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» Diasporas Musicals Africanas no Brasil Observagées Iniciais: Este 6 um artigo multinidia. Diversos fonogramas foram associados ao texto, como ilustragdes ‘sonoras. Para ouvi4os, basta clicar_nes_palavras_ indicades com links; Ele foi publicade iniclaimente no site Fiuxos Musiceis -Trejetérias Sonores do Nomadismo. Como este ste. salu doar, =o artigo. mgr’ para ca Sue e's sobre o Fluxos Musicals e ouga podcasts dele que também estéo hospedados aqui, como a série especial sobre cultura popular. Paulo Diss, etnomusicélogo ‘A pluralidade musical brasieira deve-se om larga medida, como & bem sabido, aos contatos entre povos de distnias procedéncias, e entre os estamentos ou classes sociais a que estiveram afetos, ‘corridos ao longo dos pouco mais de cinco séculos de histéria do nosso “jovem” pais, contatos ‘esses que se deram em diferentes momentos, em situagSes que variam do confronto & ‘aproximago, gerando um gradiente de formas em que ora sobressaem elementos de resisténcia {das matrizes éinico-culturais ou sociais originals, ofa se apresentam como hibridacdes mais ou menos complexas. Concorrente a esse cenaio histdrico-social esté outro ndo menos importante na formago das musicalidades brasileias, o geogréfico. Um terrtério de vastas proporedes, com, palsagens contrastantes ~ naturals, humanas, econdmicas ~ contri significativamente para a ‘ormagao de géneros e estiios fortemente regionalizados, subdivididos, por sua vez, em profusdo de Sotaques. ‘Apontames, em escritos anteriores, os aspectos de unidade que subjazem a diversidade existente na mdsica popular tradicional do Brasil, seus temas recorrentes @ os processos histérico-sociais. ‘que 08 engendram |i). Aqui, nos interessa falar, de maneira sucinta, de alguns aspectos da formagao das. misicas tradicionais do povo relacionados 20 deslocamento de populagSos africans para e dentro do terrtério brasileiro. De como esses fluxos e refluxos humanos inscreveram sua marca cultural nos iinerérios de suas andancas, configurando cartografias nova ‘que desafiam os limites da geografia politica. De como a bagagem sonora dos vajantes das diferentes diasporas negras que movimentam nossa epopéia demogréfica se relacionam com as misicas dos lugares-destino. Minha delimitac3o googréfica do lugar do dostino so as rogiSos Nordeste © Sudeste do Brasil. Dos lugares de origem, 2 Aftica Centro-Meridional e @ Africa Ocidental Uma primeira didspora, aquela que se pode realmente caracterizar como tal, & a dos atticanos ‘escravizados desiocados para 0 Brasil pelo tréfico 2). A partir do século 17 0 modelo de ‘construgo das coldnias do Novo Mundo pelo brago escravo africano toma-se dominante, ligedo ‘essenciaimente & forca econémica de empreendimento escravista transatléntico, Em quatro ‘séculos foram deportados em terras brastlicas cerca de quatro miles de individuos pertencentes Principalmente a dois grandes grupos étnico-ingutsticos: os bantos, pertencentes a varios grupos. {da Africa centro-mericional, com destaque para as reas alualmente ocupadas por Angola, Congo ‘@ Mocambique, ¢ os sudaneses da Africa Ociedental, vindos principalmente da regio da Nigéria edo Benin atuais, aqui denominados jéje-nagés. A concentragao dos alicanos escravizados nas 4reas economicamente produtivas do Brasil se deu de maneira diferenciada, no tempo @ no ‘espaco, para banios e sudaneses, a0 sabor das aliancas entre traficantes @ liderangas locals, do prego associado procodéncia étnica do individuo escravizado, a demanda por detorminadas habilidades que Ihes eram airibuidas (forga de trabalho especializada), entre outros fatores. Assim, ‘temos do século 17 & segunda metade do 