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A fotografia de rua é uma categoria de fotografia documental que encanta pela captura
de momentos do quotidiano urbano de maneira espontânea, explorando detalhes que
normalmente não são percebidos. Para a edição de Agosto da revista Photo
Magazine, o carioca Marcos Semola - fotógrafo autodidata cujo trabalho pode ser
encontrado em galerias de vários paises - escreveu uma interessante materia sobre
esse tipo de fotografia e deu uma lista de dicas para quem quer se iniciar nessa
prática:
1. Experimente sem limites até encontrar o formato, a pratica e o resultado que primeiro agrade a
você.
2. Aprecie expressões artísticas das mais variadas. Isso vai ampliar sua percepção da realidade a
sua volta.
3. Domine os conceitos básicos da fotografia e aprenda a manusear seu equipamento
instintivamente.
4. Antecipe-se reconhecendo o terreno, imagine a composição que pretende obter e vá atrás do seu
assunto.
5. Caminhe atento, procure antever um gesto, uma trajetória, uma atitude e se posicione rápido para
o clique.
6. Aprenda como sua objetiva enxerga ao redor com a distância focal e se aproxime para alcançar o
objetivo.
7. Esteja pronto para mais de um clique a fim de perseguiro momento chave. Tudo é muito
dinâmico na rua.
8. Procure utilizar equipamentos leves, silenciosos e com suportes que ofereçam mobilidade.
9. Pós-processamento não é pecado, mas procure aprimorar o resultado sem distorcer a
originalidade.
10. Em princípio, deixe tudo que é regra, padrão e opinião coletiva de fora da sua intimidade
fotográfica.
"A prática desse estilo envolve técnicas de fotografia que acabam por mostrar
a vida como ela realmente é, como se devolvesse à sociedade sua imagem
refletida."
No entanto, esta citação é hoje frequentemente usada noutro sentido “ficar fisicamente
perto do seu assuntos é parte da receita para as melhores fotos”. Foi também com
esta ideia em mente que os participantes de um projeto de Fotografia de Rua foram
convidados a fotografar próximo aos seus temas durante uma semana inteira. Aqui
apresento algumas reflexões de fotografar a uma distância máxima de 2mts usando
uma lente de 35mm.
I) Escolha de equipamento
Quando se fotografa num raio de dois metros para com o seu assunto, a sua escolha
de lentes será restrita a 35mm ou inferior. Não é que não possa usar uma lente de
50mm, mas neste caso, a maioria das suas fotografias cairia na categoria de retratos
de rua. O uso de uma lente de 35mm fica interessante a curtas distâncias, pois
permite incluir tanto assunto como o ambiente que rodeia o seu campo de visão. Não
é só o assunto que é importante, mas também o que está acontecer na rua em torno
dele.
II) Técnica
Eu faço sempre uma pré-focagem da minha lente a 1,5 metros ao caminhar na rua.
Esta escolha de distância é o resultado de muitas experiências anteriores, e isso
basicamente significa que o meu assunto principal vai abranger cerca de um quarto do
campo de visão da lente de 35mm. Obviamente é uma escolha pessoal e faz parte da
estética que pretendo dar. Com o tempo, aprendi a ajustar a minha posição para
manter essa distância de 1,5 metros. Também me permite ganhar algum tempo pois
não necessito fazer a focagem, ganhando assim tempo para conseguir bons
espontâneas. Obviamente, que ajusto a focagem quando uma melhor composição
pode ser alcançado numa distância diferente.
Infelizmente, a fotografia de rua é muito mais difícil do que parece como muitas
variáveis em jogo numa fração de segundo para uma determinada cena. Uma grande
fotografia não é apenas resultado da sua capacidade de detectar em detectar uma
oportunidade, mas também a sua capacidade em pensar em todos os elementos que
são importantes para uma boa imagem. Falo-lhe agora nalguns desses factores a
pensar e dicas fotografia.
I) Manter a linha de horizonte direita.
Embora possa parecer fácil de lidar, mas manter a linha do horizonte direita é
realmente uma das variáveis mais difíceis na fotografia de rua. Em maior parte das
vezes as linhas da ação numa cena levam-no a de uma forma inconsciente balançar a
câmara de um lado para o outro. Pode funcionar para algumas fotografias e até passar
despercebida noutras, mas geralmente é melhor evitar linhas do horizonte tortas nas
fotos por simples motivos estéticos. A melhor maneira de evitar estas situações é
procurar por linhas horizontais ou verticais dentro do seu campo de visão e alinhá-lo
as bordas do visor.
Conclusão
Então, quem disse que fotografia de rua era fácil?
Eu acho que pode rever estes doze pontos e encontrar grandes cenas para mostrar
seu talento, você será um exterminador ou o Henri Cartier-Bresson. Se não, escolha
os pontos que mais frequentemente erra (talvez aqueles que até não foram abordados
aqui) e pense neles antes de cada disparo que faz. Tente Fazer isso de
constantemente, até se tornar uma segunda natureza do seu instinto. Obviamente,
que estes pontos representam generalidades. As regras são feitas para serem
quebradas, e talvez queira como parte do seu estilo ter nas suas imagens alguma
distorção, sobre exposição, ou porque não, até a sua própria sombra.
B) Composição
Sejamos direto não existe uma distância focal que seja mais fácil de trabalhar, do que
outra em termos de composição. Ambas podem ser muito fáceis ou muito difíceis. A
lente de 35mm sendo obviamente mais abrangente dar-lhe-á mais espaço e liberdade
para compor. Quando vejo algumas imagens de fotografia de rua, muitas vezes sinto
que o assunto principal não é o objeto da foto, mas o que está em torno dele.
