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Xadrez PDF
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Existem várias lendas para a criação do xadrez, mas uma das mais famosas é
o mito do indiano Lahur Sessa. Essa mitologia foi baseada no livro infanto-
juvenil “O Homem que Calculava”, de Malba Tahan.
Segundo a mitologia, em uma província indiana conhecida como Taligana,
existia um poderoso rajá que estava muito deprimido por ter perdido seu filho em
uma batalha. Em consequência dessa depressão, ele não estava dando conta
de cuidar de si mesmo e de seu reino.
Mas certo dia, ele foi apresentado a um jogo que conseguiu tirar-lhe a tristeza
da vida. O brâmane Sessa, um membro da casta sacerdotal hindu, o visitou e
lhe mostrou um tabuleiro com 64 casas brancas e escuras com diversas peças.
Essas peças faziam representação da infantaria, a cavalaria, os carros de
combate, os condutores de elefantes, o principal vizir e o próprio rajá.
Como forma de agradecimento por ter apresentado o jogo que curou sua
depressão, o rajá deixou Sessa escolher sua recompensa. Sessa afirmou que
apenas desejava um grão de trigo para a primeira casa do tabuleiro, dois grãos
de trigo para a segunda casa, e assim sucessivamente.
O rajá não viu problema algum no pedido de Sessa e ordenou aos seus sábios
que fizessem o pagamento. Foi aí que surgiu a surpresa: nem em 2000 anos
poderia ser feito o pagamento a Sessa. Surpreendido com a esperteza do
brâmane, o rajá o convocou para ser vizir, o que seria um ministro ou um
conselheiro do reino. Dessa forma, o brâmane perdoou a dívida do rajá.
Embora a lenda do rajar e do brâmane seja muito acreditada, ainda existe
outra lenda para a origem do xadrez. A outra versão se atribui ao grego
Palamedes como inventor do jogo. De acordo com a lenda, Palamedes
inventou o xadrez para servir de distração aos soldados e príncipes durante a
fase em que permaneceram na cidade-estado de Troia.
História do Xadrez
Apesar de várias civilizações terem sido consideradas como o local de
surgimento do xadrez, a maioria dos pesquisadores aponta a Índia como sendo
o local da origem do jogo, em meados do século VI d.c.
Acredita-se que o xadrez tenha surgido com regras diferentes das definidas
atualmente, mas com o nome de Chaturanga, em sânscrito, linguagem da Índia.
Depois, recebeu o nome persa de Shatranj, no século VII, e acredita-se que as
regras tenham sido diferentes do xadrez indiano.
Em 1913, foi escrito o livro Uma História do Xadrez, por Harold James Ruthven
Murray. A obra atribuía a origem do xadrez à Índia e durante anos, essa teoria
permaneceu como certa.
Mas com o tempo, novas descobertas acerca da origem do xadrez passaram a
surgir, a ponto de fazerem as pessoas refletirem se o chaturanga era realmente
a única possibilidade.
Para Yuri Averbakh, um grande mestre do xadrez, outros jogos deveriam ser
levados em questão quanto à influência, tendo, por exemplo, os gregos e
egípcios que tinham jogos de tabuleiro que simulavam corridas.
De acordo com Jean-Louis Cazaux, quatro hipóteses podem ser levadas em
conta:
• O xadrez surgiu na Pérsia.
• O xadrez surgiu na China.
• O xadrez persa e chinês tem o mesmo ancestral.
• O xadrez chinês e o persa tiveram o poder de influenciar um ao outro quanto à
sua formação.
As peças evoluíram ao longo do tempo, tanto na estrutura quanto aos
movimentos. Antigamente, o bispo era o elefante e podia se movimentar pelas
diagonais, mas andando apenas duas casas por vez. A dama era o vizir, e
andava apenas uma casa nas diagonais; os peões não tinham o privilégio de
poder andar duas casas no movimento inicial e não existia o roque.
As regras passaram a sofrer essas alterações em meados de 1200 e
aproximadamente em 1475, nasceu o xadrez com as regras como são até os
dias de hoje. O local onde passaram a definir as regras como são atualmente
tem duas versões: uns acreditam que foi na Itália, enquanto outros acreditam ter
sido na Espanha.
Com o passar do tempo, as peças começaram a adquirir seus novos
movimentos e a dama passou a ser a peça mais poderosa do jogo.
A França passou a conquistar o espaço enxadrístico no século XVIII, tendo o
músico André Philidor como mestre e Louis de la Bourdonnais como vencedor
de uma famosa série de matches contra Alexander McDonnell, mais forte jogador
de xadrez da época.
Os coffee houses eram os locais mais frequentados pelos enxadristas nas
cidades europeias. Em 1843, foi publicada a primeira edição de uma obra
completa sobre a teoria do xadrez. Paul Rudolf Von Bilguer e Tassilo Von
Heydebrand foram os mestres germânicos que a publicaram.
Modalidades do Xadrez
Presencial: É a forma mais conhecida de jogar, com os jogadores de frente um
ao outro.
Virtual: Os jogadores se enfrentam em computadores, conectados à internet.
Rápido, relâmpago e blitz: É uma variação do xadrez presencial, mas o tempo
de jogadas é menor.