18 um fluxo continuo de bantos, que se reestabelece ‘com maior vigor no 19, praticamente até a Abolicao. Os sudaneses,trazidos em pequeno numero ara 0 Brasil j no século 16, entram em maior escala na segunda metade do 18) Embora as proporgées de bantos e de sudaneses arrastados para o Brasil pelo trfico estejam ‘sendo atualmente revistas, em face das modemas andlises do DNA mitocondrial feitas por ‘amostragem em diferentes regides brasileras, sabe-se que o nimero de bantos supera em multo (0 de sudaneses. Em termos bom gorais, sua distribuicSo goografica se da da seguinte forma: 05 bantos inicialmente so trazidos para a regio de produgéo agucareira do Nordeste; a partir do século 18 uma parte 6 destoceda pelo tréfica intemo para a mineragao nas Minas Gerais e Goiés, {20 mesmo tempo em que prosseguem as importages do trafico allénico; no 19 so os banios: ‘que trabalham, em massa, na plantation de café valeparalbana do Rio, So Paulo e sul de Minas, @ posteriormente, na segunda metade do séoulo, sao deslocades para 0 oeste paulista junto @ rnovas importagSes e de permeiro, a esta altura, com as primeiras levas de imigrantes europeus. ‘A presenca musical banto @ noliciada por cronistas e viajantes a partir do século 17, quando descrevem sobretudo dues modalidades de eventos com misica e danga: um de caréter mais rechndit, intra-comunitrio, feto & notte nos terreros des fazendas ou nas senzaias, nos dias de descanso, a que denominaram baluques; outro, de cardter publico, em quo os bantos das itmandades catdlicas de negros saem em cortojo nas festas religiosas ou oficiais acompanhando ‘seus Reis Congos e louvando Nossa Senhora do Roséirio, as congadas. Baiuques e congadas representaram, pare o pensamento colonial escravista, dois pélos, designados respectivamente ‘como “diverséo desonesta" @ “dlversdo honesta” dos negros. Os batuques eram vistos como ‘tentatérios & moral, & religido e principalmente @ seguranca pica, pols congregavam grande ndmoro do negros nas fazendas, 0 que assustava a minoria branca. Essas celebragies so firmaram como importantes espacos de resisténcia para es comunidades afrodescendentes, ¢ ‘foram vas 2s sucessivas tentalives dos patrGes de proibilas. Jd as congadas, que abriam para 0 negro a possibade de ter certa incluso e visiblidade social, por intermédio dos desflles das Inmandades om ocasiées festivas, eram vistas pelos proprietirios de escravos como uma atvidade benéfica do crstianizagao do sous cativos, © de cissipacao de disposicdes revoltosas. No entanto ‘as Congadas, embora respaldadas por uma insitugao religiosa de tipo europeu - as Iimandades LLeigas =, imbricavam formas rituals africanas & celebragdo caldlice, como o culto aos antepassados, homenageando suas linhagens de nobreza na figura dos re's congos. Quanto aos sudaneses - considerados, no contexto do escravismo, como pertencentes a culturas ‘mais evoluidas e refinadas -, so levados pelo tréfico sobretudo para as metrépoles do Nordeste, quando cresce a demanda por servicos urbanos especializados, como os de domésticos, ccomerciantes e artesdos. Em pequenos bolsOes, fixam-se também em algumas cidades gatichas enriquecidas com a producao de charque. Muilos dos escravizados em meio urbano so autorizados a circular por locais pablices, podendo, portanio, aticular-se em grupos segundo afinidedes étnico-culluris. E nesse contexto que ‘surgem, em cidades como Salvador, Recife, S20 Luis do Maranhéo e Porto Alegre, as primeiras ‘comunidades organizadas de cullo as divindades africanas. Por serem culturalmente dominantes nessas éreas, 0s eudaneses jos (ewé-fon) © nagos (lorubés) estabolocem um modelo de culto, {que 6 adotado por outras etnias aficanas ali presentes, cada