Desorganizadas, irrelevantes, desproporcionais… são os termos que muitas vezes me
ocorrem quando vejo algumas fotos tiradas com grandes angulares. Isto geralmente
devido aos espaços vazios em torno do ponto de interesse, como que se o fotógrafo
fosse condicionado pela ação esquecendo-se de olhar em redor. No entanto a
distância focal de 35mm é ótimo para quando se pretende fotografar uma grande parte
do ambiente em torno de seu assunto principal. Também é muito útil em cidades onde
as ruas são estreitas (embora 28 mm seja provavelmente melhor). O campo de visão
de 50mm por ser um ângulo mais apertado, há menos elementos susceptíveis de
interferir com a cena. Não precisa se preocupar tanto com os elementos secundários,
tais como transeuntes, carros, ou paredes em construção. Isto facilitará de alguma
forma a concentrar-se apenas nos elementos críticos. No entanto olhando de outra
perspectiva, uma 50mm torna muito mais difícil incluir os elementos-chave em num
ponto de visão apertado. Você terá que recuar (o que nem sempre é possível) ou usar
um ângulo diferente, o que pode ser bastante desafiador. O resultado pode muitas
vezes serem cabeças, pernas ou pés cortadas, ou simplesmente a omissão de partes
fundamentais da cena.
C) Profundidade de campo.
Para uma dada abertura e distância, quanto menor for a distância focal, maior é a
profundidade de campo. Isto é aplica-se para todos os sistemas de câmaras, mas é
especialmente importante para câmara com grandes sensores (ou filme). Na verdade,
a 3 metros, uma lente de 50mm a F1.4 terá uma zona de 30 cm de nitidez aceitável,
haverá o dobro de 60 centímetros com uma lente de 35mm com a mesma abertura.
Mesmo em F8.0, a profundidade de campo da lente de 50mm será de 2 metros,
enquanto a 35mm estará em foco a 5 metros. De uma forma mais prática, estes
números têm três consequências. Em primeiro lugar, será mais difícil conseguir focar
os assuntos usando uma grande abertura numa lente de 50mm uma vez que a zona
de focagem é muito pequena. Em segundo lugar e, consecutivamente, vai perder
velocidade obturação á medida que fecha a abertura por forma a conseguir uma maior
profundidade de campo um determinado valor ISO. Isto poderá provocar algum
arrastamento se a velocidade for inferior a uma velocidade 1/125. Isto evidentemente
pode ser compensado aumentando o nível de ISO, mas nem sempre é possível mudar
o ISO em cenas que se podem alterar em pouco tempo (e ainda mais em câmaras de
filme). Finalmente, imagens a 50mm com temas situados em vários planos, será mais
difícil uma vez que será difícil conseguir uma zona de nitidez que abranja todos os
planos. Por exemplo, se o seu primeiro plano está a 3 metros de si e o segundo a 7
metros, apenas uma abertura de F16 colocar ambos focados. Imagine as
consequências sobre a velocidade do obturador e qualidade de imagem (difração) com
uma tão pequena abertura. Estes números referem-se a câmara de um sensor
completo (full frame), pelo que estas consequências se irão sentir em menor escala
em câmaras com sensores menores e nenhum problema em câmaras compactas.
D) Distorção
Uma lente de 35mm vai induzir mais distorção, que uma de 50mm. Não tanto por
causa da intrínseca qualidade da lente, mas porque uma ligeira inclinação da câmara
resulta em linhas que começam a convergir. Então se gosta de fazer retratos de
fotografia de rua de muito perto, lembre-se que uma pequena inclinação da câmara
pode fazer distorcer os rostos, braços e pernas dos sujeitos. O mesmo se aplica para
lentes de 50mm, mas a uma muito menor escala.
E) Preços
As lentes grande angular são mais difíceis de fabricar, pelo que em geral as lentes
35mm serão mais caras do que a sua equivalente de 50mm. Especialmente para
lentes com grandes aberturas como F1.4.
Então, 35mm ou 50mm ?
Se ainda está indeciso poderá sempre levar consigo ambas as lentes. Embora eu não
recomenda. De fato, essas distâncias focais estão próximas pelo que será mais fácil
fazer os dois passos á frente ou para trás em vez de perder tempo na troca das lentes.
Quanto a mim comecei a fotografar com uma distância focal de 50mm e lentamente
comecei a derivar na direção dos 35mm. De facto acho que os 35mm acaba por ser
uma lente mais versátil para a maioria das imagens que faço. Além disso, acho que é
mais fácil me aproximar dos assuntos do que o contrário.
Uma coisa boa sobre este método é que muitas vezes podemos incluir as pessoas
que passam ao lado da pessoa que fotografamos e que vêm no seu sentido. Pois, em
muitos casos, o assunto vai esconde-lo da pessoa que caminha em sentido contrário.
2) Focar e reenquadrar.
Eu uso esta técnica, principalmente quando estou de frente do assunto e há uma alta
probabilidade de ser notado. Portanto, irei tentar fazer um ângulo de cerca de 45 graus
a partir de objeto para dar a impressão que vou disparar para outro lado. Quando
focar, reenquadro o tema rapidamente e disparo de imediato. Devido a este ângulo,
acabo por nunca perder o contato visual com o assunto até que o momento decisivo
aconteça. O maior problema desta técnica é quando se dispara com grandes
angulares. Nesta situação tem de fazer um pré focagem á distancia que espera que o
seu assunto passe, caso contrário o seu assunto ficará desfocado.
Esta pode parecer ridícula, mas quando detecta uma personagem interessante a
alguns metros de distância, eleve a sua câmara até á sua cara e finja que está a filmar
a rua. Há pessoas reagem menos a alguém que as esteja a filmar do que a fotografar
apontando a lente para eles.
Isto geralmente funciona muito bem, desdeque exista algo de significativo por detrás.
Se você for descoberto, o assunto geralmente olha para ver o que está por trás dele.
Depois de ele estar convencido de que o não o vai fotografar, ele irá voltar ao seu
comportamento normal.
5) Crop
Não é uma forma muito elegante, mas pode ser eficaz com o elevada resolução dos
sensores das máquinas digitais (se for o caso). De facto, basta disparar a uma
distância em que você não vai seja detectado, e depois em pós produção fazer o
recorte da imagem, para dar uma perspectiva vai próxima. Eu, pessoalmente, quase
nunca uso esta técnica porque sinto que estou traindo. No entanto, existem casos em
que, por vezes, quando se é detectado pode resultar.
