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560 § inico. O Pando Especial de Transportes Terrestres, reembolsars a Junta Anténoma de Estradas da parte que lhe cabe nas despesas, & medida que estas venham a ser redlizadas. Art, 3." A Administragio-Geral do Porto de Lisboa © a Direccio-Geral dos Servigos Hidréulicos facultario, dentro das suas disponibilidades, o material © possoal especializado que Ihes for solieitado pela comissio para ser utilizado nos estudos @ seu cargo, suportande do conta das suas dotagdos orcamentais of respectivos en- cargos. “Art. 4* A Direosio-Gral de Minas ¢ Servig Jogicos ¢ 0 Laboratério Nacional de Engenha prestario, nas condigdes estabelecidas nos seus orgiinicos, a assisténcia técnica que for necessiria para a boa realizagio dos trabalhos a que se refere 0 pre- sente diploma, Publique-se © cumpra-se como nele ge contém. Pagos do Governo da Repiblica, 20 de Maio de 1954. — Franctsco Hro1No Onaverno Loves — Anté- nio de Oliveira Salazar—Jodo Pinto da Costa Leite— Fernando dot Sanice Costa — Joaquim Trigo de Ne- greiros — Manuel Goncalves Cavaleiro de Ferreira — Artur Aguedo de Oliveira — Américo Deus Rodrigues Thomas—Paulo Arsénio Virissimo Cunha— Eduardo de Arantes ¢ Oliveira — Manuel Maria Sarmento Ro- drigues — Fernando Andrade Pires de Lima — Utisses Cruz de Aguiar Cortés — Manuel Gomes de Araiijo — José Soares da Fonseca. deevoseseseesssssossosossoossssoosoooootost MINISTERIO DO ULTRAMAR Decreto-Lel n° 39 666 A Lei Organica do Ultramar (Lei n.* 2 066, de 27 de Julho de 1953) contém varios preceitos relativos a populacées indigenas das provincias da Guiné, Angola ‘ogambique. Além das bases componentes da seogio especialmente epigrafada «Das populagies indigenass, encontramse, nomeadamente, o n.° v da base 1xv, sobre © julgamento das questdes gentilicas, e 0 n.°'m da base rx1x, sobre a extenstio dos sistemas penal e peni- tenoléso. a 7 A. regulamentagiio dos frincipios gerais contidos estas bases exige que sejax altaladen Clguns doe pros ceitos dos chamados «Estatuto Politico Civil e Criminal dos Indigenas» e «Diploma Orginico das Relagdes de Direito Privado entre Indigenas e nfo Indigenas» (De- cretos 1." 16 478 16 474, de 6 de Fevereiro de 1929), que, por outro lado, haveria jé anteriormente conve- nigncia em modificar e aditar em parte, a fim de uni- formirar procedimentar, extinguir rogimes locals ina- dequados e alargar o ambito das reformas, Com efeito, em leis gerais de cardcter fundamental, como o Acto Colonial, a Carta Orginica do Império Colonial Portugués e a propria Constituigtio Politica, algumas das régras contidas no estatuto ¢ no diploma orgénico foram gradualmente aperfeigoadas, ao mesmo tempo que outzos diplomas — como o Decreto n.° 35 461, de 22 de Janeiro de 1946, sobre o casamento — enun- ciavam preceitos que bem caberiam no estatuto. Acresco que certas matérias importantes, entre as quais a aqui- sigdo da cidadania por antigos indigenas, eram regu. Indas apenas om textos locais, falhos de homogeneidade. © presente decretoaplica os prinefpios fundamental hoje consignados na Uonstituigio Politica e na Lei Or. ginica, ¢ deseuvolve-os, na extensiio compativel com a sua nafuresa, devendo seguir-se-Ihe outros diplomas que especialmente se ocupem de certos aspectos que exigen regulamentagio pormenorizada. I SERIE—NOMERO 110 Deseja-se acentuar ter havido agora a preocupagio do, sem enfraquecer a protecgfo legal dispensada ao in- digena, considerar situagdes especiais em que ele pode encontrar-se no caminko da civilizagio, para que 0 He- tado tem o dever de o impelir. Neites termos: Usando da faculdade conferida pela 1.* parte do n° 2° do artigo 109.° da Constituigio, 0 Governo de- ereta e en promulgo, para valer como lei, o seguinte: CAPITULO 1 Dos indigenas portugueses © do seu estatuto Antigo L° Gozam de estatuto especial, de harmonia som » Gonstituipia Politica, a Lei Organica do Ultre mare 0 presente diploma, os indigenas das provincl da Guing, Angola @ Mogembiquee” a § sinico. O estatuto do indigena portugués 6 pessoal, devendo ser respeitado em qualquer parte do territorio Portugués onde so ache o individuo que dele goze, indigenas das referidas pro- Ant. 2.° Consideram. vineias os individuos di 8 portigueses, _§ nico. Consideramse igualmente’ indigenas os in- dividuos nascidos de pai e mie indigena em local es. tranho aqulas provineias, para onde os pais se tenham temporariamente deslocado Act 8 Salvo quando a Tei dispuser doutra maneira, os indigenas regem-se pelos usos e costumes préprios das rospeotivaswociedadea! aco 31° A contemporizagio com os usos e costumes in- digenas é limitada pela moral, pelos ditames da huma- nidade e pelos interesses superiores do livre exercicio da soberania portugue § 2.