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CFAQ-II ArteMarinheiro PDF
CFAQ-II ArteMarinheiro PDF
CURSO DE FORMAÇÃO
DE AQUAVIÁRIOS
MÓDULO GERAL
CFAQ - II
Manual do aluno
1ª edição
Rio de Janeiro
2003
© 2002 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
________ exemplares
Introdução .......................................................................................................... 7
1 Nomenclatura das embarcações...................................................................... 7
1.1 Embarcação ........................................................................................................ 7
1.2 Identificação das principais partes de uma embarcação ...................................... 7
1.3 Componentes estruturais ...................................................................................... 8
1.4 Sistemas de propulsão e governo ....................................................................... 12
Introdução ......................................................................................................... 35
1 Estabilidade .......................................................................................................35
1.1 Conceito e principais esforços ............................................................................35
1.2 Principais definições ...........................................................................................35
1.3 Principais componentes estruturais .....................................................................38
1.4 Componentes mais importantes na estabilidade da embarcação........................39
1.5 Importância da correta distribuição longitudinal e transversal dos pesos a bordo 40
1.6 Necessidade de peação das cargas ...................................................................42
GERAL
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Introdução
1.1 Embarcação
Embarcação é uma construção flutuante, feita de madeira e/ou ferro, que transporta
com segurança, sobre a água (salgada ou doce), pessoas e/ou carga.
Bulbo (“Bulb”) – Apêndice situado na proa, abaixo da linha de flutuação, cuja forma
é projetada para reduzir a resistência à propulsão do navio.
Bordo (Side) – cada uma das partes simétricas em que o casco é dividido por um
plano longitudinal que corte a proa e a popa. Um observador posicionado na linha diametral
do navio e voltado para a proa, terá boreste (BE) à sua direita e bombordo (BB) à sua
esquerda.
Veja na figura a seguir um pouco sobre as direções que se pode obter, estando a
bordo de uma embarcação.
Través – é a direção perpendicular ao plano longitudinal que corta o navio de proa a popa.
Casco (“Hull”) – é uma espécie de vaso que serve de base à embarcação. Em sua
parte inferior corre a quilha, que acompanha todo o casco, desde a proa até a popa,
servindo-lhe de peça principal de sustentação da sua estrutura. A quilha funciona no casco
como a coluna vertebral no corpo humano e o divide em dois bordos. Para a sustentação do
chapeamento do casco, saem as cavernas para um bordo e para outro, como se fossem as
nossas costelas, que partem da coluna vertebral. O conjunto de cavernas que dá forma ao
casco é chamado de cavername. Depois de formado o esqueleto do casco, este recebe
o chapeamento ou revestimento.
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IAM
Quilha (“Keel”) - Peça estrutural, em todo o comprimento do casco, no plano
longitudinal e na parte mais baixa do navio, fechando a ossada inferior. Constitui a sua
“espinha dorsal” e serve de apoio às cavernas.
Hastilhas (“Floor”) - Reforços transversais na parte inferior das cavernas que vão
de um bordo a outro, no fundo do navio.
Chapeamento ou forro
externo (“Plating”) - Conjunto de
chapas que revestem o cavername do
navio, formando um casco resistente e
hermético. O chapeamento junto com
as cavernas deverá ser capaz de
suportar a pressão da água bem como
o impacto das ondas e as inevitáveis
batidas de encontro ao cais.
Um convés é corrido quando não sofre interrupção de proa a popa, sendo o mais
elevado chamado de convés principal (“Main deck”). Há vários outros conveses superiores
não corridos, sobretudo nas embarcações de passageiros. Neste caso, passam a ser
numerados (convés 01, 02, 03 e assim por diante) e se situam na superestrutura da
embarcação.
Superestrutura
Acima do convés principal os conveses são designados por letra ou número ordinal
em ordem crescente, a partir do convés principal. São também conhecidos como convéses
superiores. Abaixo do convés principal (dentro do casco) os conveses são chamados de
convéses inferiores e numerados de cima para baixo.
Hélice
Malaguetas
Leme – é o principal aparelho de
governo da embarcação e serve para dar a direção em que
ela navega.
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2 Manobras de uma embarcação
2.1 Manobras
amarra
2.2 Aparelhos de fundear e suspender
Coroa
de
Barbotin
tambor
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Amarra – é uma corrente que leva a âncora (ferro) ao seu fundeadouro. A amarra é
dividida em secções denominadas quartéis. O conjunto de quartéis de uma amarra forma
uma quartelada, que varia em seu comprimento, de acordo com o tamanho do navio.
Paiol da amarra – a figura abaixo mostra o paiol onde a amarra fica recolhida.
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Âncoras ou ferros – são peças de peso do navio, destinadas a segurar a
embarcação prendendo-a ao fundo e evitando que seja arrastada pela força da correnteza
ou do vento. São utilizadas nas fainas de fundeio e suspender das embarcações.
Nas embarcações pequenas o fundeio é bem simples, uma vez que um peso amarrado
a um cabo ou corrente é suficiente para prender temporariamente a embaracação no local
desejado.
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2.3 Acessórios de convés
Espias - Cabos de fibra vegetal ou sintética ou de fio de arame de aço que se lançam
do navio para o cais ou outro navio, onde serão passados nos dispositivos de amarração.
Recebem as seguintes denominações de acordo com sua posição em relação ao navio:
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IAM
2.6 Identificação de luzes e marcas
As regras referentes às luzes devem ser observadas do pôr do sol ao nascer do sol,
não devendo ser exibidas outras luzes que possam originar confusão. Mesmo de dia, com
visibilidade normal, use as marcas adequadas à situação.
