Você está na página 1de 11
JORGE DE FIGUEIREDO DIAS MANUEL DA Costa ANDRADE CRIMINOLOGIA 0 HOMEM DELINQUENTE E A SOCIEDADE CRIMINOGENA 24 REIMpRESsKO cormmRa EDITORA 1997 CAPITULO 1 UMA PERSPECTIVA HISTORICA 5, A IMPORTANCIA DA LISTORIN. DA cRuAMNOLOGIA A teorla duma elncla, como rellexdo sobre a sua Men tbdade en sua autonomia clenulicas, contends sobretudo com o diseureo do mistode e do objecto. Tyatardo-se, porém, de uma ciéncia coma a crminulugia, a diseussio nso seré Teesnda se no assentar numa adeguuda perspocriva fis Tmporta, na verdade, © antes de mais, actualizar a cons: cignein da vulnerabilidade das citacias sociale & influénel, histaricamente condicinnads, das ideologiss. Hoje no com js praticamente adepios a proiensio de uma criminologia neulta face ao quedo de valores da eriminulogo ot da seele dade, geral, pelo vonteari, x adesin a Formlagoes coma aie Sis odo esladac o cine deveros ter comsciéneia d6 que as descobertas cientificas, normalmenie considerades Somo impessosis © objectivas, trem invariavelmente co Sho @ marca do tempo e do lugar Deve, em seguida, sublinharse que s6 apareniemente & curta a hist6ria da criminclogia, eujo aparccimento como Sclénciae costuma localizarse ha pouco mais de am séule 2 que a historia da criminologia ¢'4 hisidsia de um tempos ‘nciguecido pela ceninua sucsssdo, alterndacis on conflate Gla do métedos, de téenicas de investigacio, de greas de inte esse, de envoluimentos ieoréticos e ideuldaleas — em summa, "Sues, Cinioty, NewYork; Jocanoniet 178, pl 7 4 im perspec str de excolas criminolégicas. Bseolas que raramente resistiram Ventagio dese reverem como «a cririnologiay, identificando © problema criminologico cam os concretos problemas © rétodos que seloccionaram, (Nestes termor, a perspectiva histrca surge como neces séria para referensiar correciamente 0 complexo preblema feriminoligico, que subsiste em cada Uma das escolas mas Jque persiste para alem de todas clas, Como se revela—e ferernos ampla acesifo de o mostrar, através de numeroscs ‘ceemples pela cireanstinels de muitas das quesies que Cchegaram a esgotar 0 campo da criminologia terem acabado, ‘quantas vezes, por coder de nove 0 passo a questes antecio- fes que se julgava definiciamente superadas. Neste sentido > posers afirmar, em resume, que também a teorin rim nologies tera de ser, em bot medida, uma reflexio arquoo. logiea Por outro lado ainda, a visio histrien permitiré cons erat mathor a projecsao das tecrias eximinologieas na pol tice criminal e non quedrox ideotopicos em goral As telagées entre a criminologia ¢ a Ideologia nfo tém apenas um sentido: também 2 ideolopia sofre a influéncia ‘Gas concepsoes eximinolégieas. B assim ¢ que, por exemplo, ‘nto pode imputarse ao acaso que as alteragdes do destina: tario da politica criminal tenhain correspondido ax grandes viragens da teoria criminoldgica: como veremos ainda com ilgum permenor, o luminismo divigia ns suas revindicagdes ontra a sles; 9 postivismo quis reagir sobre o wdelinquentes: ‘criminologia clssica arverica pretendeu Teformar a cie- dader; 0 interacioniamo quis modificar a ereacgdo 8 delin- ‘auénclas; a criminolopia radical propdese contestar 0 «sls tema socials! ‘De especial, apenas haverd que anoter © desfasamento frequente entre o ritmo das teorias criminolgicas e 0 das » respastes polices, Superadas, por exemplo, os pressupostos ‘gue legtimaram o siodelo médicos —isto €, a erenca de que Orerime tem a raturesa do sintoms de ume doenga subja enten-, ele continus no entarto a inspirap grandemente as representagtes dos ldadsos e os programas dos politicos Nos momentos de crise aqueles reclamam e estes