* Ao aplicarem os usos e costumes indigenas as au- toridades procurardo, sempro quo possivel, harmonizé-los + -Com os prineipios fundémentais do direito pubblico ¢ pri vado portugués, buscando promover a evolugao cau ddas instituigdes nativas no sentido indicado por prinefpios. 5,3.” A medida de aplicagto dos usos e costumes in- digenas sera regulada tondo em conta o grau de evo- Ingo, an qualidades morais, a aptidéo profissional do indigena ¢ 0 afastamento ou integragto deste na socie dade teibal. aie “ Att. 4° 0 Estado promoveré por todos os meios 0 melhoramento das condig&es materiais e morais da vida, ‘dos indigenas, o desenvolvimento das suas aptiddes ¢ faculdades naturais e, de maneira geral, a sua educagho pelo ensino ¢ pelo trabalho para a transformagiio dos seus usos e costumes primitivos, valorizagio da sua acti. vidade e inte ‘activa na comunidade, mediante acesso i cidadania, Art, 5.° 0 Estado prestaré a ascisténcia necessiria 9 melhoramento da sanidade das populagGes o seu cres- cimento demogréfico, e bem assim i introdugdo de novas ffenieas de produgio na economia das sociedades ‘na- vas, __ Art. 6.* O ensino que for especialmente destinado aos indigenas deve visar aos fins gerais de educagio moral, civiea, intelectual e fisica, estabelecidos nas leis ¢ tam. bém & aquisigio de habitos ¢ aptiddes de trabalho, de harmonia com os sexos, as condigdes sociais eas con. veniGnoias das economias regionais. § 1* 0 ensino a que este artigo se refero procuraré sempre difundir a Nngua portugues trumento dele, poderé ser autorizado mas nativos, 20 DE MAIO DE 1954 § 2° Aos indigenas habilitados com o ensino de adaptagio ow que mostrem, pele forma que a lei pre- vir, desnecessidade dele, & garantida a admissio ao ensino publico, nos termos aplicéveis aos outros por- fugu CAPITULO IL Da situagéo juridica dos indigenas seopio x Da organizacao politica Art. 7° Ae instituigies de natureza politica tradi- cionais dos indigenas sfo transitdriamente mantidas conjugam-se com as instituigdes administrativas do Es- tado Portugués pela forma declarada na lei. ‘Axt, 8. Os agregados politicos tradicionais so ge- néricamente considerados regedorias indigenas, consen- tindo-se embora a designagio estabelecida pelo uso re- gional (sobado, regulado, reino, ete.). § tinico. Quando a sua extensio o justifique as re- gedorias podem ser divididas em grupos de povoagées e em povoagies. Art. 9.° A cada regedoria pertencem todos os indi- s que no seu territério habitam permanentemente js que nele apenas residam transitdriamente, ainda que por sfeito de contrain de trabalho, #6 para efeitos ae policia dependem das autoridades gentilicas locais. § nico. A mudanga de residéncia de um indigena de uma para outra regedoria, dentro de mesma circunscri- fio, depende de autorizagio da entidade administrativa cal; a mudanga para regedoria situada noutra circuns- erigio depende de autorizagio dos administradores in- teressados. ‘Art. 10.° Em cada regedoria indigena exerce autori- dade sobre as populagées gentilicas um regedor indigena. Em cada grupo de povoagdes ou povoagiio seré essa nu- toridade confiada a um chefe de grupo de povoagées ou de poroagio. $1. O exercieio das fungdes de autoridade gentilica 6 qormalmente eamunersdo, § 2.° Os rogedotes e chefes de grupo de povoagdes ou de'povoagia esemponhom es fensben atzbuidse pelo ‘uso local, com as limitagGes estabelecidas neste diploma. ‘A obedigncia que as populagdes Ihes devem 6 a resul- tante da tradigio e seré mantida enquanto tespeitar 08 principios @ interesses da administragio, a contento do Governo. ‘Art. 11.° Os regedores sf eleitos ou de sucessio di recta ou colateral, conforme os ueos © costumes local § tinico, A investidura dos regedores que a eleigio ou a cucessiio designarem fica dependente de homologagio plo governador da provincia ou do istrit, que podem igualmente destitui-los quando no desempenhem con- venientemento as fungies do car ‘Art. 12.° Os chefes de grupos de povoagées 08 chefos, de povoagio serio escolhides, conforme os us0s, pelos dores, com aprovagio das entidades administra- tivas locais "Art. 18.