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EDITORIAL
SOBRE A TUTELA DA INTIMIDADE EDITORIAL
SOBRE A TUTELA DA INTIMIDADE..............1
Já seria lugar-comum afirmar que o desenvolvimento que solucionemos rapidamente atritos de semelhante
tecnológico, característico das últimas décadas, modifica natureza, no capilarizado e democrático espaço virtual. BALANÇO POBRE APÓS NOVE ANOS
ou mesmo inaugura modalidades de ofensas a bens Essa dificuldade de lidar com os novos meios tec- DE LUIS MORENO COMO PROMOTOR
jurídicos, o que representa um desafio aos estudiosos nológicos é, portanto, quase um lugar comum. O que CHEFE DO TPI, SUA SUCESSORA
do Direito Penal. Embora um olhar mais apurado possa parece bem menos discutido, daí a exigir mudança de SOMENTE PODE FAZER MELHOR
foco, é saber quanto tempo tardará o legislador nacional Kai Ambos ......................................................................3
detectar que a tecnologia catalisa a criminalidade no que
ela tem de mais tradicional – fica difícil imaginar um para harmonizar o ordenamento penal aos valores de um UM BALANÇO POSITIVO: DEZ ANOS
assalto urbano feito atualmente sem o uso do celular, Estado Democrático, que sabemos claramente inscritos DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL
como também seriam impraticáveis os agendamentos de na Constituição. Daí o ser atitude mais relevante, peran- Sylvia Steiner ................................................................4
batalhas das torcidas de futebol, ausentes as redes sociais, te o desenvolvimento do poder ofensivo da tecnologia, A VULNERABILIDADE SEXUAL
é diante de casos de maior divulgação que explodem os questionar a falta de proteção do legislador nacional a DO MENOR
questionamentos acerca da necessidade de regulação um dos bens jurídicos mais caros em um estado que João Daniel Rassi ......................................................6
dos novos meios de comunicação, com as corriqueiras pretende tutelar direitos da personalidade: a intimidade.
Como fator essencial do desenvolvimento da pessoa, DUAS CONTROVÉRSIAS EM TORNO
propostas de criminalização de uma ou outra nova
esse valor tem atualmente uma infraproteção legislati- DO CRIME DE ESTUPRO
conduta, surgida da casuística. Em especial, as recentes Eduardo Viana .............................................................7
publicações na Internet de fotografias hackeadas que va. Não obstante várias leis internacionais, a partir da
expunham, sem consentimento, o mais íntimo de uma Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 A REFORMA DO JUDICIÁRIO –
conhecida atriz nacional (à parte de sua possível relação (art. 12), ou a Declaração da ONU 3.348, que em mea- O PROBLEMA DA DEFINIÇÃO
com um crime de extorsão), reacendem a discussão dos da década de setenta, quando os computadores mal DOS INTERESSES
sobre os mecanismos de controle penal da Internet. surgiam, conclamou os Estados-membros a tomarem Maria Fernanda de Toledo Rodovalho .......9
A abordagem menos apaixonada do tema exige medidas para proteger a população dos efeitos do mau A IMPORTÂNCIA DO COMPLIANCE
abstrair alguns elementos que poderiam retirar do uso da tecnologia, os avanços na redação de normas NO NOVO DIREITO PENAL ESPAÑOL
observador a objetividade: o chamamento da resposta que protejam o cidadão diante da capacidade imensa Regina Helena Fonseca Fortes Furtado..11
penal mais firme, por conta da propaganda, muitas de combinação de dados e de divulgação do mundo
virtual segue, no País, a passos lentos. Nosso Código CRIMINÓLOGOS DO RAP
vezes involuntária, advinda da representatividade da Henrique Gualberto Bruggemann ..............12
figura pública vitimada já levou a consequências graves Penal não nomina a intimidade como valor protegido,
em termos de recrudescimento de leis, disso sabemos daí tipos que em ordenamentos estrangeiros são dela LIMITES CONSTITUCIONAIS À
fator de proteção, aqui ainda resistem como elementos FORMAÇÃO DA PROVA NO CRIME
todos. Esse mesmo fator pode obscurecer elementos de
de um Estado patrimonialista e quase totalitário: é assim DO ART. 306 DO CÓDIGO DE
análise que viriam sem esforço à mente do penalista, a
que a violação de segredo profissional se dirige a uma TRÂNSITO BRASILEIRO
exemplo da autocolocação do ofendido em risco, bem autônoma “inviolabilidade de segredos”, sugerindo a André Myssior e
como a parcialidade dos pedidos de cadeia a quem maior gravidade da quebra de um dever que do risco Bruno César Gonçalves da Silva .................14
tenha permitido vazar arquivos digitais com fotos da ao livre desenvolvimento da personalidade; no mesmo
atriz, como se esse fora um dos delitos mais graves que UM POUCO DE PIERANGELI
artigo, a inserção de um supérfluo elemento normativo, Mauricio Kuehne....................................................16
assolam o país. Não o é. da locução “sem justa causa”, indica que o legislador
