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Trabalho de História

Cultura e Religião
Afro-Brasileira

Turma: 1° “A’’
Alunos: Carlos Eduardo de Lima R. Silva n°4
Giovanna Mel Vasconcelos n°14
Lucas Martins Cândido n°20
INTRODUÇÃO.
O Brasil tem a maior população de origem africana fora da
África, e a sua cultura e costumes se tornaram parte da população
brasileira e também das influências dos portugueses e indígenas.
Os afrodescendentes trouxeram inúmeros conhecimentos e
sabedoria no Brasil, principalmente no Nordeste, ficou muito famoso
por suas expressões artísticas genuinamente nacionais e está até
hoje presente na população brasileira, principalmente suas
religiões, como candomblé e umbanda, que é muito famoso. Hoje, a
cultura afro-brasileira é resultado também das influências de outros
povos que se manifestam na música, religião e culinária.

DESENVOLVIMENTO
As principais religiões afro-brasileiras, o candomblé e a
umbanda tem forte penetração no país, especialmente em São
Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e na Bahia. Em
1991, existiam quase 650 mil adeptos, de acordo com o censo do
IBGE. Estudiosos dessas religiões estimam que quase um terço da
população brasileira frequenta um centro. Esse número inclui tanto
os frequentadores assíduos quanto os esporádicos, que muitas
vezes estão ligados também a outras religiões.

Candomblé - Religião afro-brasileira que cultua os orixás,


deuses das nações africanas de língua ioruba dotados de
sentimentos humanos como ciúme e vaidade. O candomblé chegou
ao Brasil entre os séculos XVI e XIX com o tráfico de escravos
negros da África Ocidental. Sofreu grande repressão dos
colonizadores portugueses, que o consideravam feitiçaria. Para
sobreviver às perseguições, os adeptos passaram a associar os
orixás aos santos católicos, no sincretismo religioso. Por exemplo,
Iemanjá é associada a Nossa Senhora da Conceição; Iansã, a
Santa Bárbara, etc.

As cerimônias ocorrem em templos chamados territórios.


Sua preparação é fechada e envolve muitas vezes o sacrifício de
pequenos animais. São celebradas em língua africana e marcadas
por cantos e o ritmo dos atabaques (tambores), que variam
segundo o orixá homenageado. No Brasil, a religião cultua apenas
16 dos mais de 300 orixás existentes na África Ocidental.

Umbanda - Religião brasileira nascida no Rio de Janeiro,


nos anos 20, da mistura de crenças e rituais africanos e europeus.
As raízes umbandistas encontram-se em duas religiões trazidas da
África pelos escravos: a cabula, dos bantos, e o candomblé, na
nação nagô. A umbanda considera o universo povoado de
entidades espirituais, os guias, que entram em contato com os
homens por intermédio de um iniciado (o médium), que os
incorpora. Tais guias se apresentam por meio de figuras como o
caboclo, o preto-velho e a pomba-gira. Os elementos africanos
misturam-se ao catolicismo, criando a identificação de orixás com
santos. Outra influência é o espiritismo kardecista, que acredita na
possibilidade de contato entre vivos e mortos e na evolução
espiritual após sucessivas vidas na Terra. Incorpora ainda ritos
indígenas e práticas mágicas europeias.

Devido à quantidade de escravos recebidos e também pela


migração interna destes, os estados de Maranhão, Pernambuco,
Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São
Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados.

No início do século XIX, as manifestações, rituais e


costumes africanos eram proibidos, pois não faziam parte do
universo cultural europeu e não representavam sua prosperidade.
Eram vistas como retrato de uma cultura atrasada.

Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e


celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais e
hoje fazem parte do calendário nacional com muitas influências no
dia a dia de todos os brasileiros.

Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas


brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o
ensino da história e cultura afro-brasileira.
Para ajudar na criação das aulas e na abordagem pelos
professores, o Sinpro-SP preparou um site com várias dicas e
material para estudo.

Música
A principal influência da música africana no Brasil é, sem
dúvidas, o samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical do País e
está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou
também diversos sub-gêneros e dita o ritmo da maior festa popular
brasileira, o Carnaval.

Mas os tambores de África trouxeram também outros cantos


e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical
brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique.
Sons e ritmos que percorrem e conquistam o Brasil de ponta a
ponta.

Capoeira
Inicialmente desenvolvida para ser uma defesa, a capoeira
era ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados
e voltavam aos engenhos.

Os movimentos de luta foram adaptados às cantorias


africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo
assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos
capatazes.

Durante décadas, a capoeira foi proibida no Brasil. A


liberação da prática aconteceu apenas na década de 1930, quando
uma variação (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi
apresentada ao então presidente Getúlio Vargas, em 1953, pelo
Mestre Bimba. O presidente adorou e a chamou de “único esporte
verdadeiramente nacional”.

A Capoeira é hoje Patrimônio Cultural Brasileiro e recebeu,


em novembro de 2014, o título de Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade.
Religião
A África é o continente com mais religiões diferentes de todo
o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais sendo
praticados pelas tribos mais afastadas.

Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram


batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão
não tinha efeito prático e as religiões de origem africana
continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados
nas florestas e quilombos.

Na África, o culto tinha um caráter familiar e era exclusivo de


uma linhagem, clã ou grupo de sacerdotes. Com a vinda ao Brasil e
a separação das famílias, nações e etnias, essa estrutura se
fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade e partilharam
cultos e conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais
de sua religião e cultura.

As religiões afro-brasileiras constituem um fenômeno


relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé,
a mais tradicional e africana dessas religiões, se originou no
Nordeste. Nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições
religiosas afro-brasileiras em geral. Com raízes africanas, a
Umbanda também se popularizou entre os brasileiros. Agrupando
práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda
originou-se no Rio de Janeiro, no início do século 20.

Culinária
Outra grande contribuição da cultura africana se mostra à
mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel,
baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são
iguarias da cozinha brasileira que são admirados em todo o mundo.

Mas nenhuma receita se iguala em popularidade à feijoada.


Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os
senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais
nobres iam para a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as
orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas com feijão
preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos
pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional.

Conclusão

A cultura da África é muito importante para o Brasil, pois ela está


em grande parte da nossa história, desde a vinda dos Portugueses,
até os dias atuais. Sua música, história, culinária e etc, já se tornou
parte da cultura brasileira, todavia ainda temos pessoas e grupos
que descriminam pessoas que seguem algumas religiões africanas,
como por exemplo o Candomblé; não é muito difícil de ver uma
notícia nos jornais sobre ataques aos que cultuam essas religiões.
Deveríamos parar como preconceito com pessoas com crenças
diferentes das nossas, somos todos biologicamente iguais, ninguém
é superior a ninguém.

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