qual incorporando suas divindades {utelares 2os pantebes em formacdo |). Essas comunidades religiosas se estruturam de acordo ‘com a origem étnica de seus membros, adorando panteGes consiluidos por orixés (nagés), ‘voduns (jéjas) ou inkisses (congo-angolas) © passam @ ser conhecidas como -arvior bis acao. quoto ¢ angola (Behia), s2ncds (Pemambuco), ‘arnborus-do- ‘0 (Maranho), boi. (Rio Grande do Sul). Confundidos polos primoiros.cronisias com os batuques dos bantos, os candomblés também foram objeto de perseguicdo polcial, como ‘desonestos", alé pelo. menos a primeira. metade do século’ 20. Dc Emarandos linhas, podemos assim resumir 0 percurso da musicelidade dos dois principals grupos _gih tens da diésporaatcana no Bras: sudanosos Se ragés da Aca Ooerial conconirados ‘© rincipelmente em zonas urbenes do Nordeste deixaem sue merca cultural quase excusivamento fos dominios da relido afrobrasieira (candombiés), enquanto os banlos da Afica Cantro- Meriional, fxados. em sua maloria em areas rurais , com maior densidade no Nordeste © sobretudo no Sudesta brasilairo, impregnaram vivamente com sua misicafestejos populares de diversas ordons, sejam oles’ da roigiso aftobrasieira, do catolsmo popular ou de celebragées_profenes nes cidade ou no campo, além da masica popular urbana. A presenca ‘musical bantoulrapassa, portano, os limites de reigiao afobresiera: porém & preciso lembrar {que mesmo nas manifesiagSes & primeira vista ‘profanas" subjez uma profunda espintualidede, feveladora do uma viséo’ de mundo sficena perpetuada no Brasil (tal como ocora nos ‘candomblés): por exemple, a reverSncia & ancosialidade espirtuaizada, a sacralidade dos 5] tambores @ 0 poder atibuldo @ fala de mobilizar forcas vitals. Na masica popular tradicional, a esfera de Influéncia da musicalidade banto abrange basicamente os dois grandes grupos citados: 2s congadas ~ maracafus, congos, cofgiins,mocamiaues, toumbi, ‘sioras, cambindes,cstopés, marujos, es, com meior presenca no estado de Minas Gerais, onde as limandades Negras fiveram e tém ainda papel fundamenial na vida religiosa dos afrodescendentes - © 0s baluques -\on00, balimue de_umbined Zambé, '97900" Jo choula, Carimbd, etc. No campo. 8 preser ‘Ros conjuntos de tambores de mao com uma s6 pele fixada por pragos ou cravos @ afinada a fogo (batuques) cu os tambores afinados por malo de cordas © cunhas (candombiés Angola), 05 lanbores de ccio (cu cas), OB wrens musioa's (berimbaus), a reinterpretagao morfolégico- timbristica de tambores portéte's europeus tocados com baquetas (caixas de congada, alfaias de ‘maracatus), etc. Na ritmica, predominam os padrées de | 001% pu © [5], a forte sinoopagdo [5] © @ pola [7] ©, nos sisternas melédicos, a heptatonia (escalas de sete notas). Notemos, também, a or-1 <2 cor oollénica (9 virles vores) em muitas manifestagées banto- descendentes, contreriando 0 rétulo de que © afticano contribuiu para a masica brasieira Unicamente com seus tambores e rimos [3). A {one responsor! alroon, em que um solista ‘alleria seu canto com 0 coro dos participantes |:), marca de maneira ‘indelével a misica afrobrasiera, soja. la do.raiz ano. © ou. sudanosa, Quanto &s musicas de origem sudanesa, permeneceram guerdadas entre as paredes dos ilés (cases de candomble), © 20 mais receniements saram as rus, nes corjon camavelescos “Bios sss. dos blocs aff. Presewvam-se nesses tomplos sitomas molodcos © rmcos 2 nomaimente ausert da musica ouvide do lado co fora , portant, co fanares pars Um 45 pico maie amplo, ndo-eigioso. Ao contro do que suede coma mésica do raiz banto, mesmo as dos candomblés de nagao Angola, quase tode ela fundida no diatonismo, e cujos ritmos se fazem presentes, também, no