° As mulheres podem ser investidas no cargo de chefe de povoagio quando esta for formada por uma 56 familia © se derem as hipdteses de auséncia tempo- réria do chefe ou da menoridade deste, seu tutor, ow quando essa for a tradigio local. Art, 14° As populagdes no podem depor os chefes gentilicos investidos em exercicio de fung6es por auto- ridade administrativa, nem reintegrar quem delas legi- timamente tonha eido destitufdo. ‘Art, 15.° Os chefes gentilicos tém os privilégios que wos o costumes indigenae Thee confenirem, podendo ser-Ihes recusados aqueles cujo exercicio se mosize in- conveniente ou imoral. Bel Act, 16.° Junto de cada regedor poderé haver um con- celho de sua esoolha, formado pelos indigenas de maior respeitabilidade da regedoria ou povoagdo, tendo por dover auxiliar o chefe no exereicio das suas fungbes. § 1 Os regedores deverfo apresentar & autoridade administrativa os ind{genas que fizerem parte do con- elho referido no presente artigo © nfo poderdo substi- tuielos sem conhecimento dela. § 2° Os ind{genas que fagam parte do conselho terio a designagio que, por uso antigo, Ihes pertencer @ 03 re- gedores poderio confiar-Ihes a direogio de determinados negécios indfgena proibido aos chefes gentilicos, sob pena de prisio ot de trabalhos piiblieos de quinze dias a dex meses, aplicada mos termos da lei 1! Cobrar impostos em seu proveito; 2= Aplicar multe; , .° Servir-se do nome da autoridade administrativa ‘ou dos seus dolegados, sem seu prévio conhe- ‘cimento, para conseougio de qualquer fim; 4.2 Sair da drea da sua oirounserigo sem prévia li- conga da autonidade administrativa compe- tonto; 5.° Opor resisténcia 20 cumprimento das ordens das ‘autoridades administrativas ou incitar a ela; 6. Proteger ou deixar de reprimir 0 fabrico ou a ‘venda ilegal de bebidas aleodlicas ou téxicas ou outros actos imorais e eriminosos; 7 Manter enearcerado algum indigena, sem dar imediato conhecimento & autoridade adminis- trative. Art. 18 Os chefes de grupos de povoagées ou de po- voagio esto directamente subordinados as regedorias indigenas; estes ficam na dependéneia do administra dor da cirounserigio, § tinico. As ordens ¢ instrugdes serio transmitidas as autoridades gentilicas, quer directamente pelo adm nistrador, quer pelos chefes dos postos administrativos as suas atribuigies legais relativamonte aos indfgenas que vivam em regime tribal com a coadjuvagio dos (dos politicos formados segundo os ‘Art. 20." Os chefes gentilicos procurario desempe- nharse das fungdes que Ihes incumbem, tanto, quanto possivel, os usos, costumes ou tradigdes permi- fidos pelo artigo 8.° © seus pardgrafos deste diploma; & autoridade administrativa cumpre dirigi-los por forma a, com reconheoimento priblico, integrar @ sua acgio na obra civilizadora. ‘Art. 21." As autoridades administrativas exercerio por si a68 jurisdigio © polfcia sobre os indigenas que doixarem de estar integrados nas organizagles politicas tradicionais, ‘Art. 22° Quando se tenham formado aglomerados po- pulacionais constitufdos exclusivamente por indigenas nas condigSes do artigo anterior, poderio as autoridades administrativas nomear, de entre os habitantes, rege- dores administrativos a cabos de ordens, aos quais serko atribuidas fungdes policiais e de auxiliares da admi- nistragio civil. § tinico. A competéncia destes auxiliares ¢ as demai regras necessérias & administragio dos referidos aglo- merados populacionais serdo-estabelecidas em diploma especial. ‘Art. 23.° Nao so concodidos aos indigenas direitos politicos em relagio a instituigbes nfo indigenas. § nico. Os indigenas tero representantes, escolhidos pela forma legal, nos conselhos legislativos ou de Go- ‘verno de cida provincia. 562 I SERIE—NOMERO 110 Art, 24.° Os indigenas tém os direitos de petiggo @ de reclamagio, que podem ser exercidos em todos os graus de hierarquia administrativa e, em especial, pe- Tante os curadores dos indigenas e os inspectores admi- nistrativos. § nico. Constitui infracgdo disciplinar dos funcioné- ios ultramarinos a tentativa de obstioulo ou de repre- silia relativamente ao exerefcio pelos indigenas do di- reito conferido no corpo do artigo. stogio 1 Dos erlies ¢ das ponas Art, 25." Na falta de leis especialmente destinadas 03 indigenas serdo aplicaveis as leis penais comuns. § rinico. O juiz apreciard sempre as condutas e comi- naré as penas, considerando » influéncia que sobre o delinguente e os actos deste exercerem as circunstincias da vida social dos indigon: Art. 26.° As penas de pristio podem ser substituidas por trabalho obrigatério. § nico (transitério). Enquanto nfo for publicado novo sistema penitenciério ultramarino, continuam em ‘vigor 08 parégrafos do artigo 13.