Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Argila
Argila
Marabá/PA
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS
ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE
José Lucas Cordeiro de Mattos 201443020015
Jonas Varão dos Santos 201443020014
Matheus Montenegro de Araújo 201443020020
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4
2 PROPRIEDADES ...................................................................................................................... 4
2.1 ARGILAS COMUM ................................................................................................................. 4
2.2 ARGILAS PLÁSTICAS ........................................................................................................... 4
3 DISPONIBILIDADE ................................................................................................................. 5
4 PUREZA ..................................................................................................................................... 5
10 ESPECIFICAÇÕES ............................................................................................................... 11
10.1 ARGILA COMUM ............................................................................................................... 11
10.2 ARGILA PLÁSTICA ............................................................................................................ 12
11 VALOR ................................................................................................................................... 12
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 20
4
1 INTRODUÇÃO
Com o aumento da população mundial a cada década, viu-se necessário a criação de novos
métodos para se produzir determinados bens, descoberta de novas jazidas minerais, maior
produção de alimentos, entre outras coisas.
No caso da mineração de argilas, em particular no Brasil, essa produção é de menor escala,
por não ter reservas lavráveis o suficiente, bem como tecnologia necessária para a explotação desse
bem. Porém, o peso desses na economia brasileira é bem relevante, logo, deve-se ter uma maior
atenção e entendimento dos processos que geram esses valores.
Devido ao seu uso na construção civil, estética e outros ornamentos, a busca por esse bem
mineral cresce cada dia mais, porém, o que vai ser exposto no trabalho é que alguns requisitos e
situações devem ser observados para uma otimização do processo de fabricação da argila para seus
futuros usos, sejam eles: cerâmica, ladrilhos, telhas, tijolos, produtos de beleza, entre outros.
2 PROPRIEDADES
Possuem umidade variando entre 18% - 22%; granulometrias entre 0,5 µm – 1,0 µm; e
cores variadas dependendo da sua composição e características.
Segundo Souza Santos (1992), a plasticidade de uma argila é atribuída à: 1) presença de
matéria orgânica sob a forma de sais húmicos, que agem como se fossem colóides protetores das
partículas de caulinita, resultando na formação de películas de água adsorvida na superfície das
partículas, funcionando como agente lubrificante de forma a promover o deslizamento das
partículas lamelares da caulinita, umas sobre as outras; 2) presença da esmectita ou illita, em
granulometria fina, por estarem adsorvidas às partículas lamelares da caulinita, dificultam a
formação de agregados do tipo face-aresta; 3) elevada proporção (80%) de partículas com
granulometria abaixo de 2 µm; 4) lâminas bem finas hexagonais de caulinita das argilas plásticas.
3 DISPONIBILIDADE
Os estados detentores de maiores concentrações de argila (sem discriminação dos tipos)
são São Paulo, Minas Gerais e Paraná, com reservas lavráveis nas quantidades de 1.085.578.769
t, 586.949.573 t, 213.050.221 t, respectivamente. São Paulo se destaca em todas as categorias de
reservas (lavráveis, inferidas, medidas, indicadas) com números muito maiores que os demais
estados, confirmando ser o estado com maior disponibilidade de argila, porém, discriminando as
mesmas em comum e plástica, São Paulo domina os depósitos de argila comum, e Minas Gerais,
os de argila plástica.
4 PUREZA
A composição química das argilas em geral, depende dos processos diagenéticos dos
depósitos, onde dependendo do teor de cada espécie suas propriedades físicas irão alterar, isso é o
que define em qual setor de bens que essas argilas poderão ser utilizadas, os gráficos abaixo
mostram a pureza da argila comum e plástica.
6
7%
22%
70%
33%
62%
6 TAMANHO DO DEPÓSITO
Em nível de Brasil, o tamanho dos depósitos, em toneladas, de acordo com dados do
anuário mineral brasileiro de 2010, são mostrados na tabela abaixo:
7 ROTAS DE PROCESSOS
8 VOLUMES DE PRODUÇÃO
9 APLICAÇÕES E FUNÇÕES
10 ESPECIFICAÇÕES
o manuseio durante o processo de fabricação. Após a queima deve apresentar baixa porosidade
aparente e baixa absorção de água e não apresentar trincas e empenamentos após secagem e
queima. A cor, após a queima, dever ser vermelha, visto que a tradição do mercado brasileiro é
pelas cores vivas, variando de alaranjado ao vermelho.
11 VALOR
Os gráficos abaixo estão divididos em argila bruta, beneficiada e também a soma delas, de
forma que possamos observar o que cada umas das suas formas geram de valor no estado
comercializado.
