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A - Contexto de Análise
É a partir desse cenário que o nosso raciocínio vai se desenvolver. Imagine que essas
comunidades começam a se estabelecer em regiões que permitem fácil acesso à água
(fundamental para a irrigação - lembrar do termo sociedades hidráulicas) e terras férteis.
Não à toa, os historiadores convencionaram chamar essa região de crescente fértil, entre os
rios Tigre, Eufrates e Nilo. Ou seja, o berço da humanidade seria a região dos atuais Iraque,
Irã, Kuwait.
Essas comunidades são orientadas por laços tribais, ou clãs se vocês preferirem.
Podemos assim imaginar que numa mesma região, vários clãs - ou tribos - se estabelecem.
Por um fator ou outro, algumas dessas tribos começam a se desenvolver de maneira
acelerada, aprimorando técnicas agrícolas e pecuaristas de maior intensidade. Algumas
tribos se tornam mais abastadas. Essas tribos mais ricas estimulam o casamento entre seus
filhos, ao ponto da geração de herdeiros cada vez mais poderosos. As demais tribos, que
não tiveram a mesma sorte, acabam se submetendo progressivamente à autoridade dos
poderosos interessadas em garantir benefícios como comida em tempos de escassez. Leis
são criadas organizando o comércio. Com o passar do tempo, os lideres tribais poderosos
se transformam no que poderíamos chamar de reis e vão garantindo respeito religioso.
B- As tentativas de unificação
Acádios: a primeira tentativa de unificação se deu através de uma cidade chamada Acádia
e de seu patesi, Sargão I por volta de 2350 A.C. A cultura suméria passou a ser difundida e
serviu ao projeto de unificação.
Caldeus: era criado o segundo Império Babilônico em 610 A.C. O Novo Imperio Babilônico
assumiu as heranças da centralização assíria, combinada com uma administração mais
competente. O governo de Nabucodonosor incentivou as artes, a astronomia e ficou famoso
pela construção dos jardins suspensos.
C- Egito
A Grécia Antiga
1- Política e Economia
Para aqueles que desejam aprimorar seu conhecimento sobre a história das
civilizações é determinante a preocupação com a noção de contemporaneidade dos
eventos analisados. Vejamos o que é isso: ainda que sejamos impulsionados a estabelecer
uma inflexível ordem de eventos quando estudamos – como se um processo só pudesse
começar quando um outro anterior terminasse - devemos ter em mente que muitos dos
nossos temas acontecem num mesmo período histórico.
Ainda que os gregos antigos nunca tenham constituído uma unidade política (ou um
Estado Nacional, da forma como é a Grécia hoje) se sentiam parte de um mesmo conjunto
linguístico e cultural: a Hélade. Politicamente estavam organizados – notadamente a partir
do ano 700 a.C - no que chamamos pólis, ou cidades-estados. Aliás a palavra política, usada
há séculos para definir as relações sociais na esfera pública, vem justamente do termo pólis.
Veja no mapa abaixo a distribuição das pólis gregas. Em seguida observe o mapa que
representa a região atualmente.
3 – Atenas
Voltando a Atenas: quanto à exclusão feminina, uma das ilustrações mais utilizadas
por bancas de vestibulares é a música Mulheres de Atenas, do cantor e compositor Chico
Buarque. Repare as possibilidades de contextualização propostas pelo autor no que se
refere à subordinação da mulher ateniense:
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas; cadenas
(...)
(...)
3.2 - Cultura
Além da democracia, Atenas se notabilizou por sua produção filosófica. A tradição
filosófica grega, ainda no período homérico, se caracterizava por uma abordagem mitológica
para explicar o mundo. Gradativamente, a partir do século VI a.C, seus filósofos
enveredaram pela perspectiva racional baseada na evidência. Isso provocou uma série de
investigações sobre o limite e o papel da razão, das nossas faculdades sensoriais, de como
o conhecimento é adquirido - e em última instância sobre o que é o conhecimento. Foi o
nascimento da metafísica, da epistemologia e da ética.
Sócrates, Platão e Aristóteles foram os mais influentes dos antigos filósofos gregos.
Suas obras concentraram atenção no homem e na sua constituição extracorpórea, o mundo
material não era mais prioritário. Aristóteles sustentou o pensamento medieval através da
interpretação de São Tomás de Aquino (1225-1274), alicerce da Escolástica; Platão era a
fonte foi a fonte do pensamento moderno a partir do Renascimento e até hoje estudantes de
filosofia espalhados pelo Brasil se rendem ao estudo desses clássicos.
4-Esparta
4.2 - Cultura
Essa relação com a guerra explica o fato de que no século V a. C, Esparta tinha status
de potência militar temida pelas outras póleis. Ainda que o espartano fosse um proprietário
rural, valores culturais que priorizavam a produção de bons soldados tornavam a dedicação
à guerra sua principal marca e verdadeira razão de ser. Formados soldados desde os 20
anos, seu treinamento militar começa ainda mais cedo, quando aos 7 sai da casa dos pais
para ingressar numa escola militar. Os valores de honra, desapego aos vícios, culto ao físico
e sobrevivência eram incrustados no homem espartano que os exibia com orgulho como
uma verdadeira identidade.
