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Osciladores
Prof. Eng° Luiz Antonio Vargas Pinto
© 2000
O
Oscilador Colpitts .................................................................. 7
1
2
Introdução
Hertz aproximadamente, mas como
ons são produzidos, quan- existem animais que podem perce-
do uma corrente elétrica que mu- ber frequências maiores o espec-
da constantemente de sentido ou tro de áudio não é limitado so-
ainda sofre variações periódicas mente por estes valores.
de intensidade, circula através Em eletrônica as frequências
de um transdutor apropriado, co- de faixa de áudio são aquelas
mo por exemplo: a cápsula de um que vão até aproximadamente
fone ou um autofalante. 100.000 Hz, conforme mostra a
Para que tenhamos sons audí- figura 1.
veis a frequência desta corrente
deve estar entre 15 e 15.000
Figura 1
Por outro lado, para que te- mais baixas até bilhões de Hertz
nhamos ondas de rádio ou ondas sejam aplicadas a uma antena. As
eletromagnéticas é preciso que frequências desta faixa formam o
correntes também variáveis de espectro das rádio frequências
frequências que podem ir de al- ou RF, conforme mostra a figura
gumas dezenas de KHz ou mesmo 2.
Figura 2
VLF
3 KHz a 14 KHz Não alocado
14 KHz a 20 KHz Comunicação embarcação-costa
20 KHz a 30 KHz Sonar
LF
30 KHz a 300KHz Comunicação marítima
OM
300KHz a 415 KHz Navegação marítima
415 KHz a 490 KHz Telegrafia
490 KHz a 510 KHz Frequência internacional de emergência
535 KHz a 1,65 MHz 107 canais de 10 KHz AM
1,8 MHz a 2 MHz Radioamadorismo faixa de 160m
2,85 MHz a 3,025 MHz Rotas aéreas internacionais.
HF (Ondas curtas)
3,5 MHz a 4 MHz Radioamadorismo, faixa de 80 m
5,95 MHz a 6,2 MHz Radiodifusão internacional de OC faixa de 49m
3
Figura 3
Figura 6
6
Oscilador Hartley
Este é um tipo de oscilador por uma bobina e um capacitor.
LC, ou seja, em que a frequência Na figura 7, temos a configura-
do sinal produzido é determinada ção básica deste oscilador.
Figura 7
1
fo
2 L
1 L
2 C
3
Oscilador Colpitts
O oscilador Colpitts tem um negativos. Veja que a frequência
princípio de funcionamento bas- é dada pela bobina L1 e pelos ca-
tante semelhante ao oscilador pacitores em paralelo.
Hartley, com a única diferença de Este circuito opera em uma
que o sinal para realimentação faixa de frequências que vai de
positiva é retirado numa deriva- alguns Hz até algumas dezenas de
ção feita com base em capacito- MHz.
res, conforme mostra a figura 8. Observamos que tanto para o
O transistor se mantém em caso de transistores no oscila-
condução durante os semi-ciclos dor Hartley como Colpitts é possível
positivos do sinal e é levado a construção de configuração
próximo ao corte nos semi-ciclos equivalente com válvulas.
Figura 8
1 Figura 9
fo
C1 C2
2 L
C
1 C 2
8
Oscilador de Bloqueio
Uma configuração bastante de operação juntamente com o va-
importante e usada para oscila- lor de C.
dor com transistores é mostrada A frequência de operação é
na figura 10 e consiste num os- determinada também pela indutân-
cilador de bloqueio, com um cia da bobina e pelo capacitor
transistor na configuração de em paralelo.
emissor comum. Veja que este circuito deve
ser disparado por um pulso ex-
terno, mas existem versões que
são "auto-disparadas" ou seja,
entram em funcionamento quando a
alimentação é estabelecida.
As versões que precisam ser
disparadas externamente são mui-
to usadas em televisores para a
elaboração dos circuitos de sin-
cronismos em que um sinal exter-
no controla o oscilador que é
Figura 10
responsável pela manutenção da
estabilidade da imagem. O mesmo
O coletor do transistor é circuito pode ser feito com um
ligado ao enrolamento primário transistor ligado na configura-
de um transformador cujo secun- ção de base comum, conforme mos-
dário corresponde ao circuito de tra a figura 11.
realimentação e está ligado à
sua base.
O transistor é ligado próxi-
mo à saturação pela ligação do
resistor Rb.
Quando ligamos a alimenta-
ção, o resistor polariza a base
do transistor que conduz e pro-
duz um pulso de corrente no pri-
mário do transformador (L1). Es- Figura 11
te pulso induz no secundário uma
corrente que se opões a polari- Veja então que o sinal é re-
zação de Rb levando o transistor tirado do coletor e na reaplica-
ao corte. do ao emissor, havendo uma pola-
Com isso o transistor "des- rização fixa na base do transis-
liga" e novamente entra em ação tor.
a polarização do resistor fazen- O pulso de disparo é aplica-
do com que o novo pulso seja do à base. Estes circuitos podem
produzido no coletor. ser usados em frequências que
O capacitor C1 controla tan- vão de alguns Hz até algumas de-
to a corrente de polarização, zenas de MHz.
carregando-se com ela, como a
que se opõe descarregando-se.
Determinando assim a frequência
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Oscilador de Duplo T
O nome deste oscilador se É importante observar que as
deve à rede de alimentação que formas de onda dos sinais dos
proporciona uma inversão de fase osciladores dependem bastante
do sinal e que usa apenas resis- das configurações.
tores e capacitores, conforme Normalmente procura-se gerar
mostra a figura 12. sinais senoidais em todas as
Para que o duplo T funcione, versões que vimos, mas dependen-
proporcionando a inversão de fa- do das características dos com-
se desejada, os componentes que ponentes usados podem ocorrer
o formam devem manter uma rela- deformações.