Á semelhança da alinea anterior, disparar com telefotos permitirá manter uma certa
distância para com o assunto e evitar assim ser detectado. Com uma câmara
rangefinder como o que eu uso, a sua maior lente será, provavelmente, 90 milímetros,
ou talvez 135 milímetros, se tiver uma boa visão. Na verdade, é bastante eficaz para
fotos espontâneas, mas o domínio de uma lente de 90 milímetros ou mais, não é fácil.
Em primeiro lugar, a profundidade de campo é muito mais sensivel que uma lente
grande angular, por isso vai ser difícil ter todo o enquadramento em focado. Por este
motivo, será difícil de fazer focagem pontos de foco desejados, especialmente quando
estiver utilizar lentes rápidas. Além disso, muitas vezes sinto que muitos disparos
feitos na rua com lentes grandes são mais indicados para retrato do que para
fotografia de rua. Na verdade, não é nada fácil incluir a sua personagem e seu
ambiente em tão apertado ponto de vista. Isto leva-me á conclusão, que as lentes de
35mm ou 50mm são de facto as mais versáteis, podendo disparar quase qualquer
situação. Com uma lente de 90mm, que será extremamente difícil fotografar cenas
urbanas, terá que estar sempre a trocar de lentes (o que não se aplica se você usar
um zoom evidentemente).
Esta é a forma que uso com mais frequência acho-a muito eficaz em situações onde
você tenha identificado um ambiente potencialmente bom, mas aonde nada está a
acontecer. A melhor maneira é pré enquadrar e focar e esperar que algo aconteça no
espaço que enquadrou, mas é necessário que seja hábil a seu posicionar, para que
possa as probabilidades que algo aconteça na zona que escolheu seja alta.
8) “Rastejar para dentro.”
Uma maneira muito eficaz para obter boas imagens, mas também péssima receita
para uma composição terrível. Deixe sua câmara pendurada ao pescoço ao nível do
seu peito/barriga e dispare discretamente quando detectar uma cena interessante. Eu
sei que existem alguns fotógrafos que gostam de disparar desta forma, mas tanto
quanto sei, a minha barriga não tem olhos. Por isso, tenho dificuldade em acreditar
que se pode visualizar de forma eficaz o campo de visão sem o estar realmente ver
através do visor. Pode não importar se a sua principal preocupação não for a estética,
mas no meu caso, eu gosto de fazer composições e sinceramente, a maioria dos
disparos que faço desta forma ficam ou desfocadas, ou com um grande céu aberto.
Muitas pessoas dominam esta técnica, mas sua composição será sempre limitada ao
seu nível de cintura e não muito precisas. Um bom motivo este método e quando
ficamos colocados numa zona má e perigosa, e nestes casos mais vale fazer uma
disparo e tentar a sorte do que não fazer nada.
Está a entardecer e o sol está batendo directamente nos olhos dos transeuntes.
Grande oportunidade para fazer algumas fotografias já que as pessoas nunca serão
capazes de detectá-lo por estarem cegas pelo sol.
12) Vá para uma área lotada
Esta última técnica é talvez a mais difícil. Quando o campo de visão desejado vai
significar que você irá sempre detectado e não tem mais nenhuma outra forma
alternativa sem que altere a atitude da personagem do que agir rapidamente. Pode ser
feito, mas a precisão de foco e evitar tremer poderá ser um grande desafio.
Existem muitas razões pelas quais um sujeito pode ficar zangado. Varia entre ter tido
um mau dia de trabalho, não se sentir atraente, paranoia, ser colocado numa situação
embaraçosa ou medo de aparecer na imprensa ou na web. Assim, será muito difícil
determinar qual é a causa do descontentamento e encontrar a maneira correta para
aliviar a sua ira. De fato, cada pessoa é diferente, não existe um truque que de
repente, torne as pessoas dóceis e compreensivas.
A) Temas / assuntos
Ao andar na rua pelas primeiras vezes, é realmente tentador para começar a
fotografar qualquer tipo de cenas que se desenrola sob nossos olhos. Cães, bicicletas,
velhos, amantes, empregados, …, tudo é um bom tema para uma fotografia como é a
natureza da fotografia de rua. No entanto, quando você olha para alguns dos trabalhos
dos mestres, realmente percebe que eles muitas vezes tiveram alguns temas
recorrentes: Winogrand mulheres, Saul Leiter reflexões, Boubat crianças ou Erwitt com
cãses são exemplos bem conhecidos. Evidentemente, esses fotógrafos fizeram um
monte de temas diferentes durante a sua vida, no entanto, todos eles se concentraram
em algumas delas em um determinado ponto da vida.
Então pergunte-se a si próprio quais são os temas/cenas que gosto especialmente de
fotografar e tentar dedicar mais algum tempo a essas situações. Eles podem ser muito
simples ou até estranhos, mas todos nós temos algumas preferências no que
fotografar enquanto andamos na rua. Eu sempre prestei especial atenção às pessoas
que usam chapéus e as mulheres vestidas de vermelho. Também todas as cenas que
tenham uma sensação de mistério me chamam a atenção. Não sei porque é assim,
mas meus olhos bloqueiam imediatamente sobre estes temas quando eles
apareceram.
B) Processamento
Seja o filme que você elegeu ou o pós-processamento que aplica ás suas fotos, torna-
se uma parte importante do seu estilo. E eu diria que é provavelmente o ponto onde a
maioria dos fotógrafos tem mais dificuldade em aplicar uma abordagem coerente. No
digital torna-se muito fácil mudar um aspecto da imagem em poucos segundos. Num
momento, a imagem está a cores e depois acaba a P&B. Tudo isso às vezes, acaba
como imagens tipo Polaroid. Por isso, é muito tentador poder experimentar e aplicar
todos os tipos de abordagens diferentes para as suas imagens. Embora a
experimentação seja bom, eu acho igualmente importante para um fotógrafo se manter
a uma ou poucas rotinas de processamento. Pode evidentemente, evoluir com o
tempo, mas escolha um olhar de que gosta e desenvolva durante algum tempo um
trabalho em torno dele. Penso também que alguns dos melhores fotógrafos usam
durante a sua vida filme e que utilizam os serviços do mesmo laboratório em todo o
seu trabalho. E houve uma boa razão por detrás disso, é porque eles sabiam que
estes seriam elementos distintivos do seu estilo de fotografia.