Mas ainda assim, o caso realmente desvela a ne- observa causas justificantes para a ação típica, muito RESILIÊNCIA NO CÁRCERE –
cessidade de um esforço para definir problemas de mais amplas que as inscritas na Parte Geral do Código; CONCLUSÕES SOBRE A MESA
imputação que afloram, como novidade, no mundo a quebra de sigilo do funcionário público, mesmo DE ESTUDOS E DEBATES
virtual. Se ainda resta alguma dúvida de que o papel dos Eleonora Rangel Nacif ........................................16
depois de reformado no ano 2000, denota a proteção
antigos editores de jornais vem sendo substituído pelo apenas da Administração, que deve manter inviolável COM A PALAVRA, O ESTUDANTE
funcionamento dos instrumentos de busca da Internet, sua esfera de segredo de Estado, novamente deixando ROUSSEAU E DIREITO PENAL DO
que automaticamente compõem as manchetes da web, de lado a referência ao direito individual. Entre outras INIMIGO: NECESSÁRIA REVISÃO
não deve o penalista duvidar de que destes tempos em circunstâncias, ilustradas em um Código que concede Marcelo Pichioli da Silveira.............................17
diante enfrentará ainda outras questões de imputação ao constrangimento ilegal a terça parte da pena que co-
análogas, ou seja, havidas quando a inteligência artificial mina ao furto, em clara indicação dos valores maiores DESCASOS
decide, talvez sem qualquer interferência humana, a que pretende proteger: o patrimônio e a autoridade. MORADOR DE RUA, SIM,
quem irá ofender. Ao contrário, leis que poderiam dar Esses valores, globalmente analisados, não são os que PORÉM MIMADO!
pistas da responsabilidade de garante, como contro- predominam na Lei Maior. Alexandra Lebelson Szafir ...............................18
lador de uma fonte de risco ao bem jurídico – como Em outras palavras, talvez o problema do legislador CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
era o caso da Lei de Imprensa, com seu instituto de penal não esteja nos novos riscos que o mundo tec-
O DIREITO POR QUEM O FAZ ................1561
responsabilidade sucessiva – foram retiradas do nosso nológico carrega consigo. O problema está em saber
ordenamento, porque entendidas inconstitucionais se (e quando) conseguiremos reequilibrar o sistema JURISPRUDÊNCIA ANOTADA
pelo tribunal competente. Em outros termos, se pou- punitivo à valorização democrática dos bens jurídicos Supremo Tribunal Federal .......................1565
co soubemos lidar com o conflito entre liberdade de relacionados ao desenvolvimento livre da personalida- Superior Tribunal de Justiça...................1565
expressão e honra, quando nos tempos de imprensa de, entre os quais está a intimidade – direito de artistas Tribunal Regional Federal .......................1566
escrita e relativamente centralizada, mais improvável será reconhecidos e de cidadãos comuns. Tribunal de Justiça........................................1567
que sejam naturais e façam parte do saudável (3) Camargo, Antonio Luis Chaves. Sistema de penas, (9) silveira, Renato de Mello Jorge. Crimes sexuais –
desenvolvimento da identidade sexual.(12) dogmática jurídico-penal e política criminal. São Bases críticas para reforma do direito penal sexual.
Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 26 e s. São Paulo: Quartier Latin, 2008. p. 168 e s.
Nestes termos, a nova sistemática legal deve (4) Bauman, Zygmunt. Amor líquido – Sobre a fragili- (10) A definição mais completa, segundo a citada autora,
ser aplicada e, embora tenha dado tratamento dade das relações humanas. Rio de Janeiro: Jorge é aquela apresentada pelo National Center on Child
diferente aos casos em que há ato sexual pra- Zahar, 2004. Abuse and Neglect, segundo o qual o abuso sexual
ticado pelo menor, a situação é semelhante (5) Veja, p. ex., o voto-vista do eminente Min. Gilson englobará quaisquer “(...) contactos ou interacções
àquela da presunção, assim entendida como Dipp. entre uma criança e um adulto, quando a criança é
(6) greCo filho, Vicente. Tipicidade, bem jurídico utilizada para satisfação sexual do abusador ou de
relativa. Para tornar possível a correta aplica- e lavagem de valores. In: Costa, José de Faria. outra pessoa. O abuso sexual pode ser cometido
ção do tipo penal, deve-se levar em conside- silva, Marco Antonio Marques da. Direito penal entre menores, desde que o agressor seja signifi-
ração todas as circunstâncias em que o crime especial, processo penal e direitos fundamentais cativamente mais velho do que a vítima, ou quando
foi praticado num juízo de valor fático sobre – Visão luso brasileira. São Paulo: Quartier Latin, está numa posição de poder ou controlo sobre a
a existência ou não do abuso sexual, este sim, 2006. p. 147-169. outra criança” (leite, Inês Ferreira. Pedofilia. Lisboa:
(7) Idem, ibidem. Almedina, 2004. p. 41).
objeto de proteção legal. (8) Sobre este tema, estamos de acordo com enten- (11) Idem, p. 44 e s.
dimento doutrinário de que a imputação objetiva (12) Idem, ibidem.