prometem, fvarivelmente, wna intervengio mals efissz para serrs dicare o crime e at suas causis, ou para straiare os deine quentes. ‘A perspectva histérica apresenta, por timo, duas vam fagens suplementares: pode, por um lado, constitair um sotidoto eficar contra a tentesso da autoaulleiéncia © do fnilateraismo tedrico © motodolégico; e pode, por outro Jado, avalizar a capacldade de progresso dua’ clénela que ‘4 fot qualificada de arei som feino», E incontestivel que Sabemos cada vos mais colsse sobre o problems do crime, fpesar_de— talver por so atesme— pretendermos ¢ neve Sltarmos de saber muito mals © termo criminolopia ters sido utilzado pela primeira vee, bh pouco mais do um século (1879), pelo aniropsiogo francés Torso. Foi, por outro lado, em 1885 que ele ap recea coma itulo duzna obra clemifica: a Criminologia e Gandraco, & em nome doses eventos e outros andlogos (Gignificativamenie sitados no perfodo em que os modelos positivistas tluafavam nas ciéncias © ae expandiam & floso- fia & cultura em geral) que alguns autores tendem a fazer coinciir ax origens da eriminologia como sciéniae com a xcola posit, Tal nko pode, todavia, considerarse hoje inteirumente correcto. E czrto gue sé com o postivismo ganhow a crim nologia conseidacia de si e procurou apresentarse como cldncia,alinkada pelos critérioe metodoldgicos e epistemoli cos susceptivels de legtimar aguela relvindicagio; © por Isto se deliniu como sudo etiolgico-esplicativa do crime Mas # obeditncia este requiito mio & hoje tida como com- diggo ecessiris, nem suficente, para elevar um sistema, de conhecimento a categoria de cigncia. Uma histéria da erm rologa fleara gravemente truncada se ndo se estendesse & tole eldsic, She al sim, pela primeira ver— pensivel {eferencar ume efleio sstensticne cocrente sobre © Pro amo do erie. 1. A tela edn © 0 se aneoteter a sun natures sstemaicn que pelle ieniear a scale clssen cam 8 ine da nova cbc independene fbeme, Portas, da snloracho cea que oe fga sore ‘alae o sleane exist do sus tess, 08 meme {estes dar eaoan que the sucelerem, nvesamente, 6 8 ‘sca de dined sstenaice quo impede» pole Sade de fate do ceminlogn antes da escola clstes, io dbatnte a historia e a antopeogi cultural demonsraram she crze cotta preoupanto de toda m txedaden Gon cleo, sempre se quetionaram a lgtdade © © sentido da utiagsg de reajecseemuoat, spre 4 abl Haram represeatagtes as ov meno implicit e diftsas aie ane do rin, acecd @ ot e a - ‘ier lgadas oo crime tisram sae ma diversas manifesta Sfen altars no folclre, na conto, no drama (ede ate is rege a cat de Sitaesane). Ist, exo gue Se i stats a pt tn antes sine onder pice Alias que, na nba do Fotem « Tabs de Pos, pretendem ‘econ toda » expresso alta aimboliagdes molt tu: manos drei x Culpa emergence €0 ecme origin. Bigislnmte, meuno que se nuu tnvooe oma inerpeasde Gemma a de Foucatn, gue ere oem: como uh dow pleas Tuncamentais (a por én grr sora 9 iimigo exter) pare 4 delinigo,aflemayto consgrago do poder dos princes Grn cna aa ergem db Ents ender! entre o& autores anteriores & escola clstsicnslguns hi. de rorto, que merece ruferipela. A coma por PLAH, eae T Fase Sven ot my, Pare: Gata, 1975, pig. 2 6 wus. A Grminloia da tle civics 2 ito crime como sintoma dma doeaca caja causa seria tr lice: as peindes Cineja,ciime,ambiszo,cSlera), a procurs do praser¢ a lynrdncla, Em conformidade,enearaa 8 pena ‘como um remédio desiinwdo 2 Iitertar 0 delinguente €9 mal ¢ que poderia chegat 4 sus eliminagio ae aquele = mostrase relracirio 0. tlamento como acontia 4s Leis. Por sea turn, Austorsis (Etiea a Niecmeo) core siderava 0 criminoso um inimgo da vociedade, que