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Suplemento

Edição I
Anexo ao boletim nº3

Olival à lupa
Histórias do Olival
Novo Espaço de Divulgação
Decidimos criar este espaço com a dupla finalidade de satisfazer o pedido que nos tem chegado de
vários leitores nossos, especialmente de leitores jovens, que mostram curiosidade em conhecer um pouco
melhor a sua e nossa Terra.
A outra finalidade que, afinal de contas, decorre desta e com ela se confunde, é tomar contacto com a
realidade passada do Olival, porque quanto mais fundo conseguirmos chegar às nossas raízes, melhor com-
preenderemos o presente, isto é, o Olival actual. E esta finalidade não se esgota no melhor conhecimento do
presente, porque ela tem por horizonte o futuro. Somos daqueles que estão convencidos que só um conheci-
mento profundo do passado e do presente permite perspectivar um futuro que tenha a marca do progresso.
Sempre que oportuno, este espaço aparecerá, como parte integrante do nosso Boletim e para já, tive-
mos, e vamos continuar a ter, a colaboração do Senhor Armando Faria dos Santos, a quem deixamos aqui o
nosso muito obrigado. Gostaríamos de puder contar com o contributo de outros, de todos aqueles conhecedo-
res de histórias ou estórias do Olival, porque elas encerram sempre lições e ensinamentos que, projectados no
futuro, muito contribuirão para que as decisões actuais sejam as mais vantajosas
Um bom exemplo é a história que se segue…
Moia

O Papel da Confraria do Santíssimo Sacramento na Criação da primeira Escola do Olival


A Confraria do Santíssimo Sacramento, hoje ocupada apenas com o aspecto religioso, muito contri-
buiu para o desenvolvimento da Freguesia do Olival. Conforme exigem os seus estatutos, deve inter-
vir, de forma activa, nas áreas do religioso, do económico e do social, tendo como destinatários pri-
meiros os seus confrades, como é óbvio.
As primeiras escolas do Olival foram criadas por esta confraria, funcionando a primeira, numa casa
que é hoje a residência da Menina Eponina. Como esta começou a ser pequena para tantos alunos,
a referida confraria construiu uma nova escola, no Cimo de Igreja, onde está hoje a central telefóni-
ca da PT, recebendo a Junta de Freguesia trezentos euros anuais de aluguer, conforme verba inscrita
no orçamento. Esta ficou a ser a escola dos rapazes e, a primeira, a escola das raparigas. Tudo isto
até 1941, altura em que o grande Capitão Joaquim Vieira Justo, presidente da Câmara, mandou
construir as actuais escolas primárias, hoje muito velhas, as mais velhas do distrito de Santarém. De
realçar a visão estratégica demonstrada, ao preocupar-se por localizá-las no centro do Olival, onde os
alunos interagiam com a população e ficavam inseridos na comunidade e em contacto directo com a
vida que se ia desenrolando no centro da freguesia. Muito gostaria, e ainda tenho uma leve esperan-
ça que, no futuro, com o terreno que já lá existe para esse fim, as escolas continuem no mesmo sítio,
no centro da vila.
A ser verdade que querem construir o complexo escolar ao pé do cemitério, no Brejo, é caso para
dizer que o Olival continua a ser gerido por um grupo alargado de “coveiros” que querem acabar com
esta freguesia centenária, desrespeitando a memória dos seus antepassados que fizeram dela o que
já foi no passado, uma freguesia onde pulsava vida, com o movimento das lojas tradicionais, das ofi-
cinas, da farmácia, do médico, dos correios, da barbearia, das casas agrícolas e de diversa indústria.
Armando Faria dos Santos
Isto também é importante!...
Temos relatado até aqui, no nosso boletim e Blog, algumas das muitas anomalias e ilegalida-
des que a Junta comete, por ignorância e impreparação. Temos tido a preocupação de as denunciar,
em primeiro mão, na sede própria que é a Assembleia de Freguesia, sempre com uma atitude peda-
gógica, não nos limitando a dizer que está mal, mas como é que se faz.
Esta Junta arrogantemente não nos ouve, repete os mesmos erros e depois apregoa que nós
só criticamos. Efectivamente temos mesmo de criticar o que está mal, para isso é que existe oposi-
ção num regime democrático. Só em ditadura é que não há oposição e muito menos lugar à crítica.
Mas esta Junta para além de ignorante, impreparada e arrogante é tacanha, porque não tem
capacidade para reconhecer os seus erros e, por isso insiste neles e não consegue dizer a verdade
nua e crua que é: “Eles, os MOIAS, criticam mas dizem como é, ensinando!” Basta, se dúvidas hou-
ver, uma consulta a http://moia-olival.blogspot.com/, para deitar por terra a teoria “do bota abaixo”
sustentada pelo executivo e seus apaniguados.
Estávamos esperançados que, pelo menos, no aspecto burocrático-administrativo, a Junta
merecesse o nosso reconhecimento. Infelizmente, não temos esse prazer. Ela não nos dá alternativa.
À adjectivação acima expressa temos que juntar negligente. Basta o final da acta que apre-
sentamos, abaixo, para demonstrar a bagunça que por ali vai! Falta a assinatura do secretário e do
Presidente nesta acta, como noutras, e, embora seja a última acta da Junta anterior, esta tinha obri-
gação de ter detectado o erro, até porque é suposto tê-la lido, uma vez que é precisamente a acta do
fecho de contas que para ela transitaram . A senhora secretária e toda a Junta, porque responsável
com ela, são negligentes, distraídos e irresponsáveis.
Mas que contas, que fecho de contas, onde está a seriedade destas coisas?
Não foi isto que prometeram à população do Olival!
E para que conste e não haja dúvidas, aqui vai a fotocópia do excerto da acta.

Saul Pereira Neves

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