° do Decreto n.° 16473, do 6 de Fevereiro de 1929. spopko ur Das relagdes de natureza privada sunscogio DD opeto pela ll comam dos tate que impertamn sed ‘a aplicagio desta Art, 27 B permitido aos indigenas optar pela lei comum ‘em matéria de relagdes de familia, sicessiee, eoméreio © propriedade imobiliéria. § nico. A opeio pode ser requerida pelo interessado ou aceite polo juiz com limitagio a algumas das espé- cies de relagées indicadas no corpo do artigo. Art. 28." A opoio sord feita perante o juiz munici- pal da residéncia do interessado, © s6 doverd ser aceite depois de o juiz se tor certificado, pela abonagio de dois cidadios idéneos e outras diligénoias que julgue necessérias, de que o requerente adoptou, com cardeter definitivo, ‘a conduta pressuposta para a aplicagdo dessas lois. § nico. Da aceitago da opgio seré lavrado termo, de que sero passadas as edpias auténticas pedidas. tt 28° Foderd ser detomninado por diploma logis. Jativo que nos aglomerados roferidos mo artigo 22. deste diploma as relagdes comerciais entre os seus habi tantes ou entre estes ¢ niio-ndigenas sejam exolusiva- mente reguladas pela lei comum e pelos usos correntes do comércio. Art, 80.° Os indigenas baptizados podem celebrar 0 eaasmento. nos temmos, das {eis candnicas.perante os ministros da Tgreja Catélica, desde que redinam as con- digdes exigidas pela lei civil. § 1° A amulher indigena 6 livre na escolha do ma- rido, nfo sendo recomhecidos quaisquer costumes que se oponham a essa liberdade ou segundo os quais a mulher ou 03 filhos devam considerar-so pertenga de parentes do marido ou pai quando este falecer. § 2° 0 casamento celebrado entre indigenas nos termos das leis candnicas produziré na ordem civil todos os efeitos de natureza pessoal respeitantes quer ao cdnjuge, quer aos flhos, mas s6 esses, pelo mero facto de na delegacia do rogisto civil ser lavrado o res- pectivo assento, que substifuird a transcrigdo, § 8° A celebragéo do anatriménio segundo 0 rito eatélico e de acordo com as leis candnicas, mesmo c dispensa do impedimento da religiio mista ou de dis. paridade de culto, importaré a remincia por parte de ambos os nubentes & poligamia e aos usos © costumes contrérios ao casamento canénico. Art. 31° 0 direito de propriedade sobre coisas mé- veis 6 reconhecido e protegido, nos termos gerais de direito. sunszogio Do trabalho dos indfgenss Art, 82.° 0 Estado proourard fazer reconhecer pelo indigena que o trabalho constitui elomento indispensé- val de progresso, nas as auloridades 96 podem Sapor © trabalho nos casos especificamente previstos na lei, Art, 33.° Os indigenas podem livremente escolher 0 trabalho que desejam efectuar, quer de conta prépria, quer de conta alheia, ou nas suas terras ou nas quo Para esse feito Thes forom destinadas, Ast. 34° A prostagio de trabalho a nio-indigenas assenta na liberdade contratual © no direito a justo sa- ldrio o assisténcia, devendo ser fiscalizada pelo Estado, através de érgios apropriados. sovseogio m Dos direltos sobre colsas Imobiiéslas Art, 95.° Aos indigenas que vivam em organizagies tribais so garantidos, em conjunto, o uso ea fruigifo, na forma consuetudindria, das terras necessdrias a0 estabeleoimento das suas povoagies ¢ das suas culturas © a0 pascigo do seu gado, § mico. A ocupagio realizada de harmonia com o corpo do artigo no confere direitos de propriedade in- dividual e seré regulada entre os indigenas' pelos res- pectivos usos e costumes. Art. 36.° Nao serdo efectuadas concessies de torrenos a néo-indigenas sem que, pela forma prescrita na lei, soja protegida a situagio dos indigenas estabelecidos nesses torrenos. Art. 87.° O Estado-reconhece e favorece direitos indi- viduais de indigenas sobre prédios risticos urbanos. Os indigenas que tenham optado pela lei comum em matéria de propriedade imobiliéria podem adquirir 0 direito de propriedade ou outros direitos reais sobre ‘bens iméveis por heranga, legado, doagio ow compra. Na falta de opgio, os indigenas podem adquirir dit reitos sobre bens iméveis, com as limitagées constantes dos artigos seguintes. § nico. Os contratos de compra de bens iméveis em que 0 comprador seja indigena e os actos de disposigio, & titulo oneroso ou gratuito, de bens dessa natureza ertencentes a indigenas, quando feites a favor de nfo- indigenas, 26 serdio vélidos depois de autorizados pelo juiz municipal, que se certificaré da eapacidade daque- les e de que os sous interesses no sofrem les. ee enoe ‘vagos ou abandonados, aqueler ‘em cuja apro- priagio consintam os seus proprietdrios os que forem ‘objecto da providéneia especial referida no § 1.