deveria Ser eastizndo sil qual se bate num animal bruto preg 0 Juypr, Apa dsto,atrbuta (ra Poti) grande relevo & miseria como causa'do crime ¢ factor. de evel, Também ‘8. Tous, do resto, imputaria & muséria « causn do crime, fenguanio Monts (Uiopi)consideraria o crime como reflex dt propria sociedade, Refrase, por Ultimo, nome de B, Dest Fore, cosiderado fundader da efiiognomias autor dm liro justamente insiulado A Fistonoma Humana (136), 50 qual —a partir da cbservagtc e estudo dos cadaveres de ‘iris ciminosos— conclu pela exsiéncla de conextes ent 4s formas do resto € 0 crime, assim abvindo a porta as to. ‘as craneosedpiemss ou sfeenolicass Qu mals tarde seam Aetendides 2 © posnmento cetminchle de etl ei A) A escola eléstica earacteriznse por ter projectads sobre o problema do crime os ideals Mosoicos «0 cthot politico do huras'smo racionalista, Prestuposta 4 raion lidade do homen, haveria apenas que indagat da eventual lnmaconaldsde das estruturas de contolo, nomesdaments da 10 problema crimlnologko eurla como newessidade nia tanto de cleasio do canformamo do. homem, quanto de slevacio do sconformismo» da lei que haverin gue pasmar Segundo os sdiion naturaise do homers, Poder aplcarse 8 toda esol clfsiea ago que Ranaowice exreveu a pro éslto da obra de Cameae, 9 saber, que a toda la subjaem is prisiploa: «1°, que principal objeetivo do direlto er ‘minal © da cléncin rina @ preven os abutor por parte das outordades; 21, que o crime nio € wma entidade de facto mas una entiade de dirito (entity tn Jew)>? ‘Boia idelas constitairam patrimnio eomum dos autores ‘que, por loda «Europ, alimentaram © movimento do Ti minis, desde os «filosofor» (Nowresaumy, Vortaren, ROU fe4v) a%6 908 que, de modo mals directo, debateram © pro ‘lem criminal Bceanta, PEUmmH, BENTHAM, BLACKSTON, Roser, Chwans, Mouo Premme, Row, ete ‘elas indole e pelo ss impacto histério cobressal, atte ralmente, a obra de BECEARI, Dei deli delle pene (1764, (que Ja foi crismade (por Raszixowicr) como +0 manifesto dt ‘ordegem libel ao direlto criminals. Em sintese?, Boeck a procures fundanentar a legitimidade do dreito de pant, ‘Bem como defiir os critics. da sun wtiidede, a partir do postulado do coniraro social. Serao ilegltimas todas as penas Gre nfo relevem da salvoguaeds do contraio socal (0, da futela de interesses do terelrs) e initels todas as que =o fejam adequadss a cbviee ts suas violagSes Futuras, em par tiealar at que se revelem incicares do ponto de’ vista da preveacto peal, 2 desta tese central que decorzer as rivi> Aicagdes de direto substantivo © processual de que Brecakia te fer eco © que, no se conjunto, persisiem ainda como rquttipe do moderno ordenamesto Jurdicepenal. ‘Menes duradoiras so revelaviam j# as suas concedes em materia de explicagto do crime, Decisiva a este prop Sito 6-2 ela do racionalismo 20 servigo do hedonismo: © ‘homem actua movido pela procura do prazer, pelo que as penas devem ser previtor de modo a anularem at gratifies- a mace, Héoogy and Crime, London: Heineman | Denwlvdeménte sobre asus cts Hemme, De Enticing “fer Krovi Portugal, Bonn: Rite, 17, phe 37 "am bormenor © mim aboriagem ewenciainente ciminligin, “icy por snempio, E Macs, Cesare Reena, fH. MO fangs onset a Crtmoaogs, Landon, Stevan Sons, 10, pie ese A Criniaoge te eta lice 8 es lgodas & pritica do crime. Em conexiv com isto, sus- ~fentou BECEAIUA a necessidade, coma pressuposio da sua oft ‘éela proventiva, de ge at sangoes criminals fossem cers ede plicigdo,inediata, idee que 2 moderaa psicoloaia, Sobretuda através de BYSESCR‘, vria a retomar e que a actsal Tnvestigagao empirica sobre a cfostvidade da prevensio geral fem absoluto confirma’. 