repert6rio popular “profano” — 0 cabula, por exemplo, toque religioso Ge angola 8 amogm a0 A msca Ge orgem sudanesa feta no Bras, cssonciimente religors, tem, portanto, fries caracteisicas cistnivas, que Iomam contuncvel com tedconalpopusar profane: a forte prosonga do psvinivions orcs cine Noles) nos sistemas melédicos, os cicios ritmicos de © ou 12 p.'s0s, 0 monodisme (canto em unissono). Em relagao aos instrumentos, temos no candombié o uso de tambores de uma so pele, os trés alabaques rum, rumpi é lé, que originalmente tinham sistema de tensao Facicional cestoaicane ~ cour esticedo por coas alaces a ptdos de madota fcadoe CGagoneimonte no corpo co instumonio, © marelados para dar tonsao > (ojo bastano rar preverndo ae a5 larraches do meta), Eases insxmertos s80 peroudos com baqusie nas © Fexivels (guidav) no caso dos candomtes de narso quel, tidos como os representantes ds tradigéo nagé na Bahia, alualmente com “filiais” em varios estados brasileiros. Dos trés, o mais (ave 8 que sone & execucto de vaiagdes soins dos toques (rtmos) sagrados dos orks, racteritic fundamental dos conurtos poreussives afeanos tambim obsorvavel om ouos {éneros da musica atresia, incisive a= de orgem ban, Ouracontougae susanesa 380 s tambores de mao bimemorendfones - de duas pelgs ~ como os is cos xangts de Peqmeibiccpos alniageusternoriiaturererantneeonatovtiast treme aaah Fograndense. Os xeqUorés (BA), agues (P=), ages (RS), eabagns recobarias por malas de Contas, constluem uve Insiumenio da Aifea, Ooentaublzado noe candomblss, © hoje incorprados & misica popular. Gitemoetambem oe sinos do metal coneidos cme agogee ou (are, presenies em ambas as macro-culirs bento esudanese, de importance fundamental ne ‘andugao dos cds rmics (mene) "|e também encoirades em conunios nao regions. ‘Abandonados & prépria Sorte com a Abolicdo (1888), milhdes de afrodescendentes partem em nova grande didspora intema, abandonando os locais onde foram escravizados, normalmente. ‘reas rurais, rumo as cidades, em busca de trabalho remunerado. Esses individuos, que deixam 2 escraviddo para tentar ingressar numa sociedade onde nao tém mais lugar, sofrem desde logo as agruras da marginalizacdo, dispersos pelos bairros populares, subirbios e periferias das ‘idades. O Rio de Janeiro, capital do Império e, depois, da Repablica, atrai de maneira especial ‘esses migrantos negros, que trazem nos alforjos tradigdes musicais j@ consolidadas em teas brasieiras, frutos de hibridagSos variadas de fundos africanos bantos e sudaneses com elementos culturais indigenas ¢ europeus. Vindos das fazendas do Vale do Parafba, onde ja havia contingents de deslocados de outras dreas, do Nordeste, do estado de Minas Gerais, e um pouco de toda parte, ocupam bairros como a Cidade Nova, onde dividem espago com brancos pobres, nordostinos sudestinados e outros deslocados pela peniiia social e econémica. Essa popuiacao e ralé se expande para os morros que rodeiam a cidade maravilhosa. Os bairros populares @ fayelas que se constituem so 0 termo dessa nova onda diéspérica, onde individues portadores nas primeiras décadas do século 20. Notas +) Paulo Diss @ Marianna Monteiro: Diversidade Unidade na Musica Popular Tradicional do Brasil [2] Aqui consideraremos como “dléspora a disporsio forgada de populagées, por motivo de dominacao politica ou pendria social, para fora de seus lugares de origem. [5] Segundo Rafsel_ Sanzio Aratjo dos Santos, Colegdo.