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4 – “A Cidade do Natal” – “Town Meeting Song” – TODOS

JACK - Tinha tanta coisa lá, qu’eu não podia acreditar


Por todo o lado, coisas pra me atormentar
É um mundo totalmente diferente do que já vi
É dificil de explicar, pois mais que vá tentar
É como o mais improvável dos sonhos
Acreditem em mim, quando vos digo
É real como a minha caveira, ela existe mesmo

- Deixem-me mostrar-vos! (aponta para a tela e todos se espantam com a visão)


Isto chama-se presente, começa por ser uma caixa…

MONSTRO 1 – Uma caixa?

MONSTRO 2 – É de aço?

MONSTRO 3 – Tem cadeados?

MONSTRO 4 - Está cheia com sífilis?

MONSTRO 1 – Que bom, sífilis.

JACK – Por favor!

É uma caixa com papel colorido!


Com um lindo laço a condizer!

BRUXA (ao tentar arrancar a caixa das mãos de Jack) – Porquê? Que horrivel!
O que tem lá dentro?

JACK – É essa a questão… não é para saber!

MONSTRO 4 (tira a caixa das mãos de Jack, abana-a) - É um morcego? É um


mosquito?

MONSTRO 3 – Um rato?

MONSTRO 2 – Parte?

MONSTRO 1 – Talvez seja a cabeça que eu vi!

JACK – Estão a ver isto tudo mal, não é o objetivo do Natal! Prestem a atenção!
Pegamos numa meia grande assim, pendurámo-la na parede com um fim…

MONSTRO 1 - Ainda tem o pé dentro dela?


MONSTRO 2 – Deixa-me ver!

MONSTRO 3 – Está podre e coberta de lama?

JACK – Deixem-me explicar! Ela não tem o pé mas tem doces! E às vezes tem
também brinquedos!

MONSTRO 1 – Brinquedos?

MONSTRO 2 – Mordem?
MONSTRO 1 – Explodem no saco?

MONSTRO 2 – Talvez saltem pra fora!

MONSTRO 3 – São brinquedos usados pr’assustar as crianças?

PRESIDENTE – Óptima ideia! Apoio totalmente! Vamos, mãos à obra


imediatamente!

JACK – Calma pessoal! Vocês estão a exceder! Há algo que não estão a
compreender!

(todos ignoram Jack falando paralelamente e Jack suspira triste)

É melhor dar-lhes o que querem.

O melhor, eu confesso, que deixei para o fim


O chefe daquela cidade é fascinante
É um rei tão terrivel, com uma voz poderosa
Pelo menos foi aquilo que eu vi
O que eu vi é assustador
Ele é grande é um horror
É vermelhor como uma lagosta
Ele vai pra matar, na sua gabardina
Transportando grandes sacos, com os seus grandes braços
Acreditem, foi mesmo isso qu’ouvi dizer…
Uma noite escura e fria, sob a luz cheia
Ele voa ameaçador, como um abutre sem cor
E é chamado de “pantanal”

(ri-se maléficamente e todos saem entusiasmados)

- Pelo menos estão entusiasmados, mas não compreendem


Aquele sentimento especial, que senti na terra do Natal… que pena.

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