3) Seleção de equipamento
Caso use uma lente 21mm ou 50mm, elas terão um enorme impacto sobre a
aparência das suas imagens. A distorção, compressão da profundidade de campo vai
variar muito, dependendo da lente que selecionar. Irá também determinar a
quantidade de informação que será incluída na imagem, uma grade angular
geralmente permite incluir mais elementos. Alguns dos melhores fotógrafos utilizaram
um único tamanho focal ao longo da sua carreira, Winogrand 28mm ou HCB com
50mm, e este facto tornou-se uma característica distintiva do seu estilo. Entretanto, se
usar uma lente zoom ou várias lentes, as suas fotos vão ser repartidas entre diversas
distâncias focais. Isto não significa que vai fazer piores imagens, ainda que diversas
pontos de vistas não iram definir por si só o seu estilo.
A câmara que usar também ir ter o seu impacto no seu estilo, a prestação de uma
câmaras de grande formato irá diferir substancialmente de uma câmara compacta. O
uso do flash também pode ser uma característica de seu estilo, bem como a
preferência para lentes rápidas (ou seja, F1.4 ou mais rápido).
4) Composição
O forma como compõe as suas cenas é provavelmente o traço que mais impacto irá
ter no seu estilo. Existem características que são recorrentes no seu portfólio?
- Encara o seu sua de perto ou de uma certa distância.
Palavras finais
Como vê os componentes que definem um estilo são muitos. E por assim ser, não é fácil
integrar todos esses elementos de uma forma coerente. Há também uma grande parte que é
inconsciência para a criação de um estilo. Com efeito, a menos que gaste muito tempo revendo
o seu portfólio (com alguma possível ajuda), é por vezes difícil detectar os padrões que eles
possam revelar. No entanto, uma vez que eles surjam eu o encorajo-o a aprofundá-los durante
algum tempo. Tente ver se consegue desenvolver um verdadeiro estilo em torno dele. Isso não
significa fechar os horizontes ás possibilidades que lhe surjam, mas sim acrescentando alguma
coerência e consistência às suas fotografias o que irá resultar em algo de gratificante. Tanto
para si como para quem vê o seu trabalho.
Você resolve dar um passeio pela sua cidade e registrar o movimento urbano, o vai e vem
dos carros, as pessoas no celular, os muros grafitados, afinal você querer fotografar todos
os elementos urbanos que sua cidade tem. Esse tipo de fotografia chamamos de “Street
Photography”, um estilo de fotografia documental que apresenta indivíduos em locais
públicos, como ruas, parques, praias, centros comerciais, entre outras situações.
Foi pensando em ajudar aos que estão começando essa aventura urbana que resolvi
procurar algumas dicas para fotografar de maneira criativa seu Street Photography. Com 20
dicas dafotógrafa e blogueira Eliane Terrataca, dona do blog - www.fosgrafe.com – sua
cidade irá ganhar vida, cor, ângulo e movimento em belas fotografias. Anote aí e coloque
em prática todas essas ótimas dicas!
3 – Momentos roubados
Faça imagens das pessoas antes que elas se posicionem para serem fotografadas.
4 – Cores verdadeiras
O preto e branco é a opção mais utilizada quando a intenção é fotografar pelas ruas, mas
não deixe as cores de lado. Elas também são muito atrativas e conferem ótimos resultados.
5 – Por trás
Geralmente o que está acontecendo ou o que existe atrás do seu assunto principal também
pode render boas imagens. Busque por outros detalhes do assunto para fazer imagens mais
atrativas.
6 – Diagonal
Fuja um pouco do enquadramento horizontal tradicional. Fazer fotos em diagonal pode
deixar suas imagens de rua muito mais interessantes.
7 – Atrativos diferenciados
Ouse na hora de pensar na composição das fotos. O assunto principal pode ficar mais
atrativo com uma produção diferenciada.
8 – Arte na rua
Artistas de rua, paradas, festas e qualquer outro tipo de entretenimento de rua são
excelentes escolhas e, geralmente, resultam em boas fotos.
9 – Além das ruas
Lugares onde as pessoas costumam se reunir em grande número também resultam em
boas fotografias, como, por exemplo, zoológicos, shows, parques, eventos esportivos etc.
10 - Novos ângulos
Encontre maneiras de ficar mais alto ou mais baixo, por exemplo - essas novas perspectivas
incomuns podem prender a atenção dos observadores.
12 - Detalhes
Às vezes a melhor coisa que você pode fazer é chegar bem perto do assunto - você até
pode encontrar algumas dificuldades, mas sempre conseguirá belas imagens.
14 - Sempre pronto
Deixe sua câmera sempre preparada, você nunca sabe o que pode acontecer. Facilitar o
acesso à câmera te ajuda a não perder nenhuma oportunidade.
15 - Visite sempre
Fotografias de rua não precisam ser totalmente espontâneas, se você encontrar uma cena
em potencial volte para fotografá-la quando for possível.
16 - Movimentos congelados
A rua é um lugar de movimento, para capturá-lo e fazer boas fotos tenha certeza que o seu
obturador está definido em velocidade suficiente. 1/125 ou mais com um ISO mínimo de 400
é o mais recomendado. Mas você também pode optar por velocidades mais baixas para
fotografar os movimentos com pequenos “borrões”, que também são muito interessantes
para o observador.
17 - Faça parte
Misture-se nas cenas, tire fotos discretamente, sem que ninguém perceba.
20 - Localização
Isso é essencial sempre! Escolha lugares onde as pessoas se encontram para interagirem
umas com as outras, e horários nos quais elas estejam mais presentes.