—Aica-Brasi [)Roger Beside: ««As-—=—sRolig’os, «= Aicanas «= no. Bras 6 [5 A Moco de pulso bésico, usual em etnomusicologia, refere-se as unidades minimas de Pulsagao na qual 0 tempo musical ¢ dividido. Um bom exemplo 6 0 ganzé no samba sade ancada corresponde a um pulso bésico. A quantidade de pulsos basicas pode serv para meds ° tamanho de uma frase ritmioa, {G1 Na Verdace, a sincopa da misica brasiler, to cantada em verso om prose, no existe, como {21 na mésica tradicional aficana, Trata-se, em linhas gerais, de conceit rimicos supetpocos, Sr antes; do conceit atricano da contrameticidade, dentto de um sistema som Mererquas armsinges Para a diéspora braslora, bam como o uso que esias fazem de intervalos de tenga, Guarta © quinta na polfonia coral, teriam propiciado naturalmente sua aproximagao @ fusdo con, Seruuee® musicals européias similares (escala diatinica, canto coral om intervalo de terra) Ver G. Kubik: Angolan Traits in Black Music, Games and Dances of’ Brect ‘8 Gonvém diferenciar a forma responsorial africana da forma vorso-e-refrdo caracteristica des ‘musicas populares ibéricas. No responso africano, a frase do solista € “completada” “respondide™ poética © melodicamente, pela do coro (em inglés, call and response) . Por exemplo, cole: "6 tard i Netho”, Coro de resposta: "mas sabe negar 0 carreito" (Jono do Cunha). Existe trenalivdede fo solo © do coro, Note-se que o solista normalmente pode ruts i9,0m dia, tambores desse tipo s6 sto encontrados em umes poucas casas de religiao [Tuito antiges como o Gantols, em Salvador, @ a Casa das Minas, em Sao Luis do Maranhae Hs um maravihoso trio de atabaques com esse sistema de tensdo no Museu do Foleiors, on Sen, Paulo, [AIL Os icles, configuragdes ritmicas que se repetem com periodicidade igual durante a execucdo rusia! (Portanto, de manera “crcula, ati ma nota da frase “emendando com a primo) S30 Caractersticos da mdsica aficana. Nos conjuntos de tambores, ha sempre um instumento de sem mals agudo executando um padro ciclico que serve de oriantago, de media do tempo, parece Gomais executantes. Normaimente, um agogd, a madeira de um dos tambores ou até uma cerafa odem ser utiizados para produzir esse padro, designado pelos etnomusicélogos de "timeine [12] A bateria da escola de samba reflete bem essa confluéncia de dados culturais de diferentes ‘origens. O surdo uma versio do bombo portugues (Zé Peretra), porém ullizado africanamente ‘como soista do conjunto no registro grave (contra-surdo ou surdo de corte). Os pandeiose adufos (Cambor de moldura quadrado que evolui para o tamborim), presentes nes primeiras baterias, s80 ‘de origem érabe e nos chegaram pelos portugueses e pelos alrcanos istamizados. As calxas derivam das calxas de guerra uliizadas na Europa desde a dade Média. Instrumentos como a culea e © agog6 sao nitidaments africanos, assim como a forma de se tocar 0 repinique, com possivelinfluéncia dos candombiés jeje-nag6, onde o atabeque grave é tocado com uma baqueta © uma mo solta. Os blocos afros surgidos em Salvador nos anos setenta introduzem a prética de se tocar surdos e repeniques com duas baquetas, forma de execucdo mais adequada para se reproduzir os toques (ritmcs) dos candomblés. Bibliografta consuttada 0 citade ANJOS, Rafasl Sandio Araujo dos. Colegéo AFriceBrasll ~ Cartogrtia para o Ensino- Aprendizagom. Brasia, Editore Mapas Consulta, 2000. BASTIDE, Roger. As Roligides Alticanas no Brasil. Sao Paulo, Pioneira, 1989. DIAS, Paulo. A outra festa negra. In Festa ~ Cultura © Sociablidade na América Portuguesa. Volume Il. org. fstvan Jancsé e Iris Kantor. So Paulo, Imprensa Ofcial/Edusp/Hucitec, 2001 DIAS, Paulo ¢ Monteiro, Marianna F. “Diversité et Unité dans la musique du Brési" In MPB — ‘Musique Populaire Brésilienne. Paris, Cité de la Musique, 2005. KUBIK, Gohard. Angolan Traits in Black Music, Games and Dances of Brazil, Lisboa, Junta de Investigacbes Cientficas do Ultramar, 1979.

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