1b) Natursimente, nem todas m representa de BO canon suport uss anne rigros tn do ead aint Sa teorceiminolagia, A comgar tgo pelo postulate de me tspicie de‘eraonshdade paras) caper de homereaeiat todas ox amend tanto no que toca sr procennsPiclgicos da motiaglo, como no gue rnp a efickcin disuaora dos Soeursantmcioy das commer pena, Como gualment tron infundaa a sprgzo a a paste rgorcamene ere igual doll conbeclda »fluraoae de Insanls fe interpem etre «formulate abstain dalle 8 ‘cgao sonerea,capees do provcnrrfacges © Se inte Sin covfcleces de vorablidae No seri dic) por outro lado, dssobri uma cera mblguidade ideotgiee® na comstragio de BEAN oe {Tuono ovigintin nsolaredade de tes cx ekdadios fin 'omno dos valores Ernamentalo onsenso asi ciao Sueemines una ipllde de devereo, sae ma (res Sepona)sigualdade de intresesn, as Sve corespor ena {Ir edeiualdae ral de oportundades Riad que ofa vl eis de Foueau,sereaonduae a obra Er'bnceann no Seu engundramento histrico 30 plo de he re, ap. 58 1 * i amo at, Pi eid cic ‘ob tt yg + a Timan/e. Wace). Yewe, The Ree Ciminigy: For ¢ Soci Theory of Devons Lando’ owsaege & Kegan Poul 173, pe » Ya perspectives hte escola elisica em ger. Correspondente & ideologia da bur- fuesia em ascenslo, simultaneamente em conllito com o sobe- Fano e com es nfowpossidentes, nunca a escola clissica pode- ia ser suseepivel de ums interprelagio unilateral’ Vis, ‘por Isso, compelida » reforgar a gxrentis face ao perigo de ‘rbltrio @a dfinir, 20 mesmo tempo, uma nova estratépa do poder punitive, refarsando a luta contra o crime e cobrindo fs Incunas deitadas pelo velho poder punltv— tanio mals ‘quanto a criminalidade se converta progresivamente em eri ‘minalidade patsimonisl, ‘Neste contexto, 56 a toniea da obra de Buccansa a coloca tna primeira vertente, aio faltam (como Fovcaut demons tua)" contempordncos daquele a privlegaro vegundo aspecto, reclamando a inflesbilidade contra o'criminoso, frequente. ‘ante apontado ainda como «monstios, staidor® ow si slgo». ML, SCULO XIX: 4) © TRIUNFO DO FosTIVISNO 1, Coordenad Metro fonifcas da ecols potiva [Bm 1876—ceres de um século depois do aparecimeato do livro se BeceaRtA—foi publicada a primeira digo de L’voma delinguants de Cesare Lowsrato, bem podendo Aizerse que com ele se inaugurou a escols postive talena, Durante este séeulo o clima polucolatslectual do esiudo do crime havinse trasformado profundamente, Assitiise, ‘por um lado, fllncia das expectativas opimistas deposi dag nas reformas penals © peniiencidras que o Tlominismo cstimulara: fo s6 elas alo haviam conseguido reduzir Nas pana de owe, 2 go efrma eal surah 90 ‘onto de confluent conta 0 tpergoier do tberao © aca sonra Inpro gut Songuetadee © le rece, (2 2), wl 6 spe. © rato do posiivona u Aimensto da eximinalidade, como esta aumentara ¢ se diver sillara, revelando alts tas de reinekdéncia, ‘que obrie ou, ns palayra de Rorviu, a uma emudanga total de tien fo sistema legal para o dellaquente e a penitencidriae, a quak por sun vez conduriu'» que se ingueisee agora da matuters © das causes do rime. Por outro lad, mas de forma conver bente, fariase seatir no dominio das eiencias do. Homem srscgfo da flosfla, da loglen ¢ da metodologia propriss do pastvismo, enjo éxito no dominio das eléncae emprieas ‘fo parecia conbecer limites, Para tl, mutta contebulram ae obras de Datwin (Zhe Origin of Species, 1859, « Descent of Man, 1871), 20 estabelecerem relagies de continuldade ‘nire @ plano 2a natureza e 9 do homer. Fol neste clima que a escola positiva iallana surgiy Independentemerte da validade intrioseca das suas Bipeses| explicativas — muitas delas parecendo hoje, pelo menos, biz ras—, a verdade € quo tal escola sepreseniow um salto qu lative tratamento do exime, Com ela ‘nasces & imino Jogia ientifica, como disciplina construide sepundo oe msto- ‘dos e on instramentos das =verdadeirascitnciasy, Consttul de resto, um topieo recorrente na obra dor grandes da escola positiva'areferéncla 8 iia de madara: a exaltagio dos ere Aitos de cientlildade da escol, 2 par das critcas a eepr= Sentagdes emelaiseass da velha escola. cisslcs,«Falamos as Tinguagenss—escreve > proposito Punk, «Para nis & (© méiodo experimental que consis @ chave de todo @ conhe- mento: para ees (sc, a escola classca) tudo derive da dedu- so Viglea e do argumento do autordade, Eles substtuem ot ‘Rov, The Discovery of he As, Boson: Lite Bown, 271 is ote ee © seed Sela anda de Daas ome exenpo, 2 sne sete! do so ane, suites ners as Pc Disws an etxas nalre gue Gant base expresamert 2 confecda fl au aaa eR Gana, Cranage, Ls tet Camies Eater, 1, pag Boh ses 2 ip perpen tice facies por sllouemos; 6 ceneeramos que aio 02 Fctos ‘tu gorenaeee Para um correto enquadramento da escola poativa na hiscria'daeximincloga imparts, no entato, tor ainda em tengo alguman precies, ‘Ser, em priser lugar, de acentuar a iia de que tal escola lo cagote © positintimn em criminlogia. Pode, com fo, considerarce postvst toda a invesugsedo eri. Toga conduida segundo a greta terca e metodlopiea do postivsmo Gndependentomente do conteddo anropalgio, acolgeo ou socoligio das suas hipsess). Tudo depen Aerd do reopelto elas vigtnclas fundamentals do poste ‘vamos npasio do lirearbte ga renga no dternninme no pistlado dn. prevabieads doy fenGmenen hacen, econduties a leis: separate eve a cenca‘e «moral 8 ‘retvndicarto da noutralidadeskologis da elnciay 2 unk dade do metodo, come mciodo Induivoquantaivo, Nester termes, como stfere Veco, oda» craminsogin Conte: Pordnea € posiviata no’ métoco © ans assingses funds. Em segundo lugar, nko € arbitrisioidentificar posite vismo itsliana coma aparceimento ox eriminlagi tint Tea Contraiando o sraicional © polio reconhesmento ds Lomo como «pal de ccmindosa centifica, 3a te. {on falarae de tum ssi lrabrosinnor, com bse na esi cl de investigagoes ciminoégcas anieroes a esoln post tive. Thames sobertdo om vist os estudor de indole ‘etiodgie e sartogrdfse dn caclefrncosege « du cools tcolipies de Lares, ds primeira meade do slo, Pa, ols in defen dale sitaptinn, ope. Sa ‘is ainace Revs. H act, tm 9) poe 3 + ohn Tworeea Cringe rk ot Usiesty ‘rea 1 pug 9) V tambo Mame 5) Pe tig, AS 9 i oven Cnt, Seas, The Lis SEigh Ocala, 08 per Mas no parece que ests polimica se justifigue. Com feito, nem sempre, na historia das ideas, a prondade bse tociea se sobrepse necssarlamente & prioridade cronoligia, Foi o impacto. dx escola poxtivn alana — devido & volt smoss bibiografin dos seas princiala wultos, as tevsts que fundaram e em gue purleparam, so dinmismo ds ite venglo em congresses e debates — que converteu 0 endo das exusas do crime em eidacla de culo universal, B fol tl. que, ex post, velo conferirrelevdncia'afactos culo rasto Iisareo seria, de outro modo, paveo slniistivo, Deve, em tere lugar, recordarse que, além de contar com um lima ilsdfico ¢ cient favorivel, @ antrope logia criminal de Loumnoso pode tambem benefciar dim ‘onjunto diversificds de tcoras precursors, que tentrat foeontrar ae causas do erime nos esligmar individuals do etinguente™ ‘gut eater les af teriae don fisiononistar— ornament oJ. Lins de Propet Fsoms (3) a ‘eteneram oerencar © ernioaw a partie Se tron pein Seve » sole frei, gum proce ox ssi sen aero deingene 1 enararo ero crn