° deste artigo. §.L* A requerimento dos regedores, com 0 voto con- cordante dos seus conselheiros, pode o governador do distrito autorizar que sejam tornados individualmente apropridveis terrenos anteriormente destinados a frui- glo conjunta, onde estojam instaladas, com carécter Cstivel, povoagies e eulturas indigonas § 2.° Nos terzenos referidos no pardgrafo anterior, s6 os indigenas da respective regedoria sio legitimos para adquirir bens iméveis. 20 DE MAIO DE 1954 § 8.¢ Nao aio reconhecidos direitos sobre prédios ris- ticos de’ extensio inferior a 1 ha ou sobre coustrugées que no possam ser consideradas definitivas. ‘Art. 89. Sio apenas os seguintes os titulos de aqui- sigio destes direftos: a) Coneesstio do governo da provincia; 3 Concessio ou subconcessio feita por particula- res, dovidamente autorizada, nos termos le- c) Transmissio de harmonia com o artigo 46.° deste diploma; @) Posse de boa fé, continua, pacifica © publica durante dez anos, pelo menos, de terrenos anteriormente vagos ou abandonados, onde se prove tratamento de drvores ou cultura per- manente realizados pelo possuidor. § nico. 0 direito conoedido poderé consistir apenas no dominio itil, com a taxa de foro que for especial- mente eatabelecida por lei ‘Art, 40° O indigena que pretender demonstrar o aquisigio da propriedade nos termos da alinea d) do artigo anterior justificé-la-é perante o juiz municipal, nos termos seguintes: 12 0 pedido verbal do interessado seré reduzido a auto, no qual se consignaré a descrigio, quanto possivel exacta, da area possuida © 03 demais factos alegados pelo justificante; 22 0 juiz municipal procederd, por si ou por fun- cionério em quem delegar, a vistoria do pré- dio, para verificar os factos alegados pelo justificante © mo caso de este ser favordvel ‘espachardé para que se'fagam o registo provi- - sério da propriedade e a passagem do titulo provisério; - 8.° Os autos serfio seguidamente enviados aos ser- ‘vigos cadastrais, que procederio a identifica- gf, demarcagto e paysagem do titulo de- finitivo. Art, 41.° 0 proprietério indigena 6 obrigado a manter © prédio ristico permanentemente limpo, a colher os frutos produzidos e a trensformar progressivamente a cultura por formas primitivas em cultura ordenada, ficando nesse caso dispensado de obrigagdes public que envolvam afastamento das suas terras por ma ‘trés meses, salvo as resultantes do servigo militar ou de sentenga judicial. ‘Art. 42° A. propriedade concedida & resohivel du- rante 0 perfodo que a lei fixar, desde que 0 concessio- nério n&o aproveite a terra, a abandone, a deixe de cultivar sem motivo de forga: maior ou seja expulso justificadamente do agregado social em rao do qual houvesse recobido a concessi ‘Art, 48.° Salvo nos casos previstos na lei para a ca- ducidade das concessdes, 0 proprietirio indigena nio pode ser privado da propriedade constituida de harmo- nia com 03 artigos anteriores, a nfo ser em virtude de expropriagdo por wtilidade piblicn, mediante com- pensagzo com outros terrenos disponiveis ou indemni- ‘agio nos termos legais. ‘Art. 44.° Os direitos referidos nos artigos 38.° © se- guintes deste diploma sio transmissiveis apenas entre Indigenss, de harmonia com o que ester, dieposto na lei ow no acto da constituigto desses direitos ou se- gundo 0 presorito pelos usos ¢ costumes § nico. Os prédios situados fora das dreas destina- das a fruiggo conjunta dos indigenas organizados em tribos podem ser transmitidos por sucessio legitima a 568 tinados & inserigZo dos direitos de. indigenas. § 1° A insorigao dos direitos titulados de harmoni com as alineas a) @ d) do artigo 39." far-se-6 ofici mente; nos casos das alineas 6) © c) do mesmo artigo depende de requerimento de qualquer dos interessados. § 22 Os direitos fundados em transmissio 86 depois, de registados sio protegidos pelo Estado. Art. 46.° Os. prédis i nas io impenhoréveis ¢ insusooptiveis de seri de arantia a obrigagées, salvo quando estas fore Tides peraate erganismos de crédito ou de eoondmica estabelecidos por lei a favor dos indigenas. § nico. No caso de os organismos a que este artigo so refere virem a adquirir os prédios dados em garantia, dos seus créditos, s6 poderio aliené-los de novo a indf- genas. dos indige- susssogio 1 Das rolagdes olris © comorolais ontre Indigenas 1 mfosindigenas Art, 47. As relagdes de natureza civil ou comercial entre indigenas e pessoas que se regem pela lei comum jas por esta ultima, quando nfo houver outra especialmente aplicével. 