ção bem definida, de valores. Para o caso do oscilador du-
Assim: R1 = R2 = 2 x R3 e C1 = C2 = C3 plo T o sinal é senoidal.
/2
A frequência de operação do
oscilador é dado pela fórmula
F=1/(2 RC)
Onde R = R1 = R2
C = C1 = C2
= 3.14
f = Frequência em Hz
Figura 13
Figura 12
Figura 15
Figura 16
1
f0
2 RC6
11
Multivibrador Astável
Chegamos agora a uma confi- Tomando como base o circuito
guração que produz sinais de ma- acima, vejamos como ele funcio-
neira muito especial, pois além na: ao estabelecermos a alimen-
dos sinais terem uma forma de tação os dois transistores são
onda retangular, são usados dois polarizados de modo a irem a sa-
transistores. turação pelos resistores de ba-
Na figura 17 temos a confi- se.
guração básica de um multivibra- No entanto, devido à dife-
dor astável com dois transisto- renças de características, um
res NPN. deles conduz mais do que o outro
e logo satura. Com isso, o outro
transistor é impedido de condu-
zir e permanece no corte. Supon-
do que Q1 vá a saturação e Q2
volte para o corte, o capacitor
C1 começa a se carregar através
do resistor R1 até o instante em
que alcança-se uma tensão sufi-
ciente para polarizar Q2 no sen-
tido de fazê-lo conduzir. Quando
isso ocorre, o circuito comuta e
Q1 passa ao corte enquanto Q2
Figura 17 vai à saturação.
Neste momento é C2 que come-
Os dois transistores são li- ça a se carregar através de R2
gados de tal forma que a cada até que o transistor Q1 seja le-
instante quando um está no corte vado à condução.
o outro estar obrigatoriamente O circuito ficará trocando
saturado, ou seja, apenas um dos de estado por tempo indetermina-
transistores pode conduzir de do (enquanto houver alimentação)
cada vez. numa velocidade que vai depender
No multivibrador astável, dos valores dos capacitores e
conforme o nome sugere, a condu- resistores usados. Como a comu-
ção dos transistores não é uma tação dos transistores ocorre de
situação estável, de modo que maneira muito rápida, o sinal
cada transistor só pode ficar produzido tem a forma de onda
por um tempo limitado nesta con- retangular.
dição. Se os capacitores e os re-
Isso faz com que os dois sistores usados forem iguais, o
transistores do circuito fiquem tempo de condução e corte de ca-
constantemente trocando de esta- da transistor será o mesmo e te-
do, passando do corte a satura- remos então um sinal quadrado,
ção e vice-versa, numa velocida- ou seja, com tempos de nível al-
de que depende dos componentes to e baixo iguais, conforme mos-
usados. tra a figura 18.
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Figura 18
Oscilador de Relaxação
Existem componentes que são cesso de realimentação: a tensão
mais apropriados que os transis- de base maior do PNP provoca no-
tores comuns para o projeto dos vamente um aumento da corrente
chamados osciladores de relaxa- do NPN.
ção, mas é interessante também Partindo do instante em que
estudarmos este tipo de aplica- o capacitor está descarregado
ção. existe então um instante em que
Na figura 19, temos o cir- a tensão nas suas armaduras faz
cuito básico de um oscilador de com que este processo de reali-
relaxação com dois transistores. mentação ocorre rapidamente le-
Os dois transistores são ligados vando os dois transistores a sa-
de modo a formar uma chave rege- turação.
nerativa, ou seja, um circuito O resultado é que o capaci-
que realimenta a si próprio. tor é curto-circuitado à terra e
Ligamos então na entrada se descarrega com a produção de
deste transistor uma rede de um pulso de corrente.
tempo RC e polarizamos a outra Após o pulso, os transisto-
entrada de modo fixo com um di- res desligam e o capacitor come-
visor com dois resistores. ça a se carregar novamente até
O transistor PNP tem sua ba- ser novamente atingido por um
se polarizado de modo a deixá-lo novo ponto de disparo.
perto da plena condução. O circuito produz então um
Quando a tensão no capacitor trem de pulsos cuja frequência
sobe à medida que ele se carre- depende da velocidade de carga
gue através do resistor R, o do capacitor através do resis-
transistor PNP aumenta sua con- tor.
dução e com isso a base do tran- No capacitor temos então uma
sistor NPN é polarizada no sen- forma de onda exponencial.
tido de também fazê-lo aumentar Este circuito é utilizado
sua condução. para gerar apenas sinais de fre-
O resultado do aumento da quências relativamente baixas,
corrente de base do transistor na faixa que vai entre 0.01Hz
NPN é uma polarização maior da até 10.000Hz ou um pouco mais.
base do transistor PNP num pro-
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Figura 19
Osciladores á Cristal
Os cristais piezelétricos, 2. Eixo Y (mecânico): É perpen-
dos quais o quartzo é o mais co- dicular as faces paralelas da
mumente utilizado, são elementos secção do cristal
que, quando sujeitos a compres- 3. Eixo Z (óptico): É perpendi-
são desenvolvem uma determinada cular aos outros dois eixos e
diferença de potencial, ou quan- consequentemente, á secção do
do sujeitos a uma ddp deformam- cristal.
se mecanicamente.
Esses cristais são encontra- A figura 20 mostra um cris-
dos na natureza sob a forma de tal de secção hexagonal, onde
bastões com secção hexagonal, são indicados os três eixos elé-
onde podemos destacar 3 eixos. tricos, os três eixos mecânicos
e o eixo óptico.
1. Eixo X (elétrico): passa pe-
los vértices da secção hexa-
gonal e é perpendicular a Y
Figura 20
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Figura 21
Figura 22
Figura 23