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Embarcações menores que 7 metros
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Se o comprimento do reboque (o tamanho do cabo de reboque que vai da popa do
rebocador até a proa do rebocado) tiver mais de 200 metros, o rebocador deverá mostrar:
Marca de reboque
De dia, quando o comprimento do reboque for superior a 200m, usar a marca onde
melhor puder ser vista.
Veremos então como distinguir uma embarcação engajada nas pescas de arrasto e
não de arrasto, de dia e de noite.
Pesca de arrasto
Se o equipamento que usar tiver mais que 150 m (horizontalmente), uma luz branca
circular na direção do equipamento.
Marcas
Quando o comprimento for maior que 150m, usar como marca adicional um cone
com o vértice para cima na direção do equipamento
Sem governo
De noite deve exibir 2 luzes circulares disposta em linha vertical. Com seguimento,
luzes de bordo e alcançado
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Marca
Marca
Marca
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Marca
Se à noite, na parte de vante luz circular branca e na parte de ré luz circular branca
(mais baixa que a de vante)
As embarcações menores que 50m podem exibir apenas uma luz circular branca,
onde melhor possa ser vista.
Marca
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IAM
3 Noções de navegação
Nas laterais das cartas náuticas estão representadas as latitudes e nas partes de
cima e de baixo, as longitudes.
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Em alguns pontos da carta náutica encontramos rosas-dos-ventos, com as orientações
Norte, Sul, Leste e Oeste.
Aparecem, em toda a extensão das áreas cobertas por água, vários números que
representam as profundidades locais em metros.
A escala é uma informação mostrada logo abaixo do título da carta dando o número
de unidades medidas em terra que são representadas por uma unidade da carta ou, em
outras palavras, a escala da carta significa a relação entre o representado e o real. Ex. :
carta 1711- escala 1:80.000.
Por meio de uma simbologia própria, uma série de informações de extrema utilidade
para o navegante são fornecidas pelas cartas náuticas. Entre tais informações destacamos:
• Título da carta e número de ordem: indicam o país, a parte do litoral e o trecho que
a carta cobre. Por exemplo: carta 1711_Brasil-Costa Sul _ proximidades do porto de Santos.
• Profundidades e altitudes: são expressas em metros. As profundidades reduzidas
aproximadamente ao nível da baixa-mar média de sizígia, ou seja, nas condições de mínimo
de água no local. As altitudes em metros acima do nível médio.
• Notas sobre precauções: geralmente em letras vermelhas e que devem sempre
ser lidas com atenção pelo navegante.
• Observação sobre continuação da carta: quando existente, escrita a carmim junto
às laterais e margens.
• Outras cartas de maior precisão existentes no trecho: os limites de tais cartas e
seus números são sempre traçados a carmim, ostentando o número da carta a que se
refere o traçado.
• Rosa-dos-Ventos: normalmente traçada em um ou mais lugares da carta náutica.
Quando existe uma só, ela tem sua direção N-S na direção dos pólos N e S verdadeiros da
Terra e, portanto, quando usada fornecerá indicações verdadeiras. Quando existem duas (o
que é mais comum), a rosa externa oferece indicações verdadeiras e a rosa interna,
indicações magnéticas.
• Declinação magnética: no interior da Rosa-dos-Ventos está escrito o valor da
declinação magnética do local, para um determinado ano, bem como o respectivo aumento
anual.
• Auxílios à navegação: faróis e rádios faróis, bóias e balizas, com suas
características, estão indicados na carta náutica.
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IAM
Assim, por exemplo, encontramos na carta 1711 (Proximidades do Porto de Santos),
ao lado da representação do farol da Ilha de Moela, os seguintes dizeres impressos:
Oc. Alt. BBBE. 60s 110m 26M
RC
305 KHz contínuo
NR ( _.._. )
Esta informação é traduzida como:
• Farol de ocultação com lampejos branco, branco, branco e encarnado.
• Ele tem uma altitude de 110m acima do nível do mar.
• Em condições normais de visibilidade para um observador a cerca de 5,0m acima
da superfície tem um alcance de 26 milhas náuticas.
• Ele é também um rádio farol com emissão em 305KHz, continuamente e seu sinal
identificador é NR ( _.._. ) no código Morse.
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3.3 Rumo, proa e marcação
Rumo é uma linha traçada na carta náutica, com direção e sentido definidos. Uma
embarcação para ir de um ponto a outro, deve seguir um rumo.
Norte Verdadeiro é relativo à direção do polo norte geográfico da Terra, que está
contido no eixo terrestre orientado na direção norte-sul da Terra. Na carta náutica o rumo
tem este ponto como referência.
A Terra é um imenso imã e, por causa disso, possui magnetismo ao seu redor e
polos magnéticos (norte e sul), que são defasados dos polos geográficos. O Norte
Magnético é a direção de referência para onde apontam quaisquer barras imantadas
suspensas livremente na superfície da Terra, tais como as bússolas ou agulhas magnéticas.
M re la tiva
É o ângulo entre o Norte Magnético e a proa
da embarcação. É contado de 000º a 360º
no sentido horário.
Ilh a
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3.4 Declinação Magnética (dmg)
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Régua de paralelas e compasso
3.6 Equipamentos náuticos
Agulha magnética
Piloto automático
Anemômetro
Instrumento utilizado para medir a velocidade do vento, que é medida em m/seg, km/
h, nós/h ou através da escala de Beaufort, que coloca faixas de velocidade do vento numa
escala que vai até a força 12 (furacões).
Radar
Ecobatímetro
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IAM
Sistema de posicionamento global (GPS)
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