Um passeio pelo parque, pode gerar fotos graficas combinadas com comportamento (Foto: Pepe Mélega)
Lendo sobre Street Shot, Street Photography ou Fotografia de Rua fui encontrado
abordagens interessantes sobre o tema como:
“Fotografia de rua é um tipo de fotografia documental que apresenta temas em
situações desinteressadas dentro de locais públicos, como ruas, parques, praias,
centros comerciais, convenções políticas e outras configurações.”
Observar é fundamental para flagar comportamentos de uma sociedade. (Foto: Pepe Mélega)
-Assim sendo fotografia de rua é aquela que nós apresenta aspectos culturais de um
povo, de uma sociedade organizada com seus acertos e desvios que acabam sendo
materializadas por uma imagem.
“Muitas obras clássicas da fotografia de rua foram criadas no período entre
aproximadamente 1890 e 1975 e coincidiu com a introdução das câmeras portáteis,
35mm especialmente as pequenas, as câmeras rangefinder, a mais famosa da Leica,
como o usado por Henri Cartier-Bresson, entre outros.”
Bom pensar e ler a respeito, ajuda a formar meu conceito de – foto de rua – de
maneira mais adequada a algo que tanto gosto de registrar. A meu ver é documentar a
vida nas ruas e em locais públicos. É representar o dia a dia de uma sociedade em
imagens. É ver situações representativas de uma época, de um momento que parece
ser único e ao mesmo tempo é freqüente. Adoro, olhar para todos os lados buscando
uma cena que transmita o comportamento da sociedade por onde passo, mas o faço
sem perder o respeito, sem ser abusivo e não me permito desnudar a desgraça de
outros sem um forte motivo. Fotografar um mendigo por fotografar não é realizar uma
“foto de rua” e sim um oportunismo barato. Diferente de se aproximar, entender o que
faz dele um morador de rua e com sua autorização contar essa história através de
imagens. Devemos saber o limite entre mostrar e invadir – e creia-me, isso é muito
difícil!
Lugares publicos, mesmo internos (Metro em NY) geram boas fotos de Street Shot (Foto: Pepe Mélega)
Decidi que vou continuar a fazer Street Shot da maneira como a vejo, documentando a
vida em sociedade mas de forma interativa com o ambiente. É algo que posso fazer
em qualquer lugar, com qualquer equipamento, mas que se torna interessante desde
que saiba com abordar o tema.
Podemos esperar pelo momento.....
Além de postar o video, resolvi escrever minha própria interpretação, ou tradução livre,
dos cinco F‟s. Depois de ler tudo isso, perceba que todo o processo acontece em
segundos, ou às vezes em menos de um segundo, pra um fotógrafo mais rápido e
experiente. Ou seja, não se trata de um processo pra se decorar, e sim de uma forma
de entender como o processo provavelmente já acontece na sua cabeça. E,
entendendo o processo, fica mais fácil corrigir os erros. Quer ver? Vamos ver os cinco
F‟s, e depois a gente volta a falar da utilidade dessa bodega.
1) Finding: traduzido ao pé da letra, é “encontrar”, e trata de sacar, entender, achar,
encontrar o que fotografar. Pode ser um maço de cigarros, pode ser um cigano na rua,
pode ser um acidente de trânsito. Achar não é simplesmente olhar e clicar. É olhar e
perceber que tem algo alí pra ser fotografado.
2) Figuring: relacionado à expressão “figure it out” em inglês, que significa “se dar
conta”, “tomar conhecimento” mas cuja tradução literal “visualizar na forma de uma
figura” funciona melhor nesse caso. É o momento de pegar aquilo que você encontrou
e entender como você vai querer representar. Qual é a figura que você vai montar?
Uma imagem aberta? Fechada? Com muitos ou poucos elementos? Qual a figura que
representa melhor o que você quer transmitir?
3) Framing: Esse é o momento em que você executa o que você decidiu no “F”
anterior. “To frame” é “enquadrar”. Montar o quadro através do visor da câmera.E aqui
a coisa se torna mais física, porque você precisa se mover, se aproximar (estamos
falando de Street Photography afinal, né?)
4) Focusing: Pois é. Enquadrou, deixando de fora o que não interessa, e colocando
no quadro o que interessa, agora é a hora do foco. O que vai ficar em foco, e o que
não vai? Novamente, o que fica melhor pra representar aquela imagem, aquela figura
que se montou na sua cabeça segundos, ou frações de segundos, atrás? Tá na hora
de decidir a profundidade de campo, o que vai estar em foco, e o quão definido esse
foco vai ser. E aí vem a questão do foco manual. O foco automático é liiiindo… mas te
tira uma das maiores ferramentas de composição da sua imagem. Com o foco manual
você, enquanto regula, percebe as infinitas opções que tem.
5) Firing: E chega o momento em que você dispara. Você nessa hora não pensa
muito. Você percebeu que o momento vai acontecer ali, naquele milésimo de segundo,
e você dispara.Quase que inconscientemente, quase instintivamente. E, depois do
click, começa tudo de novo, lá do primeiro F…
E ai, já sacou como pode melhorar suas fotos de rua entendendo essas fases? É fácil!
Pegue cada fase dessas e pense se você está praticando ela. Por exemplo: depois de
escolher o tema, você está parando (alguns segundos, um segundo apenas, ou uma
fração de segundos que seja, mesmo que inconscientemente) pra criar a “figura” que
depois será enquadrada, focalizada e fotografada? E o enquadramento? Está sendo
feito com o carinho adequado, pra que a imagem não fique torta, ou corte parte do
objeto principal da foto? Enfim, não é uma receita de bolo, e sim uma forma de ajudar
a entender o que vem antes e depois do que… e como fazer pra uma foto espontânea
não ser simplesmente mais uma foto tirada na surte, no chute, num click sem sentido.
Bom, agora, finalmente, vamos ao video, né? Ele é curto… uns 5 minutos. Mas
reparem como ele já começa te fazendo pensar, falando que “não existe essa coisa de
que a foto está no olho do fotógrafo”. Está aonde? Ele mesmo responde…
O que é essa tal de “Street Photography”?