Deitch a tte coins tome Ge Fcat,hmdadot da ecole eae (18 pbc ons somes dst oben Suen ft cor Seni decode 09 estado do que chavs vcrareoncopan” Na lisa Gee (esse tori na Gini sor pelo apa ‘or I: Seon pe sind rmtoacae fats Lone, nae snr cin et to sneino Ch Cabin (Elmons of Pete aia ao hero das corres ppecures ml laflre Sobre 06 precunsovs Ge Lenanos, deemalianete, Baim ‘Cents, Crimp Cole eet copowtacey de 198185 tie 19 9 tons & Soumen, Tesoies Crimi New Yor anaon tour. 16) pa, Tile saps © Que, ar murves o- es 60a erentaan Mace es, 18. POE A gastro nin do sales comscen, a vriaue, sopra 0 et toa teens money las irene dione de ty aide 2 inervegies cmon 3 (ama eu monet Infutela do antron (eneetamene a ioe pestle ucts Em conve feeve sexu fore ‘minor er tncmeiosdevmansr et © samcter on lausn s isamerto hover Pasaleamens, o> tai orsemio coos, nie cml. somes de Py PSN © eta mate ei 1, oe eco om Sma (913 28 0 rt 60 pect n “ambi, Ginanca legou una ewes bibogalia. cade se om tscamt Crisis (18S) Riparian ae wt de delet 0) feds spertionszoalste (5. Amun oh feo mala ela {eotava de detinio dm coneko umbSiges de cie, copa Se Stlstaee as eigfcos de tmiersaénge gue ernst deers Estos Sobre Ciminiatee Edsego (389) ¢ 1 Anroptsl Cri fal e0 Congress de Brose 009 3 A nerangs do paiva eriminaiglco [Nao delraram de parecerecrescer vores apostadas em come testara validade em explora os limites das tex positivist. ‘ores provenientes nfo apenas do lado da soci! anal, que, como em seguia se dirt, paralelamente se deseo via —casos de Tasor, Lacasewon! outror—y nas tam ‘do campo da propria antropologie: casos de ibm, Der Ver. brecher in antropologischer Bevichung (1898), ¢ sobretudo de Gomme, caja abra The English Consit (1913) & em goral considerada como assinalendo 0 terma da torialombrosias 1 Baum, vio panortmie, Qe, (m1), pe. 36 © se. Desevaltament, denote, sobre Yodo cae autres MA SL (6 PE Seve, Been, esc. sep e tine porpetiva mst assim € ue, nos Fins da pret guerra, mal ae reo cela mo decrminsno endeno = que peritiant (orss Medanens Ge ae puso, pagan, plana, io Splice ous teoras da ered, dow como- Ima ate —o que de sai epefco howe no pensamento 4° Negara ely sbreiverem at tara epelieamente | posivistas —as teses anteopolégicocausals —, a verdade & que ‘ito fcow msl pers ainda da sun beraog: 0 000 eva fr ot ron eigen, aioe or las de (ves om log palitcoinin Exuios 8 prover sored na chmada Welogia de rte: manta, aoe i modo algum ee pode consider defini ‘Meme sperada eos perp enti longe des, poderem Titae reurende, Krum, por exo, sala o que ‘Gunite Un irepet stare qc reresenta 9 sbvilgto Se punigso crimine! pela ferspin concvamente simpost € ajar simplicotes 40, dramadcos para on criminosos, 8 Sento dc legitimarem 0 renrtinado sed dma ania Tatbatear®, Bue Wesegn » que nto fata o polo da ‘Suomlzmao wire, ma cu smear dvd bret Be tao de wc nsinaey, sab mas element, mo disco te ottcen don eneregados dapat do. diefo mnitae na ropresentagies colecion "Rio" Alte denice meta idealota de tatamento 0 asset do pantvomo® e das san conser de police 7 Geet nw rtd ie ue psi ys Sumit Stioen mec ew fee Sa TEER ope caret ttn oe bn eps DE 1 9) eB = niet Pana lee ype Booed bre 7h gi ‘Middicsex: Penguin, 1971, pi. L 0 segs. @ 340 © aces, Tem ‘eet sh ni, ee Sy own So i iam en our Foge tae + SARE eT nla cre te oe, ate pte eaioae Ret eh ans ei Ror © ero do postion » ximinal, Estas, ns verdade, como que Invertram 0 sentido a escola classca: em ver do reauo do poder sancionatrio da sociedads, em nome da expansio dos direitos dos indivi ‘dues, preconizavam 2 amplingto das exigéncias e direlion da sucledade sobre o delinquent; & iden