Terminada a guerra, Atenas se torna a líder da Liga de Delos, aliança militar formada
durante as Guerras Médicas para arregimentar fundos, soldados e alimentos. Segundo
alguns autores, os atenineses se aproveitariam da liderança sobre a Liga, subjugando as
demais póleis através da cobrança de tributos e interferindo em suas políticas internas. Se
por um lado o imperialismo de Atenas permitiu que ela alcançasse seu apogeu, por outro
provocou crescente indignação das cidades subordinadas. A reação de várias delas sob o
comando de Esparta não tardaria. Era a cisão no mundo grego.
Em 481 a. C explode a guerra do Peloponeso colocando frente a frente a Liga de
Delos e a Liga do Peloponeso (península no sul da Grécia onde estava a maior parte das
cidades contrárias ao imperialismo ateniense). O conflito só terminaria 77 anos depois com
a vitória militar de Esparta, mas com o enfraquecimento e toda a Grécia graças aos esforços
empreendidos numa guerra tão longa. A Guerra do Peloponeso marca o fim da Grécia
Antiga. Menos de um século depois, toda a região caía sob o controle de um poderoso
general oriundo da região da Macedônia, norte da Península Balcânica: Alexandre, o
Grande. A Grécia se subordinava a um dos maiores conquistadores do mundo antigo.
Aprofundando
A civilização helenística representa o auge da influência da cultura grega no mundo
antigo, difundida pelo grandioso domínio militar dos macedônicos na África e no Oriente.
Apaixonado pela filosofia grega – era discípulo de Aristóteles! – Alexandre fazia questão de
se comportar como um grego e repercutir os valores da hélade nas áreas que dominava.
Após a conquista do império persa, reinos helênicos foram estabelecidos ao longo do
sudoeste da Ásia e no nordeste da África (Egito e Cirene, na antiga Líbia antiga). Isso
resultou na exportação da cultura e da língua grega para estes novos reinos.
Assim, a civilização helenística, portanto, representa uma fusão do mundo grego
antigo com o do Oriente Próximo, Oriente Médio e Sudoeste da Ásia – um verdadeiro
intercâmbio cultural que muitos consideram a primeira grande globalização.
Desenvolvendo Competências
1. Artigo 200: Se um homem arrancou um dente de um outro homem livre igual a ele,
arrancarão o seu dente.
Artigo 201: Se ele arrancou o dente de um homem vulgar pagará um terço de uma mina de
prata.
Artigo 202: Se um homem agrediu a face de um outro homem que lhe é superior, será
golpeado sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de couro de boi.
CÓDIGO DE HAMURÁBI. In: VICENTINO; DORIGO. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione,
2001. p. 47.
a) a pena pelo delito cometido pode variar de acordo com a posição social da vítima e do
agressor.
b) para a legislação de Hamurábi, a Lei de Talião era absoluta, sempre “olho por olho,
dente por dente”.
c) Hamurábi conseguiu unificar a Babilônia a partir da implantação de um só código de leis
para todo o território.
d) os antigos babilônios consideravam que agredir a face de um homem era mais grave do
que arrancar seu dente.
4 (UFSM-RS). A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da humanidade. Na Antiguidade, foi berço da
civilização sumeriana devido ao fato de:
b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para a idade dos metais.
d) possuir uma área agricultável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.
e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para a locomoção de pessoas e apropriado para desenvolvimento comercial.
5. (UPE) As sociedades da Antiguidade Oriental tiveram práticas sociais com influências marcantes das religiões e
inventaram outras formas de conhecer o mundo. Na Mesopotâmia, ocorreu/ocorreram:
a) o predomínio de castas sacerdotais poderosas, mas que criticavam o poder existente e combatiam as superstições;
b) expressões artísticas pouco originais, direcionadas só para admiração dos deuses e das forças da natureza;
c) o uso da escrita cuneiforme, a descoberta do uso da raiz quadrada e a crença na ação de espíritos malígnos causadores
de doenças;
d) a crença em deuses antropomórficos, oniscientes e eternos que não eram adorados em templos;
e) uma arte direcionada para consagração dos feitos militares e não preocupada com a construção de uma arquitetura
grandiosa.
6 (FUVEST). A escrita cuneiforme dos mesopotâmios, utilizada principalmente em seus documentos religiosos e civis,
era:
Bate-papo
Resposta da questão 1:
[A]
O Código de Hamurabi, sintetizado na frase “olho por olho, dente por dente”, tratava
agressor e agredido de formas diferentes, considerando a classe social a que pertenciam.
Resposta da questão 2:
[D]
A arqueologia é uma ciência que conheceu grande desenvolvimento no século XX e
possibilitou o conhecimento sobre a história de diversas civilizações antigas. Na maior parte
dos casos, a arqueologia é decisiva para entendimento de sociedades que deixaram poucos
– ou nenhum – documentos escritos. No caso do Egito, as descobertas da região do Vale
dos Reis foram fundamentais para o conhecimento da importância da cultura religiosa dos
antigos egípcios.
Resposta da questão 3:
[C]
Resposta da questão 4:
D
Resposta da questão 5:
C
Resposta da questão 6:
C