5 ‘Art. 48.° Ao aplicar a lei, nos termos do artigo an- terior, 0 juiz decidiré sempre de modo @ no impor ao indigena 0 cumprimento de deveres que ele niio pudesse razoivelmente ter previsto ou querido accitar. ‘Art, 49.° A venda a nfio-indigenas de géneros da produgio agricola dos indigenas pode ser condicionad limitada ow proibida pelas autoridades administrat vas nos casos seguintes: 1? Sempre que da alienagio de géneros alimenta- Ter pons rosultar a setastea doe alimentos na regio; 2° Quando o prodito oferecido se apresente ex- traordiniriamente depreciado em relagio aos tipos correntes negocidveis por motivo de colheita antecipada, preparagio deficiente, mau estado de conservagio ou outra causa de deterioragio; 3° Quando seja necessério para cumprimento da Tei que imponha regime especial de compra em beneficio directo do cultivador, para me- Thoramento da produgio ou no interesse da economia geral. § tinico. Onde as circunstincias o aconselharem, po- deré a venda dos produtos dos indigenas a ndo-indigenas ser autorizada inicamente em feiras periédicas ou em mereados, sob a vigilineia das autoridades © em con-' digdes de prego por elas reguladas para acautelar os inferesses dos produtores. “Art. 50.° Os produtos vendidos pelos indigenas a nio- -indigenas ser-lhes-io sempre pagos exclusivamente a dinbeiro e a pronto pagamento, sendo proibida a per- muta com outros produtos ou artigos. stogio 1 Dos tribunals ¢ do processo Art. 61.° Aos juizes municipais competem a instrugéo 0 julgamento dos seguintes processos, quando por lei nfo forem especialmente atribuidos a outros tribunais: a) Processos ofveis ¢ comerciais, quando autor ¢ réu sejam indigenas; 'b) Processos relativos a crimes contra a propric- dade cometidos por indigenas, a que corres. ponda pena correccional, ¢ relativos aoe ree- tantes crimes, quando réus e ofendidos sejam indigenas. Art. 52.° O juis municipal, para o julgamento dos refere o artigo anterior, seré assistido a indigenas, que o informardo sobre 08 § ‘inico. Os assessores sero escolhidos pelo adminis- trador da respectiva circunscriggo ou concelho, de en- ‘tre os chefes ow outros ind{genas de reconhecido pres- tigio que conhegam as tradigdes jurfdicas locais. ‘Art. 58.° Das sentengas do juiz municipal profe- idas estes processos cabe sempre recurso para o juiz de direito, de cujas decisdes se recorreré para o Tribu- nal da Relago, ou obrigatdriamente, como a lei doter- minar, ou facultativamente, fora da respectiva algada. Dos’ aoérdiios do Tribunal da Relagio proferidos nestes processos no hé recurso. § tinico. As sentengas dos juizes municipais que cominein pena maior 9 se tornam exeoutérias depois de confirmadas pelo juiz de direito ou pelo Tribunal da Relagiio, conforme nito existisse ou existisse recurso obrigatério. Art. 54.° Diploma especial regularé os termos do pro- coss0 perante os jufses municipais. § tinico. O processo seré sumario © adequado as circunstincias, devendo, porém, ser acautelados os meios de prova que permitam o exame das instancias de recurso nos casos em que este seja admitido, Art. 55. Compete aos juizes de direito conhecer das acgdes cfveis, comerciais ou criminais em que sejam interessados indigenas, desde que uma das partes ou dos co-réus ou dos ofendidos no seja indigena. § nico. Aos juizes municipais poderé ser incumbida. 1 instrgio do processo, no todo ou em parte, e a pre- sidéncia da tentativa de conciliagio quando a ela haja lugar, na qual se terd sempre om conta « situagio dos in ligenas, devendo ser-Ihes dispensada a protecgao que for necesséria e justa, CAPITULO 1 Da extingdo da condigfo de indigena e da aquisigéo da cldadania = Art, 56.° Pode perder a condigho de indigena e adqui- rir a cidadania o individuo que prove satisfazer cumula- tivamente aos requisitos seguintes: 3 Ter mais do 18 anos; ‘alar correctamento’a lingua portuguesa; 2) Exercer profesdo, arte ou offero de que aufien rendimento necessario para o eustento proprio © das pessoas de familia a seu cargo, ou pos- suir bens suficientes para o mesmo fim; @) Ter bom corportamento e ter adquirido a ilus ‘tragdo © 05 hébitos pressupostos para a inte- al aplicagto do direito puiblico © privado los cidadiios portugueses; €) Nao ter sido notado como refractirio ao servigo militar nem dado como desertor. §.1,° A prova dos factos referidos no corpo deste artigo far-se-é pelas formas previstas nas leis, mas os Tequi- sitos das alineas b), c) © d) podem também provar-se por eertifieados dos’ administradores dos concelhos ou circunscrigées onde o individuo tenha residido nos wl- timos trés anos. I SERIE—NOMERO 110 Para prova do bom comportamento, além deste ates- tado, 6 indispensivel certidio do tegisto criminal de- monstrativa de que o individuo no sofreu condenagio ‘em pena maior, nem mais de dues condenagées em prisko ‘correocional. § 2° Da recusa da passagom do cortificados pelos administradores cabe recurso para as entidades referi- das xno artigo 58.