de responsabilidad Destoa! Fria suceder x ds responsabilidad socal; n40 cure ‘umn de pumir segundo a gravdade ds culpa mas de reforcar ‘i defora da Sociedade: nko reconheciam, por aso, & retegto friminal outra medida que sto a da nccessidade em fun. lo da ameaza— da temebila (Gascenie) om da percolo- 3a Frm) — do delinquente. © que leva Oaxdento = consi dersr snaturaly a climinaein do delinguente: « morte serd Jepltima sempre gue o crime exorima «ams snomalia psicol: sex permanente que torna o e¥iminoso incapuz pata a vida Secale Tol este entendimento das relagSes entre a socedade © jp © eximinoso que dau fundamento As doutrinas da prevengio ap Se eee cea tea Se ere acacia arene epieeenencnes Re ae soe frndora_ principal do fim preventvoespecial da pends eri de que hoje tanto se fala e condusiu a movimentos extrenos « Injstfcados de sinal contre, que de todo pretendem sliminar » fnalade socialuadora ds pena e subeiulle por ‘um fim de pur retebuig Factual e objctiva ast deseta)™ 1 Bouse (12), pon 7 * Una apodtglo to et cet pba, de wm pont de ‘i toni, crue cs Peso Day Hover 5 de oitiase emince Fotis ‘mie 6 Vicar de paige IW, S#eUt0 XIX; B) @ INICIO DA SOCIOLOGIA CRIMINAL, 1. melas mana Eoquaio a esol postiva porcomia a trjeciria des cig, comolidavegs,enando em chogue com aquela, & Stites erin. Pade conic of Conan Iie factonl do Anroolepia Canival (Bros, 133]eomo ass aldo o nce Zo deseo a fvoe ds eos socal fics, pono dena vingern do secular que se staram ova de Lacssoo, Fm e Doras aid ose i, conto, recordar que sid sotliie do crime conse ft anton pao sep quate do Slo un pete grande nremento, lips a ‘anf posterior da ecole outa 0, mu expresso de tes ap pb tenon ple por Lame tte perio, apes de uo, qur muloneutores Toa Esa‘o ni de atop cimial™ Nu verdad, 8 paie Soluci Hnuagaes tesa, facimente podett 0 str alor dnsbrr ns obras ges aqucle peso nes les vcs ds nla famosas soso eal esd og, nbordagem do rime come fedmano cok thw aijdto ria do leleminso tose » sas! or los de previsbicade, sid ecrona Qua, aur Teed ta a pnsode dun fie ou mectren soil — Sv oveemento que te paga con uma Tpuldade aust ors do pies, cadaaion(-).- sola conten et stops pes defor or crimes, no pastndoo cl Jado 2c um mo lnteunento gue on exesian™ mesure, 1), i, 6 1 junumnowin, Dae 3 € Se Desenalamenty Moun, The Crit Area, Lado Rost Tedge Repu Pos 18, pap 3? © 50s inti de Sacto Crome 4 Em segundo lugar, 6 notéra » quase excisvdade reco aida aos factors de ris sociclogicn, com 1 mil, © funblente ioral ¢ material, aedcagto, fama ee, A par dst, comoyam a aplcarsee devenvolvese ox métodat ¢ ob instruments propeos da socalgia ermal, nomeadamente @ modo clissico da reclha e iaterpreagas de daos este tains que entotanto comeyaram x ser ofidalente publ cados. ef, come fe t+ pei to sep ee sts sx 2-6 in in metas Sutin pr a fe «Sea pment ees pats cares ee eh cae dg snemaia? 5 Catia. Cota eee Ap. ert edie se cea pares Se Somat ge Tab wr mit ncn hana ca fone “grains for kta fale tae marae oof mes tin Ta caret al be er ae se Phe ot sl de ss, Hi Nt oe ton omen cl Se hing an atta meanest tte & tanto de ces gigs pn see oe ido direc se ¢ Ue tans os Eger Pu nom ce, pas nds omscnrses cata Inecobala com dae nee stot Omar ee ae xa ates te craps compa ait iene, ‘Sem ross Alcan phen Oct ioe teens i re acing ss Sod Sc Wi cyan ine (rit cr iin Peel Rate es a Sgn nc es minicetcn Sheri tabi dt na Grsteiaha onde nm 17H Boe acre cade ras 5 movies ninco rece lle pee ae ‘cbs mora aa cia nny St oe ae Siero paren soscminss Sree Bs Mee ceme riper aeeie eigen : CERES a Sas Victories 7. Momars, (0, 32), pig. 37 © sees. a ae: —

Você também pode gostar