NOTAS deva ser equiparada com a tipicidade (torio lopeZ,
Angel. Naturaleza y ámbito de la teoría de la
(1) Veja o editorial do Boletim n. 234, de maio de 2012. imputación objetiva. Anuario de Derecho Penal João Daniel Rassi
(2) EDiv em REsp. 1.021.634/SP, de relatoria da Min. y Ciencias Penales, Madrid: Instituto Nacional de Mestre e doutor em Direito Penal pela USP.
Maria Thereza de Assis Moura. Estudios Juridicos, jan.-abr, 1986, p. 33-48). Advogado.
VI “Dos crimes contra os costumes”, cujo carnal e outro ato libidinoso que a alteração se expliquem apenas como
objetivo era a tutela do mínimo sexualmente quando praticados nas mes- realização sucessiva de um
ético reclamado pela experiência social. mas circunstâncias de tem-
legislativa permite o todo querido unitariamente.
Embora a legislação de 1940 deixasse po, modo e local e contra reconhecimento (6)
Outro setor defende o dolo
visível carga moral dos dispositivos ali encar- a mesma vítima.(3) Embora da continuidade de continuação, ou seja, que
tados, no tocante à criminalização dos atos exista divergência na 5.ª delitiva na o ato parcial seja continua-
sexuais, ela não era dos mais censuráveis, vez T., também o STJ parece ção da mesma linha psíquica
que não criminalizava os atos homossexuais, inclinar-se nesse sentido.(4) hipótese de conjunção do dolo anterior.(7)
a exemplo do que fazia o StGb (§ 175); Se não estou enganado, o carnal e outro ato Inclino-me em direção ao
polonês, dinamarquês, chileno, suíço; tam- ponto nevrálgico do problema libidinoso quando primeiro posicionamento.
pouco criminalizava o ato sexual com animais reside na possibilidade de re- praticados nas mesmas Deveras, é de se considerar
(StGb, § 175) e o incesto.(1) duzir a extensão dos fatos do crime continuado, à luz de
A atual legislação preferiu a rubrica crime de estupro (conjunção circunstâncias de sua estrutura político-cri-
“Crimes contra a dignidade sexual”; louvá- carnal e outro ato libidinoso) tempo, modo e local e minal e natureza dogmática,
vel, segundo aponta a doutrina. Olvidando a uma ação única. E assim o contra a mesma vítima. apenas nas hipóteses em que
diversas alterações, em razão da limitação é porquanto a consequência os fatos não sejam inde-
espacial, a fusão entre os tipos penais do primordial desta hipótese é afastar, justamente, pendentes, mas que pertençam ao mesmo
estupro e atentado violento a pudor foi a o concurso material. Portanto, inicialmente, disegno criminoso, ou seja, quando guardem
mais significativa, pois dela dimanaram é de se enfrentar a admissibilidade da conti- entre si liame suficiente para convertê-los em
diversos problemas, razão pela qual, aqui, nuidade delitiva (a) para, secundariamente, fato único, de modo a sugerir que os atos
limito-me a apenas dois pontos: concurso investigar a natureza do tipo (b) fracionados integram a parte de um todo,
de crimes (§ 2.º) e resultado morte sem a) A figura do crime continuado foi de- pois uma coisa é cometer crime continuado
conjunção carnal (§ 3.º). senvolvida para evitar penas extremamente e outra bem distinta é continuar cometendo
§ 2.º severas, quase sempre morte, que era esta- crime.(8) Bem por isso os desdobramentos da
A fusão entre tipos penais de estupro (art. belecida no caso de três furtos.(5) A fórmula conduta não devem implicar novo crime,
213 do CP) e o antigo atentado violento ao alcançou prestígio legislativo e, para seu senão maior afetação ao bem jurídico já
pudor (art. 214 do CP) inaugurou tormen- aperfeiçoamento, em regra, é imprescindível conspurcado.
tosa discussão, especialmente no que diz que os fatos individuais afetem o mesmo tipo b) O tipo é um instrumento de ajuste do
respeito ao concurso de crimes. Antes da básico ou semelhante e, em regra, o mesmo comportamento delitivo e, portanto, uma
reforma, a jurisprudência era firme no sen- bem jurídico. Além disso, é ainda fundamental limitação direcionada aos magistrados. Sua
tido de que a prática de estupro e atentado uma identidade exterior, representada pelos historicidade liga-se ao conceito processual de
como tipo misto alternativo é de se reconhecer na culpabilidade do risco, como sugeriu escândalo público (art. 258). O Código Penal Militar
prevê, à altura do art. 235, o crime de pederastia em
a continuidade delitiva. Schweikert; a segunda, por reconhecer a área sujeita à administração militar.
Conforme antecipado, consolida-se a juris- tentativa, pressupõe um inaceitável “dolo de (2) HC 102.355, rel. Min. Ayres Britto, j. 04.05.2010.
prudência no sentido de que a nova redação preterintencionalidade”. (3) HC 101.116-SP, rel. Min. Gilmar Mendes, j.
do art. 213 do CP consagra um tipo misto Se se parte da premissa de que o delito (art. 26.10.2011.
(4) HC 114.054-MT, rel. Min. Og Fernandes; REsp
alternativo, mas isso não tem significância 213, § 2.º) é misto de dolo e culpa, necessa- 970.127-SP, rel. Min. Laurita Vaz, rel. para o acórdão
para a essência do problema, quando muito riamente, a hipótese não enuncia verdadeiro Min. Gilson Dipp, j. 07.04.2011.
secundariamente. preterdolo, porque se o fosse, os elementos (5) Cavallo, Vicenzo. Diritto penale: parte generale.
Estabelecido o estado da arte, pode-se con- contidos no interior da proposição deveriam Napoli: CEDEJ, 1955. v. 2, p. 815, n. 100, nota 13.
(6) Por todos: JesCheCk, Hans-Heinrich; Weigend, Thomas.
cluir que a compreensão da conduta com acesso articular-se em relação implicacional, ou Tratado de derecho penal. Trad. Miguel Olmedo Car-
por diversas vias exige uma interpretação res- seja, o resultado culposo mais grave (morte) denete. 5. ed. Granada: Comares, 2002. p. 711 e ss.
tritiva, negando-lhe natureza de continuidade deveria ter sido antecedido da conduta dolosa (7) Por todos: stratenWerth, Günther. Derecho penal:
quando seja possível apreciar uma individuali- conjunção carnal. Tal não ocorre, salvo se se parte general. Madrid: Edersea, 1982. v. I, n. 1.234.
(8) impallomeni, Giovan Battista. Sul reato continuato,
zação manifesta em cada um dos atos. admitir ilógica existência de consequente sem Revista penal, t. 25, p. 297.
§ 3.º antecedente. Se assim é, forçoso reconhecer (9) nuCCi, Guilherme de Souza. Código Penal comentado.
Os tipos de estupro qualificado vêm estam- que a solução opera-se por meio do concurso 10. ed. São Paulo: RT, 2010. p. 916-917.
pados nos §§ 1.º e 2.º do art. 213. Embora ideal, a hipótese se ajusta à tentativa de estupro (10) Utilizo a expressão em sentido vulgar, tangenciando
existam respeitáveis opiniões em contrário,(9) simples em concurso com homicídio culposo. a discussão sobre sua natureza.
(11) prado, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro.
a ampla maioria da doutrina compreende as Esta decisão vai ao encontro do princípio 9. ed. São Paulo: RT, 2010. vol. 2, p. 654.
figuras de qualificação como preterdolosas. da culpabilidade, seja no vetor de limite (12) greCo, Rogério. Código Penal comentado. 5. ed.
Neste caso, a qualificação pelo resultado (10) ao poder punitivo, determinando o “se” da Niterói: Impetus, 2011. p. 620.
sobrevém de uma conduta mal dirigida, ou punição; seja medida da pena, definindo (13) Zaffaroni, Eugênio R.; Batista, Nilo; alagia, Alejandro;
slokar, Alejandro. Direito penal brasileiro. 2. ed. Rio
seja, culposa. Se se admitir a possibilidade o seu quantum. Ajunta-se, ainda, que o de Janeiro: Revan, 2010. t. I, p. 245, n. 1.
de dolo quanto ao estupro e animus quanto fundamento constitucional da culpabilida-
à lesão ou à morte é evidente a existência de de se encontra embutido no princípio da Eduardo Viana
desígnios autônomos (estuprar e matar) e, por dignidade da pessoa humana, pois “imputar Mestre em Direito Penal (UERJ).
isso mesmo, estaremos diante de um caso de um dano ou um perigo ao bem jurídico sem a Professor colaborador da Escola Superior do Ministério
concurso material de crimes. prévia constatação do vínculo subjetivo com o Público da União (ESMPU).
Não cabe, aqui, o contra-argumento de autor equivale a rebaixar o autor à condição Professor de Direito Penal da Universidade Estadual de
que o art. 19 do CP permite que as figuras de coisa causante”.(13) Santa Cruz; FAINOR, UNIME, FG (BA).