Parte do texto: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. 2015. “A comunidade tradicional”. In: UDRY, Consolación & EIDT, Jane Simoni (Orgs.) Conhecimento tradicional: conceitos e marco legal. Brasília: EMBRAPA, pp. 21-101 (Coleção Povos e Comunidades tradicionais, vol. 1)
Parte do texto: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. 2015. “A comunidade tradicional”. In: UDRY, Consolación & EIDT, Jane Simoni (Orgs.) Conhecimento tradicional: conceitos e marco legal. Brasília: EMBRAPA, pp. 21-101 (Coleção Povos e Comunidades tradicionais, vol. 1)
Parte do texto: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. 2015. “A comunidade tradicional”. In: UDRY, Consolación & EIDT, Jane Simoni (Orgs.) Conhecimento tradicional: conceitos e marco legal. Brasília: EMBRAPA, pp. 21-101 (Coleção Povos e Comunidades tradicionais, vol. 1)
Capitulo 1
A comunidade tradicional! <
Carlos Rodrigues Branddo
Comunidade: uma palavra e muitos sentidos
Algumas palavras querem dizer uma coisa s6, ou pelo menos
sonham com isso, Outras, ao contrério, podem significar mui-
tas coisas. Podem traduzir seres ou ideias ora préximas, ora
distantes. Podem significar algo e o seu contrério, Podem es-
tender o séu significado a tantos cendrios que correm orisco
de dizerem tudo e coisa nenhuma,
Uma dessas palavras € comunidade. Em alguin lugar, ela €
lembrada para traduzir algo muito concreto, cté mesmo de
um ponto de vista juridico, por exemplo, comunidades ribei-
rinhas do rio Sao Francisco, Mais adiante, a mesma a palavra
serve a algo a meio caminho, entre o existente geografico
social concreto e alguma coisa em momento criada por um
cfrculo de pessoas, de uma maneira intencional, como comu-
nidade eclesial de base, comunidade negra. Até pouco tempo,
essa palavra estava situada entre as ciéncias, inclusive a bio-
logia, a filosofia e a vida cotidiana muito concreta e palpdvel,
EEE
"Aussi Mates Corea oars ue ep pulirua de tot oe
‘meus eascunhos um texto mais ordenadoe lege: 3 Dirta Martins, que participa,
come Maristela, de mais de uma das equpes de pesquisa que deus « Universe
Federal de Uberlindia (UPU)e de Universidade Estadual de Campinas (Usicamp) nos
levaram ao longo de quae 10 anos a comunidades tradicionls do norte de Minas
‘Gerais entre es beirs do Ro So Francisco ¢ dos series rostancs dla uma pate
Fina deste escrito. As dus os meus aredeciments, uta vez mais aeYolume 1» Conecmento radon once
tos mag
Um lugar ganha um nome, Seus locais de natures,
a Cartografia comunitéria, entre o nome de natureza ay : tones = ¢ dagulKdentifica-se come alguém pertencente a ese gat,
auuma arvore eo nome de santo dado a uma capela ou a amen \ Wenig
ae! : ‘emit ‘Aum lugar que no raro possui um nome oficial como partedeum ——|
rio. Aquilo que em uma artificial comunidade-condominio, aparece municipio, ¢ um nome dado pelas pessoas do lugar. Seus povoadores.
Propaganda com jé planejado e pronto para morar - da falsa ee sto da Barra, ou Barra do Pacui, antes de se reconhecerem como tm
do lugar aos atraentes nomes dados a ruas pré-asfaltadase a0s homem ou uma mulher do municipio de tea de Neri teeta
Fecantos que sobram da natureza local ~ nas comunidades Minas Gerais ou do Brasil, ,
nais€ algo que seacrescenta como passar de anos ede grass, Assim sede, rise um lar lee Sa
Ha, com o passar do tempo, um calendério que se amplia da p toctonia de descendénciae por vivéncia atual
"4 familia, nuclear e dela a teia de parentes e vizinhos, compan » Por m
de trabalho, parceiros de vida. Um calendario-cartografia
___¢as de trabalho ou de vivéncias rituais, de celebragbes, de m