“Street photography é sobre retratar pessoas e/ou situações na rua de maneira espontânea e discreta. É
sobre retratar um momento puro, como ele é. Um retrato de um momento”
“Pô! Mas eu faço isso toda hora! Tiro fotos dos meus amigos, das pessoas na rua… e eu chamo de outra
coisa… ou não chamo de nada!”
É, é isso aí. Street Photography (que vou chamar de SP no resto do post, porque é
chato ficar escrevendo a mesma coisa o tempo todo) é só (mais) um rótulo pra algo
que nós, fotógrafos amadores, fazemos todo dia, toda hora, entre fotos de flores e
animais fofos. Alguns chamam de lomografia, outros não chamam de nada. Os mais
nostálgicos e acadêmicos chamam de… Street Photography.
“Mas porque dar um nome?” Porque as pessoas dão nomes, apelidos, títulos, pra tudo
que admiram, e querem ver e manter de forma organizada. A SP é admirada e
praticada por dezenas de fotógrafos profissionais e milhares, milhões de fotógrafos
amadores desde o início dos tempos da invenção da fotografia. E, dessa forma, vêm
criando e buscando novas formas de criarem fotos melhores a cada click.
Grandes nomes que você, no mínimo, já ouviu falar, como henri cartier-
bresson e robert doisneau, foram especialistas nessa prática (eu ia chamar de “arte”,
mas é pedante pra cacete). Outros paqueraram com a SP enquanto se especializavam
em outras formas de fotografia, como robert capa, que era foda muito bom em
fotografia de guerra, steve mccurry, fotógrafo da National Geographic, e ansel
adams, grande professor e fotógrafo de “landscapes” (forma mais “cool” de se dizer
“paisagens”). Mas a lista de gente foda muito boa nisso é enorme. stieglitz, walker
evans, webb, paul strand…
OBS: Clique nos links nos nomes dos fotógrafos aí no parágrafo anterior. Eu não
coloquei eles aí pro texto parecer legal e interativo. Ler o que está nos links faz parte
desse lance aqui.
“Tá… e eu com isso?” Bom. Se você não gosta de tirar fotos espontâneas nas ruas,
pode parar de ler por aqui e procurar outra coisa pra fazer. Mas se você curte sair
com a sua câmera e sorrateiramente tirar fotos das pessoas anônimas nas ruas, você
pode aprender com essas décadas de história dessa técnica. Quem sabe você não
acaba como uma Vivian Maier, que era uma simples babá que gostava de fotografar, e
se tornou uma das maiores “Street Photographers” do seu tempo? ;-)
Vamos então a algumas dicas:
1. Use câmeras pequenas: não que você só possa fazer SP com camerazinhas. Mas
uma lc-a, uma Smena, uma Trip, Pen ou outras de tamanho reduzido, incluindo a
pequeniníssima Eximus, vão caber no seu bolso/bolsa, de forma a serem “sacadas”
com rapidez e de forma discreta. Além disso, se você quiser sair andando por aí,
equipamentos pesados vão te atrapalhar bastante.
2. Use câmeras simples, e ou que você consiga controlar sem nem olhar pra
elas: é isso. Eu, por exemplo, sei configurar a minha lc-a e minha Trip sem nem olhar
pra elas (claro que treino pra isso, e decoro a posição de todos os comandos). Assim
você pode até fotografar sem levantar a câmera (como já vimos aqui) e ser ainda
mais discreto.
3. Use lentes abertas (wide), e chegue perto: usar lentes fechadas, teleobjetivas, e
fotografar de longe é coisa medroso. Tem que chegar perto. A lente wide ajuda a não
perder os elementos, não cortar a cabeça do personagem, essas coisas.
Pois bem, a PpA não é doença, não é síndrome, não é um problema sério. É
simplesmente medo, cagaço, receio, lerdeza. E, como tal, dá pra resolver. Essa
paralisia acontece principalmente em fotos de rua, onde não conhecemos as pessoas
que queremos fotografar, temos receio de não esperar o momento certo, nos
preocupamos com nossa segurança ao ir nesse ou naquele lugar. A primeira dica é a
mais simples, e a mais eficaz:
Não pense demais na hora de tirar uma foto!
Pense somente o necessário. Viu a cena que quer fotografar? Aponte, ajuste, dispare.
Pá, pum! Rápido assim. Pensou demais, perdeu. “Ah, mas e se eu quiser esperar o
momento certo, que sei que vai acontecer cinco segundos depois?”. Bom. Se são só
cinco segundos e você SABE que aquele momento vai acontecer, isso não é PpA.
Pelo contrário, é frieza, controle, e isso é bom. Mas se você não sabe quando o
instante decisivo vai aparecer, então mete o dedo no disparador e garante a primeira
foto. A experiência mostra que, depois do primeiro click, o PpA começa a desaparecer.
O primeiro click assusta. Os próximos nem tanto.
A segunda dica também é simples:
Acredite nos seus instintos.
Se você, em uma fração de segundo, viu uma imagem que vai dar uma boa foto, reaja
instintivamente. Deixe seu corpo responder, levantar a câmera e disparar. Não o
impeça com medos, pudores e frescurites. Se você percebe que tem um piano caindo
na sua cabeça você não deixa o instinto tomar controle e tirar seu corpo do perigo?
Então!
E como terceira e última dica, uma lição que o tempo ensina, mas não custa nada falar
aqui…
Pegue uma câmera (e uma lente) e fique com ela.
Antes de sair de casa você separa quais câmeras/lentes quer levar, quais acessórios,
etc etc etc… daí, quando chega a hora de tirar a foto, para pra escolher a lente certa, a
câmera certa… é claro que não vai dar tempo e você vai perder a foto, né? Agora, se
você estivesse com apenas uma câmera na mão, com uma lente, você passaria por
isso? Ou levantaria a câmera, tiraria a foto, e pronto? Pense nisso…
Bom, é por aí. Mas, pra terminar, quero fazer uma confissão: eu sofro de
PpA. Portanto, sei que não é tão fácil assim. Meu principal problema é a vergonha de
fotografar pessoas que não conheço. Mas venho trabalhando nisso. Mas isso fica pra
outro post…
Sejamos sinceros, começar a fazer fotografia de rua não é uma tarefa fácil. Para o
fotógrafo comum, ir de fotografia de flores para fotografar pessoas nas ruas é como
dirigir uma Ferrari depois de estar acostumado a dirigir um carro popular. É intimidante
no início, mas se torna estimulante à medida que se pratica. Depois de fotografar as
ruas por cerca de quatro anos, aqui estão minhas dez dicas para todos (que não tenha
nenhum conhecimento de fotografia de rua) colocarem a mão na massa.
Quando digo “perto”, quero dizer “CHEGUE PERTO”. Chegue tão perto que, quando
você estiver tirando fotos de pessoas na rua você possa ver o suor pingando de suas
testas ou possa ver a textura de suas peles. Ao usar uma lente grande-angular (como
mencionado no ponto anterior), você se verá forçado a chegar perto do seu assunto. A
vantagem disso é que a lente grande-angular vai te dar uma perspectiva que faça com
que as pessoas que veem suas fotos sintam como se elas fossem parte da cena, ao
invés de meros expectadores. Não somente isso, mas quando você está tirando fotos
bem de perto das pessoas, eles geralmente pensam que você está tentando fotografar
algo que está atrás delas. Eu recomendo usar uma 24, 28 ou 35mm em uma câmera
crop ou em uma câmera full-frame.
Você já ouviu isso um milhão de vezes e você sabe que deveria, mas parece que
sempre acha desculpas para NÃO levar sua câmera com você: “é tão pesada”, “é
incômoda”, “dá o maior trabalho”, “é frustrante”. Vou te dizer o que é frustrante: perder
a perfeita oportunidade de tirar uma foto (um momento decisivo) e se arrepender disso
pelo resto de sua vida. Tenho que admitir que isso foi um pouco dramático, mas é
verdade. Se você sempre levar sua câmera com você, você nunca perderá aqueles
“momentos Kodak” que parecem sempre acontecer nos momentos mais inesperados.
Eu tenho tirado minhas melhores fotos nos momentos mais inesperados – imagens
que seriam impossíveis de se captar se eu não estivesse com minha câmera ao meu
lado.
Uma das coisas com as quais as pessoas se preocupam ao começar a tirar fotos na
rua é com as pessoas que as julgam como “esquisitas” ou como “estranhas”. Ignore
esses pensamentos. Quando você está fotografando nas ruas, você estará quase
sempre sozinho. Isso significa que as pessoas que estarão te julgando, são pessoas
que você não conhece e na maioria das vezes nunca vai ver novamente. Então, por
que deixar que elas te atrapalhem ?
Nós podemos nos sentir sufocados por essas “regras sociais”, mas lembre-se: essas
regras podem sempre ser quebradas. Não há leis aqui que não permita fotografias em
lugares públicos (salvo alguns lugares onde há proibição específica sobre isso).
Para se preparar melhor para seu papel de fotógrafo de rua, tente fazer algo fora do
normal em público. Deite-se no chão por um minuto e veja como as pessoas ao seu
redor reagem e simplesmente saia andando como se nada tivesse acontecido. Vá
para um cruzamento movimentado e fique imóvel como uma estátua e veja como as
pessoas reagem (acredite em mim, ninguém vai notar. Eu tive que fazer isso como um
experimento para meu curso de sociologia). Quando entrar em um elevador fique
virado ao contrário. O mundo social é cheio de regras falsas que nos oprimem.
Quebre-as, e a fotografia de rua se tornará bem natural para você.
6. Peça permissão:
Embora muitos dos fotógrafos de rua puritanos digam que a verdadeira fotografia de
rua deve ser tirada escondida, eu discordo totalmente deles. Sinta-se livre para ir até
estranhos que você ache que tenham aparência interessante, e peça a eles se você
pode fotografa-los. As pessoas adoram ser fotografadas, e enquanto você se portar de
forma cortês e casual sobre isso, a maioria das pessoas irá aceitar ser fotografada.
Sinta-se livre para pedir para tirar fotografia de muitos assuntos mundanos da vida
cotidiana como um garçom no restaurante, o atendente de um hotel, ou até mesmo o
manobrista de estacionamento.
7. Seja respeitoso:
Essa é uma das linhas tênues quando se diz respeito à fotografia de rua. Eu me
esforço o máximo para não tirar fotos de desabrigados quando eles parecem abatidos
por conta de sua situação. Embora eu concorde que há fotos de muito bom gosto
tiradas de desabrigados que servem para chamar atenção das pessoas para auxiliá-
los, também há muitas imagens que parecem ser pura exploração. Pense em uma foto
totalmente clichê de uma pessoa desabrigada agachada na calçada, mendigando.
Antes de tirar essas fotos, pense na mensagem que você está querendo passar. Você
está fotografando com o objetivo de levar as pessoas à consciência sobre a situação
em que muitos sem-teto vivem ou você está tirando fotos por tirar? Ninguém pode ser
o juiz – só você pode decidir.
Pra mim isto é o que faz com que a fotografia de rua seja tão singular e fascinante
quando comparada à outros gêneros de fotografia. A fotografia de rua é capaz de
transmitir humor, ironia, e a beleza do cotidiano, somente justapondo pessoas com
outras pessoas e com o ambiente. Procure por placas com mensagens interessantes
que pareçam ser contraditórias em relação às pessoas que estão à volta. Fique à
procura de cabeças humanas que pareçam deslocadas por lâmpadas das ruas.
Procure por dois indivíduos que sejam bem diferentes em altura, pele, ou até mesmo
no peso. Capture um conjunto de emoções das pessoas, quer seja felicidade, tristeza
ou curiosidade.
Imagine que você seja o diretor de um filme e está tentando criar um personagem
interessante. Quem você escolheria para interpretar o papel? Qual vai ser o seu plano
de fundo? Como os atores estarão interagindo entre si no ambiente? Que tipo de
emoção você está tentando transmitir – capricho, curiosidade, tristeza? Se um
expectador olhar para uma de suas fotos, ele simplesmente vai entender ou vai
demorar um minuto ou dois e estudar sua imagem, tentando descobrir qual é a história
intrínseca? Sua imagem cativou o expectador e o fez sentir que faz parte da cena?