13
70,000,000
60,000,000
50,000,000
40,000,000 Bruta
Reais
30,000,000 Beneficiada
20,000,000
Total
10,000,000
0 ES
PA
RN
TO
BA
RO
PB
PE
RS
PI
PR
RJ
RR
CE
DF
MA
MS
GO
MG
MT
SP
AL
AM
SC
SE
Gráfico3: VALOR DA PRODUÇÃO MINERAL COMERCIALIZADA - 2009(Argilas Comuns)
Fonte: (ANUÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2010)
6,000,000
5,000,000
4,000,000
Bruta
Reais
3,000,000
Beneficiada
2,000,000
Total
1,000,000
0
BA GO MA MG MS PA PB PE PI PR RO RS SE SP
35,000,000
30,000,000
25,000,000
20,000,000 Bruta
Reais
15,000,000 Beneficiada
10,000,000 Total
5,000,000
0
AL BA DF ES GO MG PB PE PI PR RS SC SE SP
As argilas comuns são de longe as que geram mais valor, seguido pelas refratarias e bem
mais atrás tem-se as plásticas. O valor total gerado pelos estados em todas as suas formas é de R$
332.567.945.
14
10
5
0
30
25
20
15
%
10
5
0
18%
22%
Cerâmica Vermelha Construção Civil
Pisos e Revestimentos Cimento
Aterro Cerâmica Branca
Construção/Manutenção de Estradas Artefatos de Cimento
Comércio de Materiais de Construção Refratários
Extração de Petróleo/Gás Tintas, Esmaltes e Vernizes
Produtos de Borracha Outros Produtos Químicos
1% 5%
2% 1%
2%
37%
8%
14%
26%
Cimento
Pisos e Revertimentos
Construção Civil
Cerâmica Vermelha
Pelotização
Construção/Manutenção de Estradas
Fundição
Refratários
Comércio de Materiais de Construção
Graxas e Lubrificantes
Ração Animal
Extração e Beneficiamento de Minerais
Cerâmica Branca
Gráfico 9: MERCADO CONSUMIDOR - PRODUTOS BENEFICIADOS
Fonte: (ANUÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2010)
África do
Sul
37% Estados
Unidos
19%
Outros Paraguai
20% 9%
Chile
6%
Outros
55%
El Argentina
Salvador 8%
7%
Argentina
20% Angola República
Equador 4% Dominicana
10% 5%
Gráfico 10: EXPORTAÇÃO - PRINCIPAIS PAÍSES Gráfico 11: EXPORTAÇÃO - PRINCIPAIS PAÍSES
DE DESTINO (Bens Primários) DE DESTINO - 2009(Manufaturados)
Fonte: (ANUÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2010) Fonte: (ANUÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2010)
16
Estados
Unidos Estados
34% Argentina Unidos,
50% 99.58
Outros
16%
Espanha
4%
Bélgica
6%
China
Alemanha 56%
8%
Estados
Unidos
10%
5,000,000
4,000,000
3,000,000
2,000,000
1,000,000
0
AL AM BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO
Bruta Beneficiada
400,000
300,000
Tonelada
200,000
100,000
0
BA GO MA MG MS PA PB PE PI PR RO RS SE SP
Bruta Beneficiada
6,000,000
4,000,000
2,000,000
0
AL BA DF ES GO MG PB PE PI PR RS SC SE SP
Bruta Beneficiada
14 RAIO DE COMÉRCIO
Ao analisar os todos gráfico mostrados aqui nesse trabalho, especialmente os 4, 5, 8, 9 e
13, 14, 15, nota-se que, apesar de exportamos a argila para alguns países sua maioria fica no Brasil,
basta comparar o total exportado que é de 132.929t de bens primários, 274.648t de
semimanufaturados e 5.137t de manufaturados, contra o total comercializado internamente de
25.166.209t para a argila bruta e 4.314.135t para beneficiada para percebermos a argila tem um
comercio mais regional isso fica evidente na comparação dos gráficos 13, 14, 15, com o 4 e 5 onde
se tem as maiores comercializações também tem as maiores demandas.
15 VULNERABILIDADE À SUBSTITUIÇÃO
16 CONCLUSÃO
Tendo como base as características específicas das argilas, percebe-se uma enorme
importância e justificativa da utilização das mesmas nas mais diversas formas de uso.
Relativamente barata e de boa obtenção, é matéria-prima indispensável em âmbito mundial.
Dada sua alta demanda, tanto externa como interna, é justificável a busca por alternativas
que melhorem tecnologicamente o produto, bem como novas formas e locais de extração. A
quantidade de reservas lavráveis é alta, todavia, o número de inferidas é, também, elevado,
mostrando que a busca por formas de se viabilizar novos empreendimentos, buscando a atender a
crescente demanda, é necessária.
Tal fato de que a produção nacional ainda não é o suficiente para abastecer a demanda local
é demonstrado pelas taxas de importação do produto, fator que poderia ser mudado, caso fosse
aumentado a oferta no país.
O mercado das argilas é, com certeza, aquele que deve sofrer pouco com uma possível
queda, uma vez que é um produto indispensável. Portanto, nunca é demais o investimento feito no
setor em busca de melhorias e otimização de processos.
20
BIBLIOGRAFIA
ANUÁRIO MINERAL BRASILEIRO. DNPM. Brasília. 2010.
BRANCO, P. D. M. CPRM, 2014. Disponivel em: <www.cprm.gov.br/publique/Redes-
Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Minerais-Argilosos-
1255.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
LUZ, A. B. D.; LINS, F. A. F. (Eds.). Rocha e Minerais Industriais. 2ª. ed. Rio de Janeiro : [s.n.],
2008.