° deste diploma, as quais decidirdo em iiltima instancia, depois de terem mandado proveder 2s diligéncias que julguem convenientes. $3. Para efeitos de concessio da cidadania consi ra-se anulads a nota de refractario, uma vez cumprido © servigo militar. Art. 67.° A mulher indigena casada com individuo que adquira a cidadania nos termos do artigo anterior ¢ 03 filhos legitimos ou ilegitimos perfilhados, menores de 18 anos, que vivam sob a dineogio do pai & data da- quela aquisigao podem também adquiri-la, no caso de catisfazerem aos requisitos das alineas b) e d) do ar- tigo 56° Art. 58.° O requerimento para a aqui nia devo eer ditigido ao governador do diatrito da resi. déncia do interessado, ou, na Guiné, ao governador da Provincia, 0 seré entregue, na sede do coneelho, cizcuns- ‘crigdo ou posto administrativg, convenientemente ins- traido com os documentos tornados necessirios pelo presente diploma e pelos reguladores do bilhete de iden- tidade. § tinico, Os administradores do conoelho ou eircuns- erigio devem enviar os requerimentos para despacho, com 0 seu parecer conereto ¢ fundamentado, nos quinze dias seguintes & recepgio deles. ‘Art, 99.° Do despacho do indeferimento cabs recurso, a interpor no prazo de quinze dias, para o Tribunal da Relagao. 0 despacho de deferimento eerd comunicado oficiosa- mente 4 entidede competente para a passagem de bi- Ihete de identidade. § nico. 0 bilhete de identidade seré ontrogue a0 in- teressado, depois de eatisfeitas as condigées regulamen- tares que néo cejam contrérias a este diploma. Art. 60.° 0 bilhete de identidade seré pasado sem dopondéncia das formalidades previstes neste diploma a quem apresente documento comprovativo dalguma das seguintes circunstincia: a) Bxereer ou ter exercido cargo piblico, por no- ‘meagio on contrato; b) Fazer ou ter feito parte de compos administra- tivos; 2) Possuir o 1° ciclo dos liceus ou habilitaggo Uiterdria oquivalonto; 4) Ser comerciante matriculado, séefo de socie- dade comercial, exoeptuadas as anénimas e em comandita por acgdes ou proprietirio de estabelecimento industrial que funcione le- galmont. § tinico, Nao é considerado para o efeito da alinea a) © exercicio de cargo priblico ‘que tenha terminado por demissio ou rescisio do contrato por motivo discipli- Art. 61.° Os governadores de provincia poderfo con- ceder # cidadania com dispensa da prova dos requisitos exigidos no artigo 66.° aos individuos que notdriamente 0s possuam ou que tenham prestado sorvigos considera- dos distintos ou relevantes & Pétria Portuguesa. Art. 62.°.0 bilhete de identidade faz prova plena da cidadania e, no caso de se ter oxtraviado, pode a sua concessiio provar-se pelos meios admitidos em di- reito. 20 DE MAIO DE 1954 565 § tinioo. Os alvaris de assimilag@o ¢ outros documen- rualmente destinados e provar a qualidade de nao- ena podem, em qualquer tempo, ser substituidos jlo bilhete de identidade, mediante simples pedido jos interessados & ontidade competente para a passa- gem dos bilhetes, mas, wnto nfio o forem, produ- em, quanto a cidadania, o efeito do bilhete. ‘Art, 63.° O proceso de aquisigio da _cidadania & agatuto, exoopto quanto ds taxat nomasis do bilbeto ‘identidade. Art. 64° A oidadania concedida ou reconhecida nos termos dos artigos 58.° e 60.” poderé ser revogada por Aocistio do juiz de direito da reapectiva comarca, me- diante justificaggo promovida pela competente autori- dade sdministrativa, com intorvengio do Ministério Piiblieo, ‘A decistio seré notificada aos interessados, que dela podem recorrer, no prazo de trinta dias, para a Relagac § 2° Julgado definitivamente o recurso, seré apreen- dido o bilheto de identidade ¢ o interessado voltaré a ser considerado indigena, exeopto para 0 cumprimento das obrigagdes que. haja assumido para com terceiros. 3." O sprocesso de recureo 6 isento de oustas e selos, CAPITULO. IV Da execugéo do estatuto “Art. 65.