Simultânea: Um jogador disputa o jogo com vários adversários ao mesmo
tempo. Não é apenas um jogo, são vários com diversos jogadores, mas apenas
um participa de todos.
Às cegas: Como o próprio nome insinua o jogador não tem a visão do tabuleiro.
Ele tem de utilizar técnicas de memorização para lembrar-se das posições das
peças.
Torneios Zonais
Os Torneios Zonais são disputas que servem como uma passagem para poder
competir no Campeonato Mundial de Xadrez. Para participar dos Torneios
Zonais, os competidores devem ser classificados como os melhores nos
Campeonatos Nacionais de países membros da Federação Internacional de
Xadrez (FIDE). Com o aumento de países filiados a FIDE, também aumentaram
o número de zonas.
A Rússia e os Estados Unidos têm suas próprias zonas por serem países
grandes, mas outros países tiveram de se juntar para poder formar apenas uma
zona, tendo como exemplo os que compõem a América do Sul e América
Central.
Torneios Interzonais
Os Torneios Interzonais também funcionam como uma passagem para
participar do Campeonato Mundial de Xadrez, mas é a sequência dos Torneios
Zonais. Os melhores classificados nos Torneios Zonais disputam os Torneios
Interzonais. Após serem realizados os Torneios Interzonais, os melhores
classificados podem disputar o Torneio de Candidatos.
Torneio de Candidatos
Funciona como a etapa final para decidir quem irá competir pelo título de
campeão mundial de xadrez. São realizados uma vez a cada três anos.
Peças:
Objetivo do xadrez
O objetivo secundário do jogo é proteger o seu próprio Rei, evitando que ele
leve o xeque-mate. É proibido no xadrez colocar o próprio Rei em xeque, ou,
quando em xeque, fazer outra jogada que não tirá-lo do xeque.
Movimentos extraordinários
Roque
O roque é um lance do rei com qualquer das suas duas torres situada na
mesma fileira e é considerado como um lance de rei apenas. O roque coloca o
Rei em segurança e permite colocar a sua torre em uma posição mais
centralizada no tabuleiro. O roque tem suas variantes: o roque longo, também
chamado de roque do lado da dama e o roque curto, também chamado de
roque do lado do rei. Para se executar ambos, move-se o rei duas casas para
qualquer lado na horizontal e move-se a torre para a casa imediatamente
anterior.
Para que o roque seja executado deve-se observar certas condições que
devem ser seguidas para que o movimento seja válido. São elas:
Nem rei nem a torre usada no roque podem ter sido mexidos alguma vez
antes no jogo.
O rei não pode estar em xeque antes do roque ser feito e nem pode ficar
em xeque após a realização do mesmo.
Nenhuma casa que o rei irá passar para realizar o roque pode estar
ameaçada por uma peça adversária.
O caminho da torre e do rei deve estar totalmente desobstruído, seja por
peças amigas ou adversárias.
Obs.: como o Roque é um lance do Rei, o mesmo deve ser movido primeiro.
Caso o jogador tocar primeiro em sua torre, deverá fazer um movimento com a
mesma, não podendo mais fazer o roque nesse lance e nem mais com essa
torre (pois a mesma já terá sido mexida).
Para retirar o Rei de xeque, o jogador deve tentar os três passos abaixo:
Movimentar o Rei para uma casa em que ele não esteja em xeque;
Colocar uma peça entre o Rei e a peça que está dando o xeque, ou;
Capturar a peça que está dando xeque ao Rei.
Vitória
Empate
O jogador que tiver a vez de jogar não puder realizar nenhuma jogada
legal. Esse empate é conhecido como pat, pelos franceses, ahogado,
em espanhol, ou simplesmente, empate por afogamento, rei afogado.
Um dos jogadores propuser e o outro aceitar o empate
Nenhum dos jogadores contarem com material suficiente para dar xeque-mate
no adversário. É considerado material insuficiente o rei e um bispo, o rei e um
cavalo ou o rei e dois cavalos contra um rei sozinho. Isso não significa,
portanto, que não é possível dar um mate apenas com um cavalo. Mas só é
possível se houver outras peças inimigas impedindo o caminho do rei inimigo.
O mate com dois cavalos e rei contra rei só ocorre se o oponente errar ao fugir
com o rei, portanto dois cavalos são considerados como material insuficiente
para dar mate.
• Uma dada posição ocorrer três vezes durante uma partida. Note que se um
simples peão for avançado uma casa, a posição já não é mais a mesma e a
contagem recomeça.
Lances irregulares
• Mover uma peça de forma que não siga os movimentos válidos para a
mesma. Por exemplo, um bispo só pode mover-se na diagonal. Se o bispo for
movido na vertical, será um lance irregular, devendo o mesmo retornar ao seu
lugar e o jogador fazer uma jogada legal com o bispo, caso houver essa
possibilidade, senão poderá mover outra peça.
• Fazer um lance que coloque o seu rei em xeque. Novamente o lance deverá
ser desfeito e deverá ser feito outro lance com a mesma peça, desde que haja
algum lance válido para a mesma.
Bibliografia
http://regras-do-xadrez.info/campeonatos-de-xadrez.html
http://regras-do-xadrez.info/historia-do-xadrez.html
http://baquara.com/xadrez/movimentos.htm
http://www.tabuleirodexadrez.com.br/regras-do-xadrez.html