietante atualielsde (OS ORGANIZADORES INXY Podles gritar o quanto quiseres, Iseariotes Calma, calms: nao deem avengdo aos ro= A multidao | nae te escuta, te prestz ouvidos 2 exclamagto suprenia do ho- mem que morre pela Idcia GERMINAL! tase e HRB SPD, A00 Jen ian 188, 40 ACRACIAPOLIS, Onto Vicente Carreras No imenso tertiticio que 0 Brasil abatea, de pois de atravessar uma infinidade de bosques Impeneiciveis habitados por enormes sespentes, ligres, ledes, © outta infinidude de feras que poem ent pevige a vida dks pessens que se sire. vem 2 cruzl-les, encontr voagio chamada Aeraciapolis, cujas habitantes, fom aumero de 500, sae dignos dum detide es tudo pelo seu modo de viver, Ess povouyio, que segundo se calcula con ts duzentes anos de exkténcia, deve a se unit formosa pO: gem a um wogo de explosulores camposte de 100 pessoas, ente homens € mulheres, Ess gen te, tendo atcavessado enormes extensbes de ter al reno desconhecido, por entre lorestas e batran- cos, desafiando e tzanspondo mil perigos a cada momento, descobriy una lines pradaria com um terteno fertl enuzado por encamtadores arroios de gua cristalina ¢ 5 vores fruuiferas silvest ado Por numer Ue proporcionaram 205 viajantes 0 alimento necessirio. Ali decidiram entio estabelecet-se definitiva mente, lenge duma sociedade corompida e cri minosa, € para esse Him comwegaram a construir do formosas casas que gumas barracas provisérias onde s quanto iam edie Ihes proporcionassern todas as comedidaces Nao fakavam ao band engenheiros e bons Coperirios, bem como as ferramentas mais preck aig sis pars os primeitos tabalhos, e ister ajudado por algunas minas Ii existentes Forneceu-Thes os meios de fabricar maquinas de todas as classes e i com nipio impulso a nove cidade de foment por cles (criadl, 2 qual denim © nome de Acra cldpolis cidacie «la anaequia) Viviam todos na melhor harmonia, sem que inguém se considerasse superior aos compa tnheiros, trabalhando todos para garuntir 0 bem. sia @ para satisfazer as necessicadles di vida Nests condigdes foram passando anos © mais Anos, multiplicando-se os habitanwes daquela ova cide, sem que jamais reinasse entre eles a discéndia ou © egoismo, O tinico egoisme que cxistia ert © estimulo narural das eiéncias para aleangar uma ober ou um descobrimente que re dlundasse em beneficio ce todes, © que ganhasse par o autor os clogios de toda a comunidade. dly sempre populag (000 ha bitantes*, sem que nunea se tenha ali sentido a necessidice de erlar um governo, sem leis es tritas, sem dinhelto, sem paces, sem juizes, sem soléaclos nem policias, sem carceres nem. pati bulos, sem ladioes nem prostitutas, numa pak Jouma das porcurias e vieios que te: Assim decorrersm duzenios anos, 3 >, qe & hoje de nos na nosse sociedde: Com a ajuda das mécuinas, que 80 proprie dace comum de todo 0 povo, executa-se 0 t- balhio em poueas hosis e em condicdes atk veis. Nao sucedem cavistiofes nas minas nem ficidentes tastes nos outros mabalhos, porque se procura apliearlhes todas as condligdes de se goranga possiveis, ‘Como sobra tempo € estac os meios neces ‘rics go alcance de todas, 1 mesmo tempo que se exeeuta © caballo paterial, cultivamse as artes € as cigncias, eonquistando-se, cada vez ‘mais, maior grau de bem-estar ¢ reereio, Nao se conttecem alias bebidas alcodlieas nem as xu io ha neguciantes, esses seres poueo escrupu: he 40 tbat tls agua post chs Ono fosos que mitam de enriqueecrse, aint que seja envencnando os seus semelhantes, com cor lece nit nossa sociedad. As unides dos sexos sie espontines Interfere de tetceira pessea, visto que Is € por verdaceires amex, sem nema sa © 1 Ie! miras in renesseitas, causidas pela desiguaklade de bens As eriangas € os welhos so ecucados « cui ados pela comunidace, sem «ue isto se consi- dere um esmola, mas sin um dever, Os traba hos