Questione a si mesmo na próxima vez que for tirar fotos na rua.
Este é o último, mas mais precioso ponto de todos sobre como se tornar um fotógrafo
de rua. Ler todas dicas não irá te fazer bem algum no objetivo de se tornar um
fotógrafo de rua. A fotografia não é feita atrás de uma tela de computador, mas nas
ruas com uma câmera na mão. Sinceramente, quando se chega às vias de fato, toda
essa obsessão sobre câmeras, lentes e equipamento importa. Pegue sua DSLR,
Cybershot, iPhone, ou qualquer que seja seu equipamento e vá para as ruas! A beleza
do mundo aguarda você – não perca a chance.
1.Congele o Movimento
Para fotografar nas ruas é preciso estar prepado para andar muito, muita atenção
além de estar com o equipamento certo lhe renderá belas fotos.
2. Preste atenção aos olhos
Se você quer melhorar a sua fotografia de rua (ou retrato) então presteatenção para os
olhos de uma pessoa é. As pessoas podem ser tão hábil em esconder as suas
emoções em seus rostos, mas os olhos nunca mentem. Eu vejo fotos de rua com
muitos olhares em branco nestes dias. Pesquisar para essa sugestão de emoção nos
olhos de uma pessoa e ela terá um efeito transformador sobre a sua fotografia.
Além disso, o contato visual direto pode ser extremamente importante.
3. Concentre-se Em detalhes
Ele cria uma conexão poderosa com o assunto. Eu costumo tentar evitar ser notado e
por isso muitas vezes não têm o objetivo de contato com os olhos, mas às vezes à
espera de uma pessoa olhar para você é exatamente o que a necessidades de
fotografia. A fotografia continua a ser sincero, desde que você capturar o sujeito no
momento em que primeiro olhar para você e antes que eles são capazes de reagir.
Fotografia de rua não é apenas sobre a captura de justaposições montagem como
muitas pessoas diferentes ou objetos em um quadro elaborado. Na verdade, isso é
algo que eu vejo muito. Muitas vezes, é melhor simplificar as suas fotos e de busca
para as „pequenas coisas‟, as pequenas dicas sobre a vida que todo mundo parece
perder. Olhe para os detalhes: as mãos de uma pessoa, uma expressão, uma peça de
roupa ou um objeto único enquadrado muito perto. Idéias poderosas e emoções pode
ser retratada pelo mais simples de cenas.
4. Fotografe em 1600
As câmeras digitais atualmente são incrivelmente boa em ISOs altos. Se você estiver
sob luz solar intensa ou fotografar ainda objetos, então você não precisa fotografar em
ISO 1600, mas para o resto do tempo é uma boa idéia. Eu praticamente vivem em ISO
1600, 800 e 3200. Fotografar com uma alta sensibilidade ISO vai ajudá-lo a obter
imagens mais nítidas, permitindo que você use uma velocidade rápida do obturador e
uma abertura menor, permitindo mais da cena a ser acentuada. Enquanto você estiver
usando uma câmera digital decente, você vai logo perceber que fotografar com um
alto ISO irá criar uma imagem de qualidade muito superior, apesar de o ruido extra.
Além disso, o ruido é lindo! Apenas certifique-se não iluminar a exposição demais na
pós-produção com uma foto de alto ISO. Isso vai arruinar a foto. Se você estiver
fotografando com ISO elevado, expondo corretamente é extremamente importante.
4. Procure Fotografar além de pessoas
Fotografia de rua é a arte de tirar fotos em lugares públicos. Tirar fotografia de rua é uma ótima maneira de capturar as
pessoas em seu elemento natural. Mesmo se você não estiver tirando fotos de pessoas ou ruas, a fotografia de rua é
uma ótima maneira de capturar imagens de locais públicos como realmente são. Existem algumas coisas importantes a
considerar quando se tira fotografia de rua. Muitas pessoas desaprovam a prática, pensando nela como espionagem.
Instruções
Obtenha uma lente grande angular e uma teleobjetiva para sua câmera. Geralmente, deve-se
ter uma câmera manual para usar lentes adicionais. Câmeras manuais digitais são acessíveis
economizam uma fortuna em filme, mas produzem imagens que são tão belas como uma
câmera de filme. Uma lente de telefoto é muito útil para tirar fotos do carro, um longo caminho
longe de seu alvo.
Foque sua câmera antes de fotografar. Não olhe através do visor ou na tela LCD. Basta
começar a fotografar. Isso é melhor feito com a lente grande angular, que tem excelente
profundidade de campo. Algumas pessoas gostam de isolar a câmera ou disfarçá-la como
outra coisa. Outras pessoas gostam de ser muito aberta e honesta sobre o fato de que estão
fazendo fotografia de rua. Esta é realmente uma questão de preferência pessoal.
1. Use uma câmera digital. Fotografia de rua pode produzir muitas falhas, por isso se
estiver fotografando digitalmente não vai se sentir tão mal se só algumas fotos saíram
boas.
2. Ande por aí com sua câmera. Olhe para espaços públicos com um olhar crítico. Há
oportunidades fotográficas que acontecem ao seu redor. Tudo o que você tem a fazer é
vê-las. Não é obrigatório planejar a fotografia de rua, mas seja muito consciente em
todos os momentos do que está acontecendo ao redor. Para tirar fotos na rua, aprenda
a ver em termos de composição. Componha suas fotografias de acordo com a regra
dos terços, introduza linhas diagonais em suas composições, e verifique se o alvo é o
centro de interesse.
3. Seja consciente das reações das pessoas. Se sentir que seus potenciais alvos se
sentem desconfortáveis a serem fotografados, deixe-os sozinhos. Não tente tirar fotos
em situações em que é claramente inadequado. Lugares que são muito públicos, onde
há muita atividade acontecendo são os melhores. Não invada o espaço privado e
pessoal das pessoas.