° Compete ‘aos goveruadores das provincias ultramarinas superintender em tudo quanto respeite & protecgio, bem-estar © progrosso das populagdes indi- gonae e fazer observar as disposes do prasente esta- futo em todos os ramos e graus de administragio pu- blica. ‘Axt. 66. A Inspocgio Superior dos Negécios Indi- genas averiguard regularmente o modo como é aplicado © prosente estatuto © em especial como so garantidos aos indigenas os direitos que por ele Ihes so resonhe- cidos. ‘Art, 67.° Os Governos da Guiné, Angola e Mogam- ique remeterto, at6 80 de Abril de cada sno, 2 Tne: fo Superior dos Negécios Indigenas relatério da Trilogle do prowetie ciatnts do tno anirior e at. meadamente sobre a situagio das populagdes indigenas am matéria de educagio, justiga, sade, bem-estar ¢ regime do torr ‘A Inspeogio enviaré esses rolatérios, acompanhados de outros elomontos que tenha por convenientes, a0 Conselho Ultramarino, que sobre eles élaboraré pare- cer, em sesso plena. § nico. Para elaboragio do parecer roferido no corpo do artigo, o Conselho Ultramarino poderé solicitar a quaisquer autoridades e serxigos as informagoes de que neoessite. Publigue-se © cumpra-se como nele se contém. Pagos_do Governo da Reptiblica, 20 de Maio do 1954, —Francrsco Hrato Onavaino Lores—Anténio de Oliveira Salazar —Jodo Pinto da Costa Leite — Fernando dos Santos Costa — Joaquim Trigo de Ne- greiros — Manuel Goncalves Cavaleiro de Ferreira — Artur Aguedo de Oliveira—Amérizo Deus Rodrigues Thomaz — Paulo Arsénio Viréssimo Cunha — Eduardo de Arantes ¢ Oliveira — Manuel Maria Sarmonto Ro- drigues — Fernando Andrade Pires de Lima — Ulisses Cruz de Aguiar Cortés — Manuel Gomes de Aratijo José Soares da Fonseca. Para sar publieado no Boletim Oficial de todas provinoias ultramarinas. — Jf. M. Sarmento odrigues. Gabinete do Ministro Portaria nv 14.80 Manda o Governo da Repiblica Portuguesa, pelo Mi isto do Ultramar, ag abrigo do dispost no artigo 18. do Decreto n.° 38'146, de 30 de Dezembro de 1950, & em rolagio & panta dos direitos de exportagio de Mo- gambique, 0 segaint 1.° 1 susponsa a cobranca das sobretaxas dos arti- gos 81, 57 a 63 © 233 a 236; ® Sio elovadas para 12 por conto as sobrotaxas dos artigos 67, 68, 71 6 72; 8.° B elevada para 6 por conto a sobretaxa a que se refore a note (8) ao artigo 73. Ministério do Ultramar, 20 de Maio de 1954.—O Mi- nistro do Ultramar, Manuel Maria Sarmento Rodrigues. Para ser publicada no Bolétim Oficial do Mo- sambique.— IM. M. Sarmento Rodrigues, Portaria n° 14.892 As circunstancias em que se exercem na provincia de Mogambique a produgio © 0 coméreio da chamada copra FM (cu de cométcio) mostram que o regime fi eal da sobrevalorizagio pode prejuizos aos pro- dutores, os quais muitas ‘vozes vendom aos comercian- tes a sua copra algins meses antes de exportagio; ‘Assim, mantendo-se integralmente'para a copra de plantagio o imposto do sobrevalorizacio, quo nossa parte se continga a julgar aconselhdvel, substitui-so 0 Tegime quanto & copra de coméroio. Nostos termos : Manda o Governo da Repiblica Portuguesa, pelo Mi- nistro do Ultramar : 1, Excluir, em conformidade com o artigo 2.° do De. creto n° 39265, de 6 de Julho de 1953, a chamada copra FM (ou de comércio) do disposto na Portaria n? 14 447, da mosma data. 2. Elevar para 10 por conto a sobrotaxa do artigo 70 da ponte dos direitos de exportagto: de Mopambi- que pelo quo respeita & copra FM (ou de comércio). 3. Esta portaria entra em vigor no primeiro dia do més soguinte & sua publicagio no Boletim Ofteial, ex- copto para os contratds que nessa mesma data se encon- trarem registados de harmonia com 0 artigo 9.°, § 2.°, do Decroto n.° 39 265, aos quais soré ainda aplicado 0 regime da Portaria n.° 14 447, Ministério do Ultramar, 20 de Maio de 1954. Mi- nistro do Ultramar, Manuel Maria Sarmento Rodrigues. Para ser publicada no Boletim Ojicial do Mogam- hique.— M. M. Sarmento Rodrigues. Direcgdo-Goral de Administrago Politica e Civil Decreto n+ 39.667 ‘Tendo sido adquirido o rebocador Macuti para pres- tar servigo no porto da Beira, provincia de Mogambique, fe tornando-se necessirio providenciar, com a méxima urgéncia, no sentido de dotar aquele rebocador de tri- pulagio prépria para que, com a maior brevidade e sem projuizo para o$ sorvigos piblicos da provincia, possa ser utilizado naquele porto ; Usando da faculdade conferida polo n.° 3. do ar- tigo 150.° da Constituigilo, © nos tormos do § L.* do

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