indispensdvei € pesados ov repugnintes fazem-se volumtariamente @& vez, visto que te duncan em beneficio de teclos. Fafime: tal é, des brita a grandes «agus, a organizacio social ma Povoagan de Acraciipolis, Os que leven Se quisetern ie p. esta descrigio e gostarent dela, 56 thes dire que 0 ean tho € bem conhecido: seguir sempre a estrada dda cevelucao social Hao de encontrar durante a viagem muitos Dbsticulos e perigas, mas mack de desinimat: se tiverem valor e perseveranca, chegacio, no hd davida, chegario, 0 Amigo do Fev (SP). uno Int FoGo! Anonimo Acaho de concemplas um pavoroso, um emo: jonante ineaelio. & fibrica, antro horsipilanre Je injusticas, ficou reduzida aos alicerces. AS chamas, chamas reparadoras dma escravidio mnileniria, Hzcram, em algumas horas, 0 que os homens, em anos de incessantes prédicas, no Fosam capazes de seallzat Fui dos primeizos a cheyae: © ineéndio nie havia tomaclo ainda as proporges gigantescas ‘gue foram depois o teevor de todas, Lentos como rartarugas, chegavam 05 hontbeiros, e Jam pre pavando os tubalhos de estinglo. ‘Um compacto grape de pave, estacionale: fem frente do ugar do sinist, Fazkn os mais versns comentdnns, enquante 0 fogo, com seus ‘alos dle visto apocaliptica, fambia as paredes das casas vizinhas. A Ebrica axdia crepitando ‘monstruosamente, derruinco-se, amastanlo von Sigo todos os artefatos que, junto com o stor dos Dopenirios, constitutam unit bos parte da riquezs do patra, Os comentarios do povo espectador eran os mais clesencontaclos, os mals diversos, Sarcas ‘mos, imprecacées, kigrimas, solucos afoysados Dois mil crabalhacdores ficavarn postos 2 fala de palo pars muravaese que 0 logo pateck estar de comum. acordo com 2 crise, com a gherr, com essa hor ripilante guetea que consome inurilmente © 10 Thor cas energias hurmanas, A fbrica era uma especie ce casa Fe 10 dia seguinie, Mur- Jal, Alt se sucedian as geragdes. De aves a netos, des: tes a ourtres netes, todos davamt a sua selva, fe ccunda boa, casta dle zangées que, como do. nos, também se sueediam ak, © patio possuts outrss Fabelcas, muitas ta brieas, onde honmadamente protegia e dava de comer a milhares de trabalhaclores. © ineéndio, pars cle, no tinh malor importineia, visto es Tar tudo no seguro, em viuias eompanhias, OS urabalhadores e que sofreriam as eunsequéncies imedistas do desaste, langados @ nia, expostos a insegurangs arertadora do amanha. Por iss0 98 comer inios, em frente ao Fogo, eram todos de pes oas interessaclas, através 6 's chamas que rapidamente coma a falariea ‘om fome fete, com fome de clemolidor justia 's interessidos, os que ficavam sem na 1a da fbrica,tinham a visto das negruras do P potvik, © patsto ers tudo, entlhes absolutamente indispensivel; davs-Ihes, mediante a casa em que viviam, yendia-Ihes 05 comest vels, proporcionava-Ihes trabalho. ra com: um bom patria, que softia quan ‘0 sofriam os seus teabalhador juando eles gozavam. Viviam, patrho e operitios. s, gue goziv as muesmas emo,es, estavam ligados a icénticos interesses... Havin apenas uma pecuens, uma in signilicante diferenga: © patito era rico © desire tava, sem abulhar, todas as d passo que os trabalhacores, inmios meneres do ppatrio, trabalbawam desde eriane: salrendo as pentnlas dy escassez e da forme. Tint ineéndlio, quando € justo, quando & bom provoca o espasmo de excelsos prazeres, de femogies sublimes, Ter alguma cols de 1: vilhosamente trigicn, que nes faz entrever 0 modo como nit 0 velho mundo de mentiras ¢ tamufismos convencionass. (Os nervos, em extrema tensio, querendo = bentar em estalicns de rebeldia, nos dizem nes dao a se inizne ¢ real das coisas. lani-nos, sem pre slme newe que Ii ele suid do fiagor da fogue) 2, do fogo renovador e santo, dk oso, tendencas, sistemas. «hata ang

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