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Segundo nos relata Varnhagem, havia então estreita ligação entre o “Clube de
Coimbra”, isto é, a Loja Maçônica da Universidade de Coimbra, e os elementos
maçons da Universidade de Montpellier.
Formado em Coimbra – em Ciências – José Álvares Maciel vai a Londres, onde
entra em contato com a Maçonaria Inglesa. De Londres vais a Paris, onde
recebe instruções da Maçonaria Francesa para o Brasil.
Isto pode ser aventado em face da circunstância de que entre 1768 e 1788,
vésperas da Inconfidência Mineira, havia cerca de 157 estudantes das diversas
Capitanias luso-brasileiras que foram diplomados pela Universidade de
Coimbra. Dentre estes, podemos citar: José Vieira Couto (Diamantina), José da
Silva Lisboa (Bahia) que veio a ser o Visconde de Cayru; Antonio de Morais Silva
(Rio de Janeiro), cujo dicionário da Língua Portuguesa é muito conhecido;
Antonio Pereira de Souza Caldas (Rio de Janeiro) que foi sacerdote, orador e
poeta; Francisco de Melo Franco (Paracatu – Minas Gerais) que escreveu a
célebre sátira “Reino da Estupidez”; José Álvares Maciel (Vila Rica – Ouro Preto)
que foi um dos doze brasileiros que se comprometeram, em reunião maçônica,
a empregar todos os seus futuros esforços para alcançarem a independência
do Brasil; José Bonifácio de Andrada e Silva (Santos – São Paulo) que dispensa
maiores comentários, em que pese ser um dos que alinhavam na “Maçonaria
Azul” (monarquia).
Por outro lado, a Maçonaria no Brasil só pode ser realmente considerada como
Instituição após a formação do Grande Oriente do Brasil.
A primeira informação oficial sobre a Maçonaria no Brasil foi veiculada pelo
manifesto que José Bonifácio dirigiu aos maçons de todo o mundo, em 1832.
Este documento histórico, redigido por Gonçalves Ledo, informa a instalação
da Loja “Reunião”, a primeira Loja Simbólica regular brasileira, filiada ao
Grande Oriente de França e que adotou o Rito Moderno ou Francês. No ano
seguinte, 1802, vamos encontrar na Bahia a Loja “Virtude e Razão”,
funcionando no mesmo Rito.
Adelino de Figueiredo Lima, baseado nestes fatos, afirmou que a Maçonaria
Brasileira é filha espiritual da Maçonaria Francesa, acrescentando que da
França veio o Rito Moderno, com o qual o nosso Grande Oriente atingiu a
maioridade.
Em 1809 foi fundada em Pernambuco uma Loja que viria a servir de núcleo
para mais outras três, permitindo assim a formação de uma Grande Loja
Provincial, que por questões eminentemente políticas, também suspendeu as
suas atividades, em 1817.
No Rio de Janeiro foi feita nova tentativa, com a fundação das Lojas “Distintiva”
e “São João de Bragança”. A primeira, fundada em 1812 em São Gonçalo da
Praia Grande (Niterói) e a segunda no Paço Real da corte de Dom João VI
(Quinta da Boavista), sem o conhecimento